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No Episódio De Hoje:
Neste episódio recheado de hoje vamos tratar de assuntos variados como:
- Refrigerantes. Deveriam eles serem taxados de forma pesada? Vamos ver o que alguns países do mundo estão fazendo sobre isso.
- Comer de 3 em 3 horas é realmente o mais saudável? Nada melhor do que um prêmio Nobel para mostrar que o contrário disso parece ser a melhor solução. Vamos falar de autofagia e jejum intermitente.
- Soltando o verbo sobre as diretrizes alimentares vigentes e a falta de se assumir a responsabilidade pelos erros dos últimos 40 anos.
- Ainda, o que comemos na última refeição.
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Ouça o Episódio De Hoje:
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Referências do Episódio
Artigo sobre taxação de refrigerantes no Reino Unido
Dr. David Ludwig soltando o verbo (original) (tradução)
Transcrição do Episódio
Rodrigo Polesso: Bom dia, boa tarde e boa noite para você que está ouvindo esse episódio de número 33 do podcast oficial da Tribo Forte. Você está ouvindo o podcast oficial da Tribo Forte, com o Rodrigo Polesso e o Dr. José Carlos Souto. Assuntos como emagrecimento, saúde, alimentação e estilo de vida são tratados de forma imparcial doa a quem doer. Para se tornar um membro da Tribo Forte, entre em TriboForte.com.br. Já vou adiantar que esse podcast está recheado. Hoje falaremos de prêmio Nobel, jejum intermitente, autofagia, refrigerantes e também vamos colocar a boca no trombone. Antes de começar os assuntos de hoje, quero mandar suas mensagens especiais. A primeira é que um documentário acabou de ser lançado pela BBC: “Gorduras VS Carboidratos”. É bem legal. É meia hora de documentário. Quero avisar os membros da Tribo Forte que já coloquei dentro do portal esse documentário inteiro, legendado. É só entrar no portal e clicar em “filmes” lá em cima. Esse documentário “Gorduras VS Carboidratos” é bem atual. Se você ainda não é membro da Tribo Forte, junte-se a esse movimento. Estamos mudando o país. É só entrar em TriboForte.com.br. Temos uma notícia que boa para uns e ruim para outros: o evento Tribo Forte Ao Vivo lotou. Os ingressos acabaram. Não temos mais ingressos à venda nesse momento. Quem não conseguiu dessa vez, paciência. Talvez faremos no próximo ano. Vamos ver como as coisas vão. Mas no desse ano já não temos mais lugar. Se você conseguiu entrar, parabéns. Vai ser muito legal. Serão 300 pessoas reúnas do maior evento do gênero no Brasil. Bom tarde, Dr. Souto, como está hoje?
Dr. Souto: Boa tarde. Tudo tranquilo, Rodrigo. Boa tarde aos ouvintes.
Rodrigo Polesso: Animado para o evento?
Dr. Souto: É uma responsabilidade.
Rodrigo Polesso: Com certeza. Acho que será bastante legal. É uma energia muito boa. Primeiramente, vamos para a pergunta da comunidade. É da Isiná Almeida Araújo: “Gostaria de uma ajuda sobre sucos. Fiquei enjoada dos chás que gosto e estou querendo outra bebida para usar, principalmente no jejum. Pesquisei na embalagem e vi que suco Fresh, embora não seja adoçado, tem um pouco de açúcar. Então, achei as opções de suco Clight, Zero e Mid. Ainda não li as embalagens dos refrigerantes Guaraná e Sprite que são zero açúcar e sem carboidratos. Eu gostaria da opinião de vocês. Não sobre a parte de ser saudável, pois sei que não é. A questão é que só consigo fazer jejum bebendo junto com água outro líquido. E esses são os que eu vi sem calorias. Alguém pode me ajudar?” Dr. Souto, manda bala.
Dr. Souto: Parte desse assunto nós já cobrimos quando falamos sobre adoçantes. Então, vou relembrar algumas coisas. Existem os adoçantes calóricos e os não calóricos. Aqui nós estamos falando de coisas que têm adoçantes não calóricos, que é o caso do refrigerante diet – H2O nada mais é que um refrigerante diet, suco Clight é um suco de pó diet com adoçante não calórico. O Clight – se não me engano – contém maltodextrina na sua formulação. Maltodextrina é a mesma coisa que açúcar, porém a quantidade é pequena. Não temos como saber quantas gramas de maltodextrina tem num Clight por exemplo. Mas podemos dizer que tenha 10 gramas ao todo de pó do pacote – não tem como ser mais de 10 gramas de maltodextrina. Como uma parte será corante, outra parte aromatizante, outra parte sabe-se lá o que… o que restar deve ser maltodextrina. Eu falando isso porque maltodextrina é a mesma coisa que glicose. Mas se tem ali 6 ou 7 gramas de maltodextrina e a pessoa diluir isso em 1 litro de água, e ela não vai tomar 1 litro numa sentada, não será uma grande quantidade de carboidratos. Então, no que diz respeito ao carboidrato, essas são bebidas de baixo carboidrato. Qual é o impacto do consumo de adoçantes artificiais no jejum? Eu acho que isso é pouco estudado. Um dos estudos que o Dr. Jason Fung cita no livro dele para dizer que adoçantes são problemáticos no que diz respeito à insulina, é um estudo que na realidade não analisa o jejum. Ele é um estudo que diz que pessoas que consomem sucralose e depois consomem um alimento contendo carboidratos vão ter uma elevação maior da insulina do que pessoas que consomem um alimento só contendo carboidratos. Isso significa que comer batata frita no McDonald’s tomando Coca Zero não é uma coisa útil, porque terei uma elevação da insulina por causa da batata frita ainda maior por causa da Coca Zero, do que se eu comesse só a batata frita, sem a Coca Zero. Mas, a pergunta que não quer calar é: o que acontece com a insulina em quem consome um adoçante desses em jejum e não come nada com carboidratos depois? Existem poucos estudos que abordam isso com adoçantes. Como podemos imaginar, o adoçante puro não provoca efeito algum. Nesse caso, eu vou ter a coragem de discordar do Dr. Jason Fung. Eu acho que o consumo de adoçantes artificiais em jejum não provoca praticamente nenhum efeito na insulina. Eles provocam alterações mais significativas na insulina após o consumo de carboidratos. O quanto isso é relevante para quem está fazendo uma dieta low carb e não está comendo carboidratos, eu não sei. Então, especificamente o impacto de adoçantes artificiais em dietas low carb… eu nunca encontrei esse estudo. Mas, o que as pessoas observam (qualquer um pode fazer com seu glicosímetro em casa) é que a pessoa pode tomar Coca Zero e medir a glicose antes e depois para ver que não tem impacto. Vamos pensar mais adiante, usando a lógica. Se eu consumisse um adoçante diet com adoçante artificial em jejum e ele elevasse minha insulina, o que deveria acontecer com minha glicose depois? A glicose deveria diminuir, porque eu não estou comendo nada. Se eu consumo algo que aumenta minha insulina sem eu ter comido a glicose deveria baixar. E a gente não observa isso nos vários testes realizados por nós que fazemos low carb e vários dos leitores que já relataram isso. A nossa leitora foi muito feliz na forma que ela formulou a pergunta. Ela colocou assim: “Eu sei que não é saudável. Não é disso que se trata.” Ela sabe disso. Longe de mim ou do Rodrigo dizer que tomar refrigerante zero ou suco de pó é uma coisa boa para saúde. Aquilo é cheio de adoçantes, corantes e outros produtos químicos. A nossa leitora disse que sabe que não é o ideal. Ela quer saber se isso terá um maior impacto do ponto de vista hormonal e de insulina no jejum dela. Eu acredito que não. Pela lógica e pela minha leitura da literatura, que é uma literatura escassa.
Rodrigo Polesso: É verdade. É escassa. Para reforçar tudo isso, vou dar meu ponto de vista. Eu não tenho papas na língua. Eu não tenho muito medo de magoar as pessoa, como o Dr. Souto deve ter. Para a Isiná, eu digo o seguinte: Se você sabe que não é saudável, e você está fazendo jejum intermitente para ser mais saudável ou perder peso… Seria como começar uma dieta e começar a fumar ao mesmo tempo. Eu vou ser categórico. Evite adoçante artificiais. Existe umas conversas sobre a alteração da flora intestinal com adoçantes artificiais, que é uma coisa totalmente independente da questão da glicose e da insulina… É algo pouco estudado… Mas não tem nada criado pelo ser humano, que não tenha na natureza, que não tenha algum tipo de consequência – mesmo que não as conhecemos ainda. Não tem nada que o ser humano tenha inventado industrialmente que não tenha consequência. Outra coisa: você disse que só consegue fazer jejum bebendo água com outro líquido? Tem certeza? Tente um dia… tenho quase certeza que você não terá problemas de saúde ao fazer isso. Você tem que avaliar sua força de vontade, seus hábitos, sua vontade de quebrar esses hábitos e começar um hábito novo. Você também disse que enjoou de todos os chás que você gosta. A minha dica é: goste de mais chás, então. Existe uma infinita variedade de chás no mundo. É impossível você experimentar todos e enjoar de todos. Minha dica é mais categórica. Se você ficou magoada, problema seu – você que postou a pergunta no Emagrecer de Vez. Sendo direto ou não, tudo isso é para ajudar. Eu falo esse tipo de coisa com o coração aberto. Só para dar outro ponto de vista, além do ponto de vista clínico que o Dr. Souto muito bem colocou.
Dr. Souto: Não precisamos concordar 100% em tudo, senão não seria uma conversa, e sim um monólogo.
Rodrigo Polesso: É complementar, eu concordo plenamente.
Dr. Souto: Algumas pessoas – com as quais eu já tive contato em consultório – precisam do uso de um adoçante, já a opção seria largar tudo e comer pão e doce. Às vezes também temos que comparar a alternativa. Eu não sou religiosamente contra adoçantes e refrigerantes diets. Quem segue nosso estilo de vida de vez em quando pode tomar uma Coca Zero, se tiver com vontade. Mas a pessoa tem que ter a noção. Ela colocou na pergunta: “Eu sei que é menos do que o ideal. Eu sei que não é saudável.” Acho que a pessoa tiver essa noção, está bem. Mas você tem razão, Rodrigo. Se o objetivo é otimizar a saúde e os resultados, a gente sabe a forma certa de fazer.
Rodrigo Polesso: Se isso for um passo para facilitar uma transição de hábitos, ótimo. Mas cada pessoa deve avaliar por si só. Fechamos a pergunta. Vamos para o primeiro tópico. O Prêmio Nobel de medicina repercutiu bastante na mídia. O japonês Yoshinori Ohsumi recebeu o Prêmio Nobel de medicina. Ele descobriu e elucidou os mecanismos por trás da autofagia – o fenômeno que faz com que as células se reciclem. Mas ele não foi quem descobriu a autofagia em si – já falarei disso. Tem um link de um artigo para quem quiser se aprofundar mais. A autofagia é um dos grandes benefícios do jejum intermitente, do qual tanto falamos. As células, na falta de energia constante, podem se reciclar e renovar – tornando-se mais eficientes e aumentando a longevidade. Além disso, durante infecções, a autofagia colabora degradando vírus e bactérias intracelulares (dentro das células). A autofagia elimina proteínas e organelas danificadas, o que contrabalanceia os efeitos do envelhecimento. Em 1974, Christian de Duve ganhou o prêmio Nobel por descobrir o lisossomo, que é uma parte da célula que contém enzimas digestivas, proteínas, carboidrato e gorduras – como se fosse o estômago da célula. É dentro do lisossomo que a reciclagem (a autofagia) da célula é feita. Christian também observou que algo estava levando as partes da célula a serem recicladas até essas estações de reciclagem chamadas lisossomos. Ele denominou esse meio de transporte de autofagossomos. Em 2004, Aaron Ciechanover, Avram Hershko e Irwin Rose ganharam um Prêmio Nobel em química, por descobrirem outro elemento, responsável por degradar proteínas dentro da célula, chamado de proteassomo. Aí, esse japonês chamado Yoshinori, começou uma série de experimentos para entender os mecanismos por trás dessa autofagia. Ele teve sucesso com isso. Ele acabou elucidando como mecanismo funciona e os genes relacionados a ele. Ele mostrou que esses genes são engatilhados por sinais de estresse, que pode ser uma infecção ou em jejum. Os genes por trás dessa autofagia sinalizam algumas proteínas, que começam a se transformar em autofagossomos, que são essas proteínas que englobam as partes a serem recicladas e as levam dentro da célula até a parte de reciclagem que tem esses lisossomos. Isso tudo é bastante interessante. Há dois dias atrás eu postei um vídeo novo sobre jejum intermitente, recapitulando algumas partes importantes que eu coletei no Ancestral Health Symposium. Quem quiser ver é só procurar no YouTube por “Jejum Intermitente Emagrecer de Vez”, ou no EmagrecerDeVez.com, ou no Facebook do Emagrecer de Vez. Acho bem legal que essa mecanismo esteja seja elucidado agora. É algo que descobrimos há bastante tempo atrás, mas existem muitos mistérios intracelular que não entendemos muito bem.
Dr. Souto: Esse prêmio foi super merecido. O legal é que ele traz à tona esse mecanismo do qual já falamos várias vezes aqui. No episódio número 11 com o Dr. Jason Fung, ele cita a autofagia. Em outros momentos tanto eu quanto você já falamos esse termo aqui também. Mas parecia algo secundário, ou um pequeno detalhe. Subitamente, com essa premiação, a palavra “autofagia” começa a estar na boca das pessoas, porque o cara ganhou um Prêmio Nobel. Esse é um mecanismo extremamente importante. Dentro da elucidação detalhada do mecanismo, ele descobriu que existe um conjunto de genes e proteínas responsáveis por operacionalizar essa autofagia dentro da célula. Inclusive, existem doenças graves que podem se desenvolver quando a pessoa tem alguma falha no mecanismo de autofagia – ou seja, uma doença hereditária na qual o corpo não consegue executar direito a autofagia. Se a autofagia, quando não ocorre, leva a doenças, é mais um motivo para nós acreditarmos que ela é um processo importante e que seu estímulo é benéfico. A autofagia ocorre em restrição calórica e em restrição proteica. Esse é provavelmente um dos mecanismos pelos quais, em animais inferiores (roedores, vermes), leva a um aumento significativo da longevidade. O que está sendo demonstrado em humanos é que o jejum intermitente pode levar aos mesmos benefícios (no que diz respeito à autofagia) sem que a pessoa precise fazer uma restrição calórica crônica. Ao contrário dos coitados dos roedores de laboratório, que são colocados em uma restrição de 30% dessas calorias diárias pelo resto da vida (e tem uma vida miserável e longa), nós temos a possibilidade de obter benefícios do aumento da autofagia simplesmente fazendo um jejum intermitente periódico e esporádico. O Dr. Walter Longo, que é um pesquisador que pesquisa muito isso em humanos, também mostrou que com dietas simuladoras de jejum (fast mimicking diets), que são dietas com restrição calórica e proteica, em 3 ou 5 dias também provocam boa parte dos benefícios, inclusive no que diz respeito a autofagia. Então, tem muita coisa interessante para se pesquisar nisso. A grande vantagem dessa premiação para nós é que todo mundo agora sabe o que significa essa palavra (autofagia) e nós podemos mostrar que nosso estilo de vida facilita isso. Antes, nós falávamos que uma das grandes vantagens do jejum intermitente é que ele melhora a autofagia… Mas a pessoa pensava: “Sim, e daí? O que é isso?”
Rodrigo Polesso: O que me deixa mais feliz é que toda aquela ideia de comer de 3 em 3 horas faz com que a autofagia não exista, já que você fica o tempo inteiro em estado anabólico. Então, o corpo não tem tempo de fazer autofagia. Agora podemos fazer que existe um Prêmio Nobel contra esse conceito de comer de 3 em 3 horas! Temos um argumento muito mais forte agora.
Dr. Souto: Sim, sabemos que a ausência de autofagia produz doenças crônicas e degenerativas – isso é um dos motivos pelos quais esse cidadão recebeu um Prêmio Nobel. E nós sabemos que se continuarmos comendo o tempo todo (de 3 em 3 horas) a autofagia cessa. Afinal, a autofagia é uma forma do corpo reciclar nutrientes e proteínas de organelas que já estão velhas. Mas o corpo só faz isso quando está faltando nutrientes na dieta – ou seja, quando estamos em jejum. Então, quando estamos em jejum, o corpo se vira utilizando a autofagia. Essa autofagia traz uma série de benefícios ao reciclar organelas “velhas” para construir organelas novas. Organelas são mitocôndrias, lisossomos, ribossomos… coisas importantes. Obviamente, se quisermos o contrário disso, seria só ficar comendo o tempo todo. Aí as organelas velhas ficariam se acumulando e a autofagia não seria estimulada. E isso comprovadamente está associada a um risco maior de doenças crônicas e degenerativas.
Rodrigo Polesso: Sempre falamos sobre a questão de sentir ou não fome quando estamos doentes. Geralmente, quando estamos doentes, não sentimos fome naturalmente. A crença popular é: “Coma para ficar forte. Coma para lutar contra a doença.” Se você não tem fome enquanto está doente, a autofagia vai entrar funcionando. Acabamos ver nesse Prêmio Nobel que a autofagia vai desfazer bactérias e vírus também. Então, ela ajuda nesse processo também. A autofagia procura otimizar a performance dessas células. Se tem comida chegando o tempo inteiro, não tem porque otimizar nada. Aí acabamos cancelando todos os efeitos magníficos desse mecanismo. É legal falar desse Prêmio Nobel. Achei merecido. O segundo tópico é um artigo publicado no mês passado no Globo.com. O Reino Unido disse que irá taxar companhias que vendem refrigerantes açucarados e investir a arrecadação em programas de saúde para crianças em idade escolar. Essa é parte de uma estratégia para combater a obesidade, que muitos críticos dizem ser muito tímida. Ao estabelecer um imposto sobre o açúcar, o Reino Unido vai se juntar à Bélgica, França, Hungria e México, que já impuseram alguma forma de taxação sobre bebidas com adição de açúcar. Países escandinavos também têm adotado impostos similares por muitos anos. Em um comunicado com detalhes da estratégia, que tem sido desenhada por diversos anos, o governo disse que a obesidade custa bilhões de libras ao Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) todos os anos. A minha opinião sobre isso é o seguinte: é ótima a ideia de taxar os refrigerantes. Mas o que está acontecendo é que provavelmente o governo está vendo um enorme buraco no Serviço Nacional de Saúde e quer tentar tampar esse buraco com uma nova fonte de renda fácil, que é uma taxação adicional nessas bebidas. Os críticos estão dizendo que essa taxação não é significativa na questão do preço, então não inibirá muito o consumo. Mas uma taxação pequena em algo que é vendido aos milhões por dia é muito dinheiro. Os impostos em refrigerantes têm sido criticados por serem baixos. Eu acho que assim como o cigarro e o álcool, que na Escandinávia são altamente taxados, o refrigerante também deveria ser taxado, de forma a inibir o consumo. Deveria ter um reflexo significativo no consumo dessas bebidas açucaradas e resultados positivos na questão da obesidade, principalmente em crianças. O Reino Unido decidiu fazer isso, então é algo positivo. Mas os críticos dizem que é uma taxação muito pequena, então não adiantará em nada. Então, existem esses dois lados se debatendo. Não sei como funciona essa questão no Brasil.
Dr. Souto: Eu tenho sentimentos mistos no que diz respeito a isso. Eu não tenho nenhuma dúvida de que a taxação de açúcares e refrigerantes é uma coisa boa. Hoje em dia, um refrigerante de dois litros custa 5 reais e pouco. Já está caro. Mas se ele custasse 10 reais, talvez as pessoas realmente comprassem menos. Por outro lado, tem a questão política minha. Eu tendo a ter uma visão política mais liberal e não gosto muito da intromissão do estado. Na Dinamarca ou na Noruega (não me lembro em qual dos dois) que houve uma taxação da gordura saturada. Era a famosa taxa da manteiga. As autoridades de lá chegaram à conclusão deque a gordura era o problema. Quando eles acham que o açúcar é o problema, aí eu acho bom que taxem. Mas o governo é absurdamente incompetente na interpretação daquilo que faz bem ou mal. E se eles chegarem à conclusão de que o problema é a gordura e começarem a taxar tudo o que tem gordura? A incompetência das diretrizes e dos órgãos governamentais nesse sentido me dá muito medo deles terem o poder de decidir o que eu devo e não devo comer.
Rodrigo Polesso: É verdade.
Dr. Souto: O que aconteceu na taxação da gordura nesse país escandinavo que eu citei? Começou a acontecer o contrabando de manteiga. Depois, se eu lembrar, vou te mandar o artigo para você linkar no podcast. É muito engraçado. Foi aprendido um caminhão na fronteira cheio de manteiga. Então, provavelmente, se o refrigerante for taxado a um nível de preço que realmente iniba o consumo, vai ter contrabando de refrigerante do Paraguai, vai ter refrigerante clandestino… Eu tenho minhas dúvidas sobre o quanto que a taxação como política é uma coisa correta. Dito isso, se eu tivesse que taxar alguma coisa, com certeza seria o açúcar. Mas eu simplesmente não confio em delegar ao governo tomar decisões que interfiram naquilo que eu vou botar ou não na minha mesa. Se eu fosse botar aquilo que o governo quer que eu bote na minha mesa, eu seria 20 quilos mais gordo.
Rodrigo Polesso: Concordo plenamente com você. O problema não deveria dar pitaco nisso. O problema é que a população geral tende a não se controlar muito bem. Talvez seja a questão da própria televisão… os anúncios desse tipo de alimentos acabam enganando a população. A população sabe que o açúcar não faz bem. A prova de que libera tudo e deixar nas mãos da população não funciona está nos Estados Unidos. No Estados Unidos tudo é liberal (land of the free), nada é taxado extra – mesmo assim é um dos países mais gordos do mundo. Mas eu concordo. Não tem como achar uma resposta certa para essa questão. Seu ponto é extremamente válido.
Dr. Souto: Contradizendo meu próprio ponto, existe uma experiência de sucesso, mundialmente falando, que é a taxação do cigarro. Também tem a restrição de uso… já que o sujeito tem que sair para a rua para fumar ou fumar num fumódromo dentro do aeroporto. Isso tudo teve um impacto importante na redução do tabagismo. O problema todo é a minha tendência a não confiar na capacidade do governo. Governos, secretários e ministros mudam… Daqui a pouco entra lá um sujeito que é vegano e vai querer taxar a carne vermelha… Se levarmos isso às últimas consequências, me dá receio. É claro que poderíamos falar sobre coisas políticas e públicas que com certeza funcionariam: Acabar com todas as propagandas na TV e no rádio de alimentos processados. Seria maravilhoso. Imagine se no intervalo do telejornal não tivesse propaganda de margarina, não tivesse propaganda de refrigerante, de cerveja… de nenhum alimento processado. Seria maravilhoso. Eu acho taxar o açúcar uma ideia maravilhosa. Mas eu não delegaria essa decisão para o governo tomar. Eu acho bom porque a ideia é minha! Mas uma pessoa que pensa de maneira oposta de como eu penso pode querer taxar coisas que eu não acho que deveriam ser taxadas. Então, talvez seria melhor pensar muito antes de dar ao governo a capacidade de interferir com taxação naquilo que comemos ou não. Se nós vemos no futuro a redução da obesidade em países que fizeram a taxação do açúcar, aí qualquer pessoa racional diria que o experimento foi feito, teve resultado e deve ser adotado.
Rodrigo Polesso: Em um mundo perfeito, essa solução seria a melhor ser dúvida. Deixar nas mãos da população e cada um é responsável por tomar as próprias decisões. Num mundo perfeito, a estratégia seria a conscientização da população.
Dr. Souto: Num mundo perfeito o David Ludwig seria o ministro da Saúde.
Rodrigo Polesso: Exatamente. Nosso papel na Tribo Forte é esse. Trazer informação. Quando as pessoas não tinham acesso a essas informações, não era sua culpa comer errado. Mas agora, com informação, é sua responsabilidade tomar a atitude correta. Se todo mundo tiver informações, passa a ser uma responsabilidade tomar a atitude correta. É melhor não falarmos de política porque o pessoal vai começar a xingar. Foi só para aquecer a discussão e trazer a informação até vocês. Antes de irmos para o terceiro tópico, Dr. Souto, vamos falar sobre o almoço?
Dr. Souto: Deixe-me lembrar do que comi no almoço. Acho que eu comi um bife com ovo, salada… não tinha nada diferente. Foi só isso.
Rodrigo Polesso: Ótimo. Não tem porque ficar inventando toda vez.
Dr. Souto: Eu sou uma criatura do hábito. Se eu comer mais ou menos isso todos os dias, eu estou feliz. Gosto de vez em quando jantar fora e comer uma coisa diferente. Mas o almoço é a coisa que menos muda.
Rodrigo Polesso: Hoje eu fiz um experimento no almoço. Eu comprei um bife grande no mercado, de 400 gramas grass fed (gado de pasto). Foi um negócio caro e eu queria fazê-lo na frigideira. No YouTube você aprende tudo. Eu fui lá aprender com o Jamie Oliver e com o nervosão do Hell’s Kitchen. Eu aprendi com eles e tentei fazer na frigideira com azeite de oliva, sal e pimenta. A primeira tentativa deu certo. Comi um belo steak com brócolis. Foi sensacional. Estou sem fome até agora e não sentirei fome tão cedo. Como é grass fed, temos que falar da questão da gordura. Falamos que não precisamos ter medo da gordura animal. Mas existem animais que tem antibióticos, são alimentos com ração… tudo o que é tóxico no corpo é armazenado na gordura. Então, se o gado é doente, talvez seja bom não exagerar na gordura dele por ser onde as toxinas estão guardadas. Mas se você conhecer a procedência do gado, aí não vejo problema algum.
Dr. Souto: Já que você é aventureiro na cozinha, Rodrigo, quero perguntar uma coisa: Você tem alguma experiência com slow cooker?
Rodrigo Polesso: Não. Me parece uma coisa muito difícil. Nunca tentei fazer.
Dr. Souto: Na realidade, dizem que é o contrário, que é muito fácil. É um aparelho que parece uma panela de pressão, mas não é. A gente pode programa-lo e ele cozinha sozinho. Ele pode cozinhar um filé por 8 horas, mas numa temperatura relativamente baixa (algo como 60 graus). Ele fica suculento e grosso. Certamente existem pessoas nos ouvindo que entendem do assunto e nos mandarão mensagens. Até onde eu sei, são técnicas utilizadas em restaurantes, quando comemos aqueles filés com 6 centímetros de altura. Eu tenho interesse, mas conheço pouco sobre o assunto. Como eu disse, sou uma criatura do hábito. Mas eu estaria disposto a testar isso.
Rodrigo Polesso: Eu imagino fazer uma carne com um osso no slow cooker. Ele deve derreter depois de cozinho. Deve ficar uma coisa deliciosa… aquele colágeno do osso.
Dr. Souto: Para quem tem pouco tempo pode preparar tudo à noite e botar um timer. Quando ela volta para o almoço, está pronto.
Rodrigo Polesso: Devem ter muitos especialistas em slow cooker nos ouvindo que depois podem nos falar se é uma boa ideia ou não. O terceiro tópico é a boca no trombone. É para enfatizar um assunto do qual falamos no podcast 31. O David Ludwig novamente soltou o verbo em um artigo publicado hoje na CNN americana, repercutindo o artigo que ele escreveu no JAMA.
Dr. Souto: O artigo no JAMA é um artigo para médicos. É um editorial técnico. Nesse artigo de hoje ele tem a liberdade para falar o que pensa num artigo jornalístico.
Rodrigo Polesso: Antes de discutir o que o David Ludwig falou hoje – e em mudança na mentalidade das pessoas em nutrição e na mudança política de diretrizes – quero falar o seguinte: essas mudanças serão muito difíceis de acontecer se coisas como essa continuarem sendo vigentes. É o The Surgeon General Report – um relatório do Cirurgião Geral em Nutrição e Saúde. Esse relatório foi desenvolvido primordialmente como uma fonte de informação na qual se baseiam as políticas de diretrizes nutricionais. Ele é uma revisão bastante grande das evidências que interligam dietas com doenças crônicas. Mas uma das grandes coisas que ele prioriza é a redução de gordura – essa é uma diretriz prioritária nesse relatório. Vou colocar um link para você ler essa parte que eu citando. Esse é um documento usado para se basear todas as diretrizes de nutrição. Se esse documento tem como prioridade a redução de gordura, isso é um problema grave. Sei disso porque o David Ludwig postou essa questão no Twitter dele. Depois ele postou o artigo que ele postou hoje. Vamos colocar o link original e o link do artigo traduzido. Quero falar alguns pontos chave para abrir a discussão. Ele escreve o seguinte: “Apesar de toda a preocupação com a falta de qualidade científica nas evidências, todas as associações nutricionais profissionais nos anos 90 recomendaram que todos deveriam comer uma dieta alta em carboidratos e baixa em gordura. Então, os americanos foram instruídos a substituir as gorduras por uma variedade de carboidratos, incluindo até 6 porções de grãos diariamente. Para facilitar essa mudança, teve um objetivo oficial chamado de ‘Healthy People 2000’. O governo pediu para a indústria lançar 5000 novos produtos de baixa gordura. A indústria colocou esses produtos no mercado. Como resultado, em uma geração, a proporção de gordura na dieta diminuiu de 40% para 30% – número que era recomendado pelo governo. Mas as taxas de obesidade e diabetes aumentaram. As décadas de declínio de doenças cardíacas parecem que serão revertidas. Em 2015 as diretrizes oficiais dos Estados Unidos retiraram esse limite da ingestão de gordura, mas de forma não oficial, nas entrelinhas. Eles nunca admitiram que um erro aconteceu.” Na falta de correção desse erro, o David Ludwig coloca a boca no trombone novamente, agora falando para a população geral. Ele está realmente chamando o governo para admitir esse problema e tentando disseminar essas informações para que todos saibam.
Dr. Souto: Ele retoma o que ele falou no editorial. Enquanto essa admissão não for pública, em alto e bom tom, feita pelas autoridades que controlam a nutrição dos Estados Unidos e no mundo, só aqueles de nós que buscam os detalhes saberão que as coisas estão mudando. A maioria das pessoas vai continuar achando que o negócio é restringir a gordura e que carboidrato é ok. Tem um trecho muito bom do texto: “Mais importante ainda, a redução na ingestão de gordura não reduziu as taxas de doença cardiovascular em dois grandes ensaios clínicos: o Look Ahead e a Iniciativa da Saúde da Mulher. Enquanto que o aumento da ingestão de gordura, avaliada no estudo de dieta mediterrânea PredMed, este sim reduziu.” Então, é o contrário do que as diretrizes, até então, diziam. “Consistentemente com esses resultados, estudos desse ano constatou que pessoas que consumiram uma dieta rica em gordura tinham taxas 16% menores de morte prematura do que aquelas que consumiam uma dieta de baixo teor de gordura, embora o tipo de gordura tenha tido um papel significativo na determinação do risco.” Nesse caso, ele está falando de gorduras mais insaturadas. “Várias revisões sistemáticas recentes mostram que dietas ricas em gorduras produzem uma maior perda de peso do que as dietas de baixa gordura, quando ambos grupos dos ensaios clínicos recebem apoio equivalente. É hora de reconhecer os erros do passado e analisar porque o foco no equilíbrio calórico saiu pela culatra. Uma explicação é que o corpo luta contra a redução de calorias, aumentando a fome e retardando o metabolismo, tornando cada vez mais difícil para a maioria das pessoas manter a perda de peso em uma dieta convencional com baixo teor de gordura e de baixa caloria. Mas vários colegas e eu afirmamos que todas as calorias não são iguais.” Quantas vezes vocês nos ouviram dizer isso? “Ao reduzir o consumo dos carboidratos processados, os níveis de insulina caem, desbloqueando as calorias armazenadas na forma de gordura e ajudando a promover a perda de peso a longo prazo (a hipótese de carboidrato-insulina).” É maravilhoso ver o Ludwig colocando no JAMA e na CNN o nome “a hipótese de carboidrato-insulina”. Aquilo que estava comente no livro do Gary Taubes “Good Calories, Bad Calories”, agora está saindo em revistas médicas importantes e editoriais. Eu não escondo, sou fã do Ludwig.
Rodrigo Polesso: Está deixando de ser underground para ser mainstream. Esse é o ponto. Está se tornando a verdade vigente. A gente fala de jejum intermitente direto. A gente fala de qualidade versus quantidade direto. Quem quer emagrecer pode entrar no programa Código Emagrecer de Vez. Tem muita gente que tem dúvida e quer um programa estruturado. Fazia tempo que eu não mencionada o programa, então vou mencionar novamente. O programa é estruturado e baseado em três fases, além de ser baseado em toda essa ciência da qual falamos. É só entrar em CodigoEmagrecerDeVez.com.br. Você pode começar na parte zero e obter resultados até a terceira fase para atingir seu peso ideal e mantê-lo para sempre. Os resultados são muito bons – vemos gente mandando testemunhos todos os dias. É muito legal ver esse tipo de coisa.
Dr. Souto: Com esse parágrafo que eu li dá a impressão de que o Ludwig leu o Código.
Rodrigo Polesso: A questão da qualidade versus quantidade?
Dr. Souto: A questão do efeito da insulina em bloquear as calorias da gordura. Parece que o Ludwig leu o Código Emagrecer de Vez.
Rodrigo Polesso: Vou fazer uma procura nos clientes para ver se acho algum Ludwig.
Dr. Souto: Vou ler mais uma frase: “Se esta concepção alternativa estiver certa, isso significa que a restrição calórica é inútil a longo prazo, e que o tratamento de perda de peso deve incidir sobre o tipo, e não na quantidade de calorias consumidas – o oposto da recomendação do balanço energético convencional.”
Rodrigo Polesso: Que coisa linda.
Dr. Souto: Que coisa linda de ler. Nada contra blogs – eu gosto do meu. Mas ler isso na CNN é lindo.
Rodrigo Polesso: Depois que o Ludwig começou a botar a boca no trombone, ele não parou mais.
Dr. Souto: Ele parecia estar segurando isso por estar no ambiente acadêmico de Harvard e não queria ser visto como um cara diferente, então era muito comedido. Depois de ter publicado o livro dele, decidiu chutar o balde e falar o que pensa. Nitidamente é isso que aconteceu.
Rodrigo Polesso: Ele e o Lustig. Espero que o Lustig consiga ainda mais exposição. Ele é um cara que merece. Ele vem falando sobre açúcar e frutose há muito tempo. Antes ele era underground. Espero que ele se ligue à Liga da Justiça e comece a ter a atenção que merece.
Dr. Souto: Se você olhar a lista de publicações do Ludwig… Na página pessoal dele tem toda a lista de artigos peer review que ele publicou. Ele não pode ser ignorado. O sujeito tem centenas de publicações peer review nas revistas científicas mais importantes do mundo. Chega uma hora que não dá para ignorar. Ele fala verdade inconvenientes, mas as pessoas são obrigadas a dar ouvidos porque ele é famoso demais para ser ignorado. Não famoso no Instagram, mas sim no mundo científico e acadêmico.
Rodrigo Polesso: Melhor do que famoso, ele é respeitado. Quem quiser entrar no programa, é só ir no CodigoEmagrecerDeVez.com.br. Junte-se à essa família. Você terá acesso ao fórum, junto com outras pessoas que também estão seguindo programa. Esse episódio foi bastante recheado. Espero que tenha sido útil. Queremos trazer a melhor informação para você, de maneira imparcial. Dr. Souto, obrigado pela atenção. A gente se vê no próximo. Tenha um ótimo fim de semana – estamos gravando esse episódio na sexta-feira.
Dr. Souto: Isso aí. Um abraço para todos. Obrigado, Rodrigo.
Rodrigo Polesso: Até mais.
Dr. Souto: Até mais.