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Neste Episódio:
- Bomba positiva sobre gorduras saturadas;
- Assunto da semana foi o salmão;
Escute e passe adiante!!
Saúde é importante!
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Caso de Sucesso do Dia
Referências
Matéria Sobre o Salmão na Folha
Estudo Sobre Gorduras Saturadas
Transcrição do Episódio
Rodrigo Polesso: Alô! Fala pessoal, bem-vindos ao podcast número 233, do podcast semanal da Tribo Forte, sua dose de emagrecimento, saúde, estilo de vida, baseada em evidência, tentando te ajudar a viver na sua melhor forma e na melhor saúde que você pode né?! Enfim, hoje a gente vai falar aqui sobre uma bomba positiva sobre gorduras saturadas e também vamos falar sobre essa história de salmão, salsicha e o caramba a quatro que saiu essa semana e tem um monte de gente me perguntando sobre isso também, a gente vai dar uma olhadinha nesse assunto… Dr Souto, bem-vindo à bordo neste podcast! Tudo bem?
Dr. Souto: Tudo bem! Bom dia Rodrigo! Bom dia aos ouvintes!
Rodrigo Polesso: Pessoal, vamos ver essa história aí antes de partir para as boas notícias sobre gordura saturada, primeiro então: saiu essa reportagem na Folha de São Paulo, varias pessoas me mandaram no Instagram também, “Rodrigo, o que que você acha disso?”… O título, essa manchete é a seguinte: “salmão do sushi é tão tranqueira quanto salsicha e biscoito recheado”. Pessoal, vocês devem aprender né, muita gente que acompanha aqui já sabe, esse tipo de manchete a gente não precisa nem ler o que tá escrito no texto, já entende que o bendito do jornalista tá lá tentando criar a manchete mais chocante possível, nem que ele tenha que mentir para atingir esse objetivo. Então, você sabe que isso acontece porque a mídia vive do medo que as pessoas têm, tenta roubar a nossa atenção de fato. Então beleza, eles falam o seguinte: “para o professor Carlos Monteiro do departamento de nutrição da faculdade de Saúde Pública de São Paulo, o salmão de criação poderia ser catalogado como um alimento ultraprocessado, mesma categoria dos biscoitos recheados e das salsichas.” Então, você já viu de onde saiu a manchete, para a gente começar a discussão aqui, né. Essa mesma categoria de ultraprocessados contém, claro, biscoito recheado e outras porcarias, então por isso que o professor Carlos Monteiro deve ter mencionado, ele vai justificar já porque que talvez ele colocaria o salmão nessa categoria, que é um absurdo, então você vê como é que eles conectam essas duas coisas chamando o salmão do sushi inclusive que é a mais alta qualidade, mesmo que ainda assim seja de cativeiro, então eles colocaram coisas que as pessoas reconhecem como um saudável, ou seja, salmão todo mundo reconhece como saudável, sushi todo mundo reconhece como saudável, e daí “é tão tranqueira como salsicha e biscoito recheado”… Entenderam a mentalidade do jornalista? Pois é, eles não tem escrúpulos. Aí continua o parágrafo aqui do negócio: “a dieta de ração do salmão anula os supostos benefícios da carne de salmão, a ômega 3 vem de algas que o peixe come na natureza”, conta Carlos Monteiro, na carne dos peixes alimentados com ração a base de soja e milho, ela é suplantada por outro tipo de gordura, ômega 6, em doses moderadas não faz mal, mas não é nenhum elixir de longa vida. Isso sem mencionar os remédios que dão literalmente aos baldes para os peixes sujeitos a doenças nos cercadinhos superpovoados e no impacto ambiental dessas fazendas poluidoras dos oceanos. Conclusão: salmão de criação, melhor não! Que beleza hein pessoal! Vamos lá, Doutor Souto, tem algumas coisas que são verdades aqui, que a gente sabe, por exemplo, o que você alimenta o animal vai acabar resultando num diferente perfil nutricional do animal, a gente sabe que salmão de cativeiro é o mais consumido do mundo, salmão de cativeiro infelizmente é realmente na sua grande maioria pelo menos alimentado com essas rações e acaba mudando um pouco perfil lipídico, colocando um pouco mais de ômega-6 aí na gordura do salmão. Agora, o salmão continua sendo salmão, é peixe né, continua tendo todos os aminoácidos e proteínas altamente biodisponíveis, salmão não se resume a ômega 6 ou ômega 3 da própria gordura, salmão é muito mais do que isso, e comparar salmão ou chama-lo de “uma tranqueira igual a biscoito recheado” para mim é suficiente para nunca mais ler esse meio de comunicação, mas enfim, Doutor Souto, a gente podia acatar o porquê dele ter criado esse artigo, porquê de ter disseminado esse tipo de coisa com grande extrapolação que eles estão fazendo aqui, será que é válido colocar medo nas pessoas a respeito do salmão de criação e incentivarem a comer biscoito recheado? Porque enfim “é igual” né?! O que que você acha?
Dr. Souto: Cara, Rodrigo eu não tinha visto isso, não tinha ouvido, ninguém tinha me mandado essa manchete, é muito bizarra, é muito absurda, é muito, muito, muito além do nível já baixo normal. Existe um termo em inglês chamado na clickbait, então bait pessoal é isca, você coloca uma minhoca lá no anzol para pescar, a isca, isso em inglês é bait. Clickbait é a isca para fazer você clicar, você é o peixe, e aí quando você vê aquilo ali você não consegue resistir de ir lá morder o anzol, que é clicar naquilo ali, que se salmão do sushi é igual a biscoito recheado, eu tenho que clicar para ver isso. Nossa! É tão absurdo! Então o que é muito comum nesse tipo de coisa é você ter um pequeno nugget, uma pequena coisa de verdade no meio de um monte de bobagem, no meio de um monte de mentira, qual é a pequena verdade que existe aí? É fato que se você alimenta os animais com grãos você vai estar aumentando o consumo de ômega 6 deles, que é uma gordura mais inflamatória, aliás, diga-se de passagem pessoal, é o mesmo motivo pelo qual você não deveria comer grãos, assim, se é para alguém comer grãos eu prefiro que seja o salmão do que eu, que fique bem clarom eu prefiro que seja a galinha comendo a ração do que eu. E é curioso porque a gente não costuma ver o mesmo tipo de manchete virulenta e absurda contra o consumo de grãos. Vocês já viram que interessante?! O salmão vira biscoito recheado porque ele comeu grãos, mas você deve comer grãos integrais e sai no mesmo jornal.
Rodrigo Polesso: Exatamente!
Dr. Souto: Desculpa, me ajudem a entender… Deve ser um problema cognitivo. Bom, vamos adiante… o salmão quando ele é criado em psicultura, ele come algas também, porque ele não tá numa água de piscina com cloro e isento de microrganismos, então nas análises comparativas que eu já vi de salmão de cativeiro e salmão selvagem, sim, não há nenhuma dúvida de que o salmão selvagem tem bem mais ômega 3 do que o de cativeiro e que o de cativeiro tem bem mais ômega 6 do que o salmão . Ainda assim, o salmão de cativeiro tem mais ômega 3 do que a maior parte das coisas que você habitualmente comeria…
Rodrigo Polesso: Biscoito recheado, por exemplo.
Dr. Souto: Mais do que biscoito recheado. Vamos pegar um exemplo, carne vermelha, carne vermelha é uma das coisas mais saudáveis e menos problemáticas que você pode comer aqui no Brasil, os animais são criados à pasto na maior parte da sua vida, eventualmente finalizados em grãos lá no final, mas ainda assim com boa parte de silagem, aquelas coisas que fazem parte desse momento de engorde final do gado, não é grão puro até porque ele não digere bem isso, é assim, os talos da colheita de outras coisas, que é celulose, ou seja, o tipo de alimento que ele é feito para digerir. E existe ômega 3 no capim que o animal come, ainda assim a quantidade absoluta de ômega 3 do gado é relativamente pequena, então, mesmo um salmão de cativeiro vai ter mais ômega 3 do que carne de gado, o que talvez ele tenha é mais ômega 6 do que a gente gostaria, e aí deixa eu abrir um parênteses, ontem eu até bati uma foto, eu tava no supermercado, eu tava procurando uma mussarela de búfala, e aí ali eu acabei olhando infelizmente para as margarinas que estavam do lado, e aí tinha uma margarina que tava escrito bem grande “ômega 6”, assim eles literalmente estavam fazendo propaganda, todos nós sabemos que aquilo é puro óleo de milho hidrogenado, só pode ser ômega 6 né, mas daí você pegar e colocar isso como uma alegação de rótulo no sentido assim “ômega-6 com orgulho”… Então, você colocar o salmão em pé de igualdade com isso, com margarina, com biscoito recheado, é muito bizarro. Outra coisa, é obviamente o biscoito recheado, é aquela coisa feita com os piores ingredientes, com a farinha refinada, com açúcar, com gordura hidrogenada, feito numa fábrica a partir de ingredientes o máximo refinados possíveis, e como você vai comparar isso com um peixe? Seja lá o que for que ele come…
Rodrigo Polesso: É extrapolação que ele fez da categoria de ultraprocessados, tem gente que falou também que focou mais na questão da comparação com a salsicha também, que é um alimento ultraprocessado, a salsicha quando era feita pelos nossos avós, bisavós antigamente, era basicamente uma carne maturada, uma carne salgada, com temperos naturais, não tem nada de errado com uma salsicha de qualidade, a gente sabe disso, mas as pessoas têm essa má relação com salsicha, ele colocou o biscoito recheado para deixar bem claro, e esse Marcos Nogueira, a pessoa que escreveu esse artigo, bom, não conheço ele, não sei o que ele é, mas ele demonstra vários problemas aqui na argumentação dele, ele começa dizendo: “Ah, por que será, eu não entendo, por que que o salmão é tão comum em restaurantes de sushi?”… Ele começa a falar: “ele é o favorito no restaurante de sushi, do Norte ao Sul do Brasil, Manaus Terra do Tambaqui Tucunaré Matrinxã, salmão, Fortaleza Paraíso do Pargo, salmão, Vitória rica em badejo dourado, salmão, Floripa a ilha da tainha, salmão…” bom, não sei em quantos restaurante japonês ele entrou na vida dele, mas salmão é parte do bendito do sushi e do sashimi, é uma coisa clássica num restaurante desse, com certeza vocês encontram esses peixes locais em outros restaurantes de peixes, se ele tivesse aí um pouco de boa vontade para escrever um negócio decente ele teria visto isso também, além de ele dizer a seguinte frase: “ocorre que o salmão não é capturado no mar, ele é abundante porque vem de fazendas marinhas gigantescas, a maioria delas localizada no Chile”… Daí ele fala categoricamente: “este peixe não é saudável.” Da onde que ele tirou isso? Por que é possível mentir num artigo assim?
Dr. Souto: Eu acho curioso Rodrigo, porque isso é uma coisa que eu sempre gosto de pensar e sugiro para vocês que estão nos ouvidos que pensem, nesses grandes ensaios clínicos randomizados que são conduzidos e alguns dos ensaios clínicos clássicos que abordam esse tema, são os ensaios clínicos randomizados do doutor Lore Grill, que são os estudos de dieta mediterrânea, e eles foram realizados na França e a maior parte do peixe consumido na França, assim como o peixe consumido aqui, é o peixe comercialmente disponível nos mercados, muito dos quais oriundos de piscicultura e nesses estudos se demonstrou benefícios da abordagem, se atribui muito do benefício justamente ao consumo de peixe, e eu pergunto: por acaso nos estudos nos ensaios clínicos todo mundo come só salmão selvagem do Alasca? Então, da onde que a gente vai tirar que… E outra, vamos pensar um pouquinho agora do ponto de vista de sustentabilidade: se o mundo inteirinho resolver comer salmão do Alasca, o que vai acontecer com o salmão do Alasca?
Rodrigo Polesso: É, exatamente! Nem sustentável não é!
Dr. Souto: Insustentável! Então, sim, tudo bem, eu entendo o argumento dele, existem outros peixes locais que podem ser consumidos, tudo bem, acho que é um argumento válido…
Rodrigo Polesso: E eles são consumidos, talvez não no restaurante de sushi e sashimi…
Dr. Souto: Recentemente eu comi uma excelente moqueca e não tinha salmão, tinha os peixes locais, então uma coisa não impede a outra, e eu vou dar um outro exemplo para nós aqui, você falou da salsicha, e quando eu penso nos embutidos eu sempre vejo as pessoas criticando tipo “Nossa, se você visse o tipo de coisa que entra dentro, os pedaços de carne que entram lá dentro, você não comeria”. Bom, essas são as mesmas pessoas que dizem assim “nós deveríamos comer o animal do focinho a cauda, deveríamos comer o animal todo”. Bom, a salsicha não é isso? Tá bem, eu não tô me referindo necessariamente ao tipo de produto que você vê por aí que é um agregado de restos de carne com amido misturado, com um monte de agregantes, e tal, mas assim, toda linguiça, todo embutido tradicional é uma forma que eu acho extremamente interessante e sustentável e ecologicamente correta de você aproveitar aquelas partes da carne que talvez você não quisesse comer de outra forma. Vou mais além, a carne moída também. Então, às vezes você pega uma carne que ela é mais dura, mais fibrosa, bom, aí você transforma aquilo numa carne moída de segunda e automaticamente você pode fazer um bom hambúrguer caseiro, uma boa almôndega, ou mesmo prato de carne moída com legumes… Então, acho que a gente tem que cuidar um pouco com certas categorizações. Definitivamente é “Beyond bizar”, além do imaginável, alguém comparar um salmão, não importa o que ele tenha comido, com biscoito recheado, eu acho que se você tiver uma comida em casa, uma galinha no pátio de casa que come lixo, ainda vai ser melhor comer essa galinha do que comer biscoito recheado.
Rodrigo Polesso: Com certeza! Então, fica aí pessoal, um golpe baixo, terrível prática jornalística, péssimo, com mentiras descaradas colocando aqui, utilizando da bondade das pessoas, tirando proveito para clicar numa porcaria de um artigo desses. Enfim pessoal, isso que tá acontecendo por aí eu espero que vocês tenham senso crítico para ver que esse tipo de coisa acontece.
Dr. Souto: É. E Rodrigo, eu acho que mais um comentário cabe aqui, é esse tipo de artigo, esse tipo de postura que leva uma elitização, uma Gourmetização da alimentação saudável, que não é boa para ninguém, porque se a pessoa chega à conclusão : bom, ela não tem condições financeiras ou não encontra na sua realidade esse salmão que é pescado nos mares do Norte, se ela não encontra esse tipo de produto, ou pior ainda, se ela chega à conclusão que tanto faz comer o salmão ou comer biscoito recheado, cara, ela joga tudo para cima e vai comer um biscoito recheado. Então, você tornou a dieta saudável dela impossível de ser atingida. Você gourmetizou, você idealizou de tal forma, o sal tem que ser o sal rosa do Himalaia, o salmão tem que ser o salmão do Alasca…
Rodrigo Polesso: Então é melhor comer um hambúrguer mesmo do McDonald’s e dane-se.
Dr. Souto: Se torna impossível! Então, pessoal aqui a gente propõe o contrário, você pode fazer uma alimentação saudável, simples, com o que você encontra no açougue, na peixaria e no hortifrúti, você vai tentar obter o alimento melhor que você puder, mas assim é o melhor que você puder, o ovo de granja mais comum menos orgânico que você encontrar ainda é melhor do que bisnaguinha, o peixe que você vai encontrar na peixaria que veio do Chile que é de piscicultura ainda é muito melhor do que não comer qualquer peixe, você pode ter uma dieta mais saudável do que 99% das pessoas, sem se preocupar um único segundo se o seu sal veio do Himalaia ou das salinas do Nordeste, se o seu peixe veio do Chile ou do Alasca…
Rodrigo Polesso: Perfeito! Muito bem! Tem que fazer o melhor dentro do que você pode fazer. A alternativa que a gente sabe é pior, e tá responsável pelo que a gente tá vendo essa calamidade de saúde por aí, e não graças as pessoas como essa que se escrevem esse tipo de artigo né, enfim… Vamos lá, a segunda notícia boa né, claro que esse tipo de coisa você não vê com a mesma definição, com a mesma confiança, escrito na mídia como você vê esse tipo de porcaria dizendo que salmão não é saudável né. Saiu o quê? Publicado no dia 10 de agosto agora no jornal do Colégio Americano de Cardiologia uma nova revisão do estado da arte da ciência acerca da gordura saturada. Lembrando que ano passado, a gente falou que também, saiu uma revisão do estado da arte da ciência acerca da carne vermelha e essa revisão disse claramente que não há motivo para se reduzir o consumo de carne vermelha seja ela processada ou não processada, ok?! Então, saiu agora essa nova revisão de todo lugar do jornal do colégio americano de Cardiologia, talvez seja a área de medicina que eles têm mais medo de gordura saturada, e saiu essa revisão da melhor evidência disponível hoje na literatura sobre gorduras saturadas. Eles começam dizendo o seguinte: “as diretrizes alimentares Americanas recomendam uma restrição de gordura saturada para menos de 10% das calorias para reduzir risco cardiovascular”. A gente já falou aqui se você acompanha gente você tá atualizado com o que tá acontecendo no mundo hoje nesse sentido, e a gente falou seguinte eles querem diminuir para menos ainda com as novas diretrizes alimentares que saem este ano para diminuir para menos ainda, para restringir mais ainda o consumo de gordura saturada. Aí eles falam assim ó: “a recomendação para limitar o consumo de gordura saturada tem persistido apesar da enorme evidência do contrário (estou traduzindo simultaneamente aqui), as maiores metanálises, as mais recentes de ensaios clínicos randomizados e também estudos observacionais não acharam nenhum benefício ao se reduzir o consumo de gordura saturada na questão do risco cardiovascular ou de mortalidade total e, ao invés, achou efeitos protetores contra o derrame, apesar do aumento, que gorduras saturadas aumentam o LDL na maioria dos indivíduos, esse aumento não vem do aumento das pequenas e densas partículas de LDL ao invés das grandes partículas de LDL que são muito menos associadas a qualquer risco cardiovascular. É também aparente que os efeitos da saúde dos alimentos eles não podem, o efeito dos alimentos em si na saúde, eles não podem ser predizidos pelo conteúdo de algum nutriente algum grupo de nutrientes sem consideração de total distribuição dos macrosnutrientes, como estão falando, basicamente dizendo que se o alimento tem gordura saturada você não pode consumir este alimento, é ruim, tem que considerar todo o alimento distribuição de macronutrientes, a matriz alimentar né. Daí eles falam por último aqui: Laticínios integrais, carnes não processadas, chocolate amargo, eles são todas comidas ricas em gorduras saturadas com uma complexa matriz que não está associada a aumento de risco cardiovascular. A totalidade da evidência disponível não apoia se limitar ainda mais o consumo desses alimentos. Eles apontam também para que haja, o que na minha opinião talvez seja um dos principais problemas de todos que eles apontam, diz o seguinte: a substituição de gordura saturada por gorduras poli-insaturadas, que é o que os governos vem pedindo pra a gente fazer há décadas, foi associada com maiores riscos de doença cardiovascular, ou seja, substituir a manteiga, banha de porco, a carne, a gordura animal pelas gorduras poli-insaturadas, dica-se óleos vegetais e margarinas tem sido associado com maiores riscos de doença cardiovascular e também tocam na questão da carne vermelha dizendo que não há boa evidência de associação entre o consumo de carne vermelha não processada com risco cardiovascular, e ainda dizem o seguinte: “a carne é uma grande fonte de proteína, ferro biodisponível, minerais e vitaminas”. Amém. As conclusões finais aqui para a gente começar a discussão, ele dizem o seguinte: vários alimentos relativamente ricos em gordura saturada como Laticínios integrais, chocolate amargo, carne não processada Vermelha ou carne não processada no geral, não são associados com aumento de risco cardiovascular ou diabetes. Não existe evidência robusta que esses limites arbitrários do consumo máximo de gordura saturadas vá prevenir qualquer evento cardiovascular ou reduzir uma mortalidade. Nós fortemente recomendamos uma tradução mais baseada em alimentos desse tipo de diretriz para atingir uma dieta saudável e reconsiderar as diretrizes em questão da redução do consumo de gorduras saturadas, e por fim, eu acho bem legal essa frase na parte que eles estão sugerindo o que deveriam fazer, o que os governos deveriam fazer, eles falam: façam o público ficar consciente das Dietas low-carb altas em gordura saturada que são tão populares no controle do peso, mas também melhoram os marcadores metabólicos em alguns indivíduos, mas enfatizar o efeito na dieta dos carboidratos também, assim como aqueles da gordura saturada, esses efeitos dependem tanto da quantidade, do tipo, da qualidade dos carboidratos, da fonte dos alimentos e também do grau de processamento. Doutor Souto, fazia um tempo que eu não lia uma coisa assim tão bendita, que realmente baseada em evidência, com tanta sobriedade basicamente exonerando o que a gente já sabe que é verdade, exonerando a gordura saturada, defendendo a carne vermelha, falando aqui da questão de low carb também, reconhecendo a evidência do low carb, e essa revisão é uma revisão do estado da arte da literatura atual agora, publicado no jornal Colégio Americano de Cardiologia. Eu não sei como eles vão conseguir continuar falando mal de gordura saturada.
Dr. Souto: Então, eu achei sensacional e acho que é uma grande evolução que isso tenha sido publicado nesse periódico, essa revista do Colégio Americano de Cardiologia é o periódico mais importante da cardiologia no mundo, e esse tipo de revisão no estado-da-arte elas são revisões encomendadas, quer dizer, não é um autor ou meia duzia de autores que se reuniram e escreveram um paper e submeteram para ver se a revista aceitavam ou não, a revista encomendou para esses autores essa revisão. Então existe pelo menos uma boa vontade no corpo editorial desta que é a revista mais importante da cardiologia Mundial para aceitar esse tipo de proposta herética, vamos dizer assim. Agora, olha que interessante, quando isso saiu publicado online, na época fui alertado por alguém no Twitter, olhei e repercuti lá no meu telegrama, eu escrevi no dia 23 de junho, agora olhando eu vi que ele foi publicado online no dia 17 de junho, e aí você Rodrigo foi foi alertado de novo quando saiu publicado oficialmente na revista impressa agora mais recente, e nem naquele momento e nem agora eu percebi nenhuma manchete em jornal ou revista sobre isso. Você viu?
Rodrigo Polesso: É verdade, não vi nada!
Dr. Souto: Não gerou notícia nenhuma. Olha que interessante, e por outro lado quando sai algum estudo sobre camundongo, no qual o consumo de gordura saturada, que é com açúcar junto, mas isso não é dito, provoca inflamação no hipotálamo, nossa, isso gera uma manchete, uma matéria inteira de revista dizendo assim: “não adianta, é verdade, a gordura saturada modifica o seu cérebro e produz obesidade”, e é um troço em ratos, no qual a gordura foi dada com açúcar. Agora, uma baita revisão sistemática estado-da-arte publicada na revista de Cardiologia mais importante do mundo, exonerando a gordura saturada, som de grilos, não se houve falar. Você que está nos ouvindo, escutou aqui, você vai ter a referência bibliográfica nesse episódio, ou você pode ir lá no meu telegram que você vai encontrar lá em junho ainda comentário sobre isso, mas a imprensa repercute o que quer né, diz que salmão é igual biscoito recheado…
Rodrigo Polesso: Exatamente!
Dr. Souto: É dureza! Esse termo da matriz alimentar tá se popularizando, eu acho interessante, porque no fundo é aquilo que a gente sempre… a gente não tinha as palavras para isso, mas há anos a gente fala aqui no podcast que quando você pega esses estudos observacionais epidemiológicos antigos, que usavam questionários esses estudos perguntam o que as pessoas comem e o computador então vai ver, olha qual é a composição daqueles alimentos e deduzir quantos gramas disso e daquilo a pessoa consome, e você vai ver que a maior parte da gordura saturada que os americanos comem vem de doces e itens de Pastelaria e confeitaria, então assim, a maior parte da gordura saturada que tá sendo consumida pela população que dá origem a esses estudos, que a população fundamentalmente norte-americana, não é carne a maior parte da gordura. Então, é claro que se você fizer dessa forma você vai ver uma associação estatística entre o consumo de gordura saturada e maus desfechos, mas você tá vendo pessoas que comem hambúrguer, com refrigerante, batata frita e de sobremesa sorvete, e sorvete tem gordura saturada também, e aí claro que o açúcar tá matando a pessoa e quem leva a culpa é a gordura.
Rodrigo Polesso: É, exatamente! Então, foi bom que várias vezes eles chamaram atenção nessa questão de avaliar a dieta baseada em alimentos e não mais em micronutrientes, que é o nutricionismo né, a gente ficar separando alimentos em vários micros pequenos componentes e claro que agente sabe que isso não se traduz ao efeito real daquele alimento no corpo.
Dr. Souto: Se a matriz na qual você consome a sua gordura saturada é uma carne, é a manteiga que você usa para cozinhar, é o chocolate amargo que você consome, é o salmão, se ali é a matriz da sua gordura saturada isso vai ser muito diferente do que se a sua gordura saturada vier fundamentalmente do consumo de sorvete. Então, deveria ser óbvio, mas tanto não é que na cabeça das pessoas ainda tá isso aí e as diretrizes de 2020, tudo indica, sugerirão uma redução ainda maior da quantidade já restrita de gordura saturada que as pessoas deveriam comer, resulta que as coisas mais nutricionalmente densas, mais saudáveis, mais low carb que você pode comer tem gordura saturada, e aí você vai estar proibido de come-las, você vai acabar comendo um biscoito recheado, já que ele é igual ao salmão né…
Rodrigo Polesso: Exatamente pessoal! Exatamente! Então é isso, você sabe agora, você que tá ouvindo aqui a gente, então você pode se proteger, você sabe da informação, você pode investigar você mesmo, você pode tirar suas próprias conclusões, e como eu sempre costumo falar se você deixasse a sua saúde na mão desses órgãos oficiais por aí você vai estar “frito em óleo vegetal”, nem banha vai ser, então toma cuidado com isso aí, toma muito cuidado. E se saírem as diretrizes alimentares esse ano norte-americanas que vão impactar as diretrizes do mundo inteiro, como sempre, influenciam, e se elas saírem reduzindo ainda mais gorduras saturadas como é a intenção deles, você já sabe que eles estão ignorando o maior número de evidência disponível hoje, então estão basicamente passando por cima dessas evidências, o que vem comprovar então que é realmente fruto de uma ideologia, não é fruto do interesse de realmente guiar a população para uma dieta mais saudável. O Cezar Vieira, ele deve ter ignorado isso tudo, e falou: vou comer uma alimentação forte, com esses alimentos saudáveis, ricos em gordura saturada, ricos em proteína… Ele mandou foto do antes e depois dele e falou: “Muito feliz com os meus resultados! 10kg a menos e muitas medidas reduzidas.”. É notório, muito notório, a foto do antes e depois dele com a mesma camiseta, mesma roupa. Parabéns Cezar! Sensacional o que você tá fazendo aí! Hábitos saudáveis, baseado em evidência, seguindo alimentação forte. Se você quer passo a passo em 3 fase emagrecimento baseado em evidência, pode entrar em codigoemagrecerdevez.com.br, ver o vídeo lá e entrar se for do seu interesse. no mais, Doutor Souto, vamos ver o que que você tá pensando em degustar na sua próxima refeição…
Dr. Souto: Então Rodrigo, provavelmente vai ser uma costelinha de porco, e feita como churrasco no açougue aqui perto, e eu tenho uma moranga cabotiá aqui em casa que eu vou fazer no micro-ondas com um pouquinho de azeite de oliva, sal, e uns temperinhos, é uma coisa que você faz em 5 minutos no micro-ondas, ela sai cozida e pronta.
Rodrigo Polesso: Sim é bom demais! Bom demais! Ontem eu comi também, não moranga, mas parecida, tipo uma abóbora na verdade, é basicamente uma ótima opção de carboidrato, tem bastante volume, é basicamente água, muito baixa em calorias e é gostosa, é um pouquinho docinho, coloca um pouco de canela por cima, eu fiz no forno para dar aquela caramelizada, demora bem mais para fazer, mas fica uma delícia e daí como camarãozinho, foi muito bom! Perfil nutricional excepcional! Muito bom! É isso pessoal, maravilha! A gente vai ficando por aqui… Passa para frente esse podcast, para o pessoal ficar sabendo, ficar inteirado do que tá acontecendo no mundo, dessas aberrações que acontecem que são permitidas ainda de pessoas mentirem nas mídias descaradamente, é realmente revoltante para muita gente, mas quando você tem a informação e você tem um escudo também para se proteger desse tipo de coisa. Se você quer um acesso a um acervo gigantesco de receitas para todas as ocasiões e também quer todas as gravações de todos os eventos ao vivo da Tribo Forte, que só isso meu Deus do céu, vai ajudar qualquer pessoa a ver o lado claro da força, entra em triboforte.com.br. Você pode ter acesso a tudo isso lá dentro, ok?! No mais, sigam a gente nas mídias sociais, Rodrigo Polesso em todo lugar, Doutor Souto no telegram, tem no Instagram também, tem a ablc.org.br, tem muitos recursos para ajudar você. E semana que vem a gente tá aqui novamente, porque sempre tem o que falar, e não se preocupa não a gente vai continuar aqui firme e forte ajudando você. Doutor Souto, obrigado então pelo podcast de hoje e semana que vem a gente tá aí de novo!
Dr. Souto: Obrigado, um abraço a todos, até lá!