TRIBO FORTE #168 – DETOX, ARROZ E O DECLÍNIO DA SAÚDE DESTA GERAÇÃO

Bem vindo(a) hoje a mais um episódio do podcast oficial da Tribo Forte!

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Neste podcast:

  • DETOX e um estudo de caso publicado no Jornal Americano de Doenças Renais;
  • “Estudo” publicado no UOL sobre arroz;
  • E mais;

Escute e passe adiante!!

Saúde é importante!

OBS: O podcast está disponível no iTunes, no Spotify e também no emagrecerdevez.com e triboforte.com.br

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Ouça o Episódio De Hoje:

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Quer Emagrecer De Vez? Conheça o programa Código Emagrecer De Vez

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Abaixo eu coloco alguns dos resultados enviados pra mim por pessoas que estão seguindo as fases do Código Emagrecer De Vez, o novo programa de emagrecimento de 3 fases que é o mais poderoso da atualidade para se emagrecer de vez e montar um estilo de vida alimentar sensacional para a vida inteira.

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Jonas
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Caso de Sucesso do Dia

Referências

Estudo Sobre Doenças Renais

Artigo no UOL Sobre Arroz

Artigo no Daily Mail

Transcrição do Episódio

Rodrigo Polesso: Olá! Bom dia para você! Pegue seu café, eu estou com o meu na mão aqui, ou o teu chá… seja lá o que você preferir. Esse é o episódio número 168 aqui do podcast oficial da Tribo Forte. Eu sou o Rodrigo Polesso e hoje a gente vai falar de três assuntos basicamente. Primeiro a gente vai falar um pouco de detox. Depois a gente vai falar um pouco de arroz. E também do declínio da saúde dessa geração atual. São coisas que saíram na mídia e coisas que estão acontecendo, que eu acho que são tópicos legais da gente bater um papo sobre isso. Maravilha! Dr. Souto, bem-vindo a mais esse episódio! Tudo bem por aí?

Dr. Souto: Tudo! Tudo bem. Boa tarde, boa tarde aos ouvintes.

Rodrigo Polesso: Boa tarde à todo mundo! Olha só, pessoal que está a fim de ir no evento Tribo Forte ao vivo 2019, vai acontecer! Está confirmadíssimo, vai acontecer em setembro desse ano, nos dias 28 e 29. Um sábado e domingo, em setembro. No exato momento de gravação não existe nenhum lote aberto de ingressos. Mas eu sugiro que se você quiser garantir o teu ingresso o quanto antes, você entre em TriboForte.com.br/aovivo e fique de olho lá para quando sair ingressos. Ok? Ou deixe o seu e-mail no EmagrecerDeVez.com também, que eu vou avisar assim que sair. Na verdade, essa semana eu lancei um lote rápido e esse lote esgotou em poucas horas. Então, se você quer ir nesse ano na quarta edição da Tribo Forte ao vivo, certifique-se de entrar no TriboForte.com.br/aovivo. Vai ser bacana com certeza! Como foi nas últimas 3 edições. Ok, pessoal! Vamos lá! Detox… detox é um assunto daqueles que dá vontade de se coçar, não é, dr. Souto? É uma coisa que… é complicado. Só que tantas pessoas falam de detox e seguem detox e mais pessoas ainda prometem tanto detox por aí, que eu gravei um vídeo sobre detox essa semana e publiquei no YouTube. Bom, nesse vídeo eu falo sobre oxalatos. E tem a questão das pessoas acharem que todos os micronutrientes que estão contidos na tabela nutricional de um certo alimento serão necessariamente absorvidos pelo corpo, que as plantas estão no mundo para alimentar o ser humano, o que não é verdade. Oxalatos, pessoal, são antinutrientes, eles se ligam a minerais. Então, você não absorve todos aqueles minerais que tem naquelas plantas, interfere com a absorção de minerais, micronutrientes e também o excesso de oxalatos pode gerar cristais de oxalato nos rins e etc. E aí tem o pessoal que fica defendendo a questão de detox. Só para mencionar como adicional, que eu não vou mencionar tudo o que eu falei no vídeo, mas para adicionar, tem um estudo de caso reportado no Jornal Americano de Doenças Renais que fala justamente dessa questão do detox, de sucos verdes. Ele mostra o caso de uma mulher de 65 anos, com função renal absolutamente renal, que após o consumo de sucos verdes como parte de um programa detox, ela desenvolveu severos danos nos rins, os quais levaram a doença renal no estágio final nessa mulher. Eles dizem que o consumo desses sucos detox aumenta drasticamente a absorção desses oxalatos, o que por sua vez pode levar à nefropatia grave. Então, enfim, é um assunto que daria para fazer vários podcasts sobre essa questão do detox, o que é, o que não é… Tem muitas nuances a respeito disso. Mas o suquinho verde todos os dias eu acho que tem um lado negro, hein! Não sei o que você pensa disso, dr. Souto. 

Dr. Souto: Concordo plenamente. E na realidade é aquilo que a gente sempre disse aqui e continua valendo. Coma seus vegetais, não beba seus vegetais. Vale para frutas, quem pode tolerar uma quantidade maior de carboidratos, igual: coma as frutas, não beba as frutas. Isso é um negócio que está bem estabelecido. Até dentro da nutrição convencional todo mundo recomenda: é melhor comer do que beber a fruta. Engraçado que a gente não precisa fazer essa recomendação, porque acho pouco provável que alguém queira beber a sua carne, né?

Rodrigo Polesso: Exatamente! Mas se você fizer o suco verde… que nem eu falo, ninguém quer tomar suco verde da mesma forma. Só que eles colocam frutas, colocam adoçante, colocam não sei o que para ficar bebível, né? Tragável.

Dr. Souto: É, então dificilmente alguém vai ter um problema de toxicidade de excesso de oxalato se comer um espinafre. Acontece que a quantidade que a pessoa é capaz de consumir batendo aquilo no liquidificador e transformando em uma bebida é uma quantidade que a pessoa jamais comeria. O problema é que as pessoas acham que se um pouco de alguma coisa é bom, muito será melhor. E isso em geral não é verdade para praticamente nada na vida. Então, sim, pode ser que um pouco de couve e de espinafre faça bem para a sua saúde, mas quantidades imensas daquilo não vão ser. Porque assim, vamos pensar um pouquinho do ponto de vista evolutivo, pessoal. A planta ela não quer ser comida, não é o objetivo dela na vida ser consumida. Então, especialmente essas partes essenciais. Veja, é diferente da fruta. A fruta a gente sempre diz assim: a fruta tem como objetivo ser comida, por isso ela oferece baixa toxicidade e um sabor doce para que os animais vão lá e comam e dispersem as sementes. A folha, bem, a folha é essencial para a planta, é onde ela faz a sua fotossíntese e tal. Então, normalmente as folhas têm antinutrientes, tem compostos amargos e tal. Claro que as folhas que o ser humano consome há milhares de anos já foram modificadas pelos nossos antepassados para serem menos tóxicas, menos amargas, mais comestíveis. Mas os nossos antepassados nunca imaginaram que alguém faria a sandice de colocar um monte dessas folhas no liquidificador e beber.

Rodrigo Polesso: Exato!

Dr. Souto: Então é só a gente pensar um pouquinho do ponto de vista evolutivo que a gente já escapa de muita armadilha da moda.

Rodrigo Polesso: Com certeza. Eu falei também nesse vídeo que o corpo já sabe fazer detox, né? Os rins e o fígado estão aí para fazer detox, estão desintoxicando o corpo 24 horas por dia. Passei a mensagem, não sei se você concorda, mas eu acredito que sim, que a melhor forma de você fazer detox é você parar de tox… Não é verdade? A melhor forma de você fazer detox é parar de tox. Pare de intoxicar o corpo, deixa ele fazer o trabalho dele. Esse é o verdadeiro segredo da longevidade.

Dr. Souto: Exatamente. Porque se existisse detox, bom, então as pessoas não precisariam de transplante de rim ou transplante de fígado. Bastaria ficar tomando esses sucos aí, né? Quem detoxifica as coisas são os rins e o fígado.

Rodrigo Polesso: Exato. E quando você toma esses sucos verdes o que você faz? Dá ainda mais trabalho para o fígado e para o rim para desintoxicar, infelizmente. Então em vez de ajudar você aumenta o tamanho do fardo de toxinas ao tomar essas doses exageradas e frequentes de sucos verdes. Enfim, fica a mensagem. Para o pessoal que quer ver as evidências e o vídeo completo, vai no YouTube e procura por “Rodrigo Polesso” ou “Emagrecer de Vez detox”, você vai achar lá. Inclusive com comentários de gente que, claro, sempre tem gente que fala “Salvou a minha vida!” e tal. E eu sempre falo: você salvou a sua vida apesar do detox, não por causa dele, né? Mas tudo bem. Olha só, saiu no Uol, saiu no Uol… eu recebi bastante mensagem sobre esse artigo. Dr. Souto, você deve ter recebido também, porque muita gente fica lendo essas coisas e vem depois contar para a gente. “Estudo diz que comer arroz evita obesidade. O grão não é vilão na dieta?” Essa é a manchete do Uol. Enfim, virou manchete, mas o que embasou essa bendita manchete? Bom, diz o seguinte: “Uma pesquisa apontou que o nível de obesidade é menor em países que comem 150 gramas de arroz ao dia, comparado a lugares com consumo médio de 15 gramas de arroz por dia. Os detalhes do estudo ainda não foram revelados.” Olha, já começa a besteira por aí, né? “Mas uma possível explicação para isso é que o arroz quase sempre é acompanhado de comida de verdade.” Esse é um ponto interessante. Eles falam: “Já pizza, hambúrguer, cachorro quente, biscoitos e pastel nunca estão em uma refeição com arroz.” A pesquisa ainda não foi publicada em nenhum periódico científico, mesmo dando manchete no Uol, tá? E foi realizada por um Colégio lá de Kyoto, no Japão. Agora veja, dr. Souto, tamanha a ansiedade por audiência que esses canais de comunicação tem, que basta sentir o cheirinho de algum tema polêmico e pronto, vira manchete. Sendo que não está nem publicado o bendito do negócio, não tem nem como avaliar o que foi dito, não é verdade? Mas vocês vão pulando aí na questão do arroz. Não sei se você recebeu pergunta sobre isso, alguém te passou esse tipo de coisa também?

Dr. Souto: Sim, infelizmente eu recebi. E assim, obviamente é mais um estudo epidemiológico com variáveis de confusão. Mais do mesmo, o mesmo de sempre. Já está virando a nossa brincadeira interna aqui do podcast: é a mesma coisa que dizer que jogar basquete faz você ficar alto. Então, seria a mesma coisa que eu dizer que escrever em ideogramas, sabe aquelas letrinhas? Escrever em ideogramas faz você ficar magro. Por quê? Porque realmente os japoneses têm uma incidência menor de obesidade, mas escrever em ideogramas é uma coisa que faz você ter altas chances de ser japonês, mas não é a causa da magreza, né? Assim como comer bastante… eles estão falando em países que consomem bastante arroz, portanto eles estão descrevendo os países asiáticos, onde a incidência de obesidade é menor. Não é que comer arroz seja a causa disso. Comer arroz é uma característica de um país que você já sabe que tem um índice de obesidade menor e que pode ser a despeito de comer arroz, e não por causa de comer arroz.

Rodrigo Polesso: Perfeitamente!

Dr. Souto: Porque o brasileiro come um monte de arroz e mais da metade da nossa população tem obesidade e sobrepeso. Então, é o que? É o arroz dos japoneses que funciona, o nosso não funciona? Enfim, eu acho útil esse tipo de estudo, porque é uma forma da gente ficar batendo na mesma tecla, lembrando e fazendo as pessoas desenvolverem o cacoete do pensamento crítico. Senão daqui a pouco eu vou achar que já que a maioria das pessoas que escreve com ideogramas tem olho puxado, o que provoca o olho puxado é escrever com ideogramas. Se eu aprender a escrever com ideogramas, os meus olhos ficarão puxados.

Rodrigo Polesso: É, mas o legal é ver eles começarem a extrapolar e achar justificativas, sem ter acesso aos detalhes. Eles convidaram uma nutricionista para falar, está escrito no artigo, Samantha Rhein, que é nutricionista clínica, mestre pela Unifesp. Ela fala: “A quantidade apontada como grande pela pesquisa, 150 gramas, não é exacerbada para muitas pessoas, especialmente quem tem grande estrutura corporal e pratica atividades físicas. São cerca de cinco colheres de servir, que podem estar divididas em almoço e jantar. Algo totalmente cabível em uma dieta saudável, que deve ter de 40% a 60% das suas calorias compostas por carboidratos.”

Dr. Souto: Essa última frase é muito azenina, né?

Rodrigo Polesso: Não podia faltar isso, né?

Dr. Souto: Não podia faltar. Assim, deve por quê? Quem determinou? De onde veio isso? Pelo amor de Deus, né? Eu acho que sempre, repito, é uma oportunidade da gente exercer aquele fundinho de pensamento crítico cada vez que a gente ouve um negócio desse… está bem, vamos fazer o checklist aqui. É observacional ou é ensaio clínico? É observacional. Porque seria diferente, né? Imagina que eu tivesse a seguinte situação: eu peguei uma grande população, eu sorteei metade para comer 150 gramas de arroz por dia, a outra metade é um grupo controle e ao final do estudo aqueles que foram orientados a consumir 150 gramas de arroz por dia emagreceram. Bom, aí nós vamos ter que dizer: realmente, comer arroz pode… Agora, o estudo feito dessa forma é basicamente a mesma coisa que dizer assim: dirigir no lado errado da rua produz índice de massa corporal mais baixo. Porque os japoneses dirigem do outro lado, né? Então, assim, não deveria gerar manchete, muito menos antes de ser publicado. Mas mesmo depois, é mais um estudo observacional tolinho. Basicamente a única coisa que pode ser dita desse estudo é: bom, consumir 150 gramas de arroz não é incompatível com não ser obeso. Mas isso a gente já sabia, né? Tem um monte de gente que não é obesa e que come arroz.

Rodrigo Polesso: É verdade, é verdade. Mas o que mais me chamou atenção é que isso chamou a atenção de tanta gente, tanta gente mandou mensagem para a gente. E pode ver que a manchete é oriunda de nada. É oriunda de provavelmente um memo, aqueles que são publicados em um papel na parede em uma conferência, que não foi publicado oficialmente em lugar nenhum, que ninguém tem acesso às benditas informações. E isso está no Uol, um dos maiores sites de notícias do Brasil. Então para mim isso quer dizer muito.

Dr. Souto: Mas aí, claro, quer dizer muito. Quer dizer o que? Que qualquer pedacinho de evidência, por mais ruim que seja, por mais preliminar que seja, por mais observacional que seja, se for para dizer que carboidrato é bom ou se for para dizer que carne é ruim ganhará espaço na mídia. Então isso está se tornando uma coisa bem evidente, só não vê quem não quer, que na realidade existe uma evidente, cristalina, luz do dia orientação editorial dos meios de comunicação (de vários deles) nesse sentido. Então, eu posso ter uma grande metanálise com alto nível de evidência que fala o contrário, bem, silêncio, som de grilos. Mas se eu tiver um posterzinho de uma conferência falando de um estudo observacional onde qualquer pessoa que tenha qualquer noção de vieses de confusão vai dizer: “Bom, mas isso aí é porque eles estão falando de orientais que têm tendência a ter um índice de massa corporal menor.” Isso ganha manchete em um portal de notícias. Se isso aí não é um viés editorial, eu não sei o que é.

Rodrigo Polesso: Exatamente. Muito bem dito. Olha só, a decadência da saúde dessa geração. Mas antes, quem mandou para a gente o testemunho de hoje, notícia boa é sempre bom ter aqui, foi a Bruna Gabriele. Ela falou: “Meu nome é Bruna, eu tenho 32 anos. Eu finalizei ontem a segunda semana da primeira fase muitooo feliz com os resultados. Menos 5,3 kg em 15 dias.” E, notícia, sem comer arroz se ela seguiu certinho o programa. Olha só que coisa, né?

Dr. Souto: Imagina se tivesse comido?

Rodrigo Polesso: Pois é! Incrível! Obrigado, Bruna, por você ter mandado aqui. Em 15 dias menos 5,3 kg! É claro que isso vai continuar aumentando esse peso e é um peso que você perde corretamente, você perde para sempre, né? A primeira fase que ela está dizendo é o Desafio 30 Dias do Código Emagrecer de Vez, onde você reprograma rapidamente o seu metabolismo baseado no que a gente conhece de ciência nutricional. Se você tem interesse nisso, entre aí em CódigoEmagrecerDeVez.com.br e veja se esse programa é para você. Maravilha! Então, saiu no Daily Mail do Reino Unido uma notícia, um artigo sobre um tema preocupante que é o declínio da saúde geral dessa geração atual que são dos millennials. Eles dizem que depois da idade dos 27 anos, depois dos 27 anos, todos os maiores marcadores de saúde começam a declinar rapidamente para essa geração dos millennials, segundo um novo report do Blue Cross Blue Shield lá no Reino Unido. Esses millennials, essa geração que nasceu nos anos 80 e depois disso, tem maiores taxas das 8 doenças mais comuns, condições mais comuns, 8 delas são maiores nessa geração do que na geração passada, que foi a geração x, que eles chamam. O grupo de agora, dessa geração agora, tem 18% maiores taxas de depressão do que a geração passada. E também 12% maiores taxas de uso, de abuso de substâncias. E condições endócrinas também, incluindo diabetes, 15% mais prevalente agora do que na geração passada. Mas nenhum desses marcadores aumentou tanto quanto hiperatividade, que aumentou 37% em comparação com a geração passada. Essa comparação ainda seria mais impactante se nós pegássemos os dados de duas ou mais gerações atrás, eu imagino. O mundo moderno nunca foi tão confortável, como a gente sabe. Mas também nunca foi tão tóxico, digamos assim, e inerentemente estressante como nunca antes na história. Então, hoje coisas como ADD, síndrome de deficit de atenção, essa hiperatividade e, claro, todo esse conforto, modernidade e conveniência dos alimentos (ou substâncias comestíveis de hoje em dia) estão intoxicando a população. Então, o mundo de hoje intoxica a mente da gente, porque muita gente não tem estrutura para conseguir, digamos, se adaptar a esse mundo cheio de problemas, cheio de estresse, esse tipo de coisa e comendo essas coisas que intoxicam o corpo, essa combinação fica explosiva. É triste saber que essa geração mais atual num mundo tão confortável e tão avançado como nunca, é ainda mais doente, é consideravelmente mais doente do que a geração passada, quem dera várias gerações anteriores, né? Então, é uma tendência, dr. Souto, que a gente está vendo aí e é preocupante, com certeza. Talvez o veganismo venha para salvar isso! Vai saber, né?

Dr. Souto: Acho que não, hein!

Rodrigo Polesso: Eu acho que não!

Dr. Souto: Então, Rodrigo, eu uso uma analogia muitas vezes que é a história do carro novo. O carro novo normalmente roda bem, não dá defeitos, não bate as peças do seu interior, mesmo que a gente trate ele mal por um tempo. Então, se a gente pega um carro novinho e bota ele numa rua esburacada, num primeiro momento a suspensão dele é nova, tudo é novinho, a gente acha macio, não sente. Mas claro que aquilo vai deixando uma marca naquele carro. E à medida que esse carro já não é mais novo, bem, se ele foi maltratado, ele vai começar a dar defeito, ele vai quebrar mais cedo do que o carro que a gente cuida dele desde o início, que é aquele famoso, quando a gente vai comprar um carro usado e o sujeito diz “Olha, isso aqui é um carro que teve uma única dona viúva, que quase não dirigia.” O carro tem 10 anos já, mas o carro tem pouca quilometragem, o carro está todo inteirinho, está todo bem cuidado. Então essa analogia significa assim: muitas vezes quando a gente vê uma pessoa bem jovem, essa pessoa pode estar comendo tudo errado, ela pode estar dormindo pouco, ela pode estar usando substâncias e ela está aparentemente saudável, porque ela é o carro novo, está certo? É um organismo que ainda tem bastante reserva biológica, cujo abuso não se manifesta em um primeiro momento. E o que esse estudo na minha visão, o que eu vejo é que essas pessoas com 30 e poucos anos, quando elas já não são tão novas assim, elas começam a ter todas essas manifestações de problemas de saúde que você citou, porque foram “maltratadas” nos anos anteriores quando eram mais novas. Então, é uma forma da gente encarar isso. Porque o ser humano é o mesmo, a genética é a mesma e o que está acontecendo com esses millennials?

Rodrigo Polesso: É! O que decaiu também foi o conhecimento do método científico, eu imagino, com essa geração. Porque está louco, né? O que a gente está vendo aí é de ficar assustado! Mas, claro, pessoal! Isso é com a geração de millennials, não com vocês, geração Tribo Forte! Aí é diferente. A gente está gerando uma tendência oposta a essa, não é verdade? Isso é bom, é positivo.

Dr. Souto: Aí melhora com o tempo, é diferente!

Rodrigo Polesso: Melhora com o tempo, exatamente! Aumentar a expectativa de vida e aumentar a qualidade de vida ao mesmo tempo, que é o que não acontece hoje. A gente tem mais expectativa de vida, mas menor qualidade de vida. As pessoas cada vez começam a adoecer mais cedo. O que adianta viver mais anos, se você vive mais anos doente? Começa a adoecer mais cedo, isso não é vida. Bom, dr. Souto, eu sei que você acabou de degustar alguma coisa aí. Então conta para a gente o que você comeu na última refeição.

Dr. Souto: Uma coisa bem simples. Foram uns filézinhos feitos na manteiga com um ovo caipira em cima. Não precisa mais nada, né?

Rodrigo Polesso: Perfeitamente. Rápido, fácil, delicioso.

Dr. Souto: É rápido. Essa é a questão. Eu estava chegando de viagem, o Rodrigo me ligou e disse “E aí, já vamos começar o podcast?” E eu disse “Me dá uns minutos.” Leva uns 15 minutos para tirar as coisas da geladeira, fazer, preparar, comer. Então, eu sei que justamente a gente estava falando dos millennials e da questão da conveniência, as pessoas por conveniência daqui a pouco vão desembalar coisas prontas e botar no micro-ondas para aquecer. Mas, às vezes isso é uma falsa impressão, porque não é tão difícil assim fazer uma refeição deliciosa como essa que eu descrevi e em poucos minutinhos está pronta. E é muito melhor para você e mais saboroso.

Rodrigo Polesso: Com certeza! Eu acabei de mudar de apartamento aqui e estou esperando chegar o meu… Comprei um grillzinho elétrico, porque não tem como fazer com fogo aqui, por causa de perigo com fogo no condomínio, mas um grill elétrico. E não vejo a hora de chegar isso aí. Porque você não sabe… o que mais precisa além do grill elétrico, né? Vou fazer todo tipo de salada naquele grill, dr. Souto, você nem imagina! Então, pessoal, um grill, uma frigideira, é rápido, coisa de alguns minutinhos. Você põe uma coisa ali, um ovo, um bacon, uma carne, alguma coisa e já mistura, complementa, se você quiser com alguns legumes, alguma salada. Pronto, está feito! Não precisa de suco verde, não precisa de blender, não precisa de pó de não sei o que. Não precisa colocar limão com gengibre, açúcar e couve em folhas. Não precisa. Não precisa se intoxicar se você pode se nutrir. E sempre tem que ser prático. Acabei agora de fazer um baita de um bife na frigideira e de sobremesa um pouco de queijo de búfalo e um pouco de queijo de cabra também. Eu tenho ultimamente, há um bom tempo já, preferi queijos que não são de vacas. Mas agora está ficando extremamente popular (aqui no Canadá, pelo menos) de você encontrar queijo de leite cru de vaca. Então, nesse sentido eu acho que talvez possa valer a pena, se você consegue de um leite que não é pasteurizado. Mas no geral cabra, ovelha, búfalo. Búfalo eu não sei, mas cabra e ovelha tendem a ser mais facilmente digeridos um pouco. E se você conseguir colocar as suas mãos em um queijo cru, sem ser pasteurizado, pode ser uma boa ideia. Até se você acha que tem intolerância à lactose, muita gente acaba digerindo bem quando é um alimento de verdade e não foi pasteurizado, não foi processado, etc. Então, vale tentar também. Eu acho que é isso, dr. Souto. Vamos fechando esse podcast hoje aqui e a gente vai se falar na semana que vem, como sempre. Siga a gente no Instagram: @rodrigopolesso, @jcsouto e também @ablc.org.br. E a gente segue em frente aumentando a geração Tribo Forte e cada vez mais espalhando saúde e vitalidade por aí. Dr. Souto, obrigado e a gente se fala na semana que vem!Dr. Souto: Obrigado, um abraço! Até a próxima!