TRIBO FORTE #027 – OS 7 MAIORES ERROS DE QUEM COMEÇA A SE ALIMENTAR CORRETAMENTE

Bem vindo(a) hoje a mais um episódio do podcast oficial da Tribo Forte!

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Evento “Tribo Forte AO VIVO 2016” – 2 Dias De Palestras!

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No Episódio De Hoje:

Neste importante episódio você vai ver:

  • Quais são os 7 maiores erros de quem inicia uma alimentação low carb, paleo ou alimentação forte.
  • O que fazer para evitar estas armadilhas e ter maiores chances de obter o sucesso que procura.
  • O que comemos na última refeição.
  • Novidade bacana para o próximo episódio…

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Ouça o Episódio De Hoje:

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Conheça o programa Código Emagrecer De Vez

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Transcrição Completa Do Episódio

Rodrigo Polesso: Você está ouvindo o podcast oficial da Tribo Forte, com o Rodrigo Polesso e o Dr. José Carlos Souto. Assuntos como emagrecimento, saúde, alimentação e estilo de vida são tratados de forma imparcial doa a quem doer. Para se tornar um membro da Tribo Forte, entre em TriboForte.com.br. Olá, bom dia para você! Você está ouvindo o podcast oficial da Tribo Forte de número 27. É o podcast número 1 em saúde no Brasil. Muito bom falar com vocês em mais um episódio muito interessante. O assunto principal desse podcast serão os 7 maiores erros de quem começa a implementar uma alimentação paleo, low-carb ou alimentação forte. Quais são os 7 maiores erros das pessoas que começam a seguir essa filosofia alimentar? Muitas pessoas querem tentar nossa filosofia mas acabam caindo em armadilhas comuns. Se você já caiu em alguma delas, não se preocupe – falaremos mais sobre esses erros. Você poderá evitar cair nesses erros se souber deles de antemão. Antes de começar, temos um anúncio. Falamos há um tempo que faríamos um evento ao vivo presencial da Tribo Forte em São Paulo. Não sei quando você está ouvindo esse podcast, mas estamos gravando ele em agosto de 2016. Nesse momento, você pode comprar um ingresso para ir no nosso evento ao vivo. Serão dois dias inteiros de palestras. Também teremos painéis de discussão. Serão 6 palestrantes – entre eles, eu, o Dr. Souto, Lara Nesteruk, Vinícius Possebon, José Rezende Neto (presidente da sociedade mineira de nefrologia), Patrícia Ayres… será um evento muito bacana. Ele é o primeiro, mas será o maior evento de nutrição, saúde e qualidade de vida do Brasil. Eu convido você a participar dele também. O número de ingressos é obviamente limitado pelo tamanho da sala. Mas se você está ouvindo agora, existe uma grande chance de haver ingressos disponíveis. Você pode ir diretamente em TriboForte.com.br/aovivo. Lá você verá onde o evento acontecerá, quando será, o horário, o preço e tudo mais. Você poderá se encontrar com a gente lá nos dias 5 e 6 de novembro de 2016. Nós faremos o primeiro evento ao vivo da Tribo Forte. Acho que será sensacional. Vamos reunir muita gente alinhada com o mesmo objetivo de saúde no mesmo lugar. Será espetacular. Bom dia Dr. Souto, tudo bem?

Dr. Souto: Bom dia, Rodrigo. Bom dia, ouvintes. Temos grandes ambições para esse evento. Para quem acompanha as notícias que vêm lá de fora… nós temos várias conferências grandes nos Estados Unidos e Europa, como o Paleo F(x), Ancestral Health Symposium e etc. Nossa ambição é que isso seja a semente de algo parecido aqui no Brasil.

Rodrigo Polesso: Exatamente. Essa é minha visão. Esse é o primeiro evento oficial que estamos fazendo. A ideia é fazê-lo todos os anos para que as pessoas possam ir para se atualizarem e encontrarem outras pessoas alinhadas com o mesmo objetivo. As pessoas vão realmente entrar em contato com o conhecimento verdadeiro em nutrição… afinal, saúde é o conhecimento que mais priorizamos aqui. Essa comunidade de pessoas interessadas em saúde só cresce a cada dia. Acho que será muito legal esse evento. Entre em TriboForte.com.br/aovivo. O pessoal da Tribo Forte e do Código Emagrecer de Vez têm privilégios. Nós lançamos um lote promocional para eles antes de anunciar publicamente para o resto do Brasil. Esse lote que foi disponibilizado para esse pessoal da Tribo Forte ou do Código já foi vendido 100%. A procura está bem grande. Como o evento é limitado pela capacidade da sala, eu recomendo que você vá rapidamente no TriboForte.com.br/aovivo e garanta seu ingresso. Nos encontraremos em novembro em São Paulo. Será bastante bacana. Então vamos começar com o assunto de hoje. Para quem já sabe de alguns desses pontos, é importante reforça-los. Ficar repetindo as mesmas coisas faz parte do aprendizado. Vamos falar sobre os 7 maiores erros de quem começa a implementar uma alimentação low-carb, paleo ou alimentação forte. Não peguei uma pergunta da comunidade hoje, já que não sobrou tempo. Vou partir para o primeiro erro que temos para discutir: ficar bitolado no “pode” e “não pode”, e não entender a base de tudo. Uma das perguntas que mais vemos no Facebook, na Tribo, no blog do Dr. Souto ou no Emagrecer de Vez é: “determinado alimento pode ou não pode?” Apesar desse tipo de pergunta ser natural, percebemos que as pessoas tendem a perguntar isso quando não entendem a base de tudo, que é o efeito hormonal dos três macronutrientes em essência. Todos os alimentos são divididos em três macronutrientes: gordura, proteínas e carboidratos, além de combinações diferentes desses macronutrientes. Desde o começo do podcast nós falamos que cada um desses alimentos têm um impacto hormonal diferente no corpo humano. Quando você entende pelo menos a essência de como isso funciona, você começa a responder sozinho se um alimento pode ou não. Existem milhares alimentos diferentes, mas temos uma base fundamental para entender o efeito metabólico de cada categoria de alimentos. Então, entender isso dá um poder e uma liberdade muito grande para a gente. Não ficamos presos no “pode” ou “não pode” e conseguimos avaliar sozinhos a questão dos alimentos. Dr. Souto, tenho certeza de que você escuta isso mais de 10 vezes por dia. Quais são suas palavras sábias a respeito desse assunto?

Dr. Souto: Se eu pudesse botar uma moeda dentro de um pode a cada vez que eu escuto e falo sobre isso, eu teria um pode cheio de dinheiro. Eu acho que isso extremamente pertinente. A pessoa não precisa decorar uma lista do que pode ou não pode se ela entender a lógica da coisa. Vamos fazer uma analogia. Imagine se eu precisasse decorar todo o código penal para saber todas as coisas que eu posso ou não posso fazer. Não fazemos isso. Simplesmente não fazemos coisas que irão prejudicar os outros. Baseando-se nisso, não preciso perguntar se eu posso roubar o carro de outra pessoa. “Mas roubar o relógio, pode?” Não pode. “Pisar no pé do outro, pode?” Não. Mas não é assim que fazemos. Nós simplesmente pensamos “não vou fazer para os outros o que eu não gostaria que fosse feito comigo”. A partir disso, conseguimos deduzir que não devemos roubar a carteira do próximo. Eu não preciso saber a lista de todas as coisas que são erradas quando eu entendo a lógica. Existe uma categoria de coisas que são antiéticas porque elas fazem mal para os outros, então eu não vou fazê-las. Então, eu entendo que os alimentos têm diferentes efeitos hormonais… e eu quero evitar os alimentos que vão encher a corrente sanguínea de glicose, já que tendo glicose sobrando o corpo queimará glicose e não gordura. Se o meu objetivo é queimar gordura, eu tenho que esvaziar o reservatório de glicose do corpo. O hormônio insulina avisa para o corpo que a glicose acabou e que devemos começar a queimar gordura. A insulina fica baixa quando a glicose fica sendo consumida em pouca quantidade. “Pode pão?” Não, não pode. “Então, pode tapioca?” Tapioca é amido e amido é glicose. “Mas arroz pode?” Essa pergunta é desnecessária. Obviamente, se não pode pão e não pode tapioca, também não pode arroz. Devemos consultar uma lista quando realmente não sabemos direito. Talvez o sujeito não seja um estudante dessa área e tenha dúvidas. Mas todo mundo sabe, por exemplo, que batata é amido. Fazemos aqueles experimentos no colégio usando o amido da batata com iodo. As pessoas sabem o que é amido de uma forma geral. Então, entendendo a lógica, fica mais fácil.

Rodrigo Polesso: Com certeza. Adorei a analogia. Se eu falar para uma pessoa que “roubar não pode”, ela não vai começar a perguntar se “pode roubar o banco, a joalheria ou a casa do vizinho.” A pessoa não precisará perguntar sobre essas variações se ela sabe que roubar é errado. Carboidratos refinados, como farinha de mandioca, farinha de trigo ou farinha do que for… você já sabe que farinha é um carboidrato processado que vai elevar o nível de glicose no sangue e causará um monte de problemas – você já sabe os efeitos das farinhas. Outra forma de ver isso é simplesmente falar que tudo pode se você está disposto a encarar as consequências. Por exemplo: mel pode? Você pode comer. Ninguém vai morrer por comer mel uma vez. Mas você tem que estar consciente da consequência disso. Se você tem o emagrecimento como prioridade ou está com diabetes, você tem que saber que mel é açúcar e isso é a pior coisa que você pode comer se está com diabetes. Então, a consequência por comer isso, caso você seja uma dessas pessoas, é muito grave. Você provavelmente tentará evitar esse tipo de alimentos. O mel pode ter um consumo mais relaxado caso a pessoa seja um atleta – uma pessoa ativa que não esteja querendo emagrecer. Então, depende. Você só precisa entender que o açúcar é o que mais vai prejudicar a diabetes. Se você é diabético, provavelmente evitará esse alimento. Então, existem várias formas de ver o mesmo problema.

Dr. Souto: Com certeza. Concordo plenamente.

Rodrigo Polesso: Esse é o primeiro ponto. Invista um tempo para entender a base metabólica. O segundo ponto é o exagero. Eu dividi o exagero em três categorias. Nós aprendemos que a alimentação low-carb é baixa em carboidratos e alta em gordura… como não tem carboidrato nas proteínas, o pessoal passa a exagerar nas proteínas. Tomo mundo que já tentou exagerar nas proteínas sabe que é algo difícil de se fazer. Não tem como exagerar nas proteínas sem saber que você está exagerando. O segundo ponto é comer gordura no tablete, como se fosse um picolé. O exagero em qualquer aspecto da vida não é bom. O último ponto é a questão do corte de carboidratos. Não exagere no corte de carboidratos. Falamos que carboidratos não são tão bons assim, mas não é qualquer tipo. Sabemos que folhas e legumes são carboidratos também. As pessoas acabam entendendo isso tudo de uma forma muito simplista e acabam exagerando no corte de carboidratos. “Não vou comer alface no almoço hoje porque tem carboidrato. Vou exagerar na proteína e gordura.” Todos os extremismos tendem a ser negativos. Isso vem de um entendimento ruim desses princípios metabólicos.

Dr. Souto: Eu vou citar alguns exemplos de cada uma dessas coisas. Vamos pegar a questão do corte do carboidrato. É incrível o número de vezes que eu já ouvi a seguinte pergunta: “Eu uso determinado medicamento e eu vi na fórmula do remédio que ele contém amido.” Imagine um comprimido de qualquer coisa na sua frente. Olhe o tamanho dele. Ele deve pesar menos de 1 grama. Se aquele comprimido fosse 100% açúcar, isso engordaria? Isso produziria um aumento enlouquecido da sua insulina? Não! Numa dieta super low-carb (cetogênica, menos de 20 gramas de carboidrato) você teria que comer uns 30 ou 40 comprimidos com menos de 1 grama – isso se ele fosse composto exclusivamente de açúcar, sem o remédio. Temos que ter bom senso. Obviamente, a quantidade importa. Outra coisa que ouvimos todos os dias: “Eu comprei um pedaço de salame. No rótulo diz que contém açúcar.” Salame é doce? Não é. Isso já é uma dica de que a quantidade de açúcar presente no salame é pequena. Se olharmos a quantidade de carboidratos numa porção de salame (3 fatias, por exemplo) é 0. Não é que seja zero, mas a legislação permite arredondar para zero quando é menos de meio grama ou algo assim. Se é menos de meio grama, é relevante? Não! Às vezes me perguntam: “Estou mascando um chiclete dietético, mas o chiclete contém um pouco de maltodextrina.” Mesmo se a pessoa fosse engolir o chiclete, não seria um problema. O chiclete é uma coisa pequena e a maior parte dele é uma borracha que vai fora. A quantidade de maltodextrina que tem ali é irrelevante. Vamos nos preocupar com coisas do tipo: não comer um prato de massa; não comer duas colheres de sopa de arroz; não beber suco de fruta; ou quantidades industrias de açúcar que todo mundo que conhecemos comem todos os dias. Isso é o que é importante. Isso é um exemplo de enlouquecer demais com o corte dos carboidratos. Agora vamos para o outro extremo. Gordura é uma coisa interessante na dieta, já que ela dá saciedade. Ao comermos gordura, ficamos mais tempo sem fome, o que nos faz comermos menos do que comíamos antes. Existem gorduras muito saudáveis. Num podcast passado falamos sobre as gorduras monoinsaturadas (abacate, castanhas, azeite de oliva, oleaginosas em geral, peixes). O fato de que comer mais gordura é uma coisa boa não significa que comer uma quantidade ilimitada de gordura seja desejável. Daqui a pouco, a pessoa começa a pensar “eu tenho que comer mais gordura, mas não consigo. Então vou diluir meio tablete de manteiga no café e comer somente carnes gordas.” O pessoal faz isso! Com isso, a pessoa cancela aquilo que seria o efeito benéfico da gordura, que é obter saciedade de modo que a pessoa naturalmente coma menos. Se a pessoa comer 5 mil calorias de gordura, ela vai acabar não perdendo peso e talvez até ganhando.

Rodrigo Polesso: Sem contar que o azeite de oliva e o óleo de coco são alimentos refinados. Comer três bifes com gordura é muito diferente de comer 5 colheres de óleo de coco ou um copinho de azeite de oliva – isso seria muito diferente de comer a azeitona em si. É muito mais fácil ingerir alimentos refinados. Essas gorduras, apesar de saudáveis, são refinadas.

Dr. Souto: Muito bem colocado. Para comer a mesma quantidade de gordura que se consome na forma líquida refinada em comida seria uma quantidade louca de comida. Voltamos novamente ao conceito de comida de verdade: alimentos in natura, minimamente processados, onde a gordura está presente, mas está presente no contexto do alimento inteiro. Tente comer o equivalente a 5 colheres de óleo refinado de coco na forma de coco de verdade.

Rodrigo Polesso: Boa sorte! Um dos pontos que mais me revoltam é esse de proteína. Sempre ouço falar que “essa dieta da proteína faz mal” e fico bravo.

Dr. Souto: Isso me deixa nervoso também.

Rodrigo Polesso: Tem gente que exagera: “Vou comer 10 claras de ovo” ou “vou comer três peitos de frango”. Tem gente que vai muito longe e realmente exagera na proteína. Isso não poderia estar mais longe da filosofia que nós pregamos.

Dr. Souto: Você que está morando no Canadá, escuta falar sobre a “protein diet”?

Rodrigo Polesso: Não.

Dr. Souto: Dieta da proteína é um corruptela da tradução mal feita para a língua portuguesa. É uma coisa que só existe no Brasil. “Low carb diet” é algo que se fala rápido. Já a “dieta de baixo carboidrato” é uma frase chata de se pronunciar. “Dieta da proteína” sai mais fácil. Então, na hora de traduzir “low carb diet”, o pessoal traduziu como “dieta da proteína”. Isso não existe. É um erro de tradução. Ninguém no mundo fala isso, é só no Brasil. As pessoas não leram o original em inglês e pegaram de ouvido esse termo. A base é uma dieta de alimentos pouco processados e com restrição de carboidratos, especialmente os refinados. O que aumenta numa dieta de baixo carboidrato não é a proteína. Eu fiz uma postagem relativamente recente no blog onde eu mostro mais de um estudo nos quais as pessoas foram orientadas a restringir os carboidratos na dieta. Quando se compara a quantidade de proteína no grupo que restringiu a proteína e no grupo que não restringiu, a quantidade é a mesma.

Rodrigo Polesso: Vários estudos mostram isso.

Dr. Souto: A quantidade de gordura aumenta um pouco. Não aumenta loucamente. Já a quantidade de carboidrato cai drasticamente. O que significa se a gordura aumenta um pouco, a quantidade de carboidrato cai drasticamente e a proteína continua igual? As pessoas estão comendo menos calorias! É óbvio. Para elas comerem mais calorias teriam que diminuir o carboidrato e aumentar bastante a gordura. Mas não é isso que acontece. Quando a pessoa é orientada a simplesmente restringir os carboidratos as proteínas tendem a ficar parecidas. As pessoas aumentam um pouco a gordura, mas não é uma quantidade enlouquecida. Elas ficam mais saciadas com um pouco de aumento da gordura (e com uma restrição drástica dos carboidratos). Quando calculamos na ponta do lápis, percebemos que, de fato, as calorias diminuíram. Não é o objetivo principal, mas é um bom e esperado efeito colateral da restrição dos carboidratos e da adoção de uma dieta de comida de verdade.

Rodrigo Polesso: Sem contar que quando você diminui os carboidratos você faz uma mudança qualitativa na qualidade dos carboidratos. Quando você elimina os carboidratos refinados, você começa a comer carboidratos do tipo folhas, legumes e tubérculos. Você diminui a quantidade de carboidratos ingeridos, mas aumenta o volume da alimentação. Isso também ajuda na sensação de saciedade. É muito mais difícil comer 50 gramas de carboidratos em legumes e folhas do que comer 3 fatias de pão. Mas depois que os caras começaram a chamar o jejum intermitente de “dieta”… eu acho que a estupidez não tem mais limite.

Dr. Souto: Isso foi fantástico.

Rodrigo Polesso: Espero que esse ponto 2 tenha sido útil. O ponto 3 é o seguinte: continuar tentando controlar a quantidade. Muito cuidado com isso. A maioria das pessoas está presa no paradigma quantitativo da alimentação – ou seja, “eu emagreço se eu comer menos quantidade do que eu queimo”. Nós pregamos (e a ciência prega) o paradigma qualitativo: você ajusta a qualidade do que você come e a quantidade vai se ajustar por si só. Muita gente começa praticando uma alimentação forte correta, mas continua artificialmente controlando o número de calorias ou quantidades (passando fome). Por outro lado, muitas pessoas entendem “não controlar quantidades” como “eu posso ficar doente de tão cheio”. Esse é o ponto ruim disso. O importante é retomar a conexão que seu corpo tem com os sinais de fome, apetite e saciedade. Com uma alimentação de boa qualidade (alimentação forte, low-carb, paleo), a quantidade tende a ser autorregulada pelo seu corpo. Você começará a retomar a sensibilidade dos seus receptores de apetite e saciedade. Esse é o mundo perfeito. Dr. Souto, você pode falar mais sobre o lado negativo disso? Às vezes falamos para as pessoas “não se preocuparem com quantidade”, mas muita gente interpreta isso de maneira errada.

Dr. Souto: Às vezes as pessoas tentam testar o sistema: “Quanto eu consigo comer e ainda assim perder peso?” Na verdade, o objetivo é deixar o sistema se autorregular. Nenhum de nós fica controlando a respiração. Nós respiramos de acordo com q necessidade de oxigênio e liberação de CO2 do corpo. Se eu estou fazendo exercício, eu automaticamente respiro mais forte e mais rápido. Se eu estou dormindo, eu respiro menos. Muitas vezes só tentar controlar a respiração e ficar pensando nisso já dá uma falta de ar ou uma sensação esquisita. A respiração é para ser automática. A mesma coisa vale para a quantidade de líquido que bebemos – a sede controla isso de acordo com a concentração de sódio no sangue e outras coisas. Então, o interessante é tentar dissociar a fome e a gula. Nós falamos brincando em um podcast anterior que uma das formas de fazer isso é pensar se “eu comeria agora se o que tivesse para comer fosse alguma coisa que eu não gosto muito”. Não precisa ser uma coisa que você odeia ou tem nojo. Mas pense num alimento que não tem muita graça – como um bife requentado.

Rodrigo Polesso: Brócolis sem tempero.

Dr. Souto: Não é algo horrível ou nojento, mas não é algo pelo qual você tenha desejo. “Eu comeria um bife requentado?” Se eu estiver com fome, sim (e talvez até goste). Quando começamos a comer comida de verdade, minimamente processada e sem açúcar, normalmente comemos por estarmos com fome. Então, devemos tentar não ficar controlando conscientemente a quantidade (deixe que o hipotálamo dite a quantidade de acordo com a fome), mas não tente burlar o sistema: “Se não é para controlar a quantidade, vou comer rodízio de churrasco todos os dias para ver se emagreço mesmo.” Se eu fizer força para não dar certo, talvez realmente não dê certo. Temos que fazer força para dar certo e tentar ajudar o sistema. É preciso comer comida normal, em quantidade normal, de acordo com o apetite. Não precisa ficar saindo com fome da mesa.

Rodrigo Polesso: A ideia é essa mesma. A armadilha é tentar controlar a quantidade enquanto você está tentando aplicar uma mudança qualitativa na alimentação. Então, siga o bom senso normal e foque muito mais na qualidade. Você vai perceber que a quantidade se autorregula. Existem vários estudos que mostram isso. O próximo erro (erro número 4) é tirar conclusões muito cedo. Você não pode ignorar que existe um período de adaptação. Se você está seguindo uma dieta alimentar ruim há 20, 30 ou 40 anos (ou durante sua vida inteira), muda para uma dieta low-carb e não perde o peso que esperava perder em 2 dias, você tira uma conclusão muito cedo. Você ignora esse período de adaptação. Você também pode se sentir com menos energia no início, já que seu sistema metabólico está tentando se reestabelecer –você se sentirá um pouco pior antes de se sentir melhor. Como você não sabe que vai se sentir melhor, você acaba concluindo que aquele tipo de filosofia alimentar não é para você. É uma decisão ruim, já que você não tem o conhecimento de que existe um período de adaptação. É importante contar para as pessoas o que elas podem esperar antes de começar o processo, para que quando você se deparar com esse tipo de situação você saberá que isso é algo normal e não vai tirar conclusões precipitadas.

Dr. Souto: Vamos fazer uma analogia com atividade física. Imagine que você é sedentário, vai para a academia e começa a fazer musculação. Uma semana depois, você se olha no espelho e não está mais forte. Além disso, está toda dolorida. A conclusão é que exercícios são horríveis. A pessoa pensa que não conseguiu ganhar os músculos que queria e ainda sente dor no corpo todo. Então, existe um período de adaptação tanto no exercício quanto na dieta. Durante esse período o corpo reclama da mudança. Depois, o corpo responderá se adaptando à mudança. No exercício, a adaptação é o ganho de massa magra, que é algo que acontece aos poucos. A pessoa ganha alguns gramas de músculos por dia, mas depois de 6 meses a mudança será grande. A pessoa olhará no espelho e verá o resultado de toda aquela musculação. Mas isso não ocorre em uma semana. Depois que ela estiver adaptada, não se sentirá mais dolorida quanto sentia no começo. Na verdade, ela terá uma sensação boa depois do exercício. A dieta não é diferente. No início o corpo reclamará e pedirá o carboidrato que foi retirado dele. Depois, o corpo começará a queimar gordura e a pessoa começará a sentir mais energia e menos fome. Nunca é ruim repetir isso: a queima de gordura é de alguns gramas por dia. Se a pessoa perder 100 gramas de gordura em um dia, ela não verá isso na balança. Isso acontece por flutuações de peso por outros motivos, tipo a quantidade fezes no intestino, quantidade de líquido que você bebeu, quantidade de urina na bexiga – tudo isso pesa mais do que 100 gramas. Se a pessoa perde 100 gramas por dia e depois de 7 dias perdeu 700 gramas. 700 gramas talvez já seja algo detectável na balança, mesmo descontando essas variações de urina e fezes e pesam dentro do corpo. Depois de meses, essas diferenças se acumulam e a pessoa vê uma diferença incrível no espelho. As outras pessoas vão perceber e vão perguntar. Infelizmente, isso não acontece de uma hora para a outra. Você sempre fala, Rodrigo: “Quanto tempo levou para ganhar o peso? Como você perderia tão rápido?” Então, temos que ter paciência. O maravilhoso do estilo de vida que estamos propondo é que ele não é um estilo de vida terrível de sofrimento e fome. Ele é uma coisa que nós fazemos por nos sentirmos bem. Nós sabemos que estamos buscando a saúde e tem como efeito colateral a perda de peso.

Rodrigo Polesso: Exato. A perda de peso é o menor dos benefícios. O melhor benefício é como você se sente. Quando você perde peso, você se sente mais motivado. Se você perder 100 gramas por dia, imagine quanto peso terá perdido no final de 6 meses? Você será uma outra pessoa. Não se preocupe, siga em frente. Daqui 6 meses você verá uma foto sua e ficará de boca aberta. A mesma coisa acontece com a musculação. Se eu não conseguir nem andar depois de 2 dias de academia, talvez eu desista por não saber que o músculo não surgirá na hora. Então, conhecimento é poder. Se você conseguir antecipar o que vai acontecer, terá a confiança de seguir em frente. Os próximos pontos são relacionados. Já falamos em outro podcast bastante sobre isso: o medo. O medo tem muito a ver com a questão de não saber o que esperar e por isso tirar conclusões precipitadas sobre a modificação alimentar. Vamos supor que você está acima do peso, com diabetes, se sentindo mal, sem conseguir processar suas ideias e começa a fazer uma alimentação forte. Quando você começa a fazer, não sabe o que esperar. Depois de alguns dicas, você estará com uma vontade maluca de comer pão, já que está comendo isso há décadas. Você também se sente mais desanimado, já que seu metabolismo ainda está se regulando. Se nesse período aparecer um monte de espinhas na sua testa por causa de estresse, você chuta o balde e diz: “Essa dieta não é para mim. Eu sabia que não iria funcionar. Eu tropecei na rua duas vezes hoje e normalmente eu tropeço uma vez só. Meus amigos já não gostam mais de mim. Com certeza é culpa dessa dieta.” Isso tem a ver com o medo.

Dr. Souto: Hoje alguém perguntou no blog: “Por que que quando eu fico cetose eu tenho dor nos rins?” E expliquei bem direitinho. O rim só dói em duas situações. Ele só dói quando tem pielonefrite aguda, que é uma infecção grave, com febre alta, calafrios e etc. ou com cólica renal (quando uma pedra desce e fica entre o canal entre o rim e a bexiga). Nas duas situações dói o rim afetado, não os rins. A pessoa tem uma dor intensa que a leva para o hospital os prantos no rim afetado. Então, 95% das vezes que alguém diz que está com dor nos rins ela está com dor lombar. Normalmente a pessoa aponta para a região onde a coluna encontra a bacia lá em baixo, enquanto o rim fica debaixo da costela. Por que ela diria dor nos rins? Em seguida a própria leitora do blog disse: “Será que a proteína está afetando meus rins?” Não é a proteína porque, primeiramente, o low-carb não é uma dieta hiperproteica. Segundo, se low-carb fosse uma dieta hiperproteica isso não provocaria problemas em rins saudáveis. Digamos que a pessoa esteja comendo muita proteína por ter ouvido falar em “dieta da proteína” e realmente está comendo peito de frango, clara de ovo e outras proteínas puras. Digamos que ela faça isso por muitos meses e aumente as chances de ter cálculo renal (tem um podcast mais antigo no qual tratamos desse assunto). Mesmo assim, demoraria meses para formar um cálculo renal. Não como a pessoa ter dor nos rins cada vez que começar a fazer a dieta. Não tem como formar pedras nos rins de um dia para o outro. Essa pessoa está com medo. Ela ouviu falar em algum lugar que essa “dieta da proteína” (um termo que só existe no Brasil) faz mal para os rins. Então, quando ela come low-carb, ela sente dor nas costas. Outra alternativa seria uma dor digestiva, causada pelo exagero na quantidade de queijo, manteiga ou gordura – cólicas, gases… enfim, teria que se verificar o que está acontecendo na dieta da pessoa que possa estar dando cólicas. Cólicas intestinais eventualmente se irradiam para a região lombar. Mas eu apostaria que a dor, na realidade, é psicológica. Uma dor placebo. Uma dor causada pelo terrível medo de ter confirmado aquilo que todo mundo disse para ela: “essa dieta louca vai fazer você explodir seus rins”.

Rodrigo Polesso: Esse ponto entra de mãos dadas com o próximo ponto, que é o ponto 6: sucumbir as pressões sociais externas. Esse ponto é muito importante. Se você não tem plena confiança na sua decisão de começar a se alimentar bem e não se abasteceu de conhecimento, você vai tender a sucumbir às pressões externas. Mesmo que você tenha certeza absoluta de o que você está fazendo está correto, se você estiver num meio venenoso, de influências negativas, é difícil você ficar ileso a pressões externas. Então, se você ainda por cima não tiver plena confiança no que está fazendo, você vai sucumbir. Se você for impactado por informações que dizem que isso faz mal, isso vai abalar sua base – você não terá os alicerces sólidos o suficiente para aguentar. Por isso você deve se capacitar e absorver a maior quantidade de informação possível. Você tem que se convencer de que aquilo que você está fazendo faz sentido para você e parece ser correto. Quando você tem isso na sua cabeça, você tem um escudo contra essas pressões externas e tenderá a não sucumbir. Já falamos aqui que você tende a ser a média das 5 pessoas com as quais você mais convive. Essas pessoas vão tentar fazer com que você seja parecido com elas. Se você é um tomate verde no meio de um monde de tomate vermelho, os tomates vermelhos vão tentar fazer com que você se torne vermelho também. O grupo tenta se identificar como grupo. Se você é um tomate verde e não está feliz em ser verde, você começará a se pintar de vermelho para fazer parte desse grupo. Isso acontece em várias situações na vida. Mais uma vez, esse é o poder da informação.

Dr. Souto: Eu acho que são tópicos que realmente andam de mãos dadas. Nós já comentamos que essa história do rim é uma lenda urbana bizarra. Se essa pessoa tivesse escutado o podcast, isso não teria passado pela cabeça dela. O mesmo vale para outras coisas. “Faz mal para o fígado”. A pessoa nem sabe direito onde fica o fígado, mas sente uma dor lá. Então, ter conhecimento é uma das formas de iluminar o medo. Existem duas formas. A pessoa pode se tornar muito competente na avaliação dos estudos científicos, identificando quando um estudo é prospectivo e randomizado ou quando é só observacional (ou quando é apenas uma afirmação de uma pessoa famosa sem embasamento científico). Se a pessoa não tem tempo nem paciência para fazer isso, é bom selecionar as fontes de informação. Pode ser que eu não tenha tempo para entender sobre mercado financeiro. Então, quero escolher um profissional que realmente estude isso e que eu possa confiar. O ideal é que eu tenha o mínimo de competência para julgar se aquilo que ele está falando é bobagem ou não. No site da Tribo Forte ou no meu site, nós fazemos o possível para filtrar as informações de nível de evidência alto (ensaios clínicos randomizados). Quando colocamos estudos observacionais, deixamos bem claro que é observacional.

Rodrigo Polesso: Agora, para finalizar, vamos para o ponto 7, que é muito importante. Esses erros fazem muitas pessoas saírem do caminho. Imaginem vários trens seguindo em direção à luz – Vários deles saem da direção correta. Essas informações te ajudarão a chegar até a luz. O sétimo ponto é não saber dosar as expectativas. No fórum da Tribo Forte o pessoal compartilha diariamente os resultados que estão tendo. Tem todos os tipos de pessoas lá: homens, mulheres, mais novos, mais velhos, de todos os tipos de estilo de vida. Uma dessas pessoas vai no fórum e diz que perdeu 15 quilos em um mês durante a fase 1 do Código Emagrecer de Vez – ótimo! Uma pessoa nova talvez assuma que deve esperar resultados semelhantes. Daí, se ela perder 7 quilos, ficará triste. Nós nos esquecemos de que o ser humano, apesar de ser similar em sua essência, é muito diferente. As pessoas têm estilos de vida muito diferentes. Apesar de sermos geneticamente parecidos, sabemos que o impacto da nossa alimentação na nossa saúde varia muito de acordo com o estilo de vida. Nos esquecemos que somos singulares. Mas muitas vezes tendemos a comparar nossos resultados com os resultados dos vizinhos. É claro que essa é uma reação natural. Mas precisamos ter em mente que as coisas não são assim. Talvez você seja uma pessoa que comece a perder peso mais devagar, depois acelera, não tem platô e chega ao objetivo. Outras pessoas podem perder bastante peso logo no começo, depois dão uma freada e começam a perder um pouco menos até atingir o objetivo. No final, os dois tipos de pessoas atingem o objetivo, mas com meios diferentes. Se você não sabe dosar as expectativas, talvez você não entenda que cada pessoa seja singular. Muitas vezes as pessoas se comparam com pessoas que tiveram resultados extremos – isso só alimenta a frustração.

Dr. Souto: Eu usarei novamente a analogia da ginástica e musculação. Estamos prontos para aceitar o fato de que as pessoas têm genéticas diferentes no quesito ganho de músculo. Então, existe aquele sujeito magricelo que bota uma carga forte de exercícios, se alimenta, come proteína, mas ganha pouca massa muscular. E existe outro sujeito que chega na academia sedentário, mas com mais músculo do que o outro que está há 6 meses fazendo – esse sujeito com 3 meses já ganha uma massa muscular grande. Esse sujeito tem genética para isso. Quando se fala em ganho de massa, qualquer professor de academia vai falar que existem pessoas que têm mais músculo por natureza e outras têm dificuldade de ganhar. Vamos comparar homens e mulheres nesse quesito. Um homem e uma mulher que fazem o mesmo volume de exercício… quem ganhará mais músculo? É normal isso. Mas as pessoas ficam indignadas ao constatar que também existem diferenças na perda de gordura. O mundo não é justo! Tem gente que perde gordura com muita facilidade. Tem gente que tem muita dificuldade de perder. Isso que o Rodrigo falou é muito importante. Ao se comparar com o vizinho, a pessoa pode achar que está fazendo algo errado. Na realidade, ela pode estar fazendo tudo certinho, mas o organismo dela responde mais devagar. Assim como isso acontece no ganho de músculo, que sabemos que é diferente de uma pessoa para outra, temos que entender que a perda também é diferente. Outra coisa importante é que as pessoas que colocam seus resultados nas redes sociais geralmente são pessoas que tiveram resultados melhores do que a média – a pessoa está feliz e quer divulgar sua vitória. Obviamente, aquilo não é uma amostra científica do que ocorre com as pessoas. Aquilo é uma amostra viciada no sentido de privilegiar aqueles que tiveram as melhores respostas.

Rodrigo Polesso: Exato. Temos que manter em mente que os fins tendem a ser os mesmos mas as velocidades são diferentes. Vamos revisar os 7 pontos rapidamente. O primeiro é não se bitolar no “pode ou não pode” e investir um tempo para entender a base de tudo. Quando você entende a base, poderá responder por si só essas perguntas. O segundo ponto é exagerar nas proteínas, nas gorduras ou no corte de carboidratos. O terceiro é tentar controlar artificialmente as quantidades. Quando você ajuda corretamente a qualidade, você não precisa passar fome. O próximo ponto é tirar conclusões muito cedo, esquecendo que existe um período de adaptação. Isso é muito importante. Depois vem o medo. Será que você está culpando sua modificação por todos os problemas da sua vida? Esse ponto vem de mãos dadas com o próximo ponto, que é sucumbir às pressões externas sociais por faltar confiança naquilo que você está fazendo. Por último é não saber dosar as expectativas e comparar o progresso com o vizinho e não com o seu próprio progresso. Agora vamos falar sobre o que comemos na última refeição para fechar esse podcast.

Dr. Souto: Na última refeição eu usei um frango que tinha sobrado da véspera. Eu fiz ele desfiado misturado com vegetais e macarrão de abobrinha. Ficou muito gostoso. Eu repeti várias vezes. Agora já são 6 da tarde e eu ainda estou de barriga cheia.

Rodrigo Polesso: Eu comi um peito de frango com cebola, legumes mistos no óleo de coco e kimchi. Estou lentamente aprendendo a gostar. Com o tempo vou pegando o jeito. Novamente vou lembrar do nosso evento da Tribo Forte Ao Vivo. Serão 2 dias em São Paulo nos dias 5 e 6 de novembro desse ano. É só ir no TriboForte.com.br/aovivo para garantir seu ingresso e ver os detalhes. Lembre-se que a capacidade física da sala é limitada. A procura está boa. Então, se você quer encontrar a galera e nós do podcast, acelere o passo e garanta seu ingresso. Você também pode garantir para um amigo ou para uma pessoa que vai junto com você. Eu acho que o próximo episódio será com uma presença ilustre internacional: o Professor do Boston College, o Thomas Seyfried. Ele é uma pessoa muito respeitada na questão do câncer. Ele acredita que câncer é mais uma das consequências da síndrome metabólica. É um assunto muito importante, tendo em mente que o câncer está mais comum a cada dia. Ele é uma das pessoas mais respeitadas do mundo nesse sentido. Ele gentilmente participará do podcast provavelmente no episódio que vem. Eu vou tentar gravar em vídeo e colocar a legenda no vídeo. Se for só em áudio, farei a transcrição completa para o português. Não existe desculpa – você conseguirá absorver todo esse conteúdo. Esse é parte do processo nosso de continuar trazendo toda a informação que podemos sobre nutrição, saúde e boa forma. Sabemos que o Brasil está, infelizmente, um pouco atrás. Mas sempre tentamos fechar esse gap encurtando a distância entre o melhor conhecimento do mundo e o conhecimento que é disseminado no Brasil. Por isso, se você ainda não é um Membro VIP da Tribo Forte, eu realmente sugiro que você se torne um membro. Na Tribo Forte você pode se tornar um membro e se juntar a essa família incrível. Faça parte do fórum e acesse muita informação privilegiada. É isso. Vamos fechar esse episódio. Agradeço Dr. Souto mais uma vez pelo seu tempo. A gente se fala no próximo episódio.

Dr. Souto: Até lá, um abraço.

Rodrigo Polesso: Abraço.

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