TRIBO FORTE #023 – A RELAÇÃO EMOCIONAL COM A COMIDA, CONSTIPAÇÃO E UM CASO DE SUCESSO

Tribo Forte Podcast - Alimentacao e performanceBem vindo(a) hoje a mais um episódio do podcast oficial da Tribo Forte!

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No Episódio De Hoje:

Contamos com a presença da Patricia Ayres neste episódio que está bem bacana e irá tratar de temas como:

  • “Mudei minha alimentação e me sinto constipado(a), o que fazer?”
  • Como entender a relação emocional que temos com a comida e o que fazer para tornar esta relação o mais saudável possível?
  • Um caso de sucesso bacana para compartilhar no final.
  • O que comemos na última refeição.

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Ouça o Episódio De Hoje:

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Referências do episódio

Caso de sucesso do Alan:

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Transcrição Completa Do Episódio

Rodrigo Polesso: Olá! Você está ouvindo o podcast oficial da Tribo Forte, onde saúde, boa forma e estilo de vida prioridade. Eu sou o Rodrigo Polesso. Nosso grande objetivo com esse projeto e de te tirar da grande bolha e te proteger com informações corretas com bases científicas sobre todos esses temas: nutrição, saúde, emagrecimento e estilo de vida. Todos que buscam informações corretas atualizadas e destendeciosas possam achar refúgio aqui na Tribo Forte. Se você tem amigos ou familiares que tirariam proveito desse nosso papo, por favor, indique o podcast da Tribo Forte para eles. Eu sugiro que eles comecem no episódio número 1 e sigam em diante. Nesse momento, estamos no episódio número 23. Tudo isso aqui é gratuito. Hoje contamos com a participação especial da Patrícia Ayres, a Rainha do Low-carb (como ela é conhecida da internet). Ela falará conosco sobre um assunto chave, que é a relação que as pessoas têm com a comida. A Patrícia é estudante de nutrição e também e mais uma lutadora que propaga informações verdadeiras sobre alimentação e estilo de vida. Ela também é uma colaboradora da Tribo Forte. O pessoal do fórum da Tribo Forte sabe que a Pati está sempre super ativa, respondendo as dúvidas do pessoal. Além disso, ela posta praticamente diariamente receitas muito criativas e deliciosas dentro do portal da Tribo Forte, para os Membros VIP. Muita gente a conhece e ficará feliz de vê-la participando desse podcast. Olá Patrícia, tudo bem com você?

Patrícia Ayres: Boa tarde, Rodrigo. Boa tarde, Dr. Souto. Boa tarde ouvintes.

Rodrigo Polesso: Que ótimo. Dr. Souto, tranquilo?

Dr. Souto: Tudo tranquilo.

Rodrigo Polesso: Tudo ótimo. Vou fazer uma observação rápida. Tivemos alguns problemas de áudio na gravação desse episódio. Apesar do áudio variar um pouco em qualidade, as informações não foram perdidas. Você poderá acompanhar a informação de maneira íntegra. Desculpe pela qualidade do áudio variar um pouco. Falaremos hoje sobre a parte emocional da comida. Vocês já vão entender porque eu trouxe a Patrícia para participar conosco. Antes de partirmos para esse tópico tão aclamado, tão complicado e tão importante, vamos fazer a pergunta da comunidade. Como de praxe, é um assunto que não tem nada a ver com o tema principal. É um problema bastante comum. A pergunta vem da Fátima Oliveira: “Parabéns! Minha única queixa é sobre a constipação intestinal que eu tenho sofrido. Eu marquei uma consulta com o gastro e estou até pensando no que ele vai falar sobre meu estilo de vida alimentar. Tirando isso, nada a reclamar.” Apesar de não ter nenhuma pergunta explícita, peguei esse comentário para falar sobre constipação intestinal, principalmente para as pessoas que decidem começar a mudar de estilo de vida alimentar e começa a comer corretamente. Dr. Souto, tenho certeza que você deve ver casos assim diariamente… pessoas que reclamam de constipação intestinal quando começar uma alimentação de baixo carboidrato e alta em gordura. Você poderia falar mais sobre as causas e o que pode ajudar nisso?

Dr. Souto: É uma coisa relativamente comum. A primeira coisa que eu gostaria de dizer para nossa ouvinte… eu sempre digo isso para todo mundo quando vai lidar com médicos e profissionais de saúde; se a pessoa chegar no gastro e dizer que está fazendo uma dieta paleo ou low-carb, é pedir para que o profissional fale mal, critique e praticamente te expulse do consultório. Quando ele perguntar como é sua alimentação, você pode dizer que é uma alimentação focada em alimentos naturais, que tem bastante salada e vegetais, contém peixe, frango, carne, ovos… enfim, alimentos naturais e integrais. Se a pessoa falar assim, receberá elogios do médico e estará falando a mesma coisa. Eu acabei de descrever uma dieta low-carb. Não cometa o erro de dizer para um médico que não sabe o que é uma dieta low-carb que você está fazendo uma dieta low-carb. Ele vai achar que você come exclusivamente ovos, linguiça, bacon e carne o tempo todo várias vezes por dia. Dito isso, se realmente você come ovos, linguiça e bacon o tempo todo, isso é uma coisa que pode provocar constipação. Eu acho que uma alimentação rica em vegetais pode ajudar. Eu costumo mostrar para os pacientes no consultório a postagem que eu tenho no blog sobre vegetais de baixo amido, para mostrar que um bom refogado de vegetais de baixo amido é uma coisa que pode substituir uma refeição. Ali tem bastante fibra solúvel, que é uma coisa que ajuda. A Patrícia vai poder comentar sobre isso também: existe controvérsias na literatura sobre qual é a importância da fibra na constipação. Existem alguns estudos que sugerem que fibra demais também é uma coisa que constipa, especialmente se essa fibra for insolúvel (celulose) – coisas como farelo de trigo. Muitas vezes isso pode dificultar o trânsito intestinal ao invés de facilitar. Também ouvimos de alguns pacientes que quando eles começam uma dieta low-carb eles têm diarreia. A gordura tem o efeito laxativo. Então, focar em boas gorduras… abacate, azeite de oliva… Consumir essas coisas em quantidade maior pode ajudar no sentido de ser saciante mas também de “lubrificar” o intestino. Queria saber o que a Patrícia pensa.

Patrícia Ayres: As pessoas falam que estão constipadas. Mas o que é a constipação? “Não estou indo ao banheiro todos os dias.” Isso não é um sintoma de constipação. Muitas vezes as pessoas não entendem que estão comendo menos e podem ir menos ao banheiro. A questão da constipação é a consistência fecal. Precisa se observar isso antes de falar que está tudo travado. Às vezes, simplesmente, a pessoa está comendo menos e vai menos ao banheiro, é normal. Não dá para afirmar que é uma coisa certa que a pessoa tem que ir ao banheiro todos os dias. Se a pessoa realmente tem constipação, a história é outra – fezes muito duras, difíceis de sair. Aí é preciso observar a questão das fibras. Mas tenho observado que na grande maioria das vezes isso envolve mais as gorduras. Infelizmente as pessoas passam por essa lavagem cerebral que diz que elas não podem comer gordura. A transição da dieta comum para a dieta forte, quando você tira carboidratos e açúcar, afeta a microbiota intestinal. É natural ter constipação ou diarreia – muitas pessoas, ao invés de ficarem com o intestino preso, ficam com ele solto. Muitas vezes acontece da pessoa estar evitando as gorduras. Às vezes a partir do momento que se acrescenta um abacate à noite, ou um óleo de coco, mais azeite, manteiga, bacon… já resolve. Às vezes é necessário ficar atento na questão da água e na questão do sal – os dois ajudam no intestino. É necessário ter um pouco de paciência também, já que as coisas normalmente entram nos eixos. Na grande maioria dos casos é tudo uma questão de ajustes.

Rodrigo Polesso: São várias coisas que influenciam. Podemos responder isso de forma geral, mas é claro que observando que a pessoa está fazendo seria mais fácil de apontar uma causa provável. A ciência aponta que menos fibra ou mais fibra podem causar constipação.

Dr. Souto: Como disse a Patrícia, varia um pouco pela flora intestinal de cada um. Essa flora vai mudando de acordo com aquilo que a gente come. Todos nós que somos lowcabers há anos, no início nossos intestinos deram umas mudadas – constipa um pouco ou fica meio solto. Com o passar do tempo ele se habitua e volta a funcionar normalmente. Eu acho que qualquer mudança mais drástica na alimentação, pode alterar tanto para constipação quanto para diarreia, dependendo da flora intestinal de cada pessoa. Tenho duas dicas que podem ajudar. uma delas é o uso de semente de chia. A tabela da chia mostra que ela tem muito carboidrato, mas praticamente todo carboidrato da chia é fibra. Então, é uma semente bem low-carb, com um perfil nutricional interessantíssimo – rica em Ômega 3 e proteína. A fibra que ela tem é justamente a fibra solúvel. A chia é uma das únicas sementes que não precisa ser processada para ser digerível pelo ser humano. Você pode colocar ela num copo com água e deixar ela parada por uns minutos. Vai formar uma espécie de gelatina que pode ser misturada no iogurte. Para muitas pessoas uma colher de sopa de chia diária, dessa forma, duas vezes por dia, ajuda muito. A outra dica é um assunto que já tocamos num podcast passado que é o amido resistente. É uma coisa que para algumas pessoas ajuda e para outras não. Alguns leitores do blog relatam que depois de começarem a usar amido resistente o intestino passou a funcionar normalmente de novo. O importante do amido resistente é lembrar que ele deve ser utilizado aos poucos. Não comece com 4 colheres de sopa de fécula de batata ou com uma banana verde inteira. O ideal é acrescentar um pouco até ver a quantidade que ajuda no intestino, sem dar um sintoma excessivo de gases, por exemplo. Se a pessoa sentir que está ajudando, eu acho que ela pode seguir nesse caminho. Caso contrário, podemos tentar mais uma dessas outras alternativas que citamos.

Rodrigo Polesso: Fizemos um episódio inteiro falando sobre probióticos e prebióticos. É um episódio recheado desse tipo de assunto e é muito interessante. Se você cuida da sua flora intestinal e microbiota, você poderá resolver esse problema de intestino. Legal, acho que fechamos essa pergunta da comunidade. Acho que o pessoal vai tirar muitas coisas úteis a respeito disso. Agora quero partir para a parte principal do podcast, que é a relação que nós – seres humanos – temos com a nossa alimentação. Não tem como fugir disso, já que é algo que fazemos todos os dias, várias vezes por dia. É uma coisa que precisamos aprender a lidar com. Por que eu chamei a Patrícia para falar hoje? Temos um grupo da Tribo Forte no WhatsApp e estávamos conversando lá. Ela postou um texto lá e eu o guardei, já que poderia ser assunto para um podcast futuro. Ela escreveu o seguinte: “Eu já fui obesa. Toda pessoa obesa, ou com extrema magreza, tem uma relação doente com a comida. A questão (penso eu) é que comer não é simplesmente um ato de se nutrir, é um ato de prazer. Tem que ser encarado assim, sem culpas, sem problemas em comer coisas gostosas. Isso de “tudo que dá prazer é pecado” é religião. As pessoas encaram assim: se deu prazer, não pode. Morro de dó. Somos seres movidos pelos desejos, não adianta negar. É preciso aprender a lidar com isso. Uma alimentação correta me permite o prazer de poder cozinhar de forma mais saudável, sem me penalizar e com satisfação.” Foi muita coisa que ela falou aí. Ela vai falar da própria experiência dela. Muitas pessoas se conectam quando compartilhamos mais sobre nossa experiência pessoal. Vou fazer uma pergunta mais direta para a gente começar a discussão sobre esse assunto. Patrícia, muitas pessoas que estão acima do peso, querendo muito emagrecer, se dizem viciadas em certos alimentos (chocolate, pão, massa). Eu mesmo era viciado em doce de qualquer tipo. Tenho certeza que você já teve uma coisa semelhante na sua época, antes de descobrir a luz da alimentação. Então, na sua opinião, qual seria a melhor forma de encarar essa relação doentia com a alimentação e vencer esses pequenos vícios que temos para começar a equilibrar as coisas? Qual seria o primeiro passo para uma pessoa que está nessa situação atualmente?

Patrícia Ayres: Qualquer relação doentia precisa primeiramente dessa consciência de que ela é doentia, para depois podermos entender o processo. A primeira coisa que precisa acontecer é entender o que está te fazendo mal e assumir que é uma relação de vício com a comida: “Sou viciada em açúcar, sou viciada em carboidrato.” Você já diagnostica o que deve ser evitado, então fica mais fácil de entender o problema e mais fácil de atacar o problema. Ouvimos muitas pessoas falando que não vivem sem pão. Mas vivem sem pão sim, se tiverem calma. Dá para substituir um pão por uma coisa que não te deixará viciado. Você educará seu cérebro, mostrando que a partir de agora é aquilo que ele vai ter e não mais o que ele tinha antes. Tem que ter paciência, calma e perseverança. Os grupos de apoio são muito bons. Por isso que o fórum é tão legal. As pessoas trocam ideias. Você vê que não está sozinho. Outras pessoas também têm os mesmos problemas. É muito gostoso ver isso. Você deve buscar apoio e ajuda e se manter firme no propósito. Sabemos que os carboidratos e açúcares têm esse poder viciante. Eles viciam. Vai ter síndrome de abstinência como qualquer outra droga. Não vai ser fácil. Mas quando você tem a possibilidade de uma dieta que é muito mais prazerosa, não é restritiva, podendo comer coisas com prazer… a história muda. Não pode algumas coisas, mas tem opções. Existe outro caminho que é muito melhor do que o outro. Então, primeiro é necessário tomar consciência daquilo que está te fazendo mal. É importante se informar também, já que com informações ficamos armados. É importante encarar aquilo como um vício e não ir para o lado do vício. Ainda mais se existem outras formas de comer que são muito gostosas e saudáveis. Nesse tipo de alimentação mostra que você não precisa ficar dependendo de doces (açúcar ou chocolate). Dá para ter uma alimentação prazerosa comendo comidas de verdade, comendo uma alimentação forte, sem ficar se punindo. As pessoas querem ficar sabendo “quanto” podem comer. As pessoas que não tem uma relação boa com a comida (obesa ou extremamente magra) sempre querem saber o limite. Elas não conseguem nem perceber a vontade de comer e a satisfação de comer.

Rodrigo Polesso: Eles perderam a conexão com a própria sensação de apetite por vários motivos. Um dos pilares do que falamos aqui é o foco em qualidade e não em quantidade. As pessoas que você mencionou ainda estão com o foco em quantidade. Você chamou essa relação de “doentia”, entre a pessoa e a alimentação. Você poderia falar mais sobre isso? As pessoas ficam reféns do apetite e da gula?

Patrícia Ayres: São 40 anos de lavagem cerebral do “não pode”, “gordura não pode”, “isso engorda”. É muito tempo de lavagem cerebral e as pessoas ficaram reféns disso. Sabemos que os carboidratos viciam. Eles estimulam os receptores opioides do cérebro. Imagine falar para um viciado que “não pode”. Isso faz eles ficarem pensando nisso o tempo inteiro. Se você comer de 3 em 3 horas, você pensará em comida o dia inteiro. Coitado de nós!

Rodrigo Polesso: É comprovado que carboidratos refinados (pães, massas, doces) viciam. Se a pessoa fala que é “viciada em pão”, pode ser que realmente seja. O lado bom disso é que não é um vício tão forte quanto outros que conhecemos. O que piora esse ciclo é que esses carboidratos são muito pobres em valores nutritivos. Você não nutri o corpo (apesar da quantidade comida) e causa todo aquele impacto hormonal. Então, você realmente sente fome a cada 2 ou 3 horas. Isso aumenta a frequência com a qual você come.

Patrícia Ayres: Isso estimula sua compulsão. Ao invés de ajudar, isso piora consideravelmente. A pessoa vai ficar pensando somente em comer.

Rodrigo Polesso: A pessoa que está acima do peso agora, não consegue ficar sem comer a cada 2 horas… por causa da glicemia” ou por “ficar tonto”. O que vocês sugerem como primeiro passo para quebrar essa relação e começar a andar no caminho certo?

Dr. Souto: Eu acho que a Patrícia tocou num ponto crucial quando ela disse sobre a relação de culpa com a comida. Devemos explicar para a pessoa que o foco primário não é em calorias, mas sim na qualidade; e que se a pessoa escolher alimentos pobres em carboidratos ela terá uma saciedade maior; e que esse tipo de alimento não dificulta a perda de peso da mesma forma que um alimento rico em carboidratos dificulta. Já vi a Patrícia respondendo isso várias vezes no blog e eu também respondo. “O que faço quando sinto fome?” Eu respondo: coma! A solução para a fome é comer. “Mas se eu comer eu vou engordar.” Não, se você comer as coisas erradas você vai engordar. A partir do momento que a pessoa entenda que comer pode ser uma maneira de matar a fome sem que isso a impeça de perder peso, isso cria uma sensação de liberdade que essa pessoa nunca experimentou na vida.

Patrícia Ayres: Isso dá uma segurança.

Dr. Souto: Depois que a pessoa entenda que ela está comendo coisas gostosas e ainda assim perdendo peso, ela começará a relaxar e se abrir para a possibilidade de que ela possa ver qual é a real saciedade dela para saber se ela tem fome ou um hábito de comer a cada 2 horas. Tem uma postagem que eu fiz em 2012, quando eu havia lido o “Pure, White and Deadly” do Yudkin. Eu traduzi um parágrafo que vou ler, pois acho que vocês acharão relevante: “O ser humano tornou-se cada vez mais hábil em separar desejo e necessidade, a tal ponto que a satisfação desenfreada do desejo tornou-se desastrosa para o indivíduo e para a espécie. As pessoas sempre desejaram alimentos doces porque gostavam dos mesmos. E, enquanto os únicos alimentos doces a que tinham acesso eram frutas, ao satisfazer seu desejo pelo sabor doce, as pessoas automaticamente satisfaziam a sua necessidade de vitamina C e outros tantos nutrientes. Porém, uma vez que o ser humano passou a fabricar a própria comida, especialmente após o desenvolvimento da tecnologia para o refino do açúcar e da farinha, e a manufatura dos alimentos, adquiriu a capacidade de separar a doçura e o conteúdo nutricional. O que as pessoas desejam desvinculou-se do que elas precisam.” É perfeito. Esse parágrafo é inesquecível para mim.

Rodrigo Polesso: Muito bom. Para a pessoa que está viciada em algum alimento, está acima do peso e está com fome toda hora, podia primeiramente focar na qualidade. Esqueça quando e quanto você vai comer. Comece a se alimentar com alimentos verdadeiros de acordo com a alimentação forte. Comece a comer as coisas corretas sempre que tiver vontade. Então, quando estiver com fome, coma, mas coma as coisas certas. Temos visto que com o tempo o organismo começa a estabelecer o correto funcionamento do apetite e da saciedade. Tudo volta a funcionar de forma correta e natural. Você passará a comer quando tem e fome e passará a ter fome com menos frequência, já que estará nutrindo mais seu corpo. Então, o melhor método não é se punir e parar de comer por longos períodos de tempo. Coma quando tiver fome, mas mude a qualidade daquilo que você come e não na quantidade. Imagine um estilo de vida no qual você não pensa na quantidade mas sempre no que você come. Dessa maneira você pode esquecer essa “prisão de quantidades” na qual vivemos. Essa é a promessa desse estilo de vida alimentar. Seu corpo estará preparado para lidar com todo o resto. A quantidade será automaticamente regulada pelo corpo. Esse é seu objetivo. O primeiro passo é focar já de cara na qualidade da sua alimentação. Acho que esse primeiro passo é bastante indolor. Outra coisa é que já ouvi muita gente falar que não consegue viver sem pão (ou chocolate). A prova disso é que o pão só foi inventado recentemente na história do ser humano. Por milhões de anos o ser humano viveu muito bem, e você só está aqui hoje porque esse ser humano viveu bem. E não existia pão! O pão não é uma coisa essencial ao corpo humano. O fato de você estar viciado e não conseguir viver sem pão está, de fato, somente na sua cabeça. Eu acredito que se você não comer, vai se sentir mal por vários outros fatores. Mas o corpo humano não precisa de pão – ele não é um nutriente essencial. Nem o chocolate nem qualquer outro alimento específico.

Patrícia Ayres: Nossa relação com a comida é afetiva. É impossível não ser. A amamentação é algo muito íntimo. Ela é afetiva. Não significa que é um sentimento que precisa te direcionar – pelo contrário. A gente tem que controlar esse tipo de coisa.

Rodrigo Polesso: E a ansiedade, Patrícia? Esse é outro tema grande. Eu diria para comer se tiver ansiedade, mas coma as coisas certas. Mas quando a pessoa está ansiosa e deprimida ela não sente vontade de comer um salmão, mas sim um donut.

Patrícia Ayres: Existe muita diferença entre fome e vontade de comer.

Rodrigo Polesso: Certo.

Patrícia Ayres: Se a pessoa tiver com fome, ela vai comer até mesmo um pedaço de carne mal passada. Ela vai se alimentar. Mas a pessoa quando está com vontade de comer fica “com fome de donuts”. Não existe isso. Isso é quando a pessoa está querendo comer uma emoção.

Rodrigo Polesso: Então a pessoa deve se perguntar se está sentindo uma fome biológica ou uma gula emocional.

Patrícia Ayres: Exatamente. Eu sei que isso é difícil… a questão da compulsividade e a questão de comer os sentimentos. Ao invés de sair correndo para o donuts, saia correndo para alguma coisa que seja saudável e que seja boa. Come um coco ralado, um abacate, faz um doce low-carb… você começará a educar seu cérebro de que ele não terá mais aquilo que era conforto. Ele terá aquilo que é saudável.

Dr. Souto: Esse ponto é fundamental. Educar seu cérebro. Eu acho interessante pensar em contextos diferentes do que esse de perda de peso. As pessoas vão ver como elas educam seu cérebro. Todo adulto que bebe bebida alcóolica em algum momento não bebia quando era criança. No processo de aprender a beber… será que essa pessoa achou gostoso a primira vez que experimentou uma vodca? Não, não é? Achou amargo. Achou que aquilo queimava a boca. Como ela chega ao ponto de gostar de beber aquilo?

Patrícia Ayres: Ela insiste.

Dr. Souto: Ela insiste! Isso vale para qualquer alimento. “Eu não consigo tomar um café sem açúcar”. Por que? Porque ele é amargo? Mas e a cerveja que você gosta? Ela é doce? Não. Você botaria açúcar ou adoçante na cerveja? Pagaria um mico. Quando a pessoa tomou cerveja pela primeira vez ela aguentou o gosto amargo até adaptar o paladar. Hoje em dia essa pessoa tem até dificuldade de se livrar daquilo. Uma coisa que temos que comentar quando falamos sobre esse aspecto emocional é esse lado… a gente não pode hiperfragilizar as pessoas. As pessoas têm forças para superar determinadas coisas, assim como elas tiveram quando resolveram aprender a beber um vinho forte, seco. Esses vinhos não são uma coisa que alguém que nunca bebeu vai gostar. A pessoa aprender porque ela insiste. Então, por que a pessoa também não pode aprender a beber uma limonada sem açúcar? Um café sem açúcar? Outro exemplo que nós usamos é o exemplo da gestante. Um dos vícios mais difíceis de largar é o cigarro. No entanto, a esmagadora maioria das gestantes, no momento que descobre que está grávida para de fumar de um dia para o outro e não fuma mais durante a gestação. Da onde ela tirou toda essa força de vontade? Essa força de vontade está dentro dela. É o amor pela aquela criança que vai nascer. Por que não, então, um pouco de amor por si próprio?

Patrícia Ayres: Exato. Eu acredito que existem vários graus dessa questão de compulsão e necessidade. É por isso que deve ser tratado individualmente também. Tem gente que consegue largar com mais facilidade, tem gente que demora mais para abandonar esses outros vícios. Mas se a pessoa tiver em mente que precisa ir por este caminho, ela larga de ser hedonista, larga de deixar o ego ficar comandando e toma as rédeas da vida dela.

Rodrigo Polesso: As grávidas são uma boa prova. Acho que tudo é possível na vida quando existe uma vontade grande o suficiente por trás. No caso das grávidas, o que acontece é isso. Uma vontade muito grande aparece e tudo se torna possível. Outro ponto sobre a gula emocional é que ela acontece com menos frequência do que a fome biológica. Ou seja, se você tem uma alimentação de qualidade a maior parte do tempo, que é quando você come normalmente durante o dia, nas eventuais situações que você tiver um problema emocional (ou uma coisa que te motivo a comer algo que não seja saudável), isso será uma coisa esporádica. Sua fome biológica será alimentada por alimentos de qualidade. Se esporadicamente você tiver fome e precisar comer um donut, isso não terá tanto impacto na sua vida como se isso fosse um estilo de vida. O ser humano é um ser emocional. Ele sempre tem altos e baixos, vontades… e nós temos que fazer as pazes com a alimentação. Isso traz mutia paz mental para a gente. O pessoal que acaba de entrar para a Tribo Forte tem uma relação completamente errada com a comida. Toda vez que você senta para comer, você se sente mal. Que estilo de vida é esse? Isso não é qualidade de vida.

Patrícia Ayres: A gente percebe que algumas pessoas que chegam na Tribo falam: “não consegui de novo.” Seriam como se estivessem ajoelhando num confessionário para falar “pequei”. Não é assim! Por que não focar no que já conseguiu?

Dr. Souto: Por que, ao invés de focar nas coisas que as pessoas não podem comer, não focar nas coisas que ela pode comer? Quando eu estou comendo uma coisa muito gostosa, faço um exercício mental… eu penso: não é incrível comer isso sem ganhar peso e me proporcionar saúde? A atitude tem que ser positiva. A atitude humana tende a focar mais no que não pode a partir de agora. É como uma criança. Se eu falo para uma criança que não pode abrir uma gaveta, a gaveta se torna a obsessão da criança. Temos que tomar cuidado para não termos esse pensamento de criança pequena: “Eu só penso em açúcar e farinha porque eu não posso.” Mesmo tirando o açúcar e a farinha, ainda sobra a esmagadora maioria dos alimentos. Sobra um universo fantástico. Tem que focar naquilo que pode. Esses dias eu estava comendo um peixe ensopado que estava uma delícia e pensando: eu posso comer e repetir e ainda por cima me fará bem.

Rodrigo Polesso: Quando eu estava na Noruega e comia um salmão, eu pensava: “não é possível que uma coisa tão boa seja saudável! É tão bom! Posso comer quanto eu quiser e não vai me fazer mal!” É até difícil de acreditar.

Patrícia Ayres: Eu sou mineira e minha relação com a comida sempre foi assim. Mineiro nasce na cozinha. Quando eu fiquei muito gorda, vocês não imaginam meu desespero. Quando chegou a alimentação forte e eu vi todas aquelas opções… aquilo foi para mim um paraíso.

Rodrigo Polesso: Muitos dos alimentos que comemos, não podem ser comidos segundo o senso comum.

Patrícia Ayres: Exato. Para mim foi um prazer poder voltar para a cozinha e redescobrir sabores. Para mim foi uma libertação.

Dr. Souto: Um dos alimentos que sempre aparece quando falamos sobre low-carb é o bacon. Por que o bacon promova tanto espanto nas pessoas que não conhecem a alimentação low-carb? Porque é o objeto de desejo delas. Assim como para quem está fazendo low-carb o objeto de desejo pode ser um churros com doce de leite, para quem está fazendo uma dieta tradicional de baixa gordura o bacon é aquela coisa proibida. Elas gostariam muito de comer, mas estão convencidos de que se comerem vão entupir suas artérias. Vamos pensar no privilégio que nós temos de comer determinadas coisas que as pessoas por desinformação acham que não podem, ao invés de ficar fazendo esse chororô sobre as coisas que não comemos. Não comemos porque fazem mal.

Rodrigo Polesso: Quantas vezes eu ouvi o pessoal falando: “Eu vi que não pode comer pão, farinha e açúcar. Então o que eu vou comer?” Todo o resto! Só isso.

Patrícia Ayres: Eu costumo dizer que bacon é a melhor fruta que existe.

Rodrigo Polesso: Pois é. Pessoal, vamos fazer uma pausa para falar sobre a questão do almoço antes de continuar com esse assunto. Depois, no final, vou ler um caso de sucesso bem legal. Patrícia, como você já sabe, nós falamos o que comemos na última refeição. Eu vou falar a minha primeiro. Eu fui no mercado chinês há pouco tempo atrás e comprei uma alga chamada wakame. Sempre quando tomamos aquela sopa mizu nos restaurantes chineses, vem aquela alga no meio. Essa alga é wakame. Como toda alga, é rica em Ômega 3. Eu nunca tinha comprado ou feito em casa. Comprei ela desidratada num pacote. Eu faço curry com leite de coco com frango. Eu coloquei um punhado da alga na água por 5 minutos. Ela reidrata. Fica muito boa de ser adicionada no curry ou ser usada como salada. É um alimento novo que estou experimentando. Achei bastante bacana. Comi um curry com wakame e alguns legumes misturados. Patrícia, o que você comeu na sua última refeição?

Patrícia Ayres: Eu costumo cozinhar carnes para a semana. Fica bem mais prático. Eu fiz um lagarto mineiro – inclusive tem a receita no portal. Cozinha lentamente. É bem gostoso. Com bastante tempero. Cebola… Alecrim… Deixo marinando no vinho… É bem gostoso. Depois eu fiz um refogado daquela vagem macarrão, que eu não sei se vocês conhecem.

Rodrigo Polesso: Não, não conheço.

Patrícia Ayres: Ela é fina e comprida. A vagem comum é achatada. Essa macarrão é enrolada e comprida. É bem saborosa. Eu gosto mais dela do que da outra. Eu refoguei ela no molho do lagarto e esse foi meu almoço. De sobremesa foi o doce de TPM de nata com café e raspas de chocolate amargo.

Rodrigo Polesso: O Doce TPM também está no portal da Tribo. É um nome bem criativo. Dr. Souto?

Dr. Souto: Eu comi um negócio muito bom no último almoço. Meu cunhado é português. Minha irmã mora em Portugal há muitos anos e eles estão visitando aqui. Então, meu cunhado assou um peixe na brasa na churrasqueira. Foi uma corvina aberta pela barriga, mas com as escamas. Ela foi temperada exclusivamente com sal grosso. Não pensei que fosse possível ficar bom. Foi absolutamente divino. Isso foi servido com uma mistura de pimentões de todas as cores com cebola, tudo feito do azeite de oliva… com alho feito no azeite de oliva. O outro prato foi feito com ovos cozidos e temperado com alecrim e outras coisas. Foi um banquete.

Patrícia Ayres: Dr. Souto arrasou nessa!

Dr. Souto: Agora são 20 para as 6 da tarde. Eu comi meio-dia e trinta. Eu estou satisfeito ainda. Eu não estou com fome. Se eu chegar em casa daqui meia hora, não vou pegar nada para comer. Vou só tomar uma água. Eu repeti o peixe umas 4 vezes. E se eu comer peixe com azeite de oliva 4 vezes, minha saúde está melhorando ao invés de piorar. É uma relação diferente com a comida do que essa relação patológica na qual crescemos, na qual o prazer é uma oposição ao que faz bem. Você não precisa se arrepender… você pode se orgulhar do seu almoço. Essa é a atitude que o low-carb deve trazer para todos nós.

Rodrigo Polesso: Para a gente finalizar esse papo da relação com a comida, vamos fechar com a seguinte pergunta: Que tipo de mudança de mentalidade em relação à comida você acha que é a mais importante de se implantar principalmente no começo?

Patrícia Ayres: A primeira coisa é parar de se culpar de achar gostoso estar comendo. Esqueça essas ideias de ficar limitando quanto pode e quanto não pode. No começo há um pouco de abuso, já que a pessoa pensa: “Que maravilha, eu posso comer!” Mesmo que isso aconteça, depois a pessoa consegue perceber o corpo e entender o que é fome. Em primeiro momento, é isso. Não se culpe. Olhe na lista o que você pode e parta para cima daquilo com vontade.

Rodrigo Polesso: Pode ir com fome que não tem problema.

Patrícia Ayres: Vai na fé.

Rodrigo Polesso: Ótimo. Dr. Souto, você tem algum comentário sobre essa questão de mentalidade?

Dr. Souto: Vou fazer uma analogia baseada nisso que a Patrícia falou. Era mais ou menos como naquela época em que todo sexo fora do casamento era considerado pecado. A pessoa associa sexo com pecado. Depois, é claro, terá dificuldades na sua vida afetiva. O que estamos fazendo aqui é separar o sexo de risco (desprotegido, sem camisinha). Esse realmente pode não ser bom para sua saúde, mas não significa que todo tipo de sexo seja pecado. Com a comida é a mesma coisa. Se comer pode ser prazeroso e saudável, isso tira esse peso afetivo da pessoa achar que sempre que comer estará fazendo algo errado. Errado é comer as coisas erradas que fazem mal: doces, farináceos. Mas se a pessoa escolher comer as coisas certas, ela pode comer com prazer e sem culpa.

Rodrigo Polesso: A pior estratégia para emagrecer é o que vemos a maioria das pessoas fazendo: comer menos das mesmas coisas. “Esse veneno faz mal para mim, então vou parar de tomar 2 litros por dia de veneno. Vou tomar somente 200 ml a cada 3 horas.”

Dr. Souto: É o que a maioria das pessoas faz. Você tem toda a razão. “Estou engordando porque estou comendo muito pão e massa. Então a solução é comer menos, mais vezes.”

Rodrigo Polesso: O Dr. Fung falou que não faz sentido nenhum falar que para emagrecer você tem que comer com mais frequência.

Dr. Souto: É a mais coisa que passar mais água no cabelo para que ele fique seco.

Rodrigo Polesso: Exatamente. Ou para parar de fumar tem que fumar de 3 em 3 horas. É tão ridículo quanto.

Dr. Souto: O fato de que pessoas adultas e com curso superior acreditam nisso é um tributo ao poder do marketing. Eles conseguiram convencer as pessoas de algo completamente bizarro e errado. Basta repetir mil vezes uma mentira que as pessoas acreditam: “Se eu comer mais vezes, vou perder peso.”

Patrícia Ayres: As pessoas sempre repetem que o problema do gordo é o gordo: “Ele não tem força de vontade, se exercita pouco e come muito.”

Dr. Souto: Como se não existisse pessoas magras que comem muito, são sedentárias e magras.

Patrícia Ayres: Exato.

Rodrigo Polesso: É muito fácil culpar a força de vontade das pessoas. Estamos querendo trazer esse refúgio para todo mundo. Se você não é especialista em nutrição, quer perde peso e pergunta para sua mãe e ela fala para você comer menos e comer pães integrais e coisas de baixa gordura… seu amigo fala a mesma coisa… a revista fala a mesma coisa… por que você duvidaria? Nosso papel na Tribo Forte é trazer esse refúgio para que as pessoas possam olhar para uma mensagem diferente do que é dito. Esse é nosso grande objetivo. Tornar a alimentação parte de um estilo de vida prazeroso, já que fazemos isso várias vezes por dia. Agora eu quero ler para vocês um caso de sucesso do Reverendo Alan. Ele postou no emagrecer de vez e achei bastante bacana. Isso mostra o poder da mudança de alimentação: “Rodrigo gostaria de agradecer as dicas e informações pois como disse em outro comentário em três meses já perdi mais ou menos vinte quilos e na terça feira passada fui ao cardiologista que me acompanha a 17 anos. Ele retirou os três medicamentos que eu usava para o coração e para hipertensão. Ele me parabenizou e fará um teste de dois meses sem os medicamentos que já usava a 17 anos, para ver como o organismo vai reagir. Gostaria de dividir com vocês esse momento tão importante para mim, pois graças a Deus e esse canal e todas as informações adquiridas a minha vida está mudando para melhor. Valeu, Deus vos abençoe.”

Patrícia Ayres: Vale a pena. Quando ouvimos uma coisa dessa, eu falo: puxa, que maravilha.

Dr. Souto: Hoje à tarde, antes de gravarmos esse podcast, um paciente me disse que seguindo o blog perdeu quase 15 quilos e parou de usar 2 remédios para pressão. Isso não é uma exceção. É uma coisa que vemos no dia a dia. Recentemente saiu um estudo sugerindo que medicamentos e complicações de intervenções médicas são a terceira causa de morte nos Estados Unidos ou no Reino Unido (não me recordo). Ou seja, poder retirar remédios é uma coisa muito importante. É bom para prevenir os efeitos colaterais e as interações entre os diferentes remédios. Nosso objetivo é retirar remédios e trocá-los por comidas gostosas.

Rodrigo Polesso: Exato. Tenho falado ultimamente sobre medicina holística… pensar no corpo como uma coisa holística. Temos médicos do coração, do pulmão, do pé… Mas é como se fosse um carro… a transmissão, o motor… Acabamos esquecendo que o corpo inteiro é interconectado.

Patrícia Ayres: Medicina do Jack, o Estripador: vai dividindo a gente em um monte de pedacinhos.

Rodrigo Polesso: Não é só botar junto que funciona. O que você coloca no seu cabelo pode afetar seu humor. O que você come afeta todo o resto do corpo. Uma coisa interessante de trazer desse comentário do Alan é que ele falou que o cardiologista dele o parabenizou. Vou reiterar o que o Dr. Souto falou no começo do podcast, que é o approach com seu médico. Se o Alan falou para o médico e disse que está fazendo uma alimentação rica em alimentos verdadeiros, em peixes, legumes… acho que ele recebeu o parabéns do médico por isso. Ele não usou nenhum rótulo para expressar o que ele estava comendo. Pode ser que esse tenha sido o caso.

Dr. Souto: Eu acho que sim. Eu sugiro que a conversa comece da seguinte forma: “eu resolvi parar de comer doce, pão, pizza, biscoito, bolacha… estou comendo mais vegetais, peixes, carnes.” Eu acabei de descrever uma dieta low-carb. Ninguém vai achar ruim se for falada dessa forma. Sejamos espertos, pessoal. Se você falar para seu médico que está fazendo uma dieta paleo, talvez ele nem te atenda.

Patrícia Ayres: Eu falo que eu faço meus pães, biscoitos e toda minha comida… tudo é natural. Aí a pessoa não pode falar não. Não tem como!

Rodrigo Polesso: Rótulos são perigosos. Eles vêm carregados com uma carga emocional e cada um tem a sua. A mídia fala mil e uma coisas. As pessoas escutam várias coisas sobre paleo e low-carb. É melhor usar esse approach mostrando o que é de fato. É uma alimentação natural baseada em alimentos verdadeiros. Nenhum médico falará para você que você está louco por fazer isso. Essa é a melhor forma de pedir dicas para seu médico. Para quem quer seguir o processo estruturado que o Alan seguiu, entre em CodigoEmagrecerDeVez.com.br. Ele facilita a vida de quem quer uma coisa passo a passo estruturada em três fases para implementar tudo o que falamos aqui sobre alimentação forte, focada em perda de peso. Vou também lembrar do novo documentário que acabei de assistir: The Big Fat Fix, como Dr. Aseem Malhotra. O Tim Noakes também aparece no documentário. Ele é um documentário novinho em folha, legendado 100% em português e está disponível dentro do portal da Tribo Forte. O pessoal que é Membro VIP tem acesso, é só entrar na parte de documentários. Você terá esse e outros disponíveis lá. Para fazer parte da Tribo Forte e do fórum do qual a Patrícia participa também… é um meio legal para protegermos um ao outro usando alimentação saudável… vá no TriboForte.com.br. Você rapidamente pode fazer parte desse grupo que só cresce a cada dia. Quero agradecer vocês dois, Patrícia e Dr. Souto, por mais esse papo de hoje. Tenho certeza que foi útil para o pessoal.

Dr. Souto: Obrigado. Eu que agradeço.

Patrícia Ayres: Obrigado. Eu que agradeço também.

Rodrigo Polesso: Um grande abraço e até o próximo episódio. Até mais.

Patrícia Ayres: Até.

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