TRIBO FORTE #118 – SHOW DE VARIEDADE (E CACHORRO VEGANO?)

Bem vindo(a) hoje a mais um episódio do podcast oficial da Tribo Forte!

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Neste Podcast:

  • Um show de variedades neste podcast onde até cachorro vegano, acredite, apareceu!

Escute e passe adiante! Saúde é importante! Estilo de vida é prioridade!

OBS: O podcast está disponível no iTunes, no Spotify e também no emagrecerdevez.com e triboforte.com.br

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Ouça o Episódio De Hoje:

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Casos de Sucesso do Dia

 

Jonas

 

Referências

Artigo no site G1 Sobre Rótulos dos Alimentos

Artigo no The Wall Street Journal

Site com Artigo Sobre Cachorro Vegano

Estudo no The New England Journal of Medicine Sobre Câncer de Mama

 

 

Transcrição do Episódio

Rodrigo Polesso: Olá! Bom dia para você. Bem-vindo a mais um episódio da Tribo Forte. Episódio número – meu Deus – 118. Quem vos fala é o Rodrigo Polesso e hoje nós vamos comentar aqui alguns assuntos diversos. Um episódio de variedades praticamente. Acho que vai ser bacana e dinâmico também para colocar você a par de algumas coisas e talvez algumas delas você tenha ouvido por aí também. Então, a gente vai dar nosso pitaco e bater um papo a respeito disso. Eu quero aproveitar para agradecer o pessoal também que nos escreve aí nas mídias sociais dizendo que estão escutando o podcast semanalmente e não veem a hora de chegar terça-feira. Obrigado demais por tudo isso. Por favor, ajude a espalhar ainda mais essa mensagem. Esse podcast, como você sabe, é 100% gratuito e a gente já coleciona um arquivo de 118 episódios com esse aqui. Você pode ouvir esse podcast em vários lugares… No iTunes, no Spotify ou, se você entrar no EmagrecerDeVez.com você encontra todas as transcrições completas dos episódios. E facilita bastante para você pesquisar alguma coisa. Você pode pesquisar assuntos diversos e achar o episódio exato em que a gente tratou desse assunto do seu interesse. Então, não tem desculpa. É gratuito. Espalhe para as pessoas. Vamos tentar atingir cada vez mais gente. Dr. Souto, bem-vindo ao episódio 118.

Dr. Souto: Obrigado. Bom dia, Rodrigo. Bom dia aos ouvintes.

Rodrigo Polesso: Acho que nossa audiência está cada vez mais… Maior com certeza, mas cada vez mais responsiva e ativa. Cada vez mais cética também – é isso que acho bacana. O pessoal encontra por aí notícias e já vem postar para a gente já com a opinião deles a respeito disso. Acho que você também deve receber bastante assim.

Dr. Souto: Isso é sensacional e é uma coisa que a gente observa claramente. O pessoal já posta, manda lá para o blog, manda para você… Alguma notícia tolinha que saiu aí na mídia já com a crítica, dizendo, “Olha só! Mais um estudo observacional mal interpretado.” Ou, “Pô, a pessoa está dizendo isso e tem um estudo recente que mostra o contrário.” Então, o pessoal está desenvolvendo o senso crítico. Para mim isso é o mais importante, com certeza.

Rodrigo Polesso: É, nossa, com certeza. As pessoas começam a se tornar ainda mais capazes de ser proteger contra essa chuva de balelas… E também a falácia da autoridade, que a gente sabe. A gente pode começar esse episódio de variedades aqui com uma notícia que saiu em maio. Saiu no Globo, no G1. A notícia foi a seguinte. “Brasil quer colocar alerta para altos teores de gordura, sal e açúcar na frente dos rótulos dos alimentos.” Os rótulos são, então, alto em açúcar, alto em gorduras saturadas e também alto em sódio, dependendo do produto. No entanto, é mais um exemplo que a gente vê de alertas dados à população inteira… À população geral… Sem embasamento científico credível para tanto – pelo menos no caso das gorduras saturadas e do sódio também. Isso não é de grande valia para quem segue a alimentação forte, as filosofias que a gente fala aqui… Porque alimentos de verdade não precisam de rótulos e selos, não é verdade? Mas agora imagine a quantidade de alimentos que você sabe que pertence à alimentação forte, por exemplo, e vão ter estampados lá, talvez em vermelho ainda… “Alto em gorduras saturadas”… Ou “alto em sódio”, porque às vezes o salame pode ter… Ou sei lá, um queijo pode ter… O queijo vai ter “alto em gordura saturada”, “alto em sódio” também. Eu acho que o “alto em açúcar” é um ótimo avanço, mas eu teria bastante cuidado a respeito dos outros dois. Essa medida não foi aprovada ainda, mas foi apresentada num Congresso de Genebra… O Ministério da Saúde foi lá representar. Enfim, está em andamento essa questão. Ela pode se tornar realidade ainda esse ano, segundo eles. Não sei o que você acha dessa movimentação, Dr. Souto. Mais uma vez o governo tentando colocar o dedo no que a gente e no que a gente não come.

Dr. Souto: Eu tenho sentimentos divididos se o governo deveria ou não se meter nesse tipo de coisa. Por um lado, sim, eu acho muito interessante uma sobretaxação do açúcar adicionado. Eu acho que poucas autoridades de saúde questionam o fato de que se a gente diminuísse o consumo de açúcar da população, isso seria uma coisa boa. Além do que o pessoal cita o exemplo, por exemplo, do tabagismo, e da campanha antitabagismo que teve sucesso. Foi uma das grandes vitórias das campanhas de saúde pública… Foram as campanhas maciças contra o tabagismo e que acabaram dando certo. Reduziram, com isso, a incidência de várias doenças, inclusive doença cardíaca. No entanto, isso é muito bom quando o governo acerta. Agora, quando as pessoas partem de premissas equivocadas… A ideia de que a gordura saturada da dieta deveria ser reduzida… Qual é a evidência para isso? Existem vários tipos de estudo… Estudos observacionais, estudos epidemiológicos, ensaios clínicos, experimentos. E uma unânime no que diz respeito à história da gordura é que tanto os estudos observacionais como os ensaios clínicos mostram que não há sentido em reduzir a gordura saturada da dieta. Se nós formos ver as metanálises de ensaios… Desculpa, de estudos observacionais… E se nós formos ver o estudo observacional mais recente, que é o estudo PURE… Esse que fez aí tanta manchete… Em setembro do ano passado o estudo PURE… Lembrando, 135 mil pessoas, 18 países, incluindo países dos mais pobres até os mais ricos, mostrou uma relação inversa… Repito: inversa… Entre o consumo de gordura saturada e mortalidade. Então, se as pessoas que comem mais gordura saturada vivem mais, porque o governo deveria estar assustando as pessoas para longe desses alimentos? E aí, se elas não vão comer isso, vão comer o quê? Vão comer alimentos mais ricos em carboidratos? “Mas o governo também está falando mal do açúcar.” Bom, então vão comer alimentos ricos em amido, farináceos. Aí a gente fica com aquelas situações bizarras. Um abacate, por exemplo, vai ter um aviso de que é um alimento com excesso de gordura saturada. “Não, abacate não tem gordura saturada.” Vai ler, vai estudar. Tem sim.

Rodrigo Polesso: Azeite de oliva tem também. 14%.

Dr. Souto: Azeite de oliva tem gordura saturada. Peixe, salmão têm gordura saturada. 100 gramas de salmão devem ter mais gordura saturada do que 100 gramas de carne vermelha. Então, quer dizer, são critérios que não se sustentam. São critérios mal pensados. É um nutricionismo focado em nutrientes ao invés de comidas. Uma coisa é eu dizer o seguinte. Olha, esse Big Mac… Esse fast food não faz bem para sua saúde. Outra coisa é eu dizer que esse abacate faz bem para sua saúde. Mesmo que o abacate e o Big Mac tenham a mesma quantidade de gordura saturada. O interessante é que há uma certa esquizofrenia nisso porque o governo brasileiro em 2014 já editou as famosas diretrizes atualizadas para a alimentação do brasileiro, que são focadas em comida, em padrões alimentares, e não em nutrientes específicos. Então, é uma espécie de retrocesso, né, Rodrigo? Se nós fôssemos ver de acordo com as diretrizes de 2014… O Guia Alimentar Brasileiro… Um abacate seria considerado saudável independente de ele ter bastante gordura, porque ele é um alimento natural minimamente processado. Enquanto que um biscoito de arroz sem glúten, mas que é puro amido, seria considerado um alimento altamente processado, muito embora ele não tenha nenhuma gordura. Muito embora ele tenha zero gordura e zero colesterol. Porque as diretrizes de 2014 estavam corretas. Elas sabem que um biscoito de arroz é um alimento altamente processado, enquanto que um abacate é um alimento integral, natural, original. Então, aquelas diretrizes de 2014 foram um avanço. Isso que está se propondo agora é um retrocesso. De acordo com isso que está sendo proposto agora o biscoito de arroz vai ser uma maravilha porque ele não tem açúcar, ele não tem sal e ele não tem gordura.

Rodrigo Polesso: Ele não recebe nenhum selo.

Dr. Souto: No entanto, ele vai dar um pico louco na sua insulina, ele vai dar um pico louco na sua glicemia. Ele é absurda, bizarramente pobre em nutrientes. Ele não mata a fome mais do que 15 minutos. Ele não vai deixar saciado. Logo vai ter que comer outro, e mais outro, e mais outro. E você vai estar comendo um monte de amido. Que diferença tem isso de comer mingau de maisena? Respondam, nutricionistas que nos escutam. Do ponto de vista nutricional, qual é a diferença entre mingau de maisena e biscoito de arroz fitness?

Rodrigo Polesso: Mas mingau de maisena não é bom não?

Dr. Souto: Pelo menos o mingauzinho é gostoso. Mas do ponto de vista nutricional ambos são glicose pura. É a mesma coisa que pegar Karo… Sabe “Karo”, com K? Aquele negócio que é um xarope de glicose de milho? Botar aquilo na boca. Espremer dentro da boca ou comer um biscoito de arroz é, metabolicamente falando, a mesma coisa. No entanto, tanto o Karo como biscouto de arroz provavelmente receberiam parabéns dessa nova classificação. “Mas o Karo é açúcar.” Mas ele não é açúcar adicionado. Ele é açúcar, vamos dizer… Talvez ali fosse a crítica do açúcar, mas e daí? Não tem gordura, não tem sódio. Então, vamos largar esse troço. Parar de se fixar em nutrientes e nutricionismo, e pensar em comida. Seria tão melhor. E o Brasil já esteve lá em 2014 e está dando para trás.

Rodrigo Polesso: Sabe que eu vi uma analogia muito bacana? Falaram que, se a nutrição fosse igual engenharia espacial… Se a engenharia espacial, na verdade, fosse igual nutrição, estariam ainda tentando ver se apontavam o foguete para cima ou para baixo.

Dr. Souto: A famosa zona livre de evidências.

Rodrigo Polesso: Exatamente. Mas tem uma boa notícia agora, que foi postada no Wall Street Journal, que foi que as empresas alimentícias não estão conseguindo saber o que os americanos querem comer. Aqui a gente sempre vê os Estados Unidos como estando à frente nem sempre pelos melhores motivos que o Brasil. O Brasil tende a segui a mesma tendência. Então, vamos prestar atenção. A indústria alimentícia, nos Estados Unidos, não está conseguindo saber, identificar o que os americanos querem comer. Os consumidores estão mudando e preferindo mais produtos frescos e carne, e estão ficando mais longe de produtos empacotados, que são concentrados em carboidratos e açúcares. Além disso, os consumidores estão parando de comprar as grandes marcas e começando a dar preferência às novas e pequenas empresas e às novidades que surgem no mercado também. Ações como da Kellogg’s, da General Mills, da Kraft e outras gigantes também da indústria alimentícia estão em grande queda, por causa do comportamento da população – que é o que gente vem falando aqui há muito tempo, né, Dr. Souto? Ao gerar uma demanda diferente, a indústria vai se adaptar. E está dando lugar também a empresas menores, alternativas.

Dr. Souto: Eu gosto de acreditar nessa ideia de que a gente possa com ações pequenas como as nossas aqui no podcast… Num blog… Tantos outros que nos acompanham nisso e postam aí no Instagram, nas redes sociais… E vão conscientizando as pessoas de que no fundo a gente vota… A gente coloca um voto cada vez que a gente gasta dinheiro. Então, eu posso votar com meus reais para ajudar a eleger prioridades até da própria indústria. Afinal, se os pacotes que a indústria fabrica ficarem parados no supermercado, daqui a pouco a indústria vai dizer, “Olha, nós temos que mudar”. E é o que tem acontecido. Muitas vezes eles pegam pequenas indústrias que produzem orgânicos, que produzem alimentos menos processados e compram essas indústrias. Então, nós temos gigantes lá da indústria alimentícia comprando empresas menores para tentar agregar ao seu portfólio de produtos alimentos que são um pouco mais próximos do conceito de comida de verdade. Bom, nosso objetivo aqui não é ser babá da indústria alimentícia. De modo que, se eles vão dar certo ou não, se as ações vão subir ou vão cair, para mim pouco importa. Nossa recomendação provavelmente continua sendo de que as pessoas busquem a sua comida onde tradicionalmente sempre se buscou, no açougue e na feira. Mas não há dúvida, né, Rodrigo, que é legal as pessoas poderem em lugares que não são açougue e feira encontrar coisas adequadas. Que daqui a pouco o supermercado tenha mais opções interessantes que daqui a pouco a loja de produtos naturais não tenha apenas produtos altamente processados, feitos com farinha de arroz, mas é sem glúten. Sim, é puro carboidrato, é altamente processado, mas é sem glúten. Não. Que a loja de produtos naturais se dê conta de que as pessoas estão buscando comida de verdade e mude aquilo que eles têm disponível. Eu acho que cada um de nós, cada um que está ouvindo pode votar com o conteúdo da sua carteira… Escolhendo coisas mais adequadas. Com isso, todo setor alimentício vai ter que se adaptar.

Rodrigo Polesso: Vai se adaptando. Achei uma ótima notícia, na verdade, que está acontecendo. No Brasil também está… Se a gente for ver essas empresas menores. É uma ótima notícia para os microempresários, principalmente, que entram no mercado com alternativas saudáveis às porcarias das grandes marcas. Todo esse pessoal que faz alternativas low carb, ou paleo, quitutes, sobremesas… Tudo baseado em alimento de verdade… Esses rótulos pequenos, empresas pequenas… Que o pessoal está procurando por esse tipo de coisa agora. Está indo procurar e até compra pela internet, não precisa ir no mercado. Se tiver no mercado, melhor ainda. Começar a ganhar mais espaço nas prateleiras. Isso vai acontecer quando a demanda continuar a aumentar. Esse ano também, no evento Tribo Forte Ao Vivo 2018… A gente vai ter uma feirinha lá também de empresas que oferecem esses tipos de produtos alternativos. É uma ótima maneira de você conhecer lá também esse pessoal, trocar ideia, pegar amostras grátis e a começar a aumentar ainda mais essa demanda… Motivas ainda mais… Começar a votar, como a gente estava falando aqui… Votar com seu dinheiro… Patrocinar essas empresas menores que estão oferecendo alternativas saudáveis ao invés de continuar patrocinando quem está intoxicando a gente há muito tempo. A gente tem poder sim na carteira.

Dr. Souto: Eu tenho dois exemplos na ponta da língua que eu posso citar para as pessoas. Uma delas é a seguinte… A volta da banha de porco como alternativa culinária em todo Brasil. Isso é um fenômeno grass roots – quer dizer, veio de baixo. Isso veio de vocês, que estão aí nos escutando… Que estão procurando, começaram a comprar… O sujeito dono do supermercado identifica a demanda, vê que aquele produto está saindo mais rápido da prateleira. E agora essa notícia já começa a pintar na mídia… “Olha, banha de porco está retornando como uma alternativa.” Ainda esses dias alguém me mandou. Isso daí obviamente não veio como uma iniciativa dos meios de comunicação. Isso com certeza não é uma iniciativa das diretrizes que pensam contrário. Isso são vocês, consumidores, ouvintes, nós todos que mudamos os hábitos e a indústria respondeu. Aqui em Porto Alegre eu não vi ainda, mas já me disseram que em alguns locais do Brasil a marca Linea… Essa marca tradicional de adosçantes que faz sucralose e outras coisas está colocando sua marca de xilitol nas prateleiras dos supermercados. Xilitol até uns 2 anos atrás era um negócio caríssimo no Brasil. Era uma coisa que se vendia assim… 300 gramas… Uma latinha com 300 gramas custava, sei lá, 90 reais. Hoje em dia já se encontra a granel em Porto Alegre, no mercado público, por 50 e poucos reais o quilo. Em São Paulo eu sei que já está 30 e poucos reais o quilo. O quilo, estou falando, não era 300 gramas como era lá há 2 anos atrás. Mas até agora o que se via era em locais especializados. Numa determinada banca do mercado público, em lojas de produtos naturais ou via internet. Mas agora, pela primeira vez, uma marca bem mainstream… Uma marca de consumo de massa está começando a oferecer o xilitol em supermercado no Brasil.

Rodrigo Polesso: É um sinal dos tempos.

Dr. Souto: Sinal dos tempos. Por que isso? Já que o xilitol é um adoçante diferenciado… Mas também é um adoçante muito mais caro do que os adoçantes artificiais… Então, a empresa obviamente fez um levantamento de mercado e descobriu que surgiu um nicho. Estão surgindo consumidores interessados em consumir esse produto. O que acontece? O produto vai parar nas prateleiras. Como eu disse, aqui em Porto Alegre eu não vi ainda, mas tem locais no Brasil que a Linea já colocou xilitol nos supermercados de grandes redes.

Rodrigo Polesso: Ótimo exemplo de mudança que está vindo. Não vai ter desculpa para não aderir a isso aí. Mas olha… Notícia boa infelizmente não dura para sempre. Tem uma próxima notícia aqui que… Sei lá… Não considero nem que é ruim… É ruim, na verdade. Mas talvez seja… É hilária e ruim ao mesmo tempo – depende se você leva ela a sério ou não. Olha só… Saiu um artigo nas redes sociais… “Como mudar a dieta do seu cachorro para uma dieta vegana”. Ai meu Deus. Basicamente, o artigo sugere tirar a carne do coitado do cachorro e resumir a alimentação dele em legumes, frutas e folhas. Enfim, é uma receita, basicamente, para definhar, engordar, adoecer e reduzir a vida ativa do seu cachorro. Olha que maravilha. Se o cachorro tiver sorte, for esperto, ele vai acabar comendo o dono e talvez aí se salva dessa cilada. Mas olha a que nível a loucura humana chega. A crença irracional e a religião muitas vezes nessa crença… Nessa filosofia alimentar acaba indo longe demais.

Dr. Souto: Acho que você pegou bem. Isso resume tudo o que tem de errado no pensamento… Compra um coelho, então.

Rodrigo Polesso: Pois é. Olha os dentes do cachorro. É só olhar os dentes do cachorro… Os dentes foram feitos para mascar alface ou para quê?

Dr. Souto: O intestino curto… O delgado mais longo… O intestino grosso extremamente curto…

Rodrigo Polesso: Mandíbula, formato… Tudo.

Dr. Souto: No fundo isso mostra o quê? Que as pessoas estão tentando dobrar a natureza aos seus desejos, à sua imaginação. Tem um monte de gente que diz que o intestino humano não foi feito para comer carne. Qualquer um que fizer a investigação da anatomia comparada vê que isso não é verdade, pelo contrário…

Rodrigo Polesso: Não é nem discutível. Isso é claro.

Dr. Souto: É indiscutível. Intestino curto… Intestino que não só é adaptado ao consumo de carne, mas é adaptado a alimentos cozidos com fogo. Tem um livro sensacional, se não me engano está traduzido para o português. O nome original era “Catching Fire”, eu acho. Acho que a tradução é literal: “Pegando Fogo”. Wrangham é o autor. Um paleontólogo de Harvard que explica tudo isso aí em detalhes. Quem quiser estudar esse assunto, é um livro gostoso de ler. É um livro muito interessante. Não vou nem perder tempo aqui discutindo o óbvio, mas eu acho que a pessoa precisa… Eu não acredito que essas pessoas sejam cruéis, né, Rodrigo?

Rodrigo Polesso: Não, acho que não é esse o problema.

Dr. Souto: Elas estão com uma… Uma alucinação.

Rodrigo Polesso: Uma miopia. Uma vista míope da realidade.

Dr. Souto: Olha para o cão e vê um herbívoro. Certa feita eu escrevi no blog uma postagem tocando nesse assunto. Ali eu fiz a seguinte comparação. Vamos imaginar que a gente esqueça a questão do ser humano, se ele deve comer só plantas ou só animais. Vamos olhar na natureza. E vamos pensar em animais onde seja inequívoco. Pegar leões, leopardos… Que são carnívoros obrigatórios. E vamos pegar outros animais que são os herbívoros obrigatórios. Será que realmente essas pessoas estão propondo que se leve à extinção esses carnívoros? Será que realmente é ético imaginar que como o carnivorismo é uma coisa ruim… Comer carne é uma coisa essencialmente ruim… Então nós devemos exterminar a totalidade dos carnívoros da face da Terra? E aí o que seria dos herbívoros? Quem é que iria controlar a população dos herbívoros? Aí eles iriam proliferar de forma descontrolada. Isso ia causar, obviamente, uma questão ecológica sem precedentes. Porque o que controle o crescimento populacional dos herbívoros é a predação.

Rodrigo Polesso: Em todo nível dos animais, desde os micróbios… Todos os níveis têm predador e tem prey

Dr. Souto: Aí o pessoal argumenta… O ser humano, em sendo inteligente, consciente, empático… Ele deve atuar para diminuir o sofrimento do mundo. Bom, eu também acho. Tem que matar o animal de carne da forma menos sofrida possível. E com certeza a forma menos sofrida possível é o ser humano que é capaz de fazer, porque na natureza vai ser com mordidas. Vai ser com mordidas.

Rodrigo Polesso: Não vai ser bonito não.

Dr. Souto: O ser humano, ao poder, por exemplo, tornar o animal inconsciente com uma balinha de pressão na têmpora ou entre os olhos, que é como se faz nos abatedouros, faz com que essa inconsciência seja instantânea. Na natureza não existe nada parecido. “Eu sou contra até mesmo a predação na natureza”. Bom, meu filho, então está complicado.

Rodrigo Polesso: Então está difícil viver nesse mundo, né? É assim que funciona aqui.

Dr. Souto: É assim que funciona aqui. É ecologia 101, sabe? Conceitos básicos da ecologia. Diminutas mudanças podem provocar alterações ecológicas gigantescas. Eu estou falando de diminutas mudanças. Imagina eu fazer o projeto de eliminar todo e qualquer carnívoro da face da Terra.

Rodrigo Polesso: Absurdo.

Dr. Souto: As pessoas, na realidade, não pensam nas últimas consequências. Não levam adiante.

Rodrigo Polesso: Não. Acho que é uma evolução… Um ciclo vicioso… No sentido de… Ela entra em contato com a informação e a partir daí ela começa a procurar mais informação somente neste nicho. Ela acha só gente que é tão louca ou mais do que ela… Começa a fortalecer essas ideias imaginárias na cabeça dela. Ela chega num nível passo a passo que ela perde vista de onde ela começou. Então, ela acaba acreditando que o veganismo é a resposta para a saúde universal para ela e também para o cachorro, por algum motivo. E não se toca o quão ridículo uma ideia dessa é. Mas tudo aconteceu passo a passo. Se a gente for ver os herbívoros, por exemplo, uma vaca… Gorila… Esses bichos, se você analisar direto eles… É a grande maioria… 70% ou mais vem de gorduras. A gente não pensa nisso. Eles comem folhas. Mas eles não digerem os carboidratos. Eles são fermentados pelo estômago, que acabam gerando os short-chain fatty acids… Gordura… Que acaba sendo absorvida, alimentando o animal. Então, apesar de ele comer grama, ele também come… Incrível, se você prestar atenção em tipos de animais diferentes… Herbívoros, carnívoros, etc., onívoros… E for analisar a composição dos macronutrientes da dieta final deles, todos são muito similares. Grande maioria é gordura e uma quantidade meio estável, moderada, de proteína… E uma quantidade mais baixa de carboidrato. Não faz sentido que a gente se entupa de carboidrato… Inclusive, alguém comentou no vídeo que eu postei no Instagram recentemente… Que o intestino do ser humano foi feito para comer fruta! Olha só o nível de loucura que chega. Mais um exemplo.

Dr. Souto: Até pode comer fruta. Mas não foi feito para comer só fruta.

Rodrigo Polesso: Tenta comer só fruta por um ano para ver o que que sobra. Sobra muita coisa não.

Dr. Souto: Uma coisa que as pessoas têm que ter noção é que nesses grupos que escrevem as diretrizes… As pessoas que influenciam diretrizes no mundo todo… Existe uma presença muito forte… Isso é uma coisa política e deliberada de vegetarianos e veganos. Então, não precisa ir muito longe. Nosso Dr. Walter Willett de Harvard… Um dos epidemiologistas nutricionais mais influentes do mundo hoje em dia é um vegetariano. Por isso, tudo o que vem de lá sempre vai falar mal da carne vermelha. Basicamente, ele acorda de manhã pensando: “Como eu vou dar um jeito de torturar os dados do nosso banco de dados para produzir o próximo estudo, ou a próxima manchete, ou uma associação estatística que faça a carne vermelha parecer ruim?”

Rodrigo Polesso: Acho que ele levanta cada dia sabe fazendo o quê? Levanta a cada dia pensando, “Como é que vou viver mais um dia sem cair na tentação de comer aquele bife?”

Dr. Souto: Pode ser. Acho que nós comentamos num episódio prévio dos podcasts a história de que a Associação Americana de Nutrição… American Dietetics Association… Foi fundada no início do século XX por uma nutricionista que era vegetariana e que era pupila do Kellogg’s, que era um sujeito vegetariano que foi inventor dos cereais matinais. Ele queria inventar algo que substituísse os ovos com bacon. E o Kellogg’s inventou aquilo ali. Mas o objetivo do Kellogg’s ao inventar aquilo… Era porquê… Isso eu não estou inventando… Procurem na internet. Procure ” Kellogg” na Wikipedia. Está escrito lá. O Kellogg é um fanático religioso e ele imaginava que a carne aumentava os desejos do ser humano. O ser humano ficava com desejos impuros e tal… Inclusive de se masturbar. Então, deveria evitar a carne e comer cereais para ficar sem desejos – inclusive de sexo.

Rodrigo Polesso: Exatamente.

Dr. Souto: Então, havia um puritanismo religioso por trás disso. E isso está na fundação da American Dietetics Association. Desde então, existe uma influencia grande dos Adventistas do Último Dia que persiste até os dias de hoje. Vários dos membros dos advisory boards dessa Associação Americana de Nutrição são pessoas que pertencem a religiões que proíbem o consumo de carne. Então, é claro que essas pessoas têm facilidade de plantar notícias na mídia e nos portais. E o Brasil faz o que o Brasil faz: traduz as notícias.

Rodrigo Polesso: Exatamente. É fogo. Olha só, tem um caso de sucesso de hoje. Inclusive, eu postei no nosso grupo, Dr. Souto… Do WhatsApp esses dias atrás. Eu recebi aqui… É do Jonas. O Jonas emagreceu 72 quilos. 72 quilos! Vocês precisam ver a foto do antes e depois dele. Vai estar nesse post do podcast no EmagrecerDeVez.com. Ele fala: “Eu gostaria de agradecer os vídeos que vocês publicam e tudo mais. Estão me ajudando demais. Eu eliminei 72 quilos em 9 meses só. Se você vir a foto do antes e depois, é uma outra pessoa. E ele não fez isso limitando gordura saturada, ou se entupindo de comida vegetariana. Ele fez isso com alimentação de verdade, alimentação forte, se nutrindo, ficando saudável para emagrecer e não emagrecendo em detrimento da saúde como muita gente acaba fazendo por aí. Se você quer aprender mais sobre isso, como colocar em prática, eu sempre falo… Entre em CodigoEmagrecerDeVez.com.br. Veja o vídeo de apresentação lá. Veja se se conecta com você. E você pode se tornar um caso de sucesso, quem sabe, no futuro próximo. Tudo tem a ver em regularizar seu metabolismo, sistema hormonal, se tornar saudável e permitir que seu corpo emagreça naturalmente e se estabilize no seu peso ideal, não é verdade? A gente coleciona esses casos, né, Dr. Souto? Semana após semana e você vê a pessoa com um sorriso no rosto mandando voluntariamente um testemunho com elogios e agradecimentos. Tenho certeza que você também recebe nas mídias sociais. A gente não divulga todos aqui, porque a gente passaria o podcast inteiro divulgando. Então, as mudanças estão acontecendo e isso deixa a gente mais certo de que a gente está no caminho certo.

Dr. Souto: Eu só tenho a dizer aquilo que eu costumo dizer sempre nessas situações. Tem gente que diz que cortar açúcar, pão, farináceos e tal é uma coisa muito radical. Radical é cortar uma parte do intestino e do estômago fora. Esse nosso caso de sucesso da semana cortou o açúcar, cortou a farinha. Ele não cortou seu intestino e seu estômago. Ele obteve um resultado… Eu ia dizer igual, na realidade, superior a uma bariátrica. 70 quilos de perda.

Rodrigo Polesso: Sem cirurgia, sem adaptação pós-cirúrgica.

Dr. Souto: Mas com saúde. Comendo comida de verdade, se nutrindo. Sem os riscos, sem os efeitos colaterais. Sem o dumping. Então, eu acho que as pessoas têm que ressituar, recalibrar aquilo que elas acham que é radical. Radical é cortar o açúcar? Radical é parar de comer pão? Ou radical é cortar parte do seu trato digestivo fora? Bota em perspectiva, criatura.

Rodrigo Polesso: Radical é ter um cachorro vegano. Isso é outro nível de radical. Olha só. A última notícia de hoje para a gente ver aqui. Um estudo que eu não tinha visto ainda. Foi publicado em 2007 no New England Journal of Medicine que sugeriu que o maior avanço… Olha só… O maior avanço na redução da incidência de câncer de mama foi parar de causa-lo através das terapias e reposição hormonal tradicionais. Uma grande queda na incidência de câncer de mama que vinha crescendo desde 1975. Aconteceu que… Em 2003 teve uma queda além do normal e que continuou também em 2004. Ou seja, o gráfico subindo em 1975 até 2003, quando teve uma queda anormal que se manteve em 2004 também. Algumas investigações sugerem que essa queda maior pode ter sido, pelo menos temporariamente causada pelo primeiro reporte do Women’s Health Initiative, que recomendou que esse tipo de reposição tradicional hormonal fosse parada… Fosse cancelada em mulheres depois da menopausa. Achei impactante a frase que o maior breakthrough, a maior descoberta digamos assim… Para reduzir a incidência de câncer de mama foi parar de causa-lo. Olha só que maravilha. Com reposições hormonais tradicionais. E sobre isso a gente sabe hoje que existe… Apesar de não estar muito divulgado por aí na massa ainda… Alternativas mais naturais, como os Hormônios bioidênticos que têm um corpo de evidência motivador por trás, ao contrário das reposições tradicionais com hormônios tradicionais sintéticos. E uma boa notícia sobre isso esse ano na Tribo Forte Ao Vivo 2018… A gente vai ter a presença inédita do Rodrigo Bomeny, que é um endocrinologista de São Paulo falando lá sobre essa questão tão importante… Alternativas saudáveis para isso. Inclusive outro dia eu estava trocando mensagens com ele sobre tudo isso… Sobre essa situação dessa questão das terapias hormonais… De reposição hormonal. A gente sabe que tem um corpo de evidência bastante grande, na verdade, associando essas terapias tradicionais de hormônios sintéticos com problemas cardíacos e etc. Então, não é uma coisa que é só impressão não. Parece ter fundo na verdade isso aí. Não sei o que você acha disso, Dr. Souto.

Dr. Souto: Tem várias coisas interessantes de lembrar sobre este estudo… Sobre o Women’s Health Initiative. Primeiro: ele teve vários braços. Esse aí foi o que testou reposição hormonal versus placebo. Mas ele teve braços também que testaram alimentação, como você sabe. A ideia era o que… Que reduzir a gordura saturada na dieta… Reduzir a gordura total na dieta iria reduzir a incidência de câncer de mama. Não reduziu nem câncer de mama, nem peso, nem doença cardiovascular, nem coisa nenhuma. Esse é um dos grandes ensaios clínicos randomizados que refutou a ideia de que a gordura na dieta era causa de doenças. Então, quer dizer… Eles citam o estudo na hora de mostrar que houve uma redução na incidência da câncer de mama quando se parou com a reposição hormonal com os hormônios tradicionalmente utilizados pós-menopausicos… Mas tem que lembrar que o mesmo estudo também mostrou que gordura na dieta não tem relação com doenças. A segunda coisa é o seguinte. Por que que até então se acreditava que a reposição hormonal na pós-menopausa não tinha problema? Porque estudos epidemiológicos mostravam que mulheres que faziam reposição hormonal tinham menos doença cardiovascular e menos câncer de mama. Os estudos epidemiológicos estavam errados. Mas é que estudos epidemiológicos frequentemente estão errados. E sabe da onde vinham os principais estudos epidemiológicos que sugeriam que mulheres pós-menopausicas se beneficiariam de utilizar Premarin… Esse tipo de reposição com os hormônios equinos na pós-menopausa? Sabe da onde vinham? Dos estudos epidemiológicos de Harvard, os mesmos que dizem que carne vermelha é um problema. Então, para explicar melhor para quem está nos ouvindo… Porque isso é clássico em epidemiologia. Quando se comparavam mulheres que faziam reposição hormonal com mulheres que não faziam reposição hormonal nos estudos observacionais epidemiológicos… Esses de Harvard das enfermeiras… Eles viam que as que repunham hormônio tinham menos doença cardíaca e menos câncer de mama. Aí finalmente foi feio esse ensaio clínico randomizado, que é o Women’s Health Initiative, que mostrou o contrário… Que o uso de reposição hormonal, pelo menos na forma que era feita na época, com Premarin, aumentava o risco de câncer de mama e aumentava o risco de embolia pulmonar, de derrames, aumentava a coagulação do sangue. Como é possível que um mostrasse uma coisa e outro mostrasse outra? É que estudos observacionais têm vieses. Mas eles têm vieses para carne vermelha também. Quais vieses seriam esses? No caso dessa situação era o seguinte. Sabe-se que mulheres que cuidavam mais da sua saúde, se preocupavam mais com sua saúde, que tinham mais renda… Era as que tinham uma chance maior de estar fazendo uma reposição hormonal – até porque reposição hormonal tem um custo. São mulheres que, enfim…

Rodrigo Polesso: Se preocupam com isso.

Dr. Souto: Querem envelhecer menos, querem parecer mais jovens, fazem atividade física, não fumam, não bebem. Então, essas mulheres tinham tantos outros fatores que promoviam a saúde que, embora elas fizessem essa reposição hormonal elas ainda sim tinham uma incidência menor de doença cardíaca. Agora, quando é randomizado, quando é um experimento, quando é sorteado, o número de mulheres que se preocupam com a saúde ou não é o mesmo nos dois grupos. Aí dá para isolar a variável da reposição hormonal. Aí se descobriu que a reposição hormonal não era boa e sim ruim no pós-menopausa – reposição feita como era feita na época. Bom, o mesmo, pessoal, evidentemente pode ser verdade para carne vermelha ou para qualquer outras dessas conclusões que Harvard tira dessas suas coortes de enfermeiras e médicos em estudos observacionais. As pessoas que depois de 30 anos, em que todo mundo fala que carne vermelha faz mal continuam mesmo assim comendo carne tendem a ser as mesmas que também são mais sedentárias, fumam mais, bebem mais, não se exercitam… Enfim, tem outros comportamentos de risco. Como eu digo, andam sem cinto de segurança. Por isso que o consumo… Agora é sério isso que vou falar. O consumo de carne vermelha no estudo EPIC, aquele estudo europeu que foi o maior de todos desse tipo estava associado, inclusive, com mortes violentas. Mortes no trânsito. Você realmente acha que carne vermelha aumenta sua chance de bater o carro? Então, é evidente que é um marcador de comportamento de risco. Vocês que nos escutam no Tribo Forte daqui a pouco comem carne vermelha porque sabem que a ciência não tem nada contra carne vermelha. Mas 99% das pessoas que comem bastante carne vermelha o fazem porque não estão nem aí. Ou seja, é a mesma pessoa que dirige sem cinto, é a mesma pessoa que fuma… É sempre essa mesma história. Então, cada vez que sai uma manchete tolinha dessas tem que ver assim… É oriundo de um estudo observacional? Bom, então está bem. É um levantador de hipóteses. E essa história da reposição hormonal vai ser sempre um dos maiores exemplos em que o mundo todo fez bobagem… A incidência mundial de câncer de mama aumentou porque as pessoas acreditaram em estudos observacionais de Harvard. E só caiu essa incidência mundial de câncer de mama, de mortalidade… Porque as pessoas fizeram um ensaio clínico randomizado que mostrou que o estudo observacional de Harvard estava errado. Quanto a carne vermelha, bom… Esse estudo prospectivo randomizado… Esse ensaio clínico não foi feito ainda. Então, o que nós temos que fazer? Ter o mesmo cuidado que deveria ter tido nos anos 80 quando um estudo observacional de Harvard sugeriu que a reposição hormonal diminuía a incidência de câncer de mama. Mas cara, é observacional isso aqui. Nós não podemos tomar medidas de saúde pública baseadas em estudos observacionais. Deviam ter feito isso na época com a mama e agora devem fazer também com a carne.

Rodrigo Polesso: E perguntar quais outras áreas estão na mesma situação. A gente não sabe ainda. É melhor ficar com a pulga atrás da orelha aí. Aliás, esse é somente um dos assuntos que vão ser cobertos no evento esse ano. É um evento de 2 dias. Se você quiser ir lá elevar seu estilo de vida, abraçar a saúde e boa forma, entre em TriboForte.com.br. Clica em “Evento Ao Vivo” lá. Se você tiver sorte de ter ainda ingressos disponíveis, você pode garantir o seu, dar um de presente, sei lá… E vem participar de um evento com a gente, dessa terceira edição do Tribo Forte Ao Vivo em São Paulo. Vai ser em setembro, 22 e 23. De novo, é TriboForte.com.br. Você clica lá em “Evento Ao Vivo” e você pode ver se ter ingressos disponíveis para você ir lá ver a gente… E como eu falei melhorar seu estilo de vida. Ótimo, maravilha. A gente vai fechando esse podcast, mas antes de fechar o podcast, como é tradição há mais de 100 episódios… Aquela questão do que você comeu na última refeição. Dr. Souto está gravando isso de manhã. Eu nunca sei se você comeu de manhã ou não, mas enfim. Elucida para a gente aí.

Dr. Souto: Hoje de manhã eu não comi nada. Mas ontem de noite eu comi queijo. Só queijo.

Rodrigo Polesso: Queijo. Só queijo.

Dr. Souto: Só queijo não. Tinha vinho também.

Rodrigo Polesso: Tinha o quê?

Dr. Souto: Vinho.

Rodrigo Polesso: Ficou melhor. Vinho e queijo é mais variado.

Dr. Souto: Precisa mais alguma coisa? Eu acho que não. Tendo Netflix, queijo e vinho, resolve.

Rodrigo Polesso: Perfeito. Eu comi um monte de carne agora. Um monte de bife que eu fiz agora. Umas nozes macadâmias para dar um crocante e um baconzinho. Na verdade, estou tendo dificuldade para achar bacon bom aqui. É uma crise do país que não tem bacon bom. Eles têm uns toletes muito grandes que você usa para colocar no grill. Você corta com tesoura e coloca no grill e você come pedacinhos da barriga de porco grande.  Mas o bacon em si… Eu tentei duas marcas diferentes aqui… Ele é que nem presunto. É que nem colocar um presunto na frigideira. Eu não acho isso bacana de forma alguma. Então, para resumir aqui… O alimento mais nutritivo é o bendito do bife que eu degustei aqui, delicioso. Maravilha. Então, é isso aí. Maravilha, pessoal. Show de variedades. Finaliza por hoje o episódio 118. A gente está novamente semana que vem com certeza para a gente bate rum papo sobre saúde, estilo de vida, alimentação, emagrecimento – tudo que diz respeito a isso. Um grande abraço para todo mundo. Obrigado, Dr. Souto. A gente se fala semana que vem. Até lá.

Dr. Souto: Obrigado. Um abraço. Até semana que vem.