Bem vindo(a) hoje a mais um episódio do podcast oficial da Tribo Forte!
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Neste podcast:
- Grãos integrais;
- Selo arte no Brasil;
- Comentários sobre a soja;
Escute e passe adiante!!
Saúde é importante!
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Ouça o Episódio De Hoje:
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Caso de Sucesso do Dia
Referências
Meta-análise Sobre Grãos Integrais
Transcrição do Episódio
Rodrigo Polesso: Olá, bom dia, bom dia pra você, ou boa tarde! Bem vindo ao episódio 181 do podcast semanal da Tribo Forte, sua dose semanal de saúde baseada em evidência. Hoje a gente vai passar por alguns tópicos incluindo grãos integrais, os famigerados grãos integrais, o selo arte no Brasil, e também o comentário sobre a soja aqui. Bom, antes de dar as boas vindas ao Dr. Souto quero só dar um aviso rápido a você que está chegando a hora do evento Tribo Forte ao Vivo 2019 aogra, nos dias 28 e 29 final de semana de setembro. Se você mora em São Paulo, ou mora perto, ou mora muito longe, com tem gente vindo de outros países também, entre aí agora para garantir o seu ingresso e também já convide alguém pra ir junto com você. O site é triboforte.com.br/aovivo . Garanta seu ingresso lá, venha ver as nossas palestras, eu vou estar lá, o Dr. Souto vai estar lá, a Patrícia vai estar lá, o Dr. Bomeny, Dr. José Neto, muita gente bacana vai estar lá durante esses dois dias. E o melhor investimento é aquele que você faz em aprender como ser a melhor versão de você mesmo. Então fica aí o meu convite, está chegando a hora do evento Tribo Forte ao Vivo 2019 em São Paulo. Dr. Souto, como está por aí, tudo certo?
Dr. Souto: Tudo certo Rodrigo! Bom dia e bom dia aos ouvintes.
Rodrigo Polesso: Maravilha, vamos lá. A gente normalmente fala da mídia numa conotação não tão positiva infelizmente por causa que as informações não são tão positivas assim. Mas também te uma coisa boa que saiu, que eu acredito pelo menos que seja uma iniciativa boa. Eu não cheguei a investigar por trás o que eles estão achando sobre isso. Mas saiu agora o novo selo arte no Brasil, que acabou de ganhar regulamentação. Ele foi aí uma lei sancionada no passado ainda mas agora que ele acabou ganhando uma regulamentação de como vai funcionar de fato. Então antes desse selo arte, a venda dos produtos artesanais no Brasil era limitada ao município ou ao estado em que o alimento era feito e inspecionado. Agora esses produtos, com selo, poderão ser vendidos no país inteiro mediante fiscalização de órgão estaduais e federais. Primeiro eles vão focar em laticínios, como queijo, e no futuro eles pretendem também regulamentar mel, linguiças, embutidos, etc… e como devem ser esses alimentos que devem receber o selo arte? Segundo esse artigo que saiu no G1, os produtos alimentícios identificados com o selo arte deverão ser feitos com matérias primas de origem animal produzidas na propriedade ou com origem determinada. Os procedimentos de fabricação deverão ser predominantemente manuais e não poderão ter adição de corantes e aromatizantes artificiais. Cada selo terá um número de rastreabilidade que permitirá ao consumidor identificar o nome do produtor, a data e o local de fabricação do produto. Isso é excelente. A gente tem iniciativas parecidas com laticínios principalmente na França, na Itália, já falei isso sobre isso em vídeos que vem nos queijos a denominação de origem né… que é basicamente isso, é uma regulamentação dos métodos tradicionais de como o alimento é feito. E essa questão de rastreabilidade que o Brasil está pensando em colocar também acho que é bem bacana. Não cheguei a ver se eles tem lá também. Mas eu acho que enfim, Dr. Souto, que é uma iniciativa bacana pra abrir um universo um pouco maior para os fabricantes de produtos artesanais que não mais precisam se limitar a somente o estado. Eu não sei o quanto engessado o quão demorado será esse processo de certificação desse selo arte, mas eu acho que vai ser uma forma bacana de o consumidor poder identificar um produto que é de fato manual, artesanal, e feito de forma tradicional. Principalmente, como falou, em primeira instância aqui queijos… onde os pequenos produtores vão poder colocar isso nas prateleiras de uma forma mais confiante no caso. O que você acha da iniciativa?
Dr. Souto: A minha primeira reação é como você disse, achar muito bom. Eu também não investiguei, eu to tomando conhecimento agora que estamos conversando, eu não tinha visto essa matéria. Mas eu acho muito positivo né?!! E pelo que eu entendo, isso amplia a possibilidade da disseminação desses produtos, porque atualmente, por exemplo laticínios eu sei que é complicado fazer um laticínio e tentar vender em outro estado, porque a fiscalização é estadual. Então pelo que eu entendi, do que você me leu aí da matéria, esse selo aí já facilita um pouco esse trânsito dos produtos artesanais e ao mesmo tempo dá aí uma segurança maior pro consumidor, de que ele não está levando gato por lebre. Ele ta comprando um produto que é certificado, que tem qualidade, que foi inspecionado. Mas acho que o principal é poder manter vivo essa produção pequena, essa produção familiar que introduz aí tanta variedade nos métodos de produção. Tantos produtos maravilhosos a gente vê nesses países que tem tradição, por exemplo em laticínios, como França, Itália… a quantidade incrível, a variedade, são centenas e centenas de variedades distintas de queijo. Cada um produzido com a sua receita original, que as vezes é feita só naquela região específica, um pequeno distrito do país. Aí tem essa característica da denominação, da região… eu acho sensacional, porque caso contrário, se isso deixa de existir a gente passa a ter essa grande homogeneização, na qual tem 4 ou 5 variedades do produto, produzido por grandes empresas, produzido de forma industrial, não que isso seja necessariamente ruim. Mas se perde essa riqueza da produção do pequeno produtor, da produção artesanal. Então ter um selo pra proteger isso aí eu acho sensacional. Como você disse, eu também não investiguei, fiquei sabendo agora da notícia. Mas numa época em que tem tanta notícia ruim é bom né poder dar uma notícia boa.
Rodrigo Polesso: Exato, exato. A iniciativa é muito boa. Eu acho que todo mundo valoriza meio que instintivamente assim, um produto que é feito de forma tradicional, com produtos naturais, com métodos tradicionais, eu acho que todo mundo valoriza isso. O pessoal quer aquele queijo de procedência, aqueles embutidos de procedência, como eram feitos tradicionalmente. Eu acho que não é segredo pra todo mundo que alimentos feitos pela indústria hoje passam pelo ceticismo maior por parte das pessoas. Ainda mais num mundo onde a doença ta predominante, infelizmente, obesidade também. Então ta vindo na direção certa, as pessoas vão poder identificar isso nesses alimentos. Mas claro, a iniciativa é uma coisa linda, mas a prática como isso vai ser implementado, quem vai poder dar o positivo ou o negativo vão ser só esses produtores. Então vai ter que esperar pra ver como isso vai se desenrolar aí. Olhe só, a onda de irracionalidade ideológica continua a opressão, como a gente sempre fala aqui, contra a carne, apesar de o problema ser muitas vezes, obviamente, outro. Saiu um artigo no G1 com a seguinte manchete: “Comer ovos, porco e frango na Europa aumenta desmatamento no Brasil”. Hehehe… diz Greenpeace… essas manchetes sensacionalistas são incríveis né pessoal?!! Daí a sub-manchete, o subtítulo seria a ong, o Greenpeace adverte que a importação de soja transgênica por nações europeias estimula produtores latino americanos a derrubar florestas. Hmmm, ok… então eles colocaram, ovo, porco, tudo bem… chamou atenção negativa para as carnes… o que eles falam? A organização ambiental Greenpeace alertou nessa terça-feira que comer ovos, frango ou porco na Europa aumenta o desmatamento no Brasil e na Argentina. ¾ da importação são destinados… isso é interessante, eu não sabia… ¾ da importação de soja pela Europa são destinados a criação, a criação industrial de frango para abate e galinhas poedeiras. 50% são para galinhas poedeiras. 50% de toda soja que é importada na Europa. 24% para alimentar porcos, as vacas leiteiras consomem 16% da soja importada, e as vacas de corte 7% apenas. Pra reduzir, eles continua dizendo no artigo, para reduzir as emissões de gases do efeito estufa a ong defende uma o que? Aí segure-se na cadeira… transformação do sistema agrícola, através da redução do que? Do consumo e produção de proteína animal. Na Europa Ocidental onde o consumo de carne e produtos lácteos é quase o dobro da média global, esse consumo precisa ser reduzido em cerca de 80% até 2050, diz o Greenpeace. Peraí, a gente não ta falando da soja até agora? O que tem a ver a bendita carne com essa história? De novo, essa onde, a onde de ideologia contra a carne continua forte. E todo ângulo que você puder fazer um frame negativo da carne, isso ta acontecendo, e vai continuar acontecendo. O problema aqui é o que? É alimentar um animal com um elemento que não foi enfim, que se esse animal não está evolutivamente programado pra comer. Mas esse é um problema muito complicado, a gente pode falar muito. O ponto aqui é o seguinte: 50% da soja transgênica no Brasil, quase toda soja é transgênica, 50% vai pra galinhas poedeiras, os ovos, e somente 7% vai pra vacas de corte. Mas claro que na conclusão do artigo eles generalizam e falam que a Europa precisa cortar o consumo de carne em 80% até 2050. Talvez eles queiram que a Europa também siga na onda de obesidade e doença dos Estados Unidos. Pode ser que esse seja o plano deles de controle populacional, não sei, hehe… Mas Dr. Souto, como você analisa isso aí, é um tema que poderia falar aqui por 20 horas…
Dr. Souto: Pois é, o Rodrigo, mas e se reduzir em 80% o consumo de proteína animal na Europa, carne, ovos, frango?
Rodrigo Polesso: Vai aumentar do que né?
Dr. Souto: Eles vão comer o que daí?
Rodrigo Polesso: Soja!!! Hahaha…
Dr. Souto: aha pois é, mas eu achei que o problema era a soja. Porque quando a soja, quando se fala da soja pra falar em redução do consumo de produtos de origem animal, quando se fala bem do hambúrger, aquele beyond burger, enfim, desses hambúrgueres veganos a base de soja, aí é uma maravilha, porque aí ta diminuindo o aquecimento global, ta diminuindo o consumo de água, muito embora seja água da chuva. Então neste contexto aí então plantar soja é bom, porque produz menos consumo de carne. No entanto quando se diz que a soja ta sendo usada pra produzir animais, bom, aí a mesma soja passa a ser ruim…
Rodrigo Polesso: É o TMAO e o TBOM né?!! hehehe
Dr. Souto: Exatamente. Então é mais um desses exemplos onde a narrativa muda de acordo com o objetivo. O objetivo é demonizar produtos de origem animal. Uma vez estabelecido que nós queremos demonizar produtos de origem animal, nós temos que achar motivos pra isso. Então, qual é o motivo? Ah, o motivo é que se planta muita soja no Brasil, e se derruba floresta pra plantar soja pra produzir produtos de origem animal na Europa. Ok, então a gente diz assim: “então não vamos mais consumir esses produtos de origem animal par que não se derrube florestas”. Aí a gente passa a substituir esses produtos com hamburgueres veganos. Mas aí o hambúrguer vegano é feito de soja também… aí a narrativa muda pra dizer: “bom, mas aí você ta eliminando vacas que produzem metano”. Entendeu que a narrativa vai mudando? Aí agora nós já não falamos mais da soja… porque a soja, teoricamente nesse raciocínio ela deveria ser evitada, uma vez que é a soja que está sendo o motivo da derrubada da floresta. Mas não, se a floresta for derrubada para produzir o hamburger vegano, a gente esquece da floresta e vai falar do pum das vacas. Agora, se nós estamos falando que essa soja é usada para alimentar animais, bem, aí eu to infringindo a minha conclusão apriorística. Que eu já parti do princípio de que animais… eu tenho que eliminar o consumo de animais… ah, então a culpa é da soja. Então a soja ela vai ser boa ou ruim no discurso, dependendo de se onde eu to sendo a favor ou contra o consumo de animais.
Rodrigo Polesso: E claro, se cair a produção ou o consumo de soja você acha que eles vão fazer o que naquela mesma área de monocultura? Vai plantar milho, vão plantar ervilha, vão botar qualquer outro crop… então a culpa não é da soja só, especificamente.
Dr. Souto: Então quer dizer se o problema é a conservação da floresta, bem, tem que haver uma vigilância mais adequada, tem que haver punição… eu acho que não importa se as pessoas pensam de um jeito ou de outro. Provavelmente ninguém que está nos ouvindo é a favor da derrubada da floresta amazônica. Agora, o que ta se fazendo é usar o pretexto da floresta pra defender uma agenda ético, moral, religiosa, que é o veganismo. Então, nesse momento a floresta amazônica é usada pra esse sentido. Agora, na hora que se defende a mesma soja para alimentar os humanos pra que eles não comam carne, a soja que era ruim passa a ser boa.
Rodrigo Polesso: Exatamente. Ah, tá loco. E outra, se o mundo virasse, enfim… um comentário pra gente fechar… a gente podia ficar aqui falando 20 horas por vez… mas o volume necessário de comida para alimentar um ser humano de plantas é muito maior do que o volume de animal né?! Então se a população começasse do nada a 80% comer mais, basear a sua alimentação em legumes e etc, a área necessária para produzir isso aí seria muito maior né?!
Dr. Souto: É, e a gente sabe que a quantidade diária no mundo que pode ser arada pra plantação, plantações tradicionais… vamo pegar aí milho, arroz, trigo… essas principais, ela é uma área muito, mas muito menor do que a área na qual é possível a criação de animais que comem grama, que comem pasto. Então, um exemplo, esses dias eu tava lendo da situação do Reino Unido, boa parte da topografia da ilha se presta a criação de ovelhas, se presta a criação de animais, e não se presta a agricultura. E aí se eu quero que os ingleses reduza em 80% o seu consumo de produtos de origem animal, significa que vai ter que haver, não apenas monocultura no Brasil, porque não tem como plantar isso na Inglaterra, mas que isso vai ter que se utilizar combustíveis fósseis pra levar de navio e de avião esse monte de comida lá pra ilha. Ilha essa que poderia se auto sustentar consumindo aquilo que a ilha sempre produziu, aquilo que é adequado a geografia local. Então pra que os veganos, vegetarianos da Europa possam comer toda essa quantidade de vegetais, e variedades de vegetais, é necessário consumir um monte de combustíveis fósseis para trazer coisa que são plantadas em outros lugares do mundo, derrubando florestas em outros lugares do mundo. Mas é que derrubar florestas pra promover uma agenda vegetariana aparentemente não é ruim.
Rodrigo Polesso: Não, hehehehe…
Dr. Souto: E usar combustíveis fósseis que realmente vão pegar carbono novo que estava enterrado a 200 milhões de anos e botar na atmosfera não é ruim, desde que seja para transportar vegetais.
Rodrigo Polesso: É, você vê só como as coisas mudam… é uma visão muito míope, muito simplista que muitas pessoas tem que compram essa ideologia. Então tem que inserir também o ceticismo inteligente nessas pessoas também pra contestar esses fatos um pouco. Então maravilha, essa foi a questão da soja aqui pessoal, pra mostrar como a gente pode distorcer as coisas facilmente na mídia, e acabar comprando uma ideia que simplesmente não é verdadeira quando a gente olha os fatos. Antes de partir para os grãos e integrais, tem um estudo bem legal sobre isso, o caso de sucesso incrível hoje aqui, da Cida, A cida falou o seguinte, mandou a foto do antes e depois. Olha só, ela falou: “gratidão Rodrigo, emagreci 68 kg com você”. Na verdade ela emagreceu sozinha, botando em prática tudo que a gente dissemina né? 68 kg… você precisa ver a foto dela. A foto tá lá no Instagram do Emagrecer De Vez, também no site do Emagrecer De Vez. Mas incrível, incrível a transformação, 68 kg sem bariátrica, sem nada. E quando você emagrecer sem bariátrica, como eu tava falando outro dia numa live com a Dra. Janaína Koenen, ela falou quando a pessoa emagrece grande quantidade de peso naturalmente, aquela pele extra, aquela pele flácida, que geralmente a gente vê em pessoas que fazem bariátrica, ela é consumida a medida que você vai perdendo a gordura. Então a flacidez diminui-se muito, não fica aquela cena meio estranha de pessoas que fizeram bariátrica, com aquela pele solta, que depois tem que fazer cirurgia pra tirar. Então, emagrecimento natural, como sempre foi, ele tende a gerar o melhor resultado estético e também em termos de saúde, o mais sustentável de todos. Então 68 kg seguindo a Alimentação Forte, você pode seguir isso também, passo a passo, entrando no programa Código Emagrecer De Vez, é só você entrar em codigoemagrecerdevez.com.br , se você quer um guia passo a passo, mês a mês, fase a fase, pra ajudar a chegar lá. Enfim, nada de milagre, não é nenhuma pílula, nenhuma água com limão, chá de hibisco, foi simplesmente comendo coisa saudáveis. Coisas deliciosas, saudáveis e nutritivas. Olha só, grãos e integrais, isso mesmo, aqueles grãos e integrais que devem ser a base da alimentação, de praticamente todo mundo, segundo diretrizes governamentais de vários países, e profissionais de saúde por aí. Saiu uma nova meta análise de ensaios clínicos randomizados, agora em agosto, avaliando o efeito do consumo de grãos e integrais, dos venerados, na obesidade. E no total eles pegaram 21 ensaios clínicos randomizados, com total de pessoas de quase 1800 participantes maiores de 18 anos. Aí, em se tratando de peso corporal, e também porcentagem de gordura, essa revisão não conseguiu achar nenhum benefício do consumo de grãos e integrais. A conclusão é a seguinte dessa revisão aí: Nossos achados não suportam, não apoiam as correntes, as recomendações atuais da ingesta de grãos e integrais na tentativa de se controlar a obesidade. Caramba, pessoal, essa é a última meta-análise, é a nata da evidência científica que a gente tem disponível. Mas a coisa não é a primeira meta-análise, já tinha outra meta-análise no passado, e existem muitas falando dessa questão dos grãos e integrais. E grãos e integrais podem sim ser um ótimo alimento para cavalos e equinos, mas para seres humanos a gente vê, que não existe comprovação nenhuma que existe qualquer benefício para se reverter a obesidade. E ainda assim é que a gente continua recomendando para as pessoas. Ainda mais agora, nessa onde de ideologia que a gente está falando, onde a gente continua empurrando a ideia de comer menos carne, que é o que poderia salvar essas pessoas, e começar a incentivar o aumento dessa coisa que é, aparentemente, inútil para pessoas obesas. Dr. Souto, que que tem pra falar sobre isso?
Dr. Souto: Pois é, olha só, grãos, cereais, são basicamente amido. E amido, como você que está nos ouvindo deve saber, é glicose. Certo?! Então amido pode ser utilizado como sinônimo de glicose, é literalmente a mesma coisa. Então aí vem a ideia assim: “bom, vamos consumir grãos e integrais, porque grãos e integrais são amido”, tá certo?! Grão e integral é amido com um pouquinho mais de fibra, porque a casquinha ali foi preservada. Mas pega assim, dá uma olhadinha assim, bota no wikipedia: trigo integral, por exemplo. Você vai ver que a maior parte, aquele endosperma do grão, tá lá, aquilo é basicamente amido. E tem uma fina casca de fibra, fibra essa que a gente não consegue digerir, não consegue utilizar, que é a celulose. Celulose que é a mesma da madeira, do papel. A fibra que ainda parece ser útil é a fibra solúvel, então as fibras solúveis que a gente vai encontrar no abacate, que a gente vai encontrar em vários legumes que a gente consome, como abobrinha, chuchu. A fibra solúvel parece ter uma utilidade maior. Mas aquilo ali é celulose, é como se fosse papel. E como é uma pequenina proporção do grão que é composta por celulose, basicamente o que ela faz? Ela diminui um pouquinho a velocidade com que aquele grão vai ser digerido. Então quando você vê as tabelas de índice glicêmico, você ai ver lá que o arroz integral tem o índice glicêmico super elevado, praticamente… desculpe, o arroz branco, o índice glicêmico super elevado, porque ele é praticamente amido puro. E o arroz integral tem o índice glicêmico um pouco mais baixo, um pouco mais baixo. Mas ainda equivalente ao índice glicêmico ao açúcar do açucareiro. Deixa eu repetir aqui pra ficar bem claro. O índice glicêmico do arroz integral é igual ao índice glicêmico do açúcar do açucareiro. O integral eu to falando, porque o arroz branco tem o índice glicêmico muito superior ao do próprio açúcar. Então não me surpreende que na realidade grãos e integrais não esteja associados com emagrecimento, porque a gente nunca pensou que tivesse né?! Mas sim, na hora de propor que as pessoas consumam isso, digam: “olha, numa dieta para emagrecimento você deve trocar o pão branco pelo pão integral”. Você na realidade não deveria comer pão né?
Rodrigo Polesso: É, o problema é esse.
Dr. Souto: É, se você ta querendo perder peso, bem, você quer o que? Que o corpo use gordura como fonte de energia. Se você entupir ele de glicose ele não vai usar gordura, ele vai armazenar gordura, certo? Então essa é uma coisa bem básica, bem simples da gente entender. E existem, só pra lembrar, duas outras meta-análises grandes, sobre grãos e integrais, que dizem a respeito a outros desfechos. As duas são conduzidas pela Cochrane, que é essa instituição que faz revisões sistemática e meta-análises. Uma delas, já é até um estudo mais antigo, tem cerca de 10 anos, mostrando que o consumo de grãos e integrais não parece prevenir o diabetes tipo 2. O que mais uma vez não espanta né Rodrigo?
Rodrigo Polesso: Porque é amido puro né…
Dr. Souto: Porque é amido puro, diabetes tipo 2 é uma doença de intolerância a glicose, amido é glicose. Então de que forma eu consumir amido puro, glicose pura, com casquinha, que é o caso do grão e integral, iria ajuda numa doença na qual não deveria estar comendo carboidratos. E a outra meta-análise, é de grãos e integrais para doença cardiovascular, que também mostrou que não há benefício. Então, recapitulando, grãos e integrais não estão associados a benefício quando a gente olha as meta-análises dando foco principalmente nos ensaios clínicos randomizados, não estão associados a benefícios para doença cardiovascular, para diabetes, ou para perda de peso. Portanto diretrizes recomendam que 60% da dieta da semana seja composto disso.
Rodrigo Polesso: É, a única população tradicional que fez isso, que temos documentado muito bem foram os egípcios, que basearam sua alimentação em grãos e integrais, e é o povo mais doente documentado na história. Então sei lá, tem vários coisas que a gente poderia usar como argumento para corroborar essa ideia de que grãos e integrais não são saudáveis nesse sentido. E não são poderosos para reverter o problema que é causado por eles, hehe, que é meio engraçado até de falar. E outra coisa que muita gente pode argumentar, que é a questão que você falou, do índice glicêmico. Só que pessoal, as pessoas fazem coisas incríveis para diminuir o índice glicêmico, como se esse fosse o problema de tudo, existe um conceito mais evoluído que é de carga glicêmica. Independente do arroz integral ter menor índice glicêmico, a carga glicêmica é muito semelhante, porque ambos irão conter a mesma quantidade de amigo. 100 gr de integral 100 gr de branco vão ter a mesma quantidade de amido. É como tentar curar um alcoólatra falando: “toma cerveja com psylium dentro”. Pronto, vai diminuir o impacto metabólico porque tem fibras dentro e vai absorver a cerveja. Não, o copo de cerveja do mesmo tamanho vai ser a mesma coisa, assim como esses outros aspectos. E outra coisa que eu já coloco na mesa aqui, a gente não vai discutir, mas é mais uma especulação minha, que eu acho… é que os alimentos não integrais… alimentos não, os grãos não integrais, ou seja, o arroz branco, a farinha de trigo branca, ao meu ver seria menos negativo a saúde geral do que os integrais. Justamente por causa dessa camada de fibra que está redor que geralmente é onde se concentra também os benditos anti-nutrientes. Enquanto populações tradicionais foram longe para tentar polir o bendito do grão, como os chineses… por que eles comem arroz branco e não arroz integral? Por que eles iriam se dar ao trabalho o arroz branco por estética? De polir esse arroz? Ou porque eles sabiam que a parte de fora é mais problemática? Assim como com o trigo e outra coisas também, enfim… são muitas coisas a se pensar, mas dá, enfim, pra ter uma ideia de quanta coisa errada é dita por aí. Não sei o que você acha disso Dr. Souto? O ideal seria não consumir obviamente né?
Dr. Souto: Eu penso o seguinte; que me espanta o nível baixo de evidência que existe por trás de afirmações tão categóricas né?!! Então quando o pessoal chega e diz assim: “Há grande e ampla gama de evidências sugerindo que o consumo de grãos e integrais deva fazer parte da alimentação humana… não apenas parte, mas deve ser a base da alimentação humana”. Aí quando você vai ver as meta-análises, maiores níveis de evidência, o que você vê é que não tem efeito. Então, aí por um lado você tem ensaios clínicos mostrando que quando as pessoas estão doentes, você pegou bem isso, quando o sujeito já é diabético, que a restrição de carboidratos é a melhor opção, o que dá melhor resposta glicêmica, que já permite retirar os remédios. Aí você já tem meta-análises mostrando que o consumo desses grãos não previne o diabetes, e claro que não vai prevenir, se a retirada deles trata, porque o uso deles preveniria.
Rodrigo Polesso: Exato.
Dr. Souto: Aí vem as autoridades e mais uma vez dizem; “não, mas tem grande gama de evidências sugerindo que essa é a forma mais saudável de se alimentar”. Então é um discurso muito assertivo, e quando você vai ver as evidências que dão sustentação a esse discurso é um castelo de cartas, você assopra e desmorona tudo.
Rodrigo Polesso: Desmorona tudo. É pessoal, fique muito, muito cético quando alguém, em qualquer área da vida, e diga “nossa, mas tem tanta prova sobre isso”, “nossa mas isso é óbvio, está dito em tanto lugar” ou “nossa, mas tem tantos estudos dizendo que isso é verdade”. Quando a pessoa falar assim, então me mostra, me conta aí um, dois, pra gente olhar junto. Daí a pessoa “ah, mas é só procurar, é só ir no Google”. Ah, então vai e me passa. É muito fácil de dizer que a tem muita prova, ou que nós já sabemos que isso é verdade. Como assim? Me mostre os fatos. Quando você fala isso e insiste isso você vai começar a descobrir onde está o ponto de insegurança do argumento.
Dr. Souto: Eu até diria Rodrigo, pra gente não ser muito radical nesse discurso; vamos admitir o seguinte, que uma população saudável, de pessoas que estão no peso, não tem problemas metabólicos, possa consumir sim uma certa quantidade de grãos sem maior problema. Aparentemente, como diz a Nina Teicholz, era isso que acontecia nos Estados Unidos, até os anos 60, quando a população consumia cerca de 40% das calorias em forma de carboidratos. Então parece haver um limiar a partir do qual quando chega aí a 50 ou 60% de carboidrato na dieta, aí 2/3 da população começam a adoecer. Então tá, pra pessoas saudáveis que estão no peso que não tem problemas metabólicos, digamos que o consumo de uma certa quantidade de grãos é aceitável, ou seja, a gente não tem que estar incentivando as pessoas a comer mais. A gente tá dizendo pra elas: “”olha, isso é amido puro, é pura glicose, mas como você é saudável, o corpo aguenta até uma certa quantidade”. Esse deveria ser o discurso né? E não o discurso de que a vida deve ser baseada nisso, quanto mais você comer melhor… e aí claro, a indústria se joga, todo pacotinho, de tudo que é coisa fala “grãos e integrais”. Contém farinha integral… como se aquilo fosse uma coisa boa, e não algo que o corpo tolera até uma certa quantidade. E lembrando né, quantos por cento da população é saudável da forma… pessoas que estão no peso e que não tem problemas metabólicos? Nos Estado Unidos nós temos a resposta desse número, é 12%. Então 12% das pessoas são realmente saudáveis de acordo com todos critérios da síndrome metabólica, com critério do peso, com critério do imc. Então uma minoria de pessoas não se beneficiaria da redução drástica desses grãos aí.
Rodrigo Polesso: E ainda assim o dogma é que continuem baseando a sua alimentação neles… é incrível quando a gente olha com perspectiva que isso é possível no mundo de hoje.
Dr. Souto: É difícil, é complicado…
Rodrigo Polesso: Muito… mas conta aí qual tipo de grão você degustou na sua última refeição?
Dr. Souto: Grão de café…
Rodrigo Polesso: Hahahahaha… boa, essa foi boa…
Dr. Souto: Não teve grão… eu to gravando de manhã. Hoje eu fiz um enroladinho de queijo com presunto cru. Ô, fica muito bom…
Rodrigo Polesso: É o cúmulo da preguiça…
Dr. Souto: O presunto cru tem aquele gostinho defumado… é o cúmulo da preguiça. Quer dizer né, “vou fazer ovos…”… assim ó… mas é bom pegar por esse ângulo, pois as vezes a gente ta com preguiça. E isso é um argumento das pessoas, nossa, porque aí tem que cozinhar, tem que preparar, complicado fazer uns ovos né… então tá, pega e enrola um presunto e um queijo…
Rodrigo Polesso: Muito fácil né?!!
Dr. Souto: Então, assim, eu acho que tem dias que a gente está com vontade de comer alguma coisa melhor, mais sofisticada, quer fazer um omelete, uma coisa assim… e tem outros dias em que predomina a praticidade. E é um estilo de vida que se presta as duas opções. E tem uma coisa bem bem bem prática, a mais prática de todas que dá pra fazer… que é pular o café da manhã.
Rodrigo Polesso: Exato.
Dr. Souto: Essa aí é bem prática.
Rodrigo Polesso: Bem prática. Eu tava conversando com a minha namorada… até ficou com, eu não vou falar dó né, mas o pessoal que acaba seguindo uma dieta vegetariana vegana, é difícil pra eles enrolar um queijo no presunto. Geralmente quando a gente vê vídeos de pessoas falando “como é meu dia comendo dessa forma”, é tudo um monte de ingredientes misturados com, enfim… e a própria preparação tem que ser mais frequente, tem que ser maior quantidade…então toma mais tempo mesmo. Então ao meu ver é muito mais em direção oposta da praticidade essa questão então, tem que dedicar muito mais o seu dia a fazer isso também. Mas enfim, são tantos aspectos né pessoal… a cada um que escolha.
Dr. Souto: Lembrando que a preparação também libera CO2 e esse produtos e ingredientes que vem de cada lugar diferente do mundo de avião, pra poder juntar e fazer aquela refeição complexa. Enfim, a gente já ta se tornando monotonico nisso, mas é porque cada dia… agora eu vi no twitter duas reportagens que saíram em reportagens da Nova Zelândia. Uma delas era dizendo que com as pessoas evitando o consumo de carne, aumentou muito o número de pessoas internadas pra fazer infusão de ferro intravenoso, pro tratamento de anemia ferropriva. E que isso ta custando milhões de dólares na Nova Zelândia. E uma outra reportagem dizendo que os hospitais deveriam abolir o consumo de carne no hospital, pra diminuir a produção de CO2 e tal. Então vocês entendem, o mesmo país, duas reportagens, uma mostrando que ta aumentando o número de hospitalização porque as pessoas não comem carne, e outra dizendo que os hospitais não deveriam servir carne. Então a melhor forma de colocar ferro nas veias é injetando ferro na veia, é isso? Isso é mais barato e ecológico?
Rodrigo Polesso: Meu Deus do céu, que mundo, que mundo Dr. Souto. Vamos continuar sendo monotonicos, eu acho que precisa pelo menos, nós somos uma pequena força nessa maré tsunami oposto patrocinado por, enfim, gigantes empresas, interesses políticos e tudo mais. Vamos continuar.
Dr. Souto: Quando eu vejo notícias como essa as vezes eu fico pensando se já não ta demorando pra vir o meteoro de novo.
Rodrigo Polesso: Hahahahaahahah
Dr. Souto: Porque assim, os dinossauros deram errado e tal… mas nós tamo dando muito errado também…
Rodrigo Polesso: Com o cérebro, essa dádiva, a gente consegue fazer esse uso dele, isso que eu fico mais p da cara.
Dr. Souto: Vem meteoro, vem…
Rodrigo Polesso: Hahahaha… hashtag vem meteoro… essa é boa, sacanagem…Bom, é, segura na cadeira. Olha só o que eu comi ontem… ontem fui no mercado, postei no Instagram lá, peguei ums coisas diferentes. Comprei mini polvo, uns polvo bem pequeninho assim que vem lá da China. Então, mini polvo, vem inteiro… nunca tinha cozinhado na minha vida, enfim, dei uma pesquisada e fiz isso. É prático por incrível que parece, você ferve um pouquinho, pode fazer na frigideira se quiser. Enfim, isso aí acompanhado de um bife de fígado de vaca. E outra iguaria, são gemas de ovo de pato salgadas. Gemas salgadas de ovo de pato. Só a gema, é bonito de ver, bonito de ver, a textura muito gostosa também. E o gosto muito bom também. Então coloquei essas 3 coisas no prato, você vê que coisa mais exótica, pelo menos pra nós, para os asiáticos deve ser uma coisa mais comum. Mas, enfim, proteínas, gorduras de qualidade, coisas diferentes… dá pra gente continuar expandindo a mente dentro do que falo da Alimentação Forte. Que é a alimentação baseada em alimentos não processados, tradicionais… cada cultura tem o seu. É um universo a ser explorado, não tem porque ficar preso somente nas coisas que a gente gosta sempre, ouviu Dr. Souto? A gente tem que tentar coisa diferente tá?
Dr. Souto: tá bem, vou tentar, vou fazer um esforço. Mas acho que o polvo não vai rolar.
Rodrigo Polesso: Haha… e o polvo é uma das coisas bem favoritas, prediletas do povo asiático. E é uma coisa muito simples, eu não consigo entender porque o brasileiro come camarão e vira o nariz pra polvo. Sendo que ambos são basicamente constituídos da mesma coisa. Só porque um é feio e o outro… os 2 são feios na verdade, caramba. Os dois são feios, mas um não tem tentáculo. Então é muito mais psicológico do que racional…
Dr. Souto: Claro que é psicológico, esse negócio de tentáculo é um negócio que não me agrada muito. Eu, por exemplo, lá no Paleo FX experimentei e achei bem bom umas barrinhas feitas com farinha de grilo. Agora, o grilo mesmo eu não tive estômago. Tinha pra comer… diz que é crocantinho e salgado e tal. Mas não, com patas e antenas… é preconceito, é puro preconceito. Porque camarão é artrópode também e no fundo não deixa de ser parecido com inseto. Aliás, tem mais patas… e a gente come né? E acha bem bom
Rodrigo Polesso: Pois é. É questão cultura, questão psicológica. Não tem problema não, tem pra todos os gostos alimentos nutritivos, não tem problema. Vamo lá, pessoal, siga a gente no instagram lá pra curtir esse tipo de peripécia que você pode ver o prato, etc. Siga lá o Dr. Souto, é jcsouto, me siga lá é @rodrigopolesso. E a Associação Brasileira Low Carb, a ablc.org.br tem referências que sobrem pra você se inteirar desse mundo aí e continuar essa onda de positividade. Em frente e em nome da saúde de todo mundo e daí talvez não precisa vir o meteoro pra corrigir tudo, a gente consegue reverter isso de maneira mais fácil e menos dolorosa. Enfim, Dr. Souto, isso aí, um grande abraço pra você, obrigado pela atenção, obrigado todo mundo ai pela atenção também, a gente se fala no próximo episódio na semana que vem como sempre.
Dr. Souto: Beleza, abraço, até a próxima!