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Neste Podcast:
- Notícias boas, tratamento com low carb sendo reconhecido em mais lugares no mundo;
- E mais;
Escute e passe adiante!!
Saúde é importante!
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Caso de Sucesso do Dia
Referências
Transcrição do Episódio
Rodrigo Polesso: Olá pessoal, bom dia! Bem vindos aqui ao episódio número 219 do podcast da Tribo Forte, sua dose semanal de estilo de vida saudável, emagrecimento e nutrição baseado em ciência. Pessoal, notícias boas aí: um tratamento de low carb sendo reconhecido em mais lugares do mundo! Você vai saber já os detalhes sobre isso. Vamos lá então, bom dia Dr Souto! Como está por aí?
Dr. Souto: Bom dia Rodrigo, bom dia aos ouvintes!
Rodrigo Polesso: Olha pessoal, saiu aí um novo artigo, na verdade, que é uma posição, uma revisão na verdade, publicada em 24 de Abril no jornal canadense de diabetes documentando a posição atual da Associação Canadense de Diabetes em relação ao uso de low carb no tratamento de diabetes em adultos. O objetivo da revisão, segundo a própria revisão, foi sumarizar a evidência do papel de low carb, sendo menos de 51g por dia até 130g por dia de carboidrato ou de muito low carb, ou very low carb, que seria menos de 50. Então de -50 até 130 foi o espectro que foi atualizado analisado. O impacto disso, da evidência a respeito disso no manejo de pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 1 e 2. Eles avaliaram 33 estudos dentre os quais estudos observacionais, ensaios clínicos randomizados e metanálises também de ensaios clínicos randomizados. Em termos de diabetes tipo 1, aquele tipo de diabetes que você já nasce com ela, desenvolve muito cedo, que é uma doença auto imune, que não é uma doença de estilo de vida, digamos assim, como é o diabetes tipo 2. Então no caso de diabetes tipo 1 o pâncreas não fabrica insulina suficiente enquanto eles reconhecem que tem evidências boas mostrando benefícios para pessoas que vivem com essa condição e também reconhecem casos anedóticos de pessoas que tem ótimos resultados seguindo uma estratégia low carb correta, eles também dizem que não existe até agora evidência suficiente para se criar recomendações gerais neste caso. Essa é uma posição, claro que tem que ser conservadora da associação, mas dá para entender perfeitamente. No entanto, existem milhares de pessoas no mundo inteiro que melhoraram suas vidas com o uso de low carb e very low carb também, cetogênica e etc… No manejo de diabetes tipo 1 a gente já mencionou algumas vezes aquele TYPE ONE GRETCH, tem no Brasil também um grupo desse, pessoal do diabetes tipo 1 que tá seguindo esse estilo de vida com uma estratégia low carb ou cetogênica também. Agora o destaque principal aqui, acho que vem para o diabetes tipo 2, naquela doença que é desenvolvida através do estilo de vida, hábitos alimentares que a gente tanto fala aqui, um estado de resistência à insulina, intolerância à glicose. Dr Souto quais foram aí as conclusões dessa revisão e o posicionamento oficial da Associação Canadense de Diabetes em relação a essas duas coisas hein?
Dr. Souto: Então, essa revisão, esse posicionamento da Diabetes Canadá, da Associação Canadense de Diabetes, ela vem cerca de um ano depois de uma posição semelhante da Associação Americana de Diabetes, que mais precisamente mudou a sua postura com relação a low carb, passando a favorecer essa estratégia a partir de abril de 2019. Então pessoal, olhem que lindo o que tá escrito na conclusão desse estudo da Associação Canadense de Diabetes que o Rodrigo mencionou então: “Para pessoas vivendo com diabetes tipo 2: esta revisão atual indica que uma dieta baixa em carboidrato pode ser eficaz para perda de peso, melhor controle glicêmico, com redução na necessidade de terapias anti hiperglicêmicas (remédios né). Outras abordagens de dieta também podem ser eficazes para perda de peso e controle glicêmico aprimorado, mas não alcançam esse controle ao mesmo tempo que reduzem a necessidade de terapia anti hiperglicêmica, ao contrário do que acontece com a low carb. O que é um resultado significativo. Então nessa frase tem muita coisa, é incrível estar vendo isso se tornando mainstream, isso se tornando guideline, diretriz né. Então o que eles tão dizendo é que: sim é eficaz para perda de peso, sim atinge o melhor controle glicêmico e concomitantemente permitindo a redução dos remédios, e que claro, existem outras estratégias que foram publicadas na literatura que permitem melhor controle glicêmico, mas não com redução de remédio. Para melhorar a glicemia e reduzir remédio ao mesmo tempo o que tem comprovado publicado na literatura é low carb. Aí segue o texto: “A revisão sugere ainda que as dietas com muito baixo teor de carboidrato, ou seja, low carb de verdade…” Porque uma das críticas (aqui sou eu falando) é que muitas vezes esses consensos eles pegam e botam num único “saco de gatos” dietas com 30g de carboidrato e uma dieta com 130 gramas de carboidrato, que é tudo low carb. Então não né pessoal, low carb é eficaz mesmo para diabetes, é com uma restrição maior de carboidrato, que afinal o carboidrato é digerido em glicose, e aquilo que diabético não tolera é a glicose. Então de novo: “A revisão sugere ainda que as dietas com muito baixo teor de carboidrato podem ser superiores às dietas comparativas, mais altas em carboidrato para melhorar o controle glicêmico, o peso corporal e podem reduzir a necessidade de medicamentos, a curto prazo, em até 12 meses”. Essa história do prazo, nós já falamos mil vezes aqui né, mas não custa salientar que não é que a low carb magicamente deixa de fazer efeito pra diabetes depois de 12 meses, é que as pessoas é que deixam de fazer, né?! A gente já usou várias analogias aqui, é você dizer assim: olha se você for na academia e fizer musculação por 3 meses você vai ganhar massa muscular, mas se você fizer por dois anos você não vai ganhar massa muscular. “Mas como? Que absurdo! Obviamente que se você fizer por dois anos você vai ganhar mais”. Não, é que a maioria das larga antes de dois anos. Aí eu considero que o trechinho que vem agora é um dos mais lindos, vou explicar depois para vocês porquê, mas vou ler: “Dietas saudáveis com baixo muito baixa teor de carboidrato podem ser consideradas um padrão de alimentação saudável para indivíduos que vivem com diabetes tipo 1 e tipo 2, para perda de peso, controle glicêmico aprimorado e/ou para reduzir a necessidade de terapias anti hiperglicêmicas. Segue o texto: “Na ausência de evidências claras para apoiar recomendações generalizadas…” Então, amém pessoal! Pela primeira vez o pessoal tá dizendo com todas as palavras claramente nós não podemos dar um “one size fits all”, quer dizer…
Rodrigo Polesso: Uma medida certa pra todos…
Dr. Souto: Uma medida para todo mundo. Então, como a gente não tem uma recomendação generalizada, ou seja, não é para ser pirâmide alimentar para todo mundo, e como os resultados positivos experimentados por pessoas que seguem dietas com baixo ou muito baixo carboidrato, e aí vem a parte linda: “os prestadores de serviços de saúde precisam trabalhar como parceiros de indivíduos que buscam identificar um padrão alimentar ideal e sustentável que se adapte as suas preferências individuais…”
Rodrigo Polesso: Isso é ótimo!
Dr. Souto: Cara, isso é maravilhoso! Porque o que eles estão dizendo é o seguinte: não cabe a você prestador de saúde, não cabe a você médico, não cabe você nutricionista julgar o paciente que é diabético, tá fazendo low carb, tá tendo bons resultados e veio buscar a sua ajuda e você dizer: “Pare com isso! É dieta da modinha!” Não, como está estabelecido que funciona, não só que funciona, que é que mais funciona, eles estão mostrando, eles estão dizendo isso, então eles dizem, repito: “os prestadores de serviço precisam trabalhar como parceiros de indivíduos que buscam identificar um padrão alimentar ideal e sustentável que se adapte as suas preferências individuais, os prestadores de cuidados de saúde devem procurar envolver-se com os pacientes em relacionamentos de apoio, que respeitem a tomada de decisão compartilhada”.
Rodrigo Polesso: Perfeito! Muito bem dito!
Dr. Souto: Amém
Rodrigo Polesso: Exatamente, amém!
Dr. Souto: Muito bem dito por que essa é a postura que a gente espera né?! Rodrigo, se eu tivesse uma moeda a cada vez que eu atendi um paciente que veio buscar, veio na consulta porque ele começou adotar esse estilo de vida tudo melhorou, ele agora não tem mais gordura no fígado, hemoglobina glicada dele é normal, ele parou de usar 2 dos 3 remédios de diabetes que usava, só que o médico dele praticamente ou expulsou, se eu tivesse uma moedinha para cada um mas já tinha um jarro cheio. A questão é: assim como o médico deve respeitar a opção do paciente que quer fazer uma dieta vegetariana, por exemplo, e você vai então dizer para ele o que você pensa, mas você apoia… “Olha, tá bem, se você quer fazer então vamos fazer bem feito. Vamos ter uma quantidade adequada de proteína, essa dieta vegetariana sua não deve ser de batata frita que é vegetal, e coca-cola o que é vegetal, deveria ser então como alimentos nutricionalmente densos e tal…” você explica, você ajuda. Da mesma forma se o paciente está usando low carb como uma estratégia e a Diabetes Canadá agora se junta a várias outras entidades que estão reconhecendo que é a melhor estratégia, eles urgem que os profissionais no Canadá respeitem isso.
Rodrigo Polesso: Isso é muito bom! Você falou ano passado dos Estados Unidos, agora esse ano no Canadá… É uma notícia boa, excelente na verdade, tem um colorário disso aí, né?! O colorário é o seguinte: pessoal se você esperar uma coisa virar diretriz e generalizada para você melhorar sua saúde, você tá ferrado né?! Eu e Dr Souto vivemos falando sobre isso há o quê? Há 10 anos já, quase aí, independente até, então pra você ver quanto tempo demora o delay que tem de virar diretriz, o quanto tem que acumular de evidência até que vire diretriz, que luta tem que acontecer ao longo de anos até virar uma diretriz de fato né, isso é importante também…
Dr. Souto: E sabe Rodrigo, eu não sei se não é aquele velho adágio de que as coisas em ciência “evoluem um funeral por vez”, eu realmente acho que deve ser gente mais jovem que tá pegando o bastão nessas entidades, porque não é por falta de evidência… Aí é que tá, porque a gente tá batendo nessa tecla a tanto tempo? É porque já tinha evidência de altíssimo nível. O tipo de evidência que em outras especialidades da saúde, em outras áreas fora da nutrição, mudam condutas. Eu já falei aqui em algum episódio, gente já comentou que em outras áreas da Medicina, por exemplo, você muda condutas em um Congresso médico, você tem um congresso e alguém apresenta um novo ensaio clínico randomizado bem conduzido que mostra que uma conduta X é melhor que uma conduta Y que se fazia até então e a partir daquele momento muda, naquele congresso dali em diante a conduta padrão passa a ser outra. Isso é normal no mundo da ciência e no mundo das outras áreas da saúde, a nutrição parece que tem uma maldição
Rodrigo Polesso: Eu acho que você falou bem, algumas pessoas constroem a carreira em inteira tendo uma posição, eles não vão voltar atrás né?! Então como você falou, uma pessoa passa o bastão, morre, entra uma outra no lugar com a mente um pouco mais aberta que resolve se atualizar das evidências e aí muda tudo, né?!
Dr. Souto: Eu queria salientar uma parte do início do texto, que é a parte onde eles se desculpam, de uma forma muito sutil, muito sutil, aqui eu tô com ele em inglês, não tá traduzido, mas vou tentando traduzir à medida que vou lendo, então eles dizem assim: “nas diretrizes de prática clínica de 2018 da Diabetes Canadá eles enfatizavam a importância de uma dieta balanceada, com menos calorias e que isso poderia ser atingido por vários padrões dietéticos”. E aí ele disse assim: “na ausência de uma evidência específica de uma distribuição de macronutrientes a Diabetes Canadá recomendou que se alinhasse com as diretrizes de saúde gerais do Canadá”, que era 45% a 60% de carboidratos. Segue eles, olha só pessoal: “essa recomendação de 45 a 60 não pretendia restringir as escolhas dos indivíduos com diabetes, para seguir padrões com menos carboidratos do que isso” Ok?! “E não pretendia também que isso restringe-se o acesso das pessoas que fazem low carb ao suporte dos médicos e nutricionistas, os profissionais de saúde, ao contrário, isso refletia ausência de evidências convincentes da superioridade de qualquer dieta específica para todos” (e o “todos” está em negrito)… “Adultos e diabéticos tipo 2 e tal”… Aí olha que legal, aí vem ali: “desde que nós completamos a última revisão de literatura, em 15 de setembro de 2017, organizações tais como a Diabetes Austrália, Diabetes Reino Unido, Associação Americana de Diabetes em conjunto com Associação Americana de Diabetes todos desenvolveram posicionamentos e recomendações com relação a dietas low-carb para o diabetes. Então, tá certo?! Olhem a onda que tava varrendo o mundo, tem um país que conspicuamente está faltando nessa lista…
Rodrigo Polesso: O nosso!
Dr. Souto: O nosso né?! Então assim, tá chegando aquela parte que tá começando a ficar chato…
Rodrigo Polesso: Tá ficando fora da rodinha…
Dr. Souto: Eu tinha um professor que ele dizia assim: em medicina, eu recomendo que você não seja o primeiro a adotar uma coisa nova, mas também não seja o último a abandonar uma coisa antiga! Então, não deixa de ser um desses “nuggets de sabedoria”, você não precisa ser o primeiro a se jogar na primeira loucura que surgir assim, mas depois que já tem evidência você adota, mas assim fica muito chato ser o último a abandonar uma coisa que todo mundo já abandonou. Então a postura anti low carb de chamar de “dieta da moda” tá pegando mal. Eu repito, vou ler de novo aqui ó: “Diabetes Austrália, Diabetes Reino Unido, Associação Americana de Diabetes, Associação Europeia para o Estudo do Diabetes e agora Associação Canadense do Diabetes, todas estão aceitando low carb como uma das estratégias padrão no manejo de diabetes. E a Diabetes Austrália, que foi a que fez a revisão mais recente da literatura, foi a mais clara impossível em dizer assim: olha até tem outras estratégias que você pode usar para controlar sua glicose, mas a única que reduz a glicose, reduz o peso e reduz os remédios ao mesmo tempo é low carb.
Rodrigo Polesso: É, categórico né?! Vamos ver aí quando é que a bola chega né?!
Dr. Souto: Eu acho que talvez por constrangimento, talvez pela coisa de… Nós falamos tanto no isolamento social nos dias de hoje, tá começando a acontecer o isolamento social das nossas sociedades médicas, porque como você falou antes, a pessoa construiu a carreira inteira fincando pé em uma coisa, às vezes fica difícil mudar. Então eu acho que mais é o constrangimento, talvez essas pessoas tenham que pensar em uma saída honrosa, naquele negócio de dizer: olha, até então como as evidências não eram tão fortes como elas agora estão mais fortes, a gente tá revendo a posição… Não tem problema, ninguém vai jogar pedras, talvez, no máximo, a gente faça um episódio tirando um pouco de sarro…
Rodrigo Polesso: Ah, isso com certeza! Mas pessoal, para vocês entenderem quanto tempo demora para virar uma diretriz e ser propagada para um país inteiro, é muito tempo! Se você quer estar atualizado com a ciência à medida que ela vai saindo e tudo mais, o que você pode fazer é acompanhar, continuar acompanhando a gente aqui, tenta atualizar vocês sempre, né?! As coisas para virarem diretriz demoram muito tempo, o exemplo da vez agora é a gordura saturada que está em debate agora para as novas diretrizes Americanas e provavelmente eles vão continuar sugerindo a redução. Não tá definido ainda, mas pelo o que a gente tá vendo, a Nina Teicholz vem reportando o que tá acontecendo nas audiências, eles estão seletivamente escolhendo a evidência, estão ignorando de propósito algumas evidências e querem bater o pé nisso porque tem uma ideologia, uma das mais fortes existentes na nutrição é a ideologia da gordura saturada fazer mal que vai contra também a onda do tempo agora, que é a questão do vegetarianismo/veganismo que é bem difícil você proteger a gordura saturada tendo essa outra onda influência vindo do outro lado também. Então fiquem alertas! Uma coisa sobre diabetes, falando de diabetes né, saiu agora artigo, dia 14 de Maio, no jornal britânico The Guardian, que um quarto… eles estão começando a coletar dados de pessoas que sucumbiram infelizmente ao mal do vírus atual e essa manchete dessa matéria fala que ¼ das pessoas que morreram nos hospitais britânicos com covid-19 tinham diabetes, e já há alguns episódios aqui nós viemos falando, eu e o doutor Souto, que das fortes associações que tem, de todos os problemas, a síndrome metabólica, as comorbidades que a gente fala com basicamente todo tipo de doença você tá com maior risco quando a sua saúde metabólica está comprometida, e eu vi agora que ¼, como falei, das mortes no reino Unido é de pessoas que tinham diabetes, então mais uma coisa positiva no sentido que a gente pode reduzir pelo menos o risco dessas pessoas se a gente conseguir tratar elas melhor e talvez aí, quem sabe, reverter até esse quadro nessas pessoas com tratamento adequado.
Dr. Souto: Ah, então nessa mesma linha, saiu publicado um artigo recente também na revista Diabetes Research and Clinical Practice, o título desse artigo, que é um editorial na verdade, era: “A hiperglicemia e o prognóstico pior da Covid-19. Por que o controle da glicemia de jejum deveria ser mandatório?” Aí o estudo mostra que, não apenas o diabetes é um fator de risco para ter desfecho pior de mortalidade com covid-19 e piores desfechos em geral, mais tempo de UTI, mas ter a glicose elevada mesmo sem ser diabético também é um fator de risco. Então lendo um trechinho aqui: “evidências na pandemia de Covid-19 mostram que a hiperglicemia, não apenas em pessoas com diabetes, piora o prognóstico e aumenta o risco de morrer, além disso, está emergindo que particularmente a hiperglicemia na admissão no hospital é um fator prognóstico muito ruim, sugerindo que a hiperglicemia na fase inicial da doença pode desempenhar um papel particular na determinação da gravidade da doença”. Então me pergunto: as pessoas estão se preocupando tanto com outras coisas e será que a gente não melhoraria muito o prognóstico das pessoas que internam Covid se ao invés de dar arroz, batata, pão integral, suco de caixa para elas a gente evitasse a hiperglicemia? Porque eu conheço uma forma bem fácil de evitar hiperglicemia e a Diabetes Canadá também…
Rodrigo Polesso: Não só fácil como gostosa!
Dr. Souto: Não só fácil como gostosa! Dá ali um bife com ovo, uma saladinha, uns legumes refogados e você vai tá melhorando o prognóstico desses pacientes. Porque se tá claro, e tá ficando claro que a hiperglicemia é um fator de risco, é só quem não acredita… se você tá dizendo: “não, mas não pode uma coisa tão simples, se não todo mundo estaria fazendo”, se você não acredita “São Tomé”, dá uma passadinha na farmácia, aí você pede um glicosímetro, o mais barato, e me dá também o negocinho de picar o dedo, talvez eles vendam pra você um kitzinho que já vem com tudo, em geral é, é barato, uns 50 r$ 60 você compra o aparelho as fitinhas e o negócio de furar o dedo. Aí você fica em jejum, mede, aí você faz a seguinte experiência: Você come arroz, feijão, batata e um suco de caixinha, depois de 30 minutos você pica o dedinho e anota, depois de 60 minutos você pica o dedinho e anota, e se for bem CDF, aos 90 minutos faça a mesma coisa. Aí no dia seguinte, você pica o dedinho de novo em jejum e anota, depois você come um bife com ovo, uma fatia de queijo e os legumes refogados, acompanhado de água (com gás ou limonada, água sem gás, limonada sem açúcar obviamente) e faça a mesma coisa 30, 60, 90, depois você escreve para mim ou para o Rodrigo, dá o seu depoimento, manda as fotos dos resultados da glicemia e você vai ver como é fácil controlar a hiperglicemia.
Rodrigo Polesso: É verdade, é verdade! Exatamente! E reduzir os riscos ainda.
Dr. Souto: É uma coisa simples! É tipo… Sabe tem coisas complicadas na vida, complexas, com muitas variáveis…
Rodrigo Polesso: Essa não é uma delas.
Dr. Souto: Essa não é uma delas, pessoal, se hiperglicemia é um fator de risco para o Covid, eu tenho a solução para você.
Rodrigo Polesso: É verdade, é verdade! Dr Souto fala… Ah não, antes de tudo vou dar o caso de sucesso de hoje aqui, ela também perdeu o peso, a Andriele Andrade perdeu 7kg, mandou a foto do antes e depois dela, 7 kg eliminados em 30 dias, de 109 ela foi para 102, e claro que ela vai continuar nisso aí, com certeza ela tá melhorando o perfil glicêmico do sangue dela, redução de insulina e etc… Porque o corpo quando melhora tende a melhorar em vários aspectos ao mesmo tempo, né?! Então, parabéns para Adriele! Mostrando toda visual de quem mostra um caso de sucesso, para a gente sempre ter uma coisa positiva pelo menos para mostrar motivadora. Se você quer seguir o passo a passo, tem um programa é codigoemagrecerdevez.com.br se você quiser seguir o passo a passo dá uma olhadinha na apresentação lá, e tomar uma decisão se você quiser. Dr Souto, já passou o almoço aí, aqui também inclusive, o que você degustou no seu almoço?
Dr. Souto: Olha, eu degustei uma coisa que deixaria orgulhoso o autor desse estudo que eu tava lendo, que ele ainda diz o seguinte: “portanto é concebível que uma rápida normalização da hiperglicemia durante o covid-19 possa resultar em uma diminuição da liberação de citocinas inflamatórias, uma menor capacidade de ligação da ACE2 que é o receptor que vírus usa para entrar na célula, dois fatores que consistentemente pode ajudar a melhorar o prognóstico das pessoas afetadas”. Bom, não tô com Covid, nem tenho hiperglicemia normalmente, mas posso garantir para você Rodrigo que o que eu vou dizer agora minha glicemia não subiu. Então, foram alguns bifinhos de filé com cogumelos e molho de vinho tinto, esse dá para fazer em casa viu pessoal, isso não foi em restaurante, não é super complicado, e legumes, aí você vai dizer “pô, mas legumes não tenham gosto muito bom”… Não tem um gosto bom se você só fizer no vapor, esse foi refogado com bacon, aí tinha vagem, a cenourinha, tinha cebolinha, e aquilo ali refogado com bacon é difícil não se servir umas três vezes.
Rodrigo Polesso: Porque que você decidiu diluir o bacon?
Dr. Souto: Tem que diluir porque tem que poupar né?!
Rodrigo Polesso: Essa semana eu fiz chuchu de todas as coisas, chuchu acredita? A melhor forma de comer água.
Dr. Souto: Mas assim o chuchu, sabe que as pessoas têm memórias afetivas da comida né?! Então, por exemplo, para algumas pessoas é difícil você dizer: olha, no café da manhã você não precisa comer pão, você pode comer uns ovos ou você pode simplesmente não comer nada no café da manhã, também é uma opção, mas as pessoas têm a coisa afetiva “Ah, mas eu gosto tanto do pãozinho com manteiga”… Então tá lá, faz um pãozinho low carb e passa uma manteiguinha. O Chuchu cumpre uma função na vida, o chuchu pode substituir a batata numa salada de maionese. Então, você pega e faz aquela salada de maionese com uma boa maionese caseira, que também já não tem tanto óleo de soja… Até no Canadá deve ter maionese boa para vender, mas no Brasil nunca vi.
Rodrigo Polesso: Mas em casa também é fácil de fazer.
Dr. Souto: É fácil, e aí você faz, deixa o chuchu cozidinho, mais uma vagem, eu sou fã de vagem, uns tomatinhos e você faz uma salada de maionese, cuja base não é amido, né?! Tá aí ó, dei uma função para o chuchu.
Rodrigo Polesso: É verdade, é que eu passei pessoal, comprei o chuchu por $1,99 cada um deles. No Brasil, o pessoal fala: “aqui no quintal ninguém quer”, custa o tipo R$0,10 o quilo, eu já vi em Curitiba, mas enfim uma ótima opção. Hoje comi um negócio novo que eu não tinha comido, ainda fiz um bife também, e coloquei em cima dele como molhinho (não tinha o molho de vinho Doutor Souto) quebrei o ovo… Quebra o ovo na mão, deixa a clara sair entre os dedos na pia e você usa só a gema, ela sai bem facinho ,usa só a gema crua em cima do bife. Nossa, fica bom! Vocês podem achar: “ah, mas Rodrigo e a salmonela?” Pessoal, pelo amor de Cristo, tenta fazer aí é muito bom. Eu não como clara crua, especificamente, não que eu acho que eu faça mal, mas ela tem um monte de nutrientes, mas ela previne a absorção de uma proteína da clara no caso do ovo, então a gente pode descartar a clara e só comer a gema em cima, como molhinho, ficou uma delícia pessoal! Assim como eles fazem com steak tartare, que é o bifezinho cortadinho, temperado e cru, com ovo em cima, também no Japão, quando eu tava lá, eu lembro que eles colocaram tinha era arroz com carne e por cima eles colocaram ovo cru, abriram e colocaram um ovo cru por cima, então tem algumas culturas que isso é normal, para mim vou te confessar não é normal, mas eu testei, eu achei muito bom também, mais uma opção para você enfim se divertir aí em casa.
Dr. Souto:Eu adoro Steak tartare! Adoro! E é isso aí, com ovo cru quebrado na frente do cliente, misturado na carne com as mãos normalmente com uma luvinha…
Rodrigo Polesso: Mas e a Salmonela, Dr Souto?
Dr. Souto: A salmonela vai brigar com a Escherichia coli da carne, e uma come a outra. Claro que tem que ter padrões de higiene mínima, então assim, o risco individual é bem baixo, tem um restaurante aqui em Porto Alegre, que é especializado só em Steak tartare, eles até tem outras coisas, mas o nome do restaurante é Tartare, e ali não me consta que tenha tido jamais algum caso de salmonelose. Outra coisa que eu queria falar, é uma dica aí, ao invés de você colocar fora essa clara (que é proteína pura) então assim, sim eu sei que tem um negócio que inibe absorção de uma vitamina B da vida, mas como você não vai comer isso o tempo todo guarda a clara, aí você pode usar ela como… Ah não fica ruim, omelete de clara fica ruim… você pega essa clara e bota uma scoop de um whey de um sabor que você goste e faz um mingauzinho…
Rodrigo Polesso: Ah, sim, daria mesmo, com certeza!
Dr. Souto: Eu volta e meia faço isso, é um mingauzinho 100% proteico, é proteína diluída na proteína.
Rodrigo Polesso: É verdade, eu achei que você ia falar para fazer uma máscara facial, ia ficar meio chateado…
Dr. Souto:Não, para isso dá para usar o chuchu…
Rodrigo Polesso: Pessoal, maravilha! Isso aí, a gente acaba o podcast dessa forma aí. Sigam a gente nas redes sociais, o Dr Souto lá no telegrama, Rodrigo Polesso no Instagram, Emagrecer De Vez no Instagram também, triboforte.com.br com uma base bem legal, um acervo bem legal de receitas de todos os tipos sobremesas e bebidas todos que tem eu não sei se tem chuchu, mas tem todo o resto com certeza lá, vocês podem contar com isso também pessoal. No mais, é isso. Obrigada pela atenção de todos! Dr Souto, obrigado pelo papo também e com certeza a gente tá aqui semana que vem de novo!
Dr. Souto: Obrigado! Até a próxima!