Felicidade 2 – Dinheiro Traz Felicidade? Entenda o Mecanismo Envolvido Nessa e Em Outras Áreas da Nossa Vida.

Half-empty glassOlá, Novamente!
Aqui é o Geosh com o segundo artigo dessa série, que começou aqui.

Bom, o foco científico dessa série é fazer com que seu corpo se beneficie ao máximo dos níveis mais altos de dopamina que quem é mais feliz tem. Se você quer ter uma vida mais feliz, é melhor escutar o que a ciência mais avançada na área pode te dizer a respeito =)

Como alcançar a felicidade não pode ser limitado somente à ciência, mas também às implicações de entendê-la e aplicá-la, isso significa lidar diretamente com as coisas que você acredita e como você age a respeito.

Algumas pessoas tem uma visão da ciência pretenciosa, da idéia de que a ciência da felicidade é criar um comprimidinho e ficar feliz pra sempre. Não é esse o nosso foco! Isso é o equivalente a comer mal e tomar remédio pra pressão ou colesterol por consequência.

A idéia aqui é medir e tirar conclusões inteligentes sobre aquilo que comprovadamente nos faz seres humanos mais felizes e nos valer disso de maneira preventiva.

Portanto, pra ter mais dopamina no seu dia a dia, aprender alguns conceitos e mudar outros é necessário.

O Efeito colateral dessa atitude é ser mais feliz é dar um up geral em si mesmo e na sua vida. Nossos valores são um componente chave da felicidade =)

Bora pro assunto. Toma um chazinho, leia tudo com calma, tem muita coisa compactada aí!

 

Motivação Externa versus Motivação Interna

Nós nos motivamos basicamente de duas formas diferentes: Por validação externa e de outros humanos, e por validação interna: de nós mesmos.

Por exemplo:

Correr uma maratona pra ganhar um troféu e reconhecimento é uma motivação externa. Correr a mesma maratona por que você gosta do sentimento de correr e da liberdade e do bem estar ao correr é uma motivação interna.

Estudar para uma prova para tirar uma nota boa é externo. Estudar uma matéria que você gosta de estudar é interno.

statusTrabalhar com o que não gosta pra ganhar dinheiro é externo. Trabalhar com o que você gosta e ser devidamente recompensado pelo seu trabalho é interno.

No caso da motivação externa, você busca um prêmio externo ou evita alguma punição ou mal estar externo. No caso da motivação interna, você faz a atividade por que gosta da atividade e se sente recompensado pela atividade em si, qualquer recompensa extra é adicional.

 

A Motivação Externa e a Mentalidade de Escassez

A mentalidade da escassez está baseada na idéia da falta. Na de que os recursos são limitados, e que é necessário existir lucro, e portanto, déficit. Ou seja, se os recursos são limitados, alguém precisa perder pra você ganhar, e etc.

Nessa visão, o consumo de recursos escassos é válido, e a idéia de competição te diz que se você não consumir esses recursos a seu favor, alguém os irá consumir.

Essa competição estimula uma série de decisões inconsequentes que, de tanto repetidas, se tornam normas e idéias aceitas. A mentalidade da escassez é coerente com a idéia de que a felicidade está sempre adiante, nunca no presente. É também coerente com um foco externo.

A busca pelo dinheiro como objetivo final acaba te colocando com o foco mais externo. Trabalhar pelo dinheiro apenas, ser reconhecido pelo dinheiro e pelo que o dinheiro pode comprar.

O que a ciência nos diz a respeito é que as pessoas reportam um nível de felicidade maior em relação ao dinheiro até o ponto em que a quantidade de dinheiro que elas recebem consegue proporcionar uma vida confortável e livre de preocupações financeiras constantes. A partir desse ponto, os ganhos financeiros não refletem num aumento significativo de felicidade.(7)

É a mesma coisa quando o objetivo é a imagem ou status(aparência, roupas, celulares, carros de luxo, posições de poder, etc). A mentalidade de escassez e o foco externo aqui implicam também que se todo mundo tiver o seu carro, roupa ou relógio, você não receberá validação externa, portanto as possessões não servirão como fonte de recompensa.

Acredito que, nas pessoas que procuram em maior quantidade a motivação externa caiam demais no ciclo de expectativa e frustração e na idéia constante de falta, ou seja, a mentalidade de escassez. O reforço da idéia de não ter o bastante estimula essa mentalidade e, quanto maior o foco externo, maior o sentimento de falta, depressão, ansiedade, etc. Essas pessoas comprovadamente caem mais numa certa armadilha.

Essa armadilha é chamada pela psicologia positiva como Esteira Hedônica: é justamente a idéia de andar numa esteira, onde, pra manter um determinado nível de felicidade a longo prazo, você tem que continuar conseguindo coisas maiores e maiores, mais e mais dinheiro, mais e mais status, etc. Ou seja, se você tem que continuar andando só pra se manter no mesmo lugar.

Acredito que isso seja parte inerente dos nossos mecanismos de adaptação e sobrevivência. Grandes eventos de felicidade ou de dor precisam ser assimilados rápido para que nós voltemos ao nosso ponto de equilíbrio, o nosso set-point de felicidade.

Isso é demonstrado cientificamente também: Depois de 1 ano, ganhadores da loteria não reportaram se sentirem mais felizes do que um grupo de controle, que não ganhou na loteria(3). Você espera uma vitória do seu time como se ela fosse te deixar feliz pra sempre, mas dali a 2 meses, não se sente mais tão extasiado. Ninguém perde mais o sono mais com o vexame na copa, hehehe =)

 

A Motivação Interna e a Mentalidade de Abundância

A mentalidade da abundância é aquela em que você acredita que existe fartura na terra, e que todo mundo pode ter aquilo que precisa pra ser feliz. É uma visão de que tende a agir de maneira mais harmônica e responsável com a natureza.

Essa visão estimula a cooperação entre as pessoas e a criatividade: soluções inovadoras que não utilizem como base, recursos escassos. Essa visão também nos torna mais responsáveis pela nossa vida, nossa realidade e pelas consequências do que fazemos.

A mentalidade da abundância é coerente com a idéia de que todos nós podemos ser felizes aqui mesmo, agora. É também coerente com um foco interno.  As pessoas que tem um foco mais interno de motivação, tem comprovadamente níveis superiores de felicidade.

Assim como existem 3 pontos importantes na motivação externa (dinheiro, status e imagem), existem 3 pontos importantes na motivação interna: Desenvolvimento pessoal, relacionamentos e ajudar os outros. Todos tem comprovação científica. Estão associados a menos ansiedade, depressão, e níveis maiores de vitalidade.

O desenvolvimento ou crescimento pessoal é você se tornando uma pessoa mais capaz. Aprender a dançar, aprender a tocar um instrumento, aprender a cuidar melhor das suas finanças, aprender a emagrecer, etc. É você ganhando capacidades e habilidades que você não tinha e se transformando em algo que vai além do que você era. Procurar descobrir quem você realmente é e o que realmente gosta de fazer.

Cultivar relacionamentos: Basicamente, as pessoas mais felizes passam tempo interagindo e cuidando dos melhores amigos, familiares e conhecidos. Praticamente sem excessão, as pessoas mais felizes e com os menores índices de depressão, ansiedade e tristeza tem sempre amigos e familiares próximos.

hortaCultivar relações próximas com as pessoas que te apoiem, que acrescentam mais do que subtraem, que tem interesses e objetivos em comuns e sejam agradáveis de lidar, motivadoras e bem humoradas. Passar bons momentos perto dessas pessoas interfere diretamente nos nossos níveis de felicidade.

Ajudar outras pessoas: O ato de cooperar com outros seres humanos libera diretamente dopamina. A resposta aqui também é direta. Também atribui um senso de utilidade e de comunidade, de fazer parte de alguma coisa. De ajudar a tornar o mundo em um lugar mais abundante. Ajudar alguém também te coloca instantaneamente em uma mentalidade de abundância: Eu tenho/sou o bastante pra poder ajudar. Isso se aplica a qualquer área, não só a financeira.

A repetição dessas atitudes te condicionam a ter uma visão mais abundante da vida.

Se você reparar bem, todos estes três itens são bem congruentes de se manter em uma mentalidade abundante, e reforçam essa mentalidade. E são bem opostos aos outros valores. Portanto, buscar uma motivação mais interna para tomar suas decisões acaba

O próximo artigo dessa série sai ainda esse fim de semana. Fique ligado.

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Um abraço,

Geosh.
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Principais referências:

1 -“Achieving Sustainable Gains in Happiness: Change Your Actions Not Your Circumstances” – KENNON M. SHELDON and SONJA LYUBOMIRSKY

2 – Anthony D. Mancini1, George A. Bonanno2, and Andrew E. Clark3, Stepping Off the Hedonic Treadmill Individual Differences in Response to Major Life Events, Journal of Individual Differences 2011; Vol. 32(3):144–152

3 – Brickman, Philip; Coates, Dan; Janof-BUlman, Ronnie, Aug, 1978, Journal of Personality and Social psychology 36.8, 917-927

4 – Diener, E., & Chan, M. Y. (2011) Happy people live longer: Subjective well-being contributes to health and longevity. Applied Psychology: Health and Well-Being. 3(1), 1-43.

5 – The New Science of Happiness”. Time Magazine, Claudia Wallis, Jan. 09, 2005. January 9, 2005.

6 – http://www.environmentmagazine.org/Archives/Back%20Issues/July-August%202010/human-identity-full.html

7 – Explaining Happinnes – http://www.pnas.org/content/100/19/11176.full.pdf