TRIBO FORTE #130 – MACARRÃO, CARNES, GORDURA, FRUTOSE E SUA SAÚDE

Bem vindo(a) hoje a mais um episódio do podcast oficial da Tribo Forte!

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Neste podcast:

  • Hoje vamos falar de macarrão, falar de frutose e uma esperança da cura da obesidade e mais…

Escute e passe adiante!!?

Saúde é importante!

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Ouça o Episódio De Hoje:

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Casos de Sucesso do Dia

Mari

 

 

Referências

Artigo No Colégio Americano de Cardiologia Dizendo Que Uma Dieta Rica em Carnes e Laticínios É Boa Pro Coração de Todo Mundo

Artigo Sobre Aversão Genética a Doces

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes

Tribo Forte Ao Vivo 2018

 

Transcrição do Episódio

Rodrigo Polesso: Olá, olá! Bem-vindo a mais um episódio do podcast semanal da Tribo Forte. Esse é o episódio número 130. Que maravilha. Sua dose semanal de saúde. Lembrando… Passe para frente a mensagem para o pessoal que você conhece, que precisa ouvir as verdades sobre estilo de vida saudável, sobre saúde, sobre boa forma, sobre tudo isso. Peça para eles procurarem o podcast Tribo Forte seja no Spotify, seja no iTunes. Ajude-nos a espalhar essa mensagem e atingir cada vez mais gente. Hoje… No podcast de hoje a gente vai falar de… Macarrão… Vamos falar de frutose… Vamos falar de gordura… Vamos falar de bafafá… Vamos falar da sua saúde… Vamos falar de bastante coisa que você precisa saber. Esse podcast vai até bem conectado com o podcast passado, número 129, que a gente recebeu um feedback muito legal. A gente falou sobre um suposto estudo que falou sobre low carb encurtar a vida. E também sobre o bafafá do óleo de coco. Bafafá sempre existe na mídia. A gente nunca fica sem assunto aqui. A gente sempre tem assunto para deixar você de paz tranquila. A gente vem munido de nossa opinião, na maior parte do tempo. Quando é nossa opinião, a gente deixa bem claro que é nossa opinião. Mas na maior parte do tempo a gente vem aqui munido de evidência, enfim… De um racional para tentar ajudar você a ser capaz por si só de avaliar toda evidência e se proteger… Construindo sempre aquele ceticismo inteligente que a gente sempre tende a falar aqui. Antes de partir para o primeiro assunto, que é o macarrão, para a gente aquecer já falando sobre isso… Falta muito pouco para o evento Tribo Forte Ao Vivo 2018. Falta muito pouco tempo. Vai ser incrível. Uma coisa que não foi vista ainda no Brasil. Como vai ser desse tamanho e como vai ser, acho que vai ser bem bacana. Falta pouco e faltam poucos ingressos também. Nesse exato momento, 93% dos ingressos estão vendidos. Está praticamente lotado, digamos assim. Mas você ainda pode garantir seu ingresso de última hora. Se você não garantiu ainda, é só você entrar em TriboForte.com.br/AoVivo. Você vai estar lá junto com mil pessoas na sala. Você vai estar lá com 12 dos melhores palestrantes do Brasil compartilhando o que eles sabem hoje sobre todos esses assuntos. Você vai estar junto com expositores sensacionais que vão estar compartilhando com você amostras de quitutes e coisas que você pode adicionar no seu estilo de vida também. É realmente uma grande experiência. Um fim de semana inteiro. Dia 22, dia 23 de setembro, sábado e domingo. Você precisa estar lá, precisa fazer parte de tudo isso. Você vai se arrepender se não tomar essa atitude agora. Então, vai em TriboForte.com.br/AoVivo e veja todos os detalhes. Garanta seu ingresso. Pegue um dos últimos antes da porta fechar, beleza? Dr. Souto, bem-vindo de volta. Dr. Souto estava de férias na Itália, então agora tem que se acostumar. Está de ressaca de avião, né, Dr. Souto? Como está por aí?

Dr. Souto: Tudo bom, Rodrigo? Boa tarde para os ouvintes. Cansado porque eu cheguei hoje e estou com um atraso de fuso-horário de 5 horas. Embora seja 5 da tarde, para mim é como se passasse das 10 da noite. Eu também não durmo em avião, então, estou com sono. Mas os assuntos são quentes. Acho que vai dar para acordar.

Rodrigo Polesso: São quentes. Vai dar sim, com certeza. Vamos começar com um assunto quente que eu tinha notado há um bom tempo atrás aqui, que alguém me mandou no Instagram. Eu anotei para levantar uma bola que a gente sempre levanta aqui. Se você colocar sua saúde na mão da mídia, você está tostado como uma costelinha de porco… Por sinal eu comi no almoço hoje… Mas, enfim… Macarrão… Olha só… No Instagram da revista Saúde… A gente vem falando há um bom tempo aqui disso, né, pessoal? É um show de comédia, para mim pessoalmente, entrar no Instagram da revista Saúde, que supostamente é a maior revista de Saúde do Brasil. Então, imagine só o que a gente vai falar das outras. Mas alguém me mandou, “Rodrigo, olha isso aqui.” Eu entrei lá e vi o seguinte. “O macarrão não atrapalha o emagrecimento.” Grifado “o macarrão não atrapalha”. Aí tem um belo de um prato de espaguete com molho ao sugo. E é isso. Aí o logotipo e saúde em baixo. Aí o que eles escrevem é o seguinte, para vocês ficarem na mesma página que nós aqui. “Vai ter macarrão hoje?” Quem escreve é a revista Saúde. “Pois saiba que dentro de uma dieta equilibrada as massas não atrapalham a perda nem o controle do peso. Contraindicado mesmo é cortar o carboidrato de forma brutal. É como tirar a gasolina do corpo. Para ter ideia, recomenda-se que suas fontes representem de 50% a 60% das nossas necessidades calóricas diárias. Agora, é fato que a população geral está extrapolando nesse nutriente.” Bom, 60% não é extrapolar, mas tudo bem. “Então, nada de exageros, ok? Para não exceder no macarrão, priorizando somente o nutriente, o conselho é não se esquecer da salada que fornece um monte de vitaminas e minerais e também de uma fonte proteica magra. Exemplo: carne, frango ou peixe.” Olha, pessoal. Incompetência pública no Instagram. Isso tudo que você está vendo, você sabe que isso tudo não tem embasamento científico nenhum. Eles estão falando que macarrão é bem-vindo, não sei se eles foram pagos por uma indústria de farinha, mas o que eles estão dizendo aqui é pura balela, tentando enganar vocês. É uma fonte supostamente confiável. Quando eu peguei essa captura de tela, já tinham 755 likes. É uma tendência nova isso aqui. Lembrando que para cada like tem 10 ou 100 pessoas que viram também e não deram like. Resumo: milhares de pessoas impactadas por essa irresponsabilidade onde eles não listaram absolutamente nenhuma evidência aqui para tentar suportar esse tipo de coisa. E mais uma vez, se você quer cuidar da sua saúde, não vá ler notícias na mídia. Dr. Souto, é lamentável esse tipo de coisa, né? Mas não é nada novo, né?

Dr. Souto: Eu acho engraçado quando usam o termo “balanceado”. Balanceado vem de balança, que significa equilíbrio. Então, se eu quisesse balancear os três macronutrientes, eu teria que ter 33% de cada um.

Rodrigo Polesso: Exato.

Dr. Souto: Teria que ter 33% de proteína, 33% de carboidrato e 33% de gordura – o que não seria tão ruim. Não seria tão ruim. Agora, de onde é que saiu a ideia que 60% de carboidratos, 15% de proteína e um pouco de gordura é algo equilibrado?

Rodrigo Polesso: Pois é.

Dr. Souto: Que equilíbrio é esse? Então, deixa eu até comentar para os ouvintes que… Quando essa ideia dos 55% a 60% de carboidratos surgiu, lá nos 70, não tinha havido um estudo científico que tenha, vamos dizer, randomizado as pessoas para as diversas proporções diferentes de carboidratos e descobriu que essa era a ideal. Não foi assim. O que aconteceu foi o seguinte. O pessoal queria restringir a gordura. Como na época o americano médio consumia mais de 40% das calorias na forma de gordura, eles acharam que reduzir para 30%… Esse número foi inventado, saiu da cabeça de alguém… Seria interessante. Proteína, bem… Proteína não tem muito como mudar. Se consome mais ou menos na faixa de 15% a no máximo 20% nas dietas naturais, quando a pessoa não está suplementando, não está forçando a proteína. Então, se eu tenho 30% de gordura, se eu tenho 20% de proteína, bom, então deu 50%. E os outros 50% carboidrato. Então, foi assim que se chegou nos 50% carboidrato, nos 55% carboidrato, se fosse 15% de proteína. Isso não foi um estudo científico. É isso que precisa ficar claro para as pessoas. Isso foi uma suposição. Uma hipótese escrita por um comitê do senado americano. E o redator, o sujeito que redigiu isso, não era médico, não era biólogo, não era nutricionista, ele era um jornalista vegetariano. Essa foi a história. Então, nós estamos em 2018, décadas depois, basicamente dando a mesma sugestão igualmente sem um embasamento científico. E é isso. E chamamos isso de “balanceado”. Quer dizer, 55% a 60% de uma coisa num prato, 15% no outro prato… Isso é balanceado.

Rodrigo Polesso: Essa história toda foi, que nem você falou, consequência de uma premissa inválida de que gordura fazia mal. Tudo isso a gente sofre até hoje. Um exemplo muito bom disso que você mencionou… 2018… A gente está repetindo essa mesma coisa ainda… É o seguinte. A Sociedade Brasileira de Diabetes está recomendando… Deixa eu ver aqui… As diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes vigentes, 2017, 2018… Ela está recomendando hábitos e etc. para pessoas que têm diabetes, porque esse é o papel da Sociedade Brasileira de Diabetes. O que eles estão falando para as pessoas diabéticas fazerem… Hoje, 2017 e 2018, inclusive… Diretrizes publicadas no site, você pode ir lá ver… A referência vai estar aqui no artigo desse podcast. Eles recomendam ainda entre 45% e 60% da dieta de carboidratos para diabéticos. E não só isso. Eles falam o seguinte. O consumo de carboidratos não deve ser inferior a 130 gramas por dia. Então, eles te forçam a comer 45% a 60% de carboidratos… Lembrando que um diabético é uma pessoa intolerante a carboidrato… E ainda diz que você não pode ter um consumo inferior a 130 gramas por dia. Agora, se isso não é crime, o que é crime? Então, a gente continua tendo isso aí de novo, sem embasamento científico de qualidade, sem ensaios clínicos randomizados de qualidade mostrando que isso deveria ser a regra. E está aí, 2018, publicado online.

Dr. Souto: Existe um cem número de pacientes diabéticos consumindo menos de 30, menos de 20 gramas de carboidrato por dia há anos… Não apenas sem nenhum problema, mas com resultados de exames infinitamente superiores… Hemoglobina glicada melhor… Com menos problema de hipo e de hiperglicemia… Então, da onde saiu esses 130 gramas que a gente já sabe por definição que está errado, uma vez que essas pessoas não estão morrendo? Aliás, ao contrário, estão muito bem, obrigado, consumindo muito menos do que 130. Da onde saiu esse 130? Esse 130 é um número aproximado de gramas de glicose que o cérebro consome por dia numa dieta de alta glicose. Então repetindo… Uma pessoa que come uma dieta de alta glicose em torno de 130 gramas de glicose é o que o cérebro consome por dia. Incrivelmente, pessoas formadas em faculdade de medicina e faculdade de nutrição não sabem o que é gliconeogênese. O que é gliconeogênese? É o fato de que o nossos corpo… Mais especificamente o fígado… Alguns outros poucos lugares, mas fundamentalmente o fígado… É capaz de produzir toda a glicose que a pessoa necessita se a pessoa não estiver consumindo nenhuma glicose. Ou seja, não há absolutamente nenhum motivo pelo qual qualquer ser humano não possa ir abaixo de 130 gramas de glicose. Justamente porque é necessário manter uma certa quantidade de glicose no sangue, o nosso corpo que evoluiu por milhões de anos numa situação em que nem sempre tinha glicose na dieta… Aliás, nem sempre tinha dieta. Tinha dias que não tinha o que comer… Os nossos antepassados que não conseguiam fazer gliconeogênese direto morreram. Sobraram no pool genético aqueles que deram origem a nós, os nossos antepassados, aqueles que são capazes de produzir glicose por gliconeogênese por tempo indeterminado se for necessário. Além do que, tem um outro detalhe. Isso está muito bem demonstrado nos estudos de Cahill. Cahill escreve C-A-H-I-L-L… Que foi a pessoa que mais estudou jejum nos anos 50, 60 e 70. E o Dr. Cahill fez uma série de estudos mostrando que uma vez que uma pessoa esteja num jejum prolongado de vários dias, o cérebro passa a ser abastecido em torno de 70% a 75% de corpos cetônicos. Então, ele precisa de muito menos do que 130 gramas de carboidrato se você não estiver comendo carboidrato. Então, ele só usa 130 gramas de carboidrato se o que você está comendo é carboidrato. Se você está comendo pouco carboidrato, está comendo gordura, ou não está comendo nada, está em jejum o cérebro passa a usar outro substrato que são os corpos cetônicos. Ele ainda assim precisa de um pouco de glicose. Mas é apenas 25% a 30% do que ele normalmente precisaria. Isso é fornecido facilmente pelo fígado. Aliás, uma coisa que a gente já disse várias vezes aqui, não custa lembrar, não só o fígado fabrica glicose, mas um dos grandes problemas do diabetes tipo 2 é justamente o fato de que o fígado fabrica glicose demais. E por isso a glicose é alta no sangue desses pacientes. Se eles têm glicose alta no sangue por que eles deveriam ter problemas se eles consumirem menos de 130 gramas de carboidrato por dia uma vez que seus fígados já estão produzindo mais de 200 gramas de glicose por dia? E a gente dá metformina, por exemplo, para que o fígado desses pacientes produza menos glicose e o fígado deles insiste em continuar produzindo glicose demais. O problema do diabético não é falta de glicose pessoal, é excesso.

Rodrigo Polesso: Exato.

Dr. Souto: É incrível. É impressionante que em 2018 nós tenhamos que ver diretrizes com uma bobagem dessas como 130 gramas escrito. E que não tem explicação. Não tem referência bibliográfica. A referência vai dar numa especulação baseada no fato de que o cérebro de pessoas que consomem carboidrato usem em torno de 130 gramas de glicose. Isso é o que a gente sempre fala, né, Rodrigo? O mecanismo não pode ter primazia sobre a realidade. A realidade é… Qualquer pessoa pode… Qualquer pessoa que não esteja utilizando insulina, e tal… Aí teria que ajustar. Estou falando assim… Pessoas podem ficar em jejum, pessoas podem comer baixíssimo carboidrato por tempo… No caso de comer baixíssimo carboidrato, por tempo indeterminado e não há problema nenhum. Ora, se nós já sabemos, isso é um fato… Nós temos que reformular a história dos 130 gramas, porque isso é uma coisa refutada pela realidade. Mecanismos não podem ser sobrepor a realidade. O mecanismo está errado. Claro, nós já sabemos que existe a gliconeogênese que resolve este problema.

Rodrigo Polesso: Exato. Vai mudar. A gente só não sabe quando, mas vai mudar com certeza. Olha só, pessoal… Falando em mudança… Os bafafás na mídia parecem pular de estudo observacional em estudo observacional. Essa é certamente quase a única forma possível de se ver tanto por aí “disse não disse” e também tantas contradições abismais sendo disseminadas. Semana passa a gente falou, como eu disse no começo, as balelas que foram ditas sobre o óleo de coco e também de estudo supostamente mostrando que low carb encurtava a vida. É um estudo observacional, a gente falou no podcast passado, número 129, você pode voltar e ver. Hoje, poucos dias depois, na verdade, a gente tem o quê? A gente tem o Colégio Americano de Cardiologia dizendo no site dele que uma dieta rica em carnes e laticínios é boa para o coração de todo mundo. Estão repercutindo dados apresentados num congresso, que foi um efeito colateral do estudo PURE, o Dr. Souto já vai explicar melhor sobre isso. Mas o co-investigador principal desse estudo fala o seguinte… Pessoas que consumiram uma dieta que foi priorizada em frutas, legumes, nozes, folhas, peixe, laticínios e carne tiveram os menores riscos de doença cardiovascular e morte cedo… De morrer cedo. Eu estou traduzindo simultaneamente. Então, isso basicamente é alimentação forte, enfatizando comida de verdade. Tiveram as menores chances de problemas cardiovasculares, a gente já sabia disso. Ainda ele fala o seguinte. Em relação à carne, nós achamos que carne não processada foi associada com benefício. Ou seja, esse resultado é oposto do que a gente viu na semana passada. Já semana passada saiu em todos os jornais do mundo, basicamente, que low carb vai matar, low carb vai encurtar a vida, dieta paleolítica não sei o quê… Saiu tudo isso. Já isso que acabou de sair agora falando o exato oposto… Um estudo bem maior do que o estudo da semana passada… Mas ainda assim é um estudo observacional, não foi repercutido na mídia e não virou bafafá ainda, pelo menos até onde eu sei. Dr. Souto, o que é esse estudo? Esses dados que saíram que motivou aí o Colégio Americano de Cardiologia a postar sobre isso… O que que é essa história aí?

Dr. Souto: Então, é o estudo PURE, aquele que nós já falamos algumas vezes dele aqui. Relembrando, são 135 mil pessoas de 18 países, incluindo desde países mais ricos até países mais obres. Um estudo observacional. Esse estudo PURE está produzindo uma série de publicações à medida que essa grande quantidade de dados vai sendo analisada, vão sendo publicados artigos sucessivos. Este é o mais recente. Foi apresentado no Congresso de Cardiologia em Munique com esses resultados aí. A primeira coisa que eu gostaria de chamar atenção… É isso que você já chamou atenção, Rodrigo, que é o seguinte. Na semana passada… Eu estava em férias… Eu tive que basicamente interromper minhas férias, voltar para o hotel mais cedo num determinado dia, porque não parava de entrar WhatsApp, não parava de entrar direct no Instagram, não parava de entrar email, não parava de mensagem no blog… O mundo estava acabando! Porque o Bem Estar, a Globo, o Globo.com o UOL, o Terra, os jornais, o Estadão, a Folha… Basicamente todos os focos e origens de notícia e portais… Não houve nada que não estivesse repercutindo que low carb mata, que é dieta da moda, que vai encurtar sua vida em 4 anos. Bom, passa uma semana e sai um estudo maior, que é o PURE, dizendo o contrário. Basicamente eu não achei ainda uma notícia em português sobre isso. Saiu repercutindo no Guardian, saiu repercutido num outro tabloide da Inglaterra, saiu essa notinha no site do Congresso de Cardiologia em Munique… E ninguém mais falou no assunto. Então, na realidade, quem tem razão? Qual desses estudos está correto? A realidade, caros ouvintes, é que não tem como saber, porque ambos são observacionais. Eu queria ver se eu conseguia traduzir para vocês que estão nos ouvindo que estudo observacional simplesmente serve para levantar hipóteses. Eles não podem estabelecer causa e efeito. Estudo observacional não é bom nem quando vai contra o que a gente pensa e nem quando vai a favor do que a gente pensa, como esse último. Por quê? Porque eles são sujeitos a erros. O fato da vida aqui é o seguinte. São dois grandes estudos dizendo o oposto um do outro. Os dois não podem estar certos ao mesmo tempo.

Rodrigo Polesso: Exato.

Dr. Souto: Então, isso prova para vocês que estudos observacionais são problemáticos. Como é que prova? Mesmo que eu não saiba quais dos dois está errado, eu sei que um deles está. E os dois são grandes.

Rodrigo Polesso: Exatamente.

Dr. Souto: Os dois são gigantes. Os dois têm milhares de pacientes. Os dois têm um monte de anos de seguimento. Os dois são de autores respeitados. Um foi publicado numa grande revista. O PURE já foi publicado… Seus vários estudos no Lancet, em revistas grandes também. Então, por questão de autoridade de quem publica, por questão de quantidade de pacientes, por questão da importância da revista científica, ambos são equivalentes. E aí um diz uma coisa e outro diz outra. Pessoal, isso é estudo observacional. Estudo observacional tem aquele problema. A mesma coisa que já falamos na semana passada. Vou dar aquele mesmo exemplo de novo.  Estudos observacionais mostram que pessoas de raça negra têm um desempenho pior no ENEM. Bom, isso significa que ter a cor da pele escura causa um desempenho ruim no ENEM? É a melanina que causa isso? Não! Obviamente, estudo observacional não estabelece causa e efeito. Estabelece uma associação. Essa associação pode estar o quê? Escondendo variáveis ocultas. Qual seria a variável oculta aí? Nível socioeconômico. Renda. Acesso à educação. Discriminação. Tem uma série de variáveis ocultas que podem estar sendo sinalizadas pela quantidade de melanina, mas a melanina não está no cérebro afetando o desempenho na prova. Da mesma forma, não é a gordura saturada, não é carne vermelha provavelmente que está por trás de nada dessas coisas. São simplesmente marcadores. O que que acontece? Metodologias diferentes, questionários diferentes, países diferentes. Esses estudos que vêm lá de Harvard… Foi aquilo que foi comentado na semana passada… São com coortes da América do Norte e da Europa. Pessoas que estão há 40 anos ouvindo a todo momento na escola e na mídia que carne vermelha faz mal e gordura faz mal. Nessa situação, as pessoas que consomem essas coisas são pessoas que não cuidam da sua saúde, afinal se elas cuidassem da saúde elas não estariam comendo essas coisas. Quer dizer, a carne vermelha ali é um marcador de outros maus hábitos. Já no estudo PURE, que é um estudo onde boa parte da população estava em países de renda média e renda baixa… Nesses países consumir muito carboidrato acaba sendo um marcador de pobreza, porque o carboidrato é barato. A pessoa que não tem dinheiro consegue ter dinheiro para ter um pilão para comer um mingau, para comer uma farinha… Para comer um salgadinho, para comer biscoito, que são coisas baratas. Comer miojo, que é barato. Já nessas sociedades menos afluentes, as pessoas que têm mais acesso a carnes são as pessoas que têm mais educação, mais acesso à medicina, que tem plano de saúde, que tem renda maior. Vocês entendem que estudo observacional não estabelece causa e efeito porque a quantidade de variáveis de confusão é infinita? Por isso que dois estudos observacionais tratando sobre a mesma coisa, em populações distintas podem ter resultados completamente diferentes. O que a gente faz para resolver isso aí? A gente vai olhar os ensaios clínicos randomizados, os experimentos. Aí vocês podem ver. Tem listas publicadas. Tem lá no meu blog. A gente tem dezenas de ensaios clínicos mostrando que low carb é melhor para diabetes, é melhor para perda de peso, é melhor para síndrome metabólica. E low carb tem carne. E low carb tem gordura. Então, esses são os critérios maiores que a gente usa para dizer que a carne não pode ser assim tão problemática se uma dieta na qual ela está presente produz melhoras de diabetes, produz emagrecimento, produz a redução ou a eliminação da gordura no fígado e a remissão da síndrome metabólica. É por causa dos ensaios clínicos randomizados que a gente fala isso. Porque se nós formos acreditar em cada estudo observacional que aparece… Bom, aí vai ser uma loucura, porque semana passada era uma coisa e nessa semana é outra. E a mídia, bem, ela coloca o que ela quer. Na semana passada, como o estudo falava mal de low carb, bom, só faltou o pessoal ter orgasmos nas manchetes. “Viu como low carb faz mal?” Pois bem! Agora saiu um estudo observacional tão observacional como na semana passada dizendo o contrário, e cadê a repercussão? Parece que não existiu. Ninguém falou… Não vamos ser tolinhos, né, pessoal?

Rodrigo Polesso: Foi menos orgásmico esse resultado. Mas veja só… Se a gente for pensar em ensaio clínico randomizado… O grande desafio de qualquer ensaio clínico é justamente você controlar a maior quantidade de variáveis possível, para você ter a menor variação possível, a menor influência de outros fatores, para você ter mais credibilidade nos resultados. Se a gente for pensar em estudos observacionais, todas as variáveis, exceto uma, normalmente, são variáveis ocultas. São variáveis sem controle. Todas as variáveis, exceto uma que eles controlam… Normalmente, em estudos nutricionais… De nutrição… É o quê? O bendito de um questionário. Essa é a forma que eles tentam controlar essa variável. É uma forma bastante errada de fazer isso.

Dr. Souto: Vamos pegar o estudo da semana passada. Esse de Harvard. Eles dividiram em quatro quartis… O de consumo mais baixo de carboidrato que tinha uma média de 37% de calorias de carboidrato e o grupo que eles acharam que viveu mais tinha em torno de 55% de carboidrato. Se nós acreditarmos nas respostas que essas pessoas deram nos questionários, essas pessoas consumiam em média 1.600 calorias por dia. Se elas consumissem 1.600 calorias por dia, eu gostaria de saber como que o índice de massa corporal médio dessas pessoas era, se não me engano, 27. Ou seja, elas tinham sobrepeso. Se elas consumissem 1.600 calorias por dia, por 25 anos, elas estariam desnutridas. Elas seriam palitos. Então… E outra… No estudo consta que eles excluíram pessoas cujas respostas dos questionários deram coisas incompatíveis…

Rodrigo Polesso: Muito acima ou muito abaixo.

Dr. Souto: Muito abaixo, por exemplo. Abaixo de 800 calorias por dia. Então, assim… A pessoa que botou abaixo de 800 obviamente não estava falando a verdade. Mas por que eu vou assumir que a pessoa que botou 2 mil calorias está falando a verdade? Será que ela não chutou que ela tinha certeza… Se ela consumiu 4 vezes por semana ou 3 vezes por semana ou 6 vezes por semana determinado alimento? É fascinante vocês tentarem responder vocês mesmos esse tipo de questionário e ver como é subjetivo. É uma coisa completamente pseudocientífica. Como o Rodrigo disse, não se tem como controlar a maioria das variáveis. E a variável que se quer controlar é aferida por um questionário que é um negócio extremamente pseudocientífico.

Rodrigo Polesso: Exatamente.

Dr. Souto: E aí se pega esse grande banco de dados e se conclui… Em termos absolutos a diferença era muito pequena. Essa diferença que fala em X% em termos relativos. Em termos absolutos é minúsculo. Vamos linkar depois nesse podcast… Em inglês, mas enfim… Quem sabe a língua ou quem não sabe bota no Google tradutor… Uma análise que a Zoe Harcombe fez sobre esse estudo. Maravilhosa. Ali tem os números, explica direitinho. O número de pessoas que consumiam menos de 30% das calorias na forma de carboidratos… O que ainda é bem mais do que uma dieta low carb normal… Era só 300 e poucas daquelas milhares.

Rodrigo Polesso: Era muito pouco, exato.

Dr. Souto: É muito pouco. Não tem como a gente não distorcer uma estatística porque não era um ensaio clínico randomizado de low carb. Foi forçar barra ali para tentar demonstrar aquilo que eles já acreditam. Aí, uma semana depois, sai um estudo mostrando o contrário e a imprensa o que que faz? Fica bem quietinha. Na realidade, a imprensa não deveria ter repercutido nem um e nem o outro, porque ambos são observacionais; ambos não podem estabelecer causa e efeito. O que tem que repercutir são os ensaios clínicos randomizados, que de tempos em tempos saem. Só que esses aí costumam mostrar benefício vocês já sabem para quê.

Rodrigo Polesso: É. Exatamente. Exatamente. Se o pessoal quer revisar esse bafafá todo da semana passada, é muito útil… Veja o podcast 129… Tem também um podcast no blog do Dr. Souto… E tem também um vídeo que eu fiz segunda-feira passada agora. Se você procurar no YouTube “low carb encurta a vida rodrigo” você vai achar um vídeo que eu fiz lá. Então, tem várias fontes que você pode absorver para entender melhor o que a gente está falando.

Dr. Souto: Rodrigo. Sabe como eles chegaram na história dos 4 anos? Eles pegaram e viram o seguinte. Que havia um risco relativo… Relativo, aquele que infla artificialmente as coisas… Um pouco maior de morrer no grupo de consumia menos carboidrato. Era aquele mesmo grupo que era mais obeso, mais diabético e fumava mais. Aí o pessoal diz assim, “Mas nós fizemos o controle matemático para essas coisas.” É impossível fazer o controle matemático para essas coisas. Eu tenho uma postagem no meu blog chamada “viés do paciente bem comportado”. Pessoal, botem no Google: Souto dieta viés do paciente bem comportado. E leiam aquela postagem onde eu explico ali que, mesmo quando os bioestatísticos sabem que a totalidade da diferença do estudo é só por viés… Ainda assim o ajuste matemático não dá certo. Ou seja, mesmo quando eles sabem que precisa ser feito o ajuste, que o que está sendo observado é um viés, ainda assim eles não conseguem controlar. Imagina num caso desses. Mas, no estudo em pauta, como que eles chegaram nessa ideia dos quatro anos? É por uma estatística chamada curva de Kaplan-Meier, na qual a gente projeta para o futuro qual será a data média que essas pessoas vão morrer. Tem um parágrafo no meio do estudo que diz assim: “Supondo que uma pessoa fosse ter uma expectativa média de 80 anos, então, a estimativa é que essa pessoa viveria até os 76 e não aos 80 se ela consumisse menos carboidrato.” Então, eles não observaram isso na população. Não é que eles tenham visto que as pessoas viveram 4 anos menos. Eles estão pegando uma estatística que eles obtiveram comparando esses grupos com todos esses vieses que nós falamos e utilizando essas curvas de Kaplan-Meier estimando para o futuro qual seria a mortalidade diferencial desses grupos. É um truque matemático. É uma estimativa. Essas pessoas não morreram ainda.

Rodrigo Polesso: É fantasia.

Dr. Souto: É complicado. Mas chama atenção… Se você acha que estudo observacional é uma maravilha, que estudo observacional é realmente importante, que a nutrição deveria se basear em estudos observacionais, bom, então você tem um pepino na mão, porque agora, esta semana, saiu outro estudo observacional maior do que o da semana passada dizendo que carne vermelha é bom para a saúde, que laticínios gordos, queijos, são bons para saúde, mas que carboidratos refinados são ruins. E aí? Qual deles têm razão? O jeito é ir para o ensaio clínico randomizado, e esses vocês sabem para que lado que pende.

Rodrigo Polesso: É isso aí. Isso mesmo. Beleza. Vamos lá. Olha só o estado da medicina hoje em dia, pessoal. A gente já falou sobre isso antigamente, mas tem um estudo que eu também tinha anotado para a gente comentar. Um estudo não. Um artigo que saiu na Bloomberg. O Dr. vai lembrar. A manchete é a seguinte. “Uma rara aversão genética a doces pode ser a chave para a luta contra a obesidade. Eles descobriram que 1 em cada 130 mil pessoas… Está muito raro… Possui uma mutação genética chamada frutosúria essencial, onde essas pessoas não conseguem digerir frutose, o açúcar das frutas, como a gente sabe, e dos legumes também. Por isso essas pessoas têm aversão a doces. O artigo nota o seguinte. “Aqueles com essa mutação parecem ter riscos muito baixos de desenvolver diabetes tipo 2 e problemas do fígado.” Será que não é a gordura que causa diabetes tipo 2 como Harvard diz? Eles sabem que é o açúcar. Por que será que pessoas que têm aversão a doces não desenvolvem diabetes tipo 2? Que mistério, né, pessoal? Mas ao invés de pensar com o cérebro e não com outra parte do corpo o artigo segue dizendo que pesquisadores e a indústria farmacêutica então ambos ansiosos para estudar mais essa condição frutosúria essencial para tratar diabetes. É tão difícil, pessoal, achar alguém que tenha essa condição, de tão rara… Que a Pfizer, que é a maior empresa farmacêutica americana, com vendas de 53 de dólares no ano passado, não conseguiu achar nenhuma pessoa se quer para estudar. Fica a nota. Esta aí uma ótima oportunidade para você fazer dinheiro caso você tenha essa mutação. Entre em contato com a Pfizer que você vai ganhar uma grana boa. Mas o pior é que o vice-presidente da empresa disse o seguinte. “Nós esperamos que, no longo prazo, nós possamos de fato prevenir resistência à insulina e obesidade.” Ei, nós já sabemos como faz isso e de graça… E sem nenhum tipo de medicamento.

Dr. Souto: Não precisa ter essa mutação. Ninguém é obrigado a comer açúcar.

Rodrigo Polesso: Exatamente.

Dr. Souto: Olha só, a frutosúria essencial… Falta uma enzima no fígado e essas pessoas não conseguem metabolizar frutose. Ora, então o que acontece? Essa frutose que normalmente vai para o fígado e lá causa todo o caos, causa gordura no fígado, resistência à insulina, é transformada em gordura, triglicerídeos sobem… Enfim, tudo que a gente sabe que o açúcar provoca. Nessas pessoas a frutose acaba sendo excretada intacta na urina. Então, ao mesmo tempo, elas também têm uma aversão aos doces. Mas mesmo que ela coma doces… O açúcar é digerido, a glicose vai ser usada por todos os tecidos e a frutose eliminada ao invés de ser metabolizada. E como o artigo explica, é super raro, mas as pessoas que têm isso aí estão praticamente protegidas a vida inteira contra a obesidade, síndrome metabólica e diabetes. Ora… Precisa uma prova maior de que é o açúcar que está por trás dessas doenças? Depois dessa mutação. Se eu estivesse escrevendo essa reportagem, eu diria… Olha, é uma descoberta sensacional no sentido de fazer uma coisa chamada randomização Mendeliana. Aqueles de vocês que não são da área médica e dizem, “Pelo amor de Deus! Que diabos é isso?” Randomização Mendeliana é o seguinte. Os genes que nós recebemos são aleatórios. Eu não escolho os genes que eu vou nascer. É uma combinação dos genes do meu pai e da minha mãe. então, os genes estão distribuídos na população de uma forma relativamente aleatória. Então, a própria natureza randomiza esses genes, quer dizer, os coloca de forma aleatória. E aí se nós temos pessoas que têm esses genes da frutosúria, e tem pessoas que não têm… E as pessoas que têm esse gene não ficam diabéticas e não ficam obesas, nós temos uma possibilidade de dizer que sim, a frutose tem uma relação causal com obesidade e diabetes tipo 2. A natureza já fez esse estudo randomizado para nós. Randomizou Mendeliano, no sentido de Mendel… Hereditariedade… Randomizou isso para nós. Então, a gente já tem um estudo natural feito. E se eu tivesse escrevendo esse artigo, eu diria, puxa vida, sensacional. Agora o que nós podemos fazer? Ainda mais sugerir para as pessoas que evitem o açúcar. Qual é a pegada do artigo? Vamos tentar desenvolver um remédio para simular nas pessoas essa mutação. Vocês entendem que coisa louca? Seria como eu tentar desenvolver uma bombinha que proteja o pulmão das pessoas contra o cigarro para elas poderem continuar fumando… Em vez de simplesmente dizer para as pessoas pararem de fumar. Então, assim… Eu não preciso de um remédio que faça com que as pessoas urinem a frutose que elas comam. Eu só preciso dizer para as pessoas… Pessoal, a gente descobriu. O problema é o excesso de frutose na dieta. Frutose significa açúcar. Comam menos açúcar. Então, quer dizer… Eu li esse negócio e me dá uma vontade de gritar alto.

Rodrigo Polesso: Por isso que eu falei do estado da medicina hoje. Está aí. A gente está na remediação sempre. Como que a gente pode continuar enchendo a goela de porcaria… Continuar sedentário e ao mesmo tempo ter six pack e ser saudável? É basicamente isso que eles querem dar a solução para o pessoal. Esforço nenhum, benefício total. A gente sabe para onde isso está indo. Esse caminho não está funcionando. É muito óbvio isso. Sabe o que está funcionado? O que está funcionado é o caso de sucesso de hoje que foi mandado pela Mari. A Mari falou: “Menos 12 quilos! Muito contente com os resultados.” E o que ela está fazendo? Alimentação forte, um protocolo correto de jejum intermitente feito na hora certa, de forma estratégica, seguindo as três fazes do programa Código Emagrecer De Vez. Ela perdeu 12 quilos e mandou uma foto do antes e depois.

Dr. Souto: Em quanto tempo isso, Rodrigo?

Rodrigo Polesso: Eu não vi… Três meses.

Dr. Souto: Três meses. Eu li esses dias que está aprovado pelo FDA uma nova medicação para emagrecimento. Na realidade, essa medicação já estava aprovada. A notícia agora é que saiu um estudo com 2 anos de segmento mostrando que esse remédio para emagrecer, ao contrário de vários outros, não aumenta o risco de morrer do coração ou de ter problemas nas válvulas cardíacas. Então, a boa parte dos remédios para emagrecer aumenta o risco de ter arritmias cardíacas fatais ou de ter problemas nas válvulas cardíacas que torna necessário fazer uma cirurgia para substituir a válvula cardíaca. Este remédio para emagrecer não tem esse problema. Este remédio, se usado por 40 meses, vai produzir uma perda média de peso de… 4 quilos.

Rodrigo Polesso: Ô louco. Que sensacional.

Dr. Souto: Então, custa 200 dólares por mês…

Rodrigo Polesso: Caramba…

Dr. Souto: E aí você vê. A pessoa pega, faz o Código, está comendo maravilhosamente bem… Comendo comida gostosa, saudável, comida de verdade, obtendo sua comida… Não está gastando 200 dólares para comprar comprimidos. Ela está indo no açougue, na feira, comprando comida de verdade. Em 3 meses ela perdeu 3 vezes mais peso do que essas pessoas tomando este remédio que custa 200 dólares por mês… Perderam em 2 anos.

Rodrigo Polesso: 40 meses você falou. Mais ainda.

Dr. Souto: É mais ainda. É incrível… É isso que você falou… A ideia é que a pílula vai resolver nossos problemas. Como diz o Assem Malhotra… É muito raro que a saúde possa ser obtida dentro de um frasco de comprimidos. Claro, existem situações onde a medicação é indispensável. Mas de uma forma geral a busca da saúde tem que ser feita por estilo de vida. Então, as pessoas pagam uma fortuna para usar um remédio para ter uma perda média de 4 quilos depois de um montão de tempo. A grande coisa que está sendo festejada é que o negócio não mata do coração e não destrói as válvulas cardíacas, como se isso fosse uma grande vantagem. O mínimo que a gente espera é que um remédio não faça você ter que fazer uma troca duma válvula do coração. Mas o resultado é pífio. É um resultado que você pode obter muito melhor simplesmente comendo comida de verdade, evitando carboidratos, especialmente os refinados. É simples.

Rodrigo Polesso: Exato. Muito simples. Se o seu interesse ouvindo isso aqui é estilo de vida, não sofrer e melhorar a vida de uma forma perene, para sempre… Venha encontrar a gente no Tribo Forte Ao Vivo esse ano. Vai lá no TriboForte.com.br/AoVivo. E se você quer perder peso como prioridade… Seu objetivo é emagrecimento… Conte com a ajuda do Código. É só entrar em CodigoEmagrecerDeVez.com.br. Tem tudo para você se ajudar. Não precisa ficar sozinho nessa estrada. Olha só, vamos fechar esse podcast comentando o que nós degustamos na última refeição. Eu já falei que eu acabei de comer duas pelas ripas de costelinhas de porco. Eu fiz no forno aqui em casa. Uns pedacinhos de queijo de sobremesa. Foi sensacional. Delícia, delícia, delícia. Estou lambendo os beiços até agora. Dr. Souto, você acabou de voltar de viagem. Chegou a comer alguma coisa? O que comeu na última refeição?

Dr. Souto: Eu comi muito bem no almoço. Eu fui na casa dos meus país e tirei o atraso especialmente de carne. Peixe é bom, eu gosto de peixe. Comi peixe na Itália quase todos os dias. Mas estava com saudade de carne eu sou gaúcho. Então, eu comi costelinha de porco. Eu comi filé. Eu comi strogonoff. E, além disso, eu comi também espinafre e abobrinha recheada.

Rodrigo Polesso: Não está com fome agora, então.

Dr. Souto: Não. E eu repeti várias dessas coisas. Strogonoff foi servido mais de uma vez. As costelinhas foram mais de uma. O filé também. Eu tirei o atraso. Realmente estava muito bom.

Rodrigo Polesso: Que bom. É isso aí, pessoal. Maravilha. Mais um podcast para você mandar no WhatsApp para a galera escutar. Traga a luz da verdade pelo menos para mais gente… Começar a influenciar positivamente mais gente para a gente começar a crescer cada vez mais e atingir cada vez mais gente.

Dr. Souto: E se você ainda acha que a gordura é um problema, ou que a carne é um problema, não se preocupe porque daqui mais uma semana deve sair um novo estudo observacional dizendo o contrário do que esse dessa semana, porque eles são assim. Tem para todos os gostos.

Rodrigo Polesso: Para todos os gostos. Não se enganem, pessoal. Se protejam, não se enganem. Tenham uma ótima semana. A gente se fala no próximo episódio.

Dr. Souto: Dr. Souto, um abraço para você também. Até mais.

Rodrigo Polesso: Um braço. Até a próxima!