TRIBO FORTE #230 – MÁ CIÊNCIA E O DESESPERO IDEOLÓGICO SOBRE PROTEÍNAS DE PLANTAS

Bem vindo(a) hoje a mais um episódio do podcast oficial da Tribo Forte!

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Neste Episódio:

  • Má ciência;
  • Ideologia;
  • E mais;

Escute e passe adiante!!

Saúde é importante!

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Caso de Sucesso do Dia

Referências

Estudo Publicado no JAMA

Transcrição do Episódio

Rodrigo Polesso: Olá pessoal, bem-vindos ao episódio número 230, aqui da Tribo Forte, seu capítulo semanal de ciência, nutrição, emagrecimento e alimentação baseado em evidência, sem papas na língua. Hoje a gente vai falar sobre má ciência, vai falar sobre desespero ideológico sobre a proteína de plantas, enfim, uma diversão garantida para a gente aqui, não que a gente queira que seja diversão na verdade, mas tem coisas que são tão cômicas que acabam sendo engraçadas, né, enfim… Dr Souto, bem vindo a esse podcast, tudo bem?

Dr. Souto: Tudo bem! Bom dia Rodrigo! Bom dia aos ouvintes!

Rodrigo Polesso: Bom dia todo mundo! Pessoal, deixa eu colocar vocês a par aqui desse novo estudo epidemiológico publicado recentemente, este mês no JAMA, um jornal muito respeitado, que analisou qual impacto na saúde das pessoas de se consumir mais proteína vegetal ao invés de proteína animal, o título do estudo é o seguinte: “Associação…” (essa é a palavra-chave né, vocês já sabem, se você acompanha a gente) “Associação entre o consumo de proteína de plantas e proteína animal na mortalidade geral e específica”. Esse estudo massageou um banco de dados de quase 500 mil pessoas que preencheram um questionário de frequência alimentar entre os anos de 1995 e 2011. Agora um parênteses, antes de continuar a colocar as coisas em contexto, no podcast passado, no 229, nós falamos sobre a pesquisa do Vigitel que mostra associações gigantescas entre fatores socioeconômicos das pessoas e riscos como diabetes tipo 2, hipertensão e etc, né. Associações de magnitude de dobro, de triplo, quatro vezes mais risco… Só pra recapitular se você não viu ainda o episódio 229 sugiro que veja lá, ok, é uma associação que mostra essa magnitude, associação de 200, 300, 400 %… Ok, continuando, vamos ver o desespero desse pessoal do estudo, tentando massagear os dados e achar algum resultado significativo, ok?! Eles concluíram que depois de ajustar a análise por vários fatores de confusão, eles verificaram o seguinte: “com uma maior ingestão de proteínas de plantas pode ser associada a uma redução da mortalidade em geral em ambos os sexos”, que frase de impacto né?! Quer saber a magnitude desta associação pessoal? Pois é 5%! 5% de suposta redução de mortalidade! Bom, lembrando que esse é um estudo associativo né, como a gente falou, de questionários, onde Bradford Hill estaria se revirando na cova, ele disse já há décadas atrás que se a associação desse tipo de estudo  não for de pelo menos 100% há enorme chance do estudo não ter grande valia. Inclusive, a gente já falou de todos os pré-requisitos de Bradford Hill no episódio passado aqui também. Agora, se não fosse bastante esse 5%, que é um risco relativo, os caras tiveram a pachorra de colocar o risco absoluto no estudo ainda (não sei por que) eles dizem: “a redução de risco absoluto de mortalidade geral no pessoal que comia mais proteínas de plantas foi de 0.36% para homens e 0,33% para mulheres. De novo pessoal, um estudo baseado em questionários alimentares, com uma massagem de dados aqui. Depois, eles também mencionaram que houve uma diminuição de 11% (relativo, claro) no risco de mortalidade por doenças cardiovasculares e no final da conclusão deles vem a seguinte pérola: (aqui eu imagino eles tentando achar alguma associação sequer que não fosse ridícula e que mostrasse um número um pouco maior, daí eles devem ter achado no meio desse monte de confusão de dados uma associação e falaram: pô, bingo! Vamos escrever isso) “em particular a menor mortalidade geral foi atribuída a substituição da proteína dos ovos, por proteínas de plantas, 24% menos risco nos homens e da substituição da proteína da carne pela vegetal 13%, ou seja, a proteína dos ovos é ainda mais maligna do que a proteína da carne, segundo eles aqui, e apesar de toda análise que eles fizeram, toda a construção, toda a massagem de dados, a coisa de maior impacto que eles conseguiram encontrar nesse estudo que finalizou a conclusão é que foi substituindo uma parte da proteína de ovos especificamente por proteína de plantas, supostamente reduz em 24% do risco de mortalidade em homens pessoal. Pelo amor de Deus né! Um estudo desse jeito jamais deveria ter sido aceito na verdade como algo sério, quanto menos ser publicado num jornal como esse, e eu não sei porque isso aconteceu, mas esse é só um panorama geral desse estudo, tem outras pérolas inclusas aí nos detalhes que o Dr Souto pode também comentar um pouco…

Dr. Souto: Ah, por onde começar, né?! Bom, todos que nos escutam já sabem o que a gente pensa sobre epidemiologia nutricional, a epidemiologia nutricional é uma coisa muito próxima de horóscopo né…

Rodrigo Polesso: Como fala: é tipo um queijo suíço, onde não tem queijo

Dr. Souto: Porque basicamente você tá fazendo ilações e relações matemáticas, associações, baseados em dados que já são falhos, para começo de conversa. Que são colhidos por questionários, que são questionários que as pessoas nunca respondem direito, que são pouco confiáveis, tudo aquilo que você já conhece, mesmo que os questionários fossem perfeito e as pessoas tivessem memória de elefante, ainda assim existe aquele fato de correlação não é causa e efeito. Então, lembrando do Episódio anterior, onde a gente mostrou que simplesmente os anos de escolaridade estavam associados com 400% a mais de incidência de diabetes e mesmo assim não é causal, porque afinal, estudar ou não estudar não mata ou não faz viver as células beta do pâncreas. Então, a gente sabe que a escolaridade anda junto com renda, e renda por sua vez mostra que é mais difícil ter acesso a boas proteínas e torna mais fácil o acesso a carboidratos refinados e alimentos ultraprocessados que são mais baratos, quer dizer, tem todo um raciocínio complexo porque a gente sabe por definição que, repito, o número de anos de estudo não é a causa direta, não é o que tá entrando no seu corpo e matando as células Beta, então ali fica claro como a associação mesmo sendo 300, 400 % a mais de risco ainda assim não é causa e efeito. E aqui, como Rodrigo muito bem pontuou, nós estamos falando de diferença de 5%, não 400%, 5%. E será que alguém não se dá conta quando avalia a revisão dos pares no estudo para permitir que o estudo seja publicado numa revista científica? Não diz assim: Olha só pessoal, é uma diferença tão pequena, mas tão pequena em termos absolutos, aliás até em termos relativos né 5% de risco relativo, que nós não vamos publicar, porque isso é bobagem, é ruído né… E aí, para quem é da área, conhece um pouco mais de bioestatística, o que eu vou falar agora vai fazer bastante sentido, esse é um dos problemas de um estudo ser muito grande. Olha que interessante, quando um estudo é muito grande, como esse aqui foi, quase meio milhão de pessoas, isso pode ser um problema, porque diferenças que são ridículas, não tem nenhum impacto do ponto de vista de vida real, quer dizer, quem faria ou deixaria de fazer algo porque aquilo tem talvez um impacto de 5% de risco relativo ou 0,…% de risco absoluto? Isso não é motivo para você comer ou parar de comer qualquer coisa, porque o risco é muito pequeno, mas como que isso acaba saindo numa revista dessa? É que com 500 mil pessoas uma diferença irrisória de risco entre um grupo e outro se torna estatisticamente significativa.

Rodrigo Polesso: Porque é grande o suficiente para magnificar esses pequenos detalhes.

Dr. Souto: Exatamente! Ou seja, ter um “N” muito grande, ter muitos milhares de pessoas numa corte, às vezes pode não ser uma coisa boa, se você tá interessado em achar pequenas diferenças que não tem nenhum significado clínico, mas que acabam sendo estatisticamente significativas e justificando a publicação e o aceite daqueles dados. Esse é o primeiro comentário que eu queria fazer. Agora, olha só, eu vou mostrar para vocês uma coisa muito interessante: o estudo diz que para quem come mais proteína vegetal, as pessoas terão 5% a menos de mortalidade geral, em termos relativos, terão 2% a menos de mortalidade por câncer, terão 5% a menos de mortalidade cardiovascular, agora comer mais proteína vegetal tá associado com 9% a menos, aliás 10% a menos de chance de morrer de acidentes, ou seja, comer menos proteína vegetal ela tá mais associado com você ter menos acidentes e danos pessoais, por descuido assim, do quê com relação ao câncer ou mortalidade cardiovascular. Ouvinte, o que você acha que explica isso? Você acha que realmente, por exemplo, comer menos planta torna o Airbag do seu carro mais seguro? Que comer menos plantas tornam os pneus do seu carro nem mais carecas? Pensem pessoal! É evidente que o que esse estudo tá detectando é o famoso viés do usuário sadio, as pessoas que comem mais proteínas de plantas são as mesmas que são os escoteiros do grupo, tá certo?! São as pessoas que dirigem com mais cuidado, que tudo que mandam fazer, elas fazem, você diz para elas que fumar faz mal, elas também não fumam, se diz para elas que fazer exercícios faz bem, elas fazem exercício, se dizem para elas que sobrepeso é ruim, elas cuidam o peso. Então, é isso que esse estudo tá demonstrando.

Rodrigo Polesso: Sabe que essa analise que você tá demonstrando tá corretíssima, mas eu acho que esse estudo nem merece essa análise, porque a diferença de risco de 10% e 5% com certeza é um ruído estatístico no meio de um banco de dados desse tamanho, dependendo da análise que eles estão fazendo com fatores de risco e etc. Então, acho que o estudo é tão ruim, que nem este viés ele merece ser analisado.

Dr. Souto: Mas é fascinante Rodrigo, que agora enquanto eu tô conversando com você, eu tô olhando tabela, e na realidade a associação mais forte de todas foi com acidentes e danos pessoais, ou seja, assim se o pessoal tivesse se dado conta, talvez eles deviam ter tirado isso da tabela para não tornar tão evidente que os dados são falaciosos no que diz respeito a causalidade, você imagina assim, que você tá o que? Acreditando que proteína animal causa câncer, que proteína animal causa doença cardiovascular, mas a maior associação que você encontra é com acidente de carro, então, isso não é a primeira vez, tem um estudo famoso chamado EPIC, que é um estudo europeu grande né, equivalente aquele NHANES dos Estados Unidos, mas na Europa, e o estudo EPIC quando fez a correlação entre carne vermelha, carne processada e câncer encontrou correlação das carnes como um todo, mas quando se tirou a carne processada aí já não tinha associação estatisticamente significativa, e o detalhe é que o consumo de carne processada tava associado também com mais acidente de trânsito, mais homicídio e mais suicídio. Então, a não ser que alguém me explique de que forma o consumo de carne está associado com acidente de carro ou com uma chance maior de você disparar uma arma contra o seu vizinho, sendo que quando você olha os próprios estudos observacionais, uma dieta vegetariana está associado com um risco maior de depressão e suicídio, então é óbvio que o que a gente está vendo é o viés do usuário sadio, repito, para quem ainda não entendeu, é aquela história de que: normalmente a pessoa que é o “Joãozinho do Passo certo” o bem-comportado, o escoteiro do grupo, ele tende a fazer tudo que mandam, ele tem de fazer tudo aquilo que dizem para ele que é bom para ele, então se dizem para ele que comer carne é ruim, ele come menos carne, mas uma série de coisas que dizem para ele que são boas pra ele, de fato são, como fumar menos, fazer exercício, cuidar o peso, não beber e dirigir… Então, esse sujeito acaba tendo bons desfechos de saúde no estudo observacional, não porque ele tá comendo menos carne, mas a despeito de comer menos carne, por causa das outras coisas corretas que ele faz, e essa tabela torna isso muito evidente, vou repetir para quem não prestou atenção, assim: de tudo que eles avaliaram, mortalidade geral, câncer, mortalidade cardiovascular, doença cardíaca, derrame, doença respiratória, infecção, de tudo isso, a maior associação que apareceu em quem comia menos carne é que o risco de acidente era menor, é tudo que você precisa saber sobre esse estudo!

Rodrigo Polesso: É, e isso não preveniu eles de escreverem na parte de conclusão irrelevante, o seguinte: os nossos achados provém evidência de que modificação na alimentação, na escolha da fonte de proteína, pode auxiliar na saúde longevidade e tem muita gente que só sabe entender conclusão e relevância. Então, eles falam: nesse grande estudo prospectivo de corte uma maior ingesta de proteína de planta foi associada com uma pequena redução no risco de mortalidade geral e cardiovascular (pequena redução é para ser bonzinho ao dizer isso né pessoal) 5% como a gente falou, “acidentes” deveria ter sido aqui o título desse estudo… enfim, para vocês entenderem que um estudo desse foi publicado num jornal respeitável e tudo mais, é total lixo, não deveria ter sido publicado nunca, porque a maior parte das pessoas não sabem fazer essa avaliação que a gente tá fazendo, ou não tem tempo e empenho para fazer esse tipo de avaliação, então acaba lendo matéria por aí se convencendo de uma coisa que tá falsa na sua essência, então enfim…

Dr. Souto: Como você falou em Bradford Hill, seria interessante até quem puder voltar atrás lá e ver o episódio no qual nós falamos sobre isso, mas foi um bioestatístico que foi muito importante, se não me engano nos anos 60 ele realizou esse trabalho seminal dele e ele foi uma das pessoas responsáveis por estabelecer a provável causalidade do cigarro em relação ao câncer de pulmão. E o Bradford Hill disse: olha, é até possível em estudos de associação, em estudos observacionais a gente derivar alguma conclusão de que deve haver causa-efeito ali, mas para isso tem que estar presente uma série de critérios, um desses critérios é a força da associação, então ele dizia que uma associação, um risco relativo menor do que 2, ouse já, do que o dobro, do que duas vezes mais risco, normalmente não é um risco grande o suficiente para que a gente possa considerar que há uma grande chance de causalidade, aqui nós estamos falando em risco relativo de 1,05 ou seja 5. Então, vejam que Bradford Hill falava que tinha que ser pelo menos dois, e claro, não basta ter o risco relativo de 2, é uma série de critérios… tem que ter plausibilidade do mecanismo, tem que ter uma relação does respostas, é uma série de coisas que a gente leva em consideração, e quando todas estão presentes a gente pode se autorizar a dizer: olha, embora seja observacional, é provável que haja algo de causal ali, aqui é de dar risada né, porque aí você teria que dizer realmente que comer mais plantas vai melhorar a aderência dos pneus do seu carro na estrada.

Rodrigo Polesso: Exatamente! E tem uma pergunta aqui da comunidade que meio que tem a ver com esse assunto, é uma pergunta que ainda vem de vez em quando para mim não sabe se vem pra você também, talvez venha, porque enfim, tem a ver com Netflix né, a pergunta é do Ângelo Neto, ele falou: “Bom dia meu amigo, faz um comentário sobre o documentário da Netflix  “What the Health”. Bom, o pessoal deve conhecer esse documentário, What the Health, que um documentário vegano tipicamente é tipo de documentário que com certeza eles talvez utilizariam um estudo como esse que a gente acabou de falar para você, em defesa do consumo de proteínas de planta, porque é compatível com a qualidade da ciencia que eles utilizaram nesse documentário, e a boa notícia para vocês é que nós já fizemos isso, a gente já fez no podcast número 68, se você digitar no Google “Tribo Forte What the Health” vocês vão achar lá esse podcast onde a gente falou destrinchou alguns importantes aspectos da ciência por trás deste documentário, que na minha opinião é simplesmente criminoso, é mentiroso, e ninguém faz fake News check nesse tipo de documentário, que é incrível, porque ele está alinhado ao sinal do tempo, ao Politicamente correto do momento, mas é um documentário enganador e todo mundo que entende um pouquinho sequer de Ciência sabe que esse documentário realmente tá baseado em nada, na verdade, ele é realmente enganador e mentiroso, mas veja o Episódio número 68 da tribo Forte aí, What the Health. Doutor Souto, foi impressionante né?!

Dr. Souto: Quem também quiser ler uma coisa interessante sobre isso, pode botar aí no Google “blog Doutor Souto What the Health” que você vai encontrar a postagem, que é uma postagem que eu traduzi um texto de uma pesquisadora vegana, e é legal porque ela diz assim: que ela era vegana por motivos éticos e tal, mas que ela não achava certo mentir para defender o seu ponto de vista, então eu de propósito resolvi traduzir para português esse texto para mostrar o seguinte, que embora ela tivesse todo o viés, vamos dizer, ela tem pena dos animais, acha que nós não devemos comer animais, mas ela disse assim: ela tem os motivos que ela acha que são os que realmente fazem com que você devesse seguir uma dieta sem produtos de origem animal, mas ela pega e detona o documentário, porque ela diz que isso não ajuda a avançar aquilo que ela considera o veganismo ético, por que? Porque você não pode avançar uma opinião, um ponto de vista, mentindo, que é o quê aquele documentário faz, aquele documentário mente, um dos pontos altos do documentário era falar que cada ovo corresponde a 5 cigarros!

Rodrigo Polesso: É uma das pérolas!

Dr. Souto: Então assim, se você escuta um negócio desse esse é o momento que você tem que desligar TV, até vou sugerir para vocês, bem melhor do que o What the Health é assistir uma novela mexicana que se chama Jane The Virgin, qualquer novela mexicana é melhor, você vai ter bem mais conteúdo, vai ficar mais feliz, não vai ficar estressado assistindo bobagem…

Rodrigo Polesso: É verdade! E não só como o What the Health, a Netflix decidiu subir nesse trem do veganismo mentiroso e lançou outros, como você conhece também, a gente inclusive fez uma podcast sobre a Dieta Dos Gladiadores, que é o mais atual, que o pessoal aí, de novo enganador, de novo usando péssima ciência, pessoa com falta de integridade, os mesmos argumentos falhos, facilmente mostrados falsos, a gente também fez uma análise disso, você pode digitar Dieta Do Gladiador Tribo Forte, você vai achar, eu também tenho um vídeo no YouTube onde eu coloquei “Dieta De Gladiadores Rodrigo”, se você digitar lá você acha também, é aquela coisa: é muito fácil  desmiuçar, enfim, é muito fácil fazer esse trabalho, mostrar que ele tá baseado em ideologia só e utiliza uma péssima ciência de um viés que falta muita integridade para tentar passar a agenda que eles querem passar. Então, cuidado pessoal, cuidado com esse tipo de coisa, é bem produzido, tem pessoas famosas nele, mas isso não quer dizer que é um negócio de qualidade e que tenha integridade por trás, infelizmente, então cuidado com isso!

Dr. Souto: É, eu ia comentar ainda que no Episódio passado nós já falamos, mas eu quero repetir aqui, porque nem todo mundo ouve todos, quem consegue ler em inglês, não deixe de comprar o livro “Sacred Cow” (a vaca Sagrada), tem na Amazon, é espetacular, para que você tenha até conhecimento e condições de argumentar com as pessoas que vão trazendo para você as mesmas coisas embaladas a vácuo, do sentido: precisa muita água para fazer carne, ou libera gases do efeito estufa, esse tipo de coisa tá tudo esmiuçado, referenciado, com os estudos e as referências bibliográficas no livro. Espetacular! Vale muito a pena, eu acho que no fim, cada um de nós tem que tá letrado nessas coisas para poder ter um debate inteligente e quem sabe instilar um pouquinho de dúvida na cabeça das pessoas, porque as pessoas que defendem esse tipo de coisa muitas vezes tem a certeza dos fanáticos religiosos…

Rodrigo Polesso: Sim e tem uma propaganda que eu vi, eu não sei se é verdade ou não, a propaganda em si é verdade, pelo que eu vi as pessoas estão realmente falando que tá cantando a musiquinha, é super produzida, então é uma coisa que gastaria bastante dinheiro, aparentemente, eu acho que é do Burger King, ou outra rede de hambúrgueres…

Dr. Souto: É verdade Rodrigo! Não é fake aquilo! É verdade!

Rodrigo Polesso: Ah, então vamos lá, o pessoal que não viu ainda é assim, absurdo, eu custo a acreditar… Eles fizeram uma propaganda, bem produzida e tudo mais, trazendo à tona esse problema das vacas arrotarem, porque “o metano das vacas”, “mudanças climáticas”, daí eles fizeram o seguinte: “pessoal, aqui você pode comer os nossos hambúrgueres sem problema, porque nós estamos mitigando esse problema do arroto das vacas, dando capim cidreira para as vacas, assim elas arrotam menos, então você pode comer o nosso hambúrguer que não vai causar problema climático”… Eu falei: não é possível, Doutor Souto, que isso tá acontecendo!

Dr. Souto: É, mas é!

Rodrigo Polesso: Não consegui acreditar! Não sabia até agora se era verdade ou não, mas se você tá falando que é verdade, então deve ser…

Dr. Souto: É real, eu vi no próprio site do Burger King.

Rodrigo Polesso: Isso é para lá de bizarro, não consigo nem pensar em palavras…

Dr. Souto: Porque a gente já falou várias vezes, mas o livro coloca isso, o livro em questão, esse explica bem direitinho, o CO2 das vacas ou metano das vacas ele é parte de um ciclo que sempre existiu, então, por mais que a vaca arrote e elimine metano, esse metano ele depois naturalmente decai em CO2, e esse CO2 novamente é capturado pela grama que foi pastada,  então quando a vaca pasta pessoal, ela não arranca até a raiz, então essas gramíneas elas são perenes, significa que elas voltam a crescer, e o grande estímulo programa crescer e ter sido pastada. Então, você corta ela e isso libera o mecanismo hormonal da planta que estimula aquela grama crescer de novo, e ela cresce sabe como? Retirando o CO2 da atmosfera. CO2 que foi parar na atmosfera como? Através do arroto da vaca. Então, é um ciclo, ele não é CO2 novo, então se você tá preocupado com o aumento do CO2 da atmosfera, vá comprar ações da Tesla porque realmente ali você vai ter carros que não são movidos a combustíveis fósseis que CO2 novo, que foi retirado das profundezas do solo, aquilo que tava há 200 milhões de anos lá como petróleo… agora, culpar as vacas por isso? É muito ridículo!

Rodrigo Polesso: É muito ridículo! E se comprar ações da Tesla, você pergunta também de onde vem a energia que você carrega as baterias do Tesla…

Dr. Souto: Exatamente. Será que essa energia aí é solar?

Rodrigo Polesso: Pois é, não né! Mas é pra você ver o nível de argumento, né pessoal, mas enfim, o ponto vai mais abaixo ainda, se você quiser fazer uma pesquisa boa na ciência sobre CO2, você pode fazer, eu acho que você vai aprender muito sobre isso, que é o gás realmente da vida aí, mas enfim, para você ficar esperto com o que tá acontecendo no mundo aí, e não cair vítima desse tipo de coisa. Vamos lá, o caso de sucesso de hoje é muito bom, o Yuri Dantas, ele mandou: “Há 4 meses atrás eu pesava 115 kg, hoje eu estou com 76kg. A minha vida mudou! Obrigado cara! Que Deus te abençoe sempre!” Obrigada Yuri! Ele perdeu 39 Kg, em 4 meses, seguindo alimentação forte, que nada mais é do que uma alimentação baseada em ciência nutricional, em evidência, ele mandou a foto do antes e depois, é incrível o antes e depois, eu vou deixar a foto lá junto com a transcrição do podcast, lá na emagrecerdevez.com.br, episódio 230. Então, parabéns Yuri! Funciona de fato!  Doutor Souto, alimentação, é quase meio-dia, a gente tá gravando aí para você, que que você tá pensando em degustar aí?

Dr. Souto: Olha Rodrigo, é uma boa pergunta, e aliás, o pessoal acha engraçado, mas eu não estou inventando, é verdade, com esse tipo de alimentação a gente não fica morto de fome, então você passa a não ter a comida como seu único pensamento, “nossa, que que eu vou comer na próxima refeição?”… Então, parece brincadeira, mas não é, a gente eventualmente pode estar com pouca fome… Se você me perguntasse, Rodrigo, assim, se eu pularia o almoço hoje? Cara, se eu pulasse o almoço hoje, provavelmente não ia ser uma coisa tão complicada, dito isso, deixa eu pensar, eu acho que eu tenho uns filezinhos de porco ali no congelador, que dá para colocar na AirFryer… E isso aí é, ter uma coisa congelado nesse sentido que você possa descongelar e colocar numa AirFryer é uma forma rápida de você fazer uma proteína, comer rapidinho, uma coisa barata, simples, não dá trabalho, não suja muita coisa…

Rodrigo Polesso: Nutritiva! Exatamente, outra grande vantagem dos alimentos de origem animal é isso, você precisa do alimento, sal no , e fogo ou forno, alguma coisa . Se fosse fazer qualquer coisa vegetal, você vai precisar de várias outras coisas, um cozimento, mais tempero para dar um gosto que dá para suportar, preparações diferentes, então, é outro benefício aí de alimentos de origem animal. Eu vou fazer um salmão aqui, na frigideira, com sal em cima e pronto, rápido, fácil, fácil… Não sei o quê mais eu vou complementar, mas é muito fácil né pessoal. Bom, pessoal, se você tá interessado em um acervo gigantesco de mais de 600 receitas, receitas novas sendo colocadas semanalmente pela querida Poliana Freitas, é só você entrar em tribofortecom.br, você vai ter acesso não só a esse acervo, mas também a todas as gravações, todos os eventos da Tribo Forte, realmente é uma barganha gigantesca, é uma coisa que pode ajudar sua família, pode ajudar você a construir um estilo de vida sustentável, saudável para você, para trazer longevidade e saúde, é triboforte.com.br, no mais, sigam a gente nas mídias sociais, acompanhem a gente, eu tô lá: Rodrigo Polesso no Instagram e em todos os lugares, o Dr Souto lá no telegrama, também tá no Instagram e tudo mais, tem ablc.org.br, associação low carb que pode seguir também, tem muitos recursos para você se conectar aí nessa onda positiva. Beleza pessoal! É isso então! Obrigado pela sua audiência! Passe a frente esse podcast, é gratuito, são 230 episódios já, tenho certeza que pode mudar a vida de muita gente, como tem tanta gente que conta para a gente que isso aconteceu, né. Doutor Souto, obrigado pela atenção! Até o próximo podcast!

Dr. Souto: Obrigado, abraço, até!