Bem vindo(a) hoje a mais um episódio do podcast oficial da Tribo Forte!
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Neste Episódio:
- A forma como nos alimentamos pode nos dar mais energia?
- Como isso pode acontecer?
- E mais
Escute e passe adiante!!
Saúde é importante!
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Caso de Sucesso do Dia
Referências
Estudo Conduzido Por David Ludwig
Transcrição do Episódio
Rodrigo Polesso: Olá pessoal, bem-vindos ao podcast número 221, aqui da Tribo Forte, a sua dose semanal de saúde baseada em evidência. O que será que nos dá mais energia? (Ou pode nos dar mais energia) Será que a forma como a gente se alimenta pode dar mais energia ou menos energia? Claro que sim, né?! Como isso pode acontecer? Tem um estudo bacana que hoje a gente quer contar para vocês aqui, que pode colocar um pouco de luz, pelo menos em alguns aspectos, sobre esse assunto, que pode ser um tanto quanto complexo. Dr Souto, tudo bem por aí?
Dr. Souto: Tudo bem! Bom dia Rodrigo! Bom dia aos ouvintes!
Rodrigo Polesso: Bom dia a todo mundo! Vamos lá pessoal, atualizando vocês, como sempre, coisa quentinha você vê aqui tá. tem um estudo bem interessante conduzido pelo Dr David Ludwig, lá de Harvard, nem todo mundo de Harvard é ruim, tá pessoal, é só o pessoal da escola pública que tende a ser, alguns né, tendem a ser um pouco ideológico demais, mas enfim, do David Ludwig saiu de lá e colegas também com parceria com hospital de Washington DC e foi recém publicado, agora dia 27 de maio, poucos dias atrás e a gente já tá contando para você aqui, no jornal da sociedade endócrina. Eles acompanharam 29 pessoas adultas com sobrepeso ou obesidade, primeiro essas pessoas perderam de 10 a 14% do peso, antes de começar a intervenção, então depois elas foram, ou seja, aleatoriamente distribuídos para 3 dietas diferentes para manutenção do peso: uma com 60% de carboidratos, outra com 40% de carboidrato e outra com 20%. A proteína foi mantida estável em 20% nas 3 intervenções. Depois de 10 a 15 semanas seguindo a dieta as pessoas ficavam 24 horas em uma câmera metabólica para algumas medições que esses estudiosos fizeram, os cientistas fizeram né. O que eles queriam medir era a quantidade… Quanta energia estava disponível no sangue, seja na forma de glicose, ácidos graxos ou corpos cetônicos, no período de 3 a 5 horas, principalmente, após a refeição. Quanto de energia estava disponível no sangue, como isso se diferenciava entre as dietas, os resultados foram que, como esperado a razão insulina dividido por glucagon no sangue das pessoas que fizeram dieta de mais alto carboidrato foi 7 vezes mais alta que o pessoal que fez baixo carboidrato. Lembrando que a insulina é um hormônio anabólico de estoque de energia e o glucagon é o oposto, é um hormônio catabólico de liberação de energia, então o pessoal que consumiu mais alto carboidrato ficou 7 vezes mais , digamos assim, a armazenar energia hormonalmente falando né, porque ficou muito mais alta a insulina do que o glucagon, por causa da ingesta aumentada de carboidrato. O que eu achei interessante, que a gente pode discutir um pouco aqui foi a quantidade de energia que ficou disponível no sangue das pessoas que fizeram a dieta de alto carboidrato, que foi de 0.58 calorias por litro a menos do que as pessoas que fizeram low carb, depois de 3 a 5 horas das refeições. Relativamente, para você entender um pouco melhor, isso significa 14% a menos, menos energia no sangue do pessoal que fez alto carboidrato, comparado ao baixo carboidrato de 3 a 5 horas depois da refeição. No entanto, o pessoal da dieta de alto carboidrato teve maior energia disponível no sangue no curto prazo após a refeição, foi de 0.36 calorias por litro a mais, de 30 a 120 minutos após a refeição, ou seja, paradoxalmente apesar de comerem mais energia na forma de carboidratos (60%) essas pessoas poucas horas depois da refeição tinham menos energia estipulando no sangue de acordo com os parâmetros que eles mediram, o que basicamente reflete nesse estudo aí, o que muitas pessoas pelo menos já meio que tem uma noção empiricamente falando né, que uma refeição muitas vezes lotada de carboidrato, claro que varia o tipo de carboidrato, varia o resto das coisas que você come, mas como vem regra, uma refeição lotada de carboidrato tende a matar mais a fome na hora, mas é uma saciedade que não dura muito tempo e parece que esse estudo tá colocando um pouco de luz nisso também, mas é um assunto muito complicado e muitas nuances sobre isso, tudo deve ser investigado em mais estudos, impossível de verificar isso tudo em um estudo só, mas é uma coisa que eu não tinha visto sendo feito ainda, acho que é uma coisa meio que inédita a forma como eles fizeram. Quanta energia fica disponível no sangue depois de refeições, em particular, de acordo com o tipo de dieta que você vem variando, principalmente a questão de carboidrato, e a gente viu que no longo prazo (várias horas depois da refeição) parece sobrar 14% mais energia no sangue das pessoas que comem menos carboidrato X as que comem mais carboidrato, então é um assunto que eu acho que é bem interessante, Dr Souto, né?!
Dr. Souto: É bem interessante, e eu vou tentar simplificar isso para o nosso ouvinte, porque como você disse é um assunto muito complexo tem muitas nuances. No fundo o que o David Ludwig e o seu grupo estão tentando testar? A hipótese de que eles estão tentando testar, a chamada hipótese carboidrato e insulina é a hipótese originalmente levantada pelo Gary Taubes, e se você está nos ouvindo e até hoje não leu, pare tudo que você está fazendo, entre online e adquira o livro, chama-se: Porque engordamos, do Gary Taubes. Se você lê em inglês, vale muito a pena ler o livro anterior dele, que é: Good calories bad calories. Basicamente, qual é a ideia? A ideia é o seguinte: que ao invés de simplesmente se preocupar com quantas calorias você come e quantas calorias você gasta, você vai se preocupar com o efeito hormonal dos diferentes alimentos. E a gente sabe que carboidrato, porque são digeridos em glicose, estimulam mais insulina, o que por sua vez faz o glucagon, que é um hormônio que faz você queimar gordura, baixar. Então você aumenta um hormônio que armazena gordura, você reduz um hormônio que queima gordura, e portanto o seu corpo estaria num estado mais pró armazenamento, quando você come carboidratos. E o que aconteceria? A forma como ele explica no livro e o David Ludwig explica nesse artigo é: se você tem um particionamento maior das calorias para armazenamento do que para uso (uso, por exemplo, no músculo) então você favorece o ganho de peso e a pessoa ficaria com mais fome, por quê? Porque teria menos energia disponível no sangue para ser usado pelos tecidos que estão precisando de energia, e por isso os centros da fome e da saciedade no cérebro detectariam essa flutuação negativa da energia disponível e dariam fome. Daí você acaba comendo mais e aí quem olha de fora diz assim: “ah, tá engordando porque tá comendo mais”, mas na proposta dessa teoria, você tá comendo mais por que você está armazenando mais você e está armazenando mais porque você está comendo as coisas erradas. Então, essa é a ideia. Esse é o primeiro paper de fato que avalia essa hipótese com essa nova métrica que é a Energy Availability, a disponibilidade energética do sangue. Então ele somou aquelas coisas que o corpo normalmente usa para energia, que são os ácidos graxos, a glicose e os corpos cetônicos, na situação após o consumo de uma dieta rica em carboidratos, após uma dieta média e após uma dieta baixa em carboidratos, e o que se observou é que no período pós-prandial tardio, porque como você bem disse: logo depois que a pessoa come ela até tem mais energia disponível se ela come carboidrato, claro, ela tá enchendo o sangue de glicose, mas algum período depois 3 horas, 4 horas depois isso se inverte você passa a ter uma disponibilidade maior de energia em quem comeu a refeição pobre em carboidrato do que em quem comeu a refeição rica em carboidrato. A ideia seria então que no longo prazo o que importa não é tanto a saciedade que você tem logo depois de comer, porque vamos combinar né pessoal, logo depois de comer a gente fica saciado obviamente, não importa se eu comi um pão ou se eu comi uma carne, logo depois que eu comi eu tô saciado. O que importa é a saciedade no prazo maior. Por que você numa alimentação forte, numa alimentação low carb, consegue ficar várias horas sem comer? E por que sabidamente, na alimentação ocidental padrão cheio de carboidrato refinado, as pessoas logo estão com fome de novo? E inclusive são orientadas por nutricionistas, às vezes, comer de 3 em 3 horas para não ficarem com tanta fome. Talvez o mecanismo tem a ver com esse aí que o David Ludwig explica, né?!
Rodrigo Polesso: Além da completa diferente densidade nutricional da alimentação, né?!
Dr. Souto: Exatamente! O interessante é que ele manteve, de propósito, entre os grupos a mesma quantidade de proteína, porque proteína é muito saciante. Se você consome uma alimentação mais rica em proteína, você naturalmente vai ter menos fome, então aqui essa variável ela foi controlada era 20, se não me engano, 20% de proteína em todos os grupos…
Rodrigo Polesso: Só para enfatizar, como você falou da população geral né, em comparação a quem faz uma alimentação decente, não só essa questão da proteína interfere, mas também a quantidade de nutrientes, além de ser alta em carboidrato é pobre em nutrientes né, pior dos mundos!
Dr. Souto: É, é o pior dos mundos! Nos Estados Unidos, se não me engano, a quantidade média de proteína em percentual que a população consome tá em 12%.
Rodrigo Polesso: É um absurdo! Contando as dos legumes eu acho.
Dr. Souto: Justo. Eles literalmente tem que comer muito, muito mais, para conseguir chegar na quantidade absoluta em gramas de proteína mínima que o corpo precisa, e a gente sabe que existe uma fome provocada especificamente pela proteína, a chamada Protein Leverage Hypothesis, então a hipótese de que você vai continuar comendo até você atingir a sua necessidade proteica, e se você tem essa proteína tão diluída em um monte de energia, e no caso da dieta ocidental padrão essa energia é fundamentalmente carboidrato, aí como você disse Rodrigo: é o pior dos mundos! Porque se o estudo do Ludwig tá certo, você vai estar com uma disponibilidade energética menor, cerca de 3 horas depois de comer, porque a sua insulina vai estar alta, favorecendo o armazenamento e vai ter menos energia disponível no sangue para o seu corpo usar, então você vai estar com mais fome. Além do que, você vai tá comendo bem pouca proteína, que é um ou outro mecanismo que também aumenta a fome. A essa luz não espanta que a gente tenha uma crise populacional de sobrepeso e obesidade, porque parece que nós estamos fazendo tudo para engordar as pessoas.
Rodrigo Polesso: É, exatamente! O que é mais necessário para as pessoas verem que o jeito atual de se alimentar não está correto? Tem que ser 100% da população tem que tá diabética? Porque os números tão se encaminhando nessa direção. Outra coisa interessante foi o tipo de energia no sangue, o tipo né, além da quantidade que a gente falou, o tipo também foi diferente onde o pessoal do alto carboidrato teve a maior energia, maior quantidade de glicose no sangue né, obviamente, comparado ao pessoal da low-carb e depois de algumas horas o pessoal da low carb tinha as maiores concentrações de corpos cetônicos e ácidos graxos no sangue X glicose, o que não aconteceu com o pessoal da alto carboidrato. Então, o que vem também a corroborar a ideia da queima de gordura mais eficiente na questão do low carb também, né?!
Dr. Souto: Exatamente! Eu acho que foi bem pinçado esse ponto. Porque a gente sempre diz isso, se você diminui a quantidade de glicose disponível, bem, o corpo vai queimar mais gordura e não é isso que todos queremos não é que o corpo use mais gordura com mais eficiência. Bom, o estudo corrobora essa ideia, então se o seu objetivo é que seu corpo passe a queimar gordura e se você tem um excesso de adiposidade de gordura no seu corpo, é tudo o que você quer, que o corpo queime mais gordura primeiro, faz todo o sentido que se você reduz a quantidade de um combustível, ele vai usar mais o outro, mas é bonito esse estudo em termos metodológicos, porque ele demonstra e quantifica esse efeito. Você realmente passa a usar mais gordura justamente naquele período que você não está comendo, isso ajuda a explicar porque dentro desse tipo de alimentação acaba havendo uma redução espontânea da quantidade de comida consumida e aqui eu queria aproveitar para lembrar que esse estudo do David Ludwig, ele é um estudo feito dentro de um outro estudo maior. E esse estudo maior já foi comentado amplamente por nós aqui no podcast, acho que pelo menos há um ano atrás, e foi um estudo muito interessante, o estudo era o seguinte: eles pegaram, se não me engano, eram 165 pessoas com sobrepeso (homens e mulheres, alunos universitários) e randomizaram… Não, primeiro eles submeteram todos eles a uma dieta hipocalórica que não era low carb, uma dieta hipocalórica tradicional de 1.200 calorias, até que as pessoas emagrecessem entre 10 a 14% do seu peso corporal, um emagrecimento bem significativo, na verdade eram 200 e poucas pessoas e só sobraram 165 (que aguentaram o tranco). Aí, uma vez que eles pegaram essas pessoas que já tinha emagrecido, e por que isso? Porque esse estudo que nós estamos falando aqui, tanto atual como esse que eu estou descrevendo para vocês, é talvez a população mais relevante de todas, porque emagrecer como todo mundo que está nos ouvindo sabe é possível por vários métodos, você pode fazer a dieta dos pontos, você pode fazer a dieta da sopa, você consegue, o problema é a questão de quem tá precisando manter o peso, porque depois que você emagreceu 10 a 14% do seu peso corporal é sabido que o metabolismo tende a ficar mais lento e a fome tende a aumentar, o seu cérebro tá querendo que você ganhe a gordura de novo, então o mais importante é qual estratégia que a gente vai usar para manter o peso, e é isso que o grupo do Ludwig estuda. Então eles pegaram essas pessoas que já tinham emagrecido e randomizaram para três grupos, um grupo de alto carboidrato 60%, um grupo de médio carboidrato 40%, e um grupo de baixo carboidrato 20%, e aí naquele estudo original ficou demonstrado uma coisa muito interessante: que o grupo de baixo carboidrato podia comer 250 calorias a mais por dia sem engordar, então todo mundo tinha perdido peso igual e aí eles estavam vendo quantas calorias cada um podia comer para nem emagrecer mais e nem engordar mais e o grupo low carb podia comer mais. Isso não foi medido com questionário, que é uma coisa falha, isso foi medido com uma técnica que é chamada de Água Duplamente Marcada, que você consegue estimar com a margem de erro bem pequena o gasto metabólico real das pessoas. Bom, aí um outro elemento mais incrível ainda daquele estudo e que eu acho que não deixa de reforçar isso que nós estamos falando hoje: as pessoas que tinham resistência à insulina que tinham síndrome metabólica, este subgrupo tinha uma diferença ainda maior, eles podiam comer entre 400 a 450 calorias a mais em low carb do que nas outras dietas sem ganhar o peso de volta. Então nesse estudo atual que é um derivativo daquele, foi um subgrupo daquele que foi avaliado nesse aí, o que a gente observa é que talvez haja uma explicação para isso, que aquelas pessoas que tem esse índice insulina/glucagon mais elevado vão ser as que vão ter mais desproporção nessa disponibilidade maior de nutrientes no período entre as refeições. E nesse estudo, né Rodrigo, nesse atual, eles mostraram que a secreção de insulina em 30 minutos ajudava a predizer essas diferenças…
Rodrigo Polesso: Aham, aham. É exatamente! Isso só mostra para quem ainda é cético, como a qualidade que você come tem mais impacto do que a quantidade, não é?! Inclusive, como eu sempre falo, a qualidade inclusive vai ditar a quantidade que você come. E tá aí esses dois estudos e muitos outros mostrando que o impacto hormonal que a tua alimentação tem no seu corpo tem grande impacto não só na sua saciedade, fome, o poder do corpo de queimar gordura e também de armazenar gordura. Agora muita gente pode falar: “ah Rodrigo, eu tentei até fazer uma dieta, cortar os carboidratos um pouco, mas eu senti muita fome, etc”, acho que tem a importância também que a gente tem que falar, que é a importância da adaptação né, que às vezes não é uma fome que você tem de nutrientes, mas seu corpo está acostumado a comer duas batatas sempre no almoço e você para de comer, por exemplo, você vai sentir uma falta até psicológica daquelas batatas e você vai sentir que “falta alguma coisa para me sentir totalmente saciado”, então tem esse período de adaptação e a importância desse período de adaptação que vem mostrar que no longo prazo se você se compromete a seguir você vai vê que hormonalmente também a fome tende a mudar, por exemplo, a grelina tende a diminuir, que hormônio que produz a fome no estômago tem o PPY também, que sinaliza a saciedade e tende a aumentar ao longo do tempo, à medida que você se mantém nessa estratégia. Então muita gente pode sentir: “ah, mas tô com fome porque eu parei agora?”, toda mudança brusca vai gerar um período de adaptação, então tem que manter isso em mente também.
Dr. Souto: É, é bom lembrar que a gente fala em fome como uma coisa única, mas existem vários tipos de fome que hoje em dia as pessoas que estudam o fenômeno da compulsão sabem né. A gente tem a fome fisiológica, essa que é por falta mesmo de calorias e nutrientes no corpo, que é basicamente essa que está sendo afetada por hormônios, por grelina, por insulina, por peptídeo y… A gente tem uma fome de natureza mais emocional, tanta gente né que quando tá ansiosa, quando tá nervosa, quando tá deprimida, vai comer. Isso não tem nada que ver com peptídeo y ou grelina, isso é uma coisa de natureza psíquica que precisa ser trabalhada em algumas pessoas. Existe uma fome relacionada à questão social, social aqui no sentido de dicas do ambiente que desencadeiam, por exemplo: a pessoa que quando liga a televisão, ela sem nem pensar ela por hábito, por um reflexo condicionado, ela começa a comer, não é porque ela tá com fome, ela condicionou uma coisa a outra. Ou você na hora do almoço do escritório onde você trabalha as pessoas começam a comer e você começa comer porque tá todo mundo comendo, não é necessariamente porque você tá com fome ou não. Então é um assunto bem complexo, que a gente tá tratando aqui é uma coisa mais… E claro né Rodrigo, isso que você colocou que era justamente onde eu queria chegar, que é a questão afetiva da alimentação. A vida inteira você tava acostumado, vamos dizer, a seus pais davam para você quando você era criança uma torrada de presunto e queijo com Nescau, então quando você está necessitando aquele carinho aquele, abraço, você se sente abraçado quando você come esse tipo de coisa, daqui a pouco o que você pode estar sentindo fome, que você tá sentindo quando você muda sua alimentação, não é exatamente fome e sim uma falta de característica afetiva dessas coisas que você estava acostumado a comer em situações de conforto, tanto que existe o nome em inglês de Comfort foods, os alimentos que você come para conforto. Então é um assunto complexo, por isso que não é fácil para todo mundo, “ah, simplesmente vou mudar minha alimentação, vai ficar tudo bem”, e às vezes as pessoas precisam mesmo de ajuda profissional para lidar com esses outros aspectos…
Rodrigo Polesso: Com certeza! É o que a gente focou realmente na questão metabólica, um estudo bastante técnico que viu essa questão que a gente sinalizou, que é interessante pessoal gente saber, que o nosso corpo, como ele funciona também e como ele reflete a nossa alimentação né. Então metabolicamente falando a gente consegue ver essas coisas interessantes acontecendo, então não é só na nossa cabeça que está de fato acontecendo, é no nosso corpo. Agora quando você consegue se manter nisso por um período de adaptação, geralmente não é tão longo assim, você vê coisas miraculosas acontecendo no corpo, o caso de hoje na verdade aqui, da Diana Cristina, é muito interessante porque ela mandou o antes e depois, a foto, a data e também medidas de todos os meses que ela tirou, ela falou: “pessoal não desanimem, não percam o foco e se perderem, retomem. Cada dia está valendo super a pena.” Ela mandou dia 4 de fevereiro de 2020 a foto do antes 03/03/2020 foto do depois, um mês depois, então ela perdeu 6.5 kg, ó por exemplo: peitoela tava com 114 cm e foi para 105, isso em 30 dias tá pessoal, cintura de 108 para 97 cm, quadril de 118 para 110, ela reduziu todas as medidas, pescoço de 43 para 39, isso em 30 dias. Olha o que o corpo consegue fazer, que mudança que ele consegue fazer. Eu sempre falo para as pessoas que ao invés de somente se pesar, tire medidas também, você vai enxugar, você vai notar nas roupas, porque as medidas estão diminuindo também apesar do peso flutuar muito de acordo com o nosso humor, nossos hormônios, a hora do dia e etc… Então um resultado incrível dela aqui, ela seguiu o programa Código Emagrecer De Vez, que nada mais nada menos é do que a ciência aplicada à prática, se você tem interesse é só você entrar em códigoemagrecerdevez.com.br ao seguir nosso podcast aqui você vai saber tudo isso também, mas lá é passo-a-passo. Então, parabéns para Diana aí! Legal, muito legal o resultado mesmo! Então as coisas acontecem, a gente vê demais isso acontecendo, todo dia na verdade, mas precisa, é claro nada é milagre da natureza, a gente precisa de um pouco de comprometimento, pelo menos, e eu acho que esse tipo de conhecimento que a gente compartilha aqui dá um pouco mais de segurança, talvez para embasar um comprometimento às pessoas.
Dr. Souto: Acho que sim, e eu sou da teoria de que quanto mais a gente conhece e entende os mecanismos e tal, facilita porque a gente se entusiasma né, por saber que tá no caminho diferenciado, a gente tá fornecendo para o nosso corpo todas as ferramentas para facilitar uma trajetória que sabidamente não é fácil. Então assim, não é uma barbada emagrecer, ficar saudável, reverter uma diabete, mas é muito mais fácil quando você tá dando para o seu organismo as ferramentas corretas, por exemplo, uma outra forma de agente ver de forma bem simples as conclusões desse estudo que a gente discutiu hoje é você entender assim: você tem opção de comer uma dieta alta em carboidrato, de alto índice glicêmico e a cada 3 horas você tem que repetir o processo com barrinhas de cereais, porque a quantidade de energia disponível no seu sangue tá baixa, ou você tem alternativa de tirar esse tipo de coisa da sua alimentação e não precisar ficar comendo a cada 3 horas, porque você tá colocando no seu sangue uma quantidade maior de energia oriunda justamente da gordura que você quer queimar, essa é a conclusão principal.
Rodrigo Polesso: Aham, é muito bem dito! Exatamente! Então vamos lá, o que que você vai em seguida ao podcast, degustar no seu almoço hoje?
Dr. Souto: Olha Rodrigo, hoje eu estou indo para um local diferente que fica aí na grande Porto Alegre e eu não sei exatamente o que vai ter de comida lá. Aí essa é uma dessas situações em que a gente tem que usar o conhecimento que a gente tem, de como numa situação aleatória, montar um prato que seja adequado ao nosso estilo de vida, então eu tenho certeza, eu posso dizer para vocês, eu não sei exatamente qual é o cardápio, mas eu tenho certeza que ele é um cardápio que pode ser adaptado ao nosso estilo de vida, porque virtualmente praticamente sempre isso é verdade. Então eu vou deixar você e vocês ouvintes com suspense, mas é bem possível que eu fotografe alguma coisa e coloque no meu canal do Telegram, que é t.me Dr Souto .
Rodrigo Polesso: É isso aí, muito sábio! Vamos esperar ele mandar a foto lá das bandejas de coxinha, dos empanados, só vai ter isso lá, ferrou, e você vai ter que abrir cada um e comer a carne moída de dentro…
Dr. Souto: Se precisar a gente faz né!
Rodrigo Polesso: Se precisar a gente faz! Aquele monte de pão do lado e só aquela carne moída no meio…
Dr. Souto: Não, mas eu já vi fotos, tem coisas boas também não vou ser tão incauto assim.
Rodrigo Polesso: Como você falou tem a fome social, até o comportamento social em relação à alimentação, eu lembro de um amigo meu quando eu tava trabalhando ainda na Noruega, há alguns anos atrás, tinha um amigo meu que… lá o almoço é muito simples, o almoço é frio, geralmente né, então o pessoal faz sanduíche de presunto e queijo, pede umas folhas, tomate etc, ou qualquer chimia, como é que a gente fala… geleia para passar em cima do pão e tal… só que ele começou a seguir o que eu tava estudando na época e compartilhando, então ele começou a fazer o que? O pessoal vai almoçar no restaurante lá, dentro do negócio da empresa, ele começou a parar de comer o pão e começou a comer mais do presunto, do queijo, tanto que o chefe dele chegou e falou assim: “Ô meu amigo, mas tem uma coisa estranha a gente notou que você tá comendo só a parte de cima, só o recheio, aí não é justo com os outros…” Olha que situação, ele não queria se intoxicar com a energia vazia do pão e começou a comer só o presunto e o queijo e teve que ouvir do chefe que não era certo fazer isso né. Que sacanagem! Então tem vários aspectos, a gente vê que podem influenciar nossas decisões na vida né, que é sacanagem isso aí, mas é. Muitas pessoas não entendem o impacto da alimentação no nosso organismo. Não sei o que eu vou comer ainda não, mas vai ser um peixe…
Dr. Souto: Nessas situações, o que a gente sugere aí para você é que você é alegue alguma coisa, mesmo que não seja 100% verdade, diga: “Olha eu sou intolerante a glúten, não posso comer pão”, pronto. Ou “Sou diabético, não posso comer esse doce”, porque normalmente as pessoas são mais tolerantes com você falar que tem uma doença, uma limitação, do que com você falar que você tá fazendo algo para melhorar sua saúde e no momento que você faz isso, do ponto de vista psicológico isso pode soar para essas pessoas como “você está dizendo então que você é melhor do que eu, porque você tem mais força de vontade do que eu?” As pessoas se irritam né, então às vezes é melhor evitar esse tipo de discussão e dizer: “Olha eu não posso comer pão, fico muito mal, me dá dor de estômago e tal…” Então a pessoa vai entender “Ah, coitado, não pode comer pão”.
Rodrigo Polesso: É fogo! Cada um com seus obstáculos aí. Nossa saúde é mais importante. Acho que eu vou comer um peixe hoje aqui no almoço, um peixe branco na manteiga, que é uma boa pedida. Pessoal sigam a gente nas mídias sociais: Rodrigo Polesso lá no Instagram, Dr Souto no Telegram, tá lá também, tá no Intagram também, tem a ablc.org.br , triboforte.com.br , com uma base incrível de receitas de todos os tipos, mais de 550 receita lá dentro, e também todas as gravações dos eventos do Tribo Forte que já aconteceram, lá naquele tempo ainda, lembra, que eventos públicos eram possíveis ser tidos, lá atrás ainda tinha 4 anos de palestra para você assistir também. É isso pessoal, então faça parte desse grupo positivo para a gente continuar disseminando as informações. A gente vai tá aqui semana que vem de novo, te atualizando e tentando te ajudar como a gente pode. Dr Souto, obrigado então pela atenção! A gente se fala no próximo podcast.
Dr. Souto: Obrigado, um abraço, até a próxima!