TRIBO FORTE #195 – IMPOSIÇÃO DO VEGANISMO EM ESCOLAS E POLITICAGEM

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Neste Podcast:

  •   Imposição do veganismo nas escolas;
  •   Politicagem;

Escute e passe adiante!!

Saúde é importante!

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Caso de Sucesso do Dia

Referências

Matéria na Gazeta do Povo

Matéria no Washington Post

Conselho Nacional do Ministério Público

Transcrição do Episódio

Rodrigo Polesso: Olá pessoal! Bem vindo ao podcast número 195 aqui do podcast oficial da Tribo Forte. Eu sou o Rodrigo Polesso e você está ouvindo aí sua dose semanal de saúde e estilo de vida saudável baseado em ciência. Hoje a gente vai falar um pouco sobre imposição do veganismo e politicagem. Como é que quando essas duas coisas se misturam acabam causando um grande problema. E se você estava vivo nas últimas semanas deve ter ouvido falar sobre esse assunto que a gente vai comentar hoje aqui. Aiaiai… Dr. Souto, como é que tá por aí? Tudo bem?

Dr. Souto:  Tudo ótimo! Bom dia! Bom dia aos ouvintes!

Rodrigo Polesso: Olha só pessoal, saiu por aí, o pessoal manda pra gente sempre quando sai, enfim, saiu, um dos principais artigos saiu na Gazeta do Povo, que basicamente aquela história na Bahia, de 4 municípios, que esses alunos agora vão ter que ter merenda vegana, gradativamente vegana. Vou explicar um pouco mais sobre isso. Saiu na Gazeta do Povo a seguinte manchete: “que comam carne em casa com seu dinheiro”, diz promotora que instituiu cardápio vegano em escolas. E também isso saiu também fora do Brasil, eu tava falando com o Dr. Souto até antes da nossa conversa aqui, que ele acha que saiu fora do Brasil antes de virar notícia aqui no Brasil. Saiu no Washington Post, por exemplo, falando que num país, numa área rural do Brasil que ama carne, essa comunidade virou vegana e está revoltada. Então, esse artigo foi publicado na Gazeta do Povo, bastante interessante, porque eles entrevistaram a bendita da promotora via telefone e colocaram a conversa também. O que eu fiz também foi dar uma investigada nesse termo que foi assinado na Bahia, pra todo mundo entender um pouco mais sobre isso, entender quais os verdadeiros objetivos disso aí, será que realmente a gente quer cuidar do meio ambiente, será que a saúde das crianças é realmente o nosso foco? Eu espero que fique claro um pouco, a medida que a gente vai discutindo alguns aspectos dessa história toda, que é bastante preocupante, não pode se tornar um precedente, políticos não podem decidir o que a gente se alimenta, principalmente nossas crianças que são indefesas e não tem nem escolha. Enfim, alguns trechos desse artigo da Gazeta do Povo: “A mais de um ano no empoeirado sertão da Bahia, escolas públicas de 4 municípios, ranqueados entre os IDH’s mais baixos do estado, estão progressivamente se tornando veganas. Mas a iniciativa, pouco compatível com a realidade local, não parte das próprias cidades, é uma diretriz do Ministério Público baiano. Na prática, as escolas estão retirando carnes, ovos e leite do cardápio escolar, em troca oferecem aos estudantes carentes em sua grande maioria, psta de amendoim, pão vegano, carne de soja, entre outras receitas. Em um futuro muito em breve, o órgão pretende retirar da alimentação escolar não apenas 40% como é hoje, mas 100% de qualquer fonte de proteína animal de 154 unidades escolares de 4 municípios, Serrinha, Teofilândia, Biritinga e Barrocas. Ok, isso foi o que foi passado aí no Brasil inteiro, o pessoal tava comentando bastante, eu cheguei e fui dar uma olhada no termo que foi assinado nesses municípios, onde essa promotora sentou lá com o prefeito, representantes, e assinaram esse termo. E nesse termo descreve exatamente qual o propósito disso tudo, que que é de fato isso tudo. Eu acho interessante ler pra vocês  alguns trechos desse termo que foi assinado no fim de 2017. Lembrando que foi assinado por políticos e não por uma banca de cientistas da nutrição, nada disso tá? Então as premissas de todo esse termo, o termo começa com todas premissas que o pessoal vai aceitar. Então uma das premissas é a seguinte; considerando que a alimentação escolar representa para muitos alunos um atrativo a frequência escolar, e ainda, conforme inúmeras publicações científicas, que garantem, guarnecem o procedimento administrativo, alunos bem alimentados apresentam melhor desempenho e assimilação ao ensino ministrado. Eu acho que ninguém duvida disso né Dr. Souto? Só que eu acho que a forma como eles vão preencher esse pré requisito é um pouco dúbia aqui. E agora que outros… presta atenção agora pessoal. O real motivo por trás dessa toda boa vontade começa a aparecer agora no próprio termo ok? A real motivação pra transformar a alimentação das crianças. Eu vou ler pra vocês aqui exatamente o que está escrito no termo: considerando que a administração pública deve primar pela observância do princípio da eficiência, por meio da eleição de opções racionais, sobretudo do ponto de vista financeiro (custo para o erário) e ao meio ambiente, dever de sustentabilidade. Considerando a constatação durante o curso do procedimento, deque alimentos de origem animal, utilizados na alimentação escolar, a exemplo de sardinha, charque e leite em pó, são os itens mais onerosos aos cofres públicos. Trata-se ainda de alimentos questionáveis cientificamente do ponto de vista nutricional e de prevenção de doenças mormente quando comparados com alimentos de origem vegetal, conforme estudos acostados. E a última pra gente começar a discutir aqui ó: considerando ainda que para além do custo financeiro, o custo ambiental para a produção de carne , de origem animal é elevado notadamente quanto ao consumo de água necessário, prática de desmatamento, elevadas emissões de gases do efeito estufa, além das inúmeras morte de animais e correntes com baixa eficiência, de modo que a utilização de tais produtos na alimentação escolar não traduzem portanto observância pela administração pública ao princípio da eficiência quanto ao dever de gestão e uso racional de recursos públicos, sejam financeiros ou ambientais. Essas 3 premissas deixam bastante claro aqui que os alimentos de origem animal são mais onerosos aos cofres públicos. E aqui nessa última que eu li Dr. Souto, será que algum desses argumentos que eles usaram que utiliza bastante água, e custa caro, é pior pra desmatamento, emissão de gases estufa… a gente comentou isso em pdcasts aqui, mostrando realmente qual é a verdade sobre isso. Mas esse é o embasamento que eles usaram para atacar a questão da origem animal, em ralação ao meio ambiente. E são argumentos que a gente sabe que são falsos. Só pra começar a conversa…

Dr. Souto:  Pois é Rodrigo, então, quando a gente gravou aqueles 2 episódios com a doutora Anna Flavia, a zootecnista, e pra muitas pessoas podia parecer uma coisa muito abstrata. Olha, é um podcast que eu gosto de ouvir falar sobre alimentação, sobre low carb, sobre emagrecimento. E por que a gente enfatizou aquilo? Porque sim, a gente sabe que esses argumentos vão voltar pra lhe morder ali adiante. Eles são os argumentos que estão começando a embasar esse tipo de mudança autoritária na legislação. Então é muito importante que todo mundo tenha na ponta da língua a argumentação científica correta. De modo que os prefeitos, os vereadores, os deputados, não sejam enganados por essa balela pseudo científica. Então, só relembrando bem rapidinho, a água na qual ela se refere, é a água da chuva, tá certo? Então é uma água que ia cair igual, estando o gado lá ou não. Ela não é uma água que porque foi consumida pela grama e o gado pastou, se transformou em plutônio agora, e veneno, vai ficar radioativo pelos próximos 50 mil anos. É água quando o gado urinar, suar, etc, ela volta pro ambiente, evapora e chove de novo.

Rodrigo Polesso: Como sempre foi na história né?!!

Dr. Souto:  Como sempre foi na história. Então esse é um argumento absolutamente falacioso, ridículo, e que seria desmontado por qualquer aluno do ensino médio, ensino fundamental que tivesse estudando ecologia tá? Os argumentos de saúde, bem, aí nós temos aí quase 200 podcasts pra você ouvir e entender que eles são argumentos furados de estudos observacionais, com uma série de vieses, que os estudos prospectivos randomizados nunca corroboraram isso. Mas enfim, a maioria das pessoas não tem noção disso, do que é um estudo randomizado, o que é um estudo observacional, o que são vieses, então a doutora, promotora, simplesmente acosta, quer dizer, anexa ao processo esses estudos observacionais da escola de saúde pública de Harvard. E a conclusão é que você não deve consumir alimentos de origem animal, porque são os únicos estudos que foram colocados ali. E o sujeito que ta lendo, o vereador, o prefeito, o juiz, não sabe nada sobre isso aí em geral. Claro que muitos sabem, mas a maioria não.

Rodrigo Polesso: É, e o que faz o olho dele brilhar é quando fala que esses alimentos de origem animal são os mais onerosos aos cofres públicos.

Dr. Souto: Lógico, então assim, se fosse só o custo eu acho que isso jamais passaria. Que diriam assim: bom, obviamente então o mais barato seria dar macarrão instantâneo e refrigerante e tal. Mas nós temos que cuidar também do bem estar das crianças. Mas aí o que acontece, você diz não, se nós usarmos produtos de origem animal nós vamos estar piorando a saúde delas, falso, e nós vamos estar piorando o meio ambiente, falso. Se você assume que são corretas as premissas que são falsas, aí você chega em conclusões que também são falsas. Então, por isso pessoal, não custa ir lá e ouvir de novo aqueles dois episódios com a doutora Anna Flavia. Eu acho que eles são muito importantes, ali a gente entra a fundo nessas coisas. Porque eu acho que todo cidadão tem que ter na ponta da língua essas respostas, e poder debater com seus representantes e quando chegar nas eleições poder fazer as perguntas corretas. Pra escolher bem em quem você vai votar. Eu tenho um trechinho depois que eu escrevi sobre esse assunto no meu blog, em 2017, que eu acho que vale a pena ler. Vou esperar um pouquinho ver o que você vai falar mais aí…

Rodrigo Polesso: Ta, vamos fazer mais uma parte aqui e depois você lê com certeza. Peguei várias coisas aqui que podem deixar a situação toda um pouco mais clara pra quem ta ouvindo aqui. Porque na mídia a gente só escute headline, só manchete, a gente não tira tempo pra ver mais detalhes. Bom, uma coisa que ficou famosa dessa entrevista com essa promotora, foi o que ela disse que como eu casa tal. Então o trecho que a Gazeta do Povo, que é um jornal grande do Paraná lá, enfim, ela colocou o seguinte: quando questionada pela reportagem sobre o que farão as famílias e crianças que eventualmente não concordarem com a adesão total ao cardápio vegano, a promotora Letícia Baird, criadora do programa, afirmou em entrevista a Gazeta do Povo por telefone que elas devem comer carne “em casa com o seu dinheiro, pois aqui estamos falando de recurso público”. Bom, agora, nesse termo que eu falei, que eu fui ler esse termo que foi assinado, tem todas essas premissas que a gente leu, deixar bem claro qual é o objetivo público aqui de economia de recurso público, eficiência, pra poder comover e, enfim, persuadir esses políticos a assinarem. Mas depois de todo mundo concordar com essas premissas tem a parte dos afazeres. O que então depois de assinado esse documentos, quais são os afazeres? Eu vou ler aqui pra vocês… cláusula primeira: “o compromitente assume a obrigação de reformulação dos cardápios alimentares escolar para fins de adequação aos termos da espécie normativa supramencionada, em especial, quanto ao dever de oferta de programa suplementar de alimentação escolar preventiva de doenças, racional do ponto de vista financeiro e ambiental. Tradutor ainda de observância do dever de sustentabilidade”. São aqueles mitos todos pessoal. Essa parte é fogo: “para fins de comprimento do caput, o compromitente assume obrigação de retirar do cardápios da alimentação escolar, de forma gradativa, definitiva e total no prazo de 24 meses, a contar da subscrição do presente acordo, a oferta de alimentos escolar com a utilização de produtos de origem animal devendo fazê-lo por meio da retirada gradual de 25% dos produtos de origem animal da alimentação escolar a cada semestre. Iniciando-se a diminuição da primeira fração no primeiro semestre no ano letivo de 2018, e assim sucessivamente com o atingimento da oferta da alimentação escolar sem a utilização de produtos de origem animal até o final do ano letivo de 2019”. Então é retirar totalmente e virar vegano tá? Eu fui ver, enfim, essa promotora, o nome dela é Leticia Baird, acho que não é segredo pra ninguém, ta em todo lugar isso, ela tem Twitter, no Twitter dela, tá lá o que, naquela parte que descreve você, tá promotora de justiça, forasteira, outsider. E daí tem dois daqueles smiley, dois daqueles simbolozinho de desenho, um deles é uma folha verde e outro é um coração verde. Então a gente vê que ela tem uma ideologia muito forte pra defender o veganismo e o vegetarianismo, nada contra isso, mas quando ela começa a impor essa ideologia dela em 4 municípios a coisa começa a ficar pior. E alguns trechos da entrevista por telefone com a Gazeta do Povo é o seguinte; a Gazeta pergunta: “mas então não seria justo equilibrar o cardápio? E quando chegar a 100%? E essas crianças que querem comer carne?”. Aí ela fala: “É aquilo que eu acabei de falar, que talvez você ainda não compreendeu. A gente ta falando de recurso público.”. Daí a Gazeta pergunta: “Mas quando chegar a 100% vai tender pra um lado, ao veganismo, e o outro lado”. “Não, a questão não é o veganismo, é a utilização do recurso público, é isso que eu sempre tento deixar claro”. “Mas vão continuar existindo pessoas que querem se alimentar com carne não é?”. “Que comam em casa com seu dinheiro, porque aqui a gente está falando do recurso público”. Aí a Gazeta fala: “Em vídeos disponíveis no Youtube é possível observar essa promotora atuando em defesa dos animais, além de alertar como uma ativista os moradores da região pobre, quanto ao perigo quase irreversível de dejetos de matadouro que caem na água ou no solo”. Ao Washington Post ela, nascida no Mato Grosso do Sul, também contou que na Bahia encontrou uma culinária baseada em raízes, e que todos nutrientes que ela precisa estão nos vegetais. Além de estar tentando cortar o glúten. E pra você só cair de costas Dr. Souto, a substituições alimentares que estão acontecendo nesses 4 municípios são as seguintes: Com o excelente programa, o Escola Sustentável, que é esse programa imbecil que ela criou, enfim, 32 mil estudantes, e 154 unidades escolares, entre crianças, adolescentes e adultos, estão deixando de comer itens processados como salsicha, charque, como se charque fosse processado né, sardinha. Então ela falou salsicha, charque, sardinha e linguiça, e passando a se nutrir de alimentos como mingau de leite de amendoim com aveia, farofa nutritiva de cuscuz, feijoada a base de legumes com castanhas e escondidinho de aipim recheado com proteína de soja. Quem ta salivando aí pessoal? Dr. Souto, é isso que ta sendo substituído e veja como é que eles escolhem as palavras, estão deixando de comer itens processados como salsicha, charque, sardinha e linguiça, e passando a se nutrir de alimentos como mingau de leite de amendoim e aveia, farofa nutritiva de cuscuz. A única forma de deixar cuscuz nutritivo é botando carne. Feijoada a base de legumes e castanhas… blábláblá… é isso que ta acontecendo Dr. Souto…

Dr. Souto:  Assim ó…

Rodrigo Polesso: Como comentar isso? Respira fundo…

Dr. Souto: Em 30 de dezembro de 2017 eu escrevi uma postagem no blog chamada “segunda sem noção”. Bom, por que? Porque a imprensa estava noticiando que a assembleia legislativa do estado de São Paulo tinha aprovado uma lei da segunda sem carne. Que “proíbe a venda e o fornecimento de carne as segundas-feiras em restaurantes, bares, lanchonetes e refeitórios localizados dentro de órgãos públicos do estado. Bom, a justificativa do projeto é “chamar a atenção para as consequências do consumo de carne e seus derivados, relacionando tal questão aos direitos dos animais, a crise ambiental, ao aquecimento global, a perda da biodiversidade, as mudanças climáticas e as diversas doenças que afligem a população humana, incluindo doenças cardiovasculares, crônicas, degenerativas, colesterol elevado, diversos tipos de câncer e diabetes”. É um parágrafo que consegue ter praticamente tudo errado.

Rodrigo Polesso: Tudo errado por causa das carnes.

Dr. Souto:  E aí pessoal, eu escrevi na época uma coisa que hoje eu releio e digo nossa… era presciente isso aí. Então presta atenção como isso aqui é importante; então o que eu coloquei assim; antes de rebater tais argumentos proponho uma reflexão, você realmente acha que o governo deve se manter na sua alimentação? Avaliando o histórico das diretrizes alimentares e seus resultados, você realmente pensa que o governo deveria determinar o que você pode ou não comer? Levando em conta a competência do governo em geral, você realmente deseja conferir ao estado o poder de veto sobre o seu cardápio mesmo? Então ali era só uma segunda sem carne. Agora vocês veem assim, se você vai deixando isso acontecer, daqui a pouco fazem um cardápio 100% vegano, 7 dias por semana, pra crianças indefesas.

Rodrigo Polesso: Até o final de 2020… 2019

Dr. Souto: Isso me lembra aquele famoso poema do Maiakovski, que diz assim: “Na primeira noite eles se aproximaram e roubaram uma flor do nosso jardim, e não dissemos nada. Na segunda noite já não se escondem, pisam nas flores, matam nosso cão e não dizemos nada. Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho na nossa casa, rouba-nos a luz, e reconhecendo nosso medo arrancam nossa voz da garganta, e já não podemos dizer nada”. Então assim, começa com uma segunda-feira sem carne, depois vem isso aí. Daqui a pouco é proibido consumir carne num restaurante como hoje é proibido fumar, certo? Porque enfim… então, o que eu escrevi na época? Eu botei assim, eu sou contra, mas eu sou contra por princípio. Pessoal, vamos pensar, mesmo que a lei proposta determinasse o fim dos refrigerantes com açúcar, a proibição do açúcar adicionado aos alimentos e taxasse todo carboidrato processado, eu ainda seria contra. Por que? Porque se você dá poder pra esse pessoal a próxima coisa que eles fazem é isso que eles tão fazendo na Bahia. E se você quisesse comer, e se você achar que o problema é a gordura e preferisse comer pão doce, o estado realmente deveria ter o poder de lhe impedir? Se você mesmo sabendo o mal que faz ainda assim quisesse comer, quem sou eu, quem é o estado pra dizer o que você deve fazer com seu pâncreas? O estado precisa ser pequeno, porque o estado grande comete grandes equívocos. Desculpa estar sendo político aqui pessoal, mas é o que eu penso. Acho que o Rodrigo concorda.

Rodrigo Polesso: Concordo.

Dr. Souto: A única maneira de evitar que o estado crie normas nutricionais péssimas, é evitar que o estado crie normas nutricionais. Eu vou repetir essa frase.

Rodrigo Polesso: Ótima, essa é boa.

Dr. Souto: A única maneira de evitar que o estado crie normas nutricionais péssimas, é evitar que o estado crie normas nutricionais. Porque se hoje o estado proibir refrigerante talvez você ache bonito e aplauda. Amanhã ele pode proibir o salgadinho na escola e você vai vibrar. Mas agora ele ta proibindo carne nas segundas-feiras por motivos religiosos travestidos de ciência. E quando taxarem a gordura saturada, proibir a manteiga, o bacon virar contravenção você dirá o que? Que não gostou, que é um absurdo, que é autoritário? Será tarde demais. Lembrem do poema do Maiakovski pessoal, não pode deixar o monstro crescer. E o monstro está crescendo. Ta todo mundo convencido que precisa uma piscina de água pra fazer um pedaço de carne. Ta todo mundo convencido que o arroto da vaca causa o aquecimento global. E aí é um triz pra proibir a carne na alimentação dos seus filhos. Aí tá bem, você ta nos ouvindo aí pode comprar carne pra criança comer em casa tá bem. Quem vai se ralar nisso aí é  pobre.

Rodrigo Polesso: Exato, e já ta com necessidade… E isso pessoal, por isso que tem uma oposição grande a essa iniciativa. De novo, é dessa promotora Leticia Baird, ela tem ideologia vegana, etc. Ela está encabeçando tudo isso nos 4 municípios da Bahia, que querendo ou não impactam mais de 33 mil crianças. Só que o CNMP, que é o conselho Nacional do Ministério Público, que é o órgão encarregado de fiscalizar atividade do Ministério Público e dos seus membros, diz que irá investigar essa medida que tá acontecendo. Isso também vai contra, pessoal, o próprio guia alimentar para população brasileira, que reconhece literalmente o valor nutritivo de alimentos de origem animal. O próprio fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o FNDE, que se opõe a essa iniciativa também, estabeleceu em 2018 a obrigação de que o cardápio escolar ofereça aos alunos proteína animal, carne, leite e ovos. Obrigação! Olha só! A Sociedade Brasileira de Pediatria também emitiu uma nota na qual ela considera preocupante a retirada de um grupo alimentar tão importante com a proteína de fonte animal. Agora, para as pessoas que vão ser afetadas se alguém dessas pessoas for afetadas, crianças, filhos, for afetadas por essa lei idiota, que já foi assinada, essa atrocidade nutricional, nesse próprio termo que eles assinaram existe uma saída que vocês podem usar como recurso tá? O parágrafo 7 desse termo diz o seguinte: O compromitente assume a obrigação de oferta de alimentação escolar com utilização de produtos de origem animal, de forma excepcional aos alunos que assim solicitarem, mediante a expressa justificada e comprovada prescrição por profissional habilitado a tanto. Eles tão tentando dificultar, mas essa é a parte, se você exige, você vai exigir o alimento animal, tua criança precisa, você vai precisar dessa solicitação formal, mediante a expressa justifica, comprovada prescrição por um profissional habilitado, que pode ser qualquer nutricionista que vai reconhecer a validade disso. Mas então eles são obrigado a oferecer pra você, então se todo mundo naquele colégio, se o pessoal que ta ouvindo talvez alguém dessa região, desses municípios, começarem a pegar esse papel e todo mundo começar a pedir e entregar papéis, a escola inteira, quando a maior parte dos alunos começarem a pedir alimentos de origem animal, tudo isso pode ir abaixo. E eu acho que isso pode ir abaixo antes ainda, por causa dessa investigação do CNMP e outros órgão, que é uma atrocidade como eu falei. Mas essa é uma saída pra quem tá lá sofrendo com isso agora, eles são obrigados a fornecer se você tiver um pedido formal desse tipo de coisa.

Dr. Souto: É, sem dúvida, ela passou muito, mas muito além do limite. Eu acho que haverá punição pelo Conselho Nacional do Ministério Público. Eu acho que graças a Deus a imprensa livre se manifestou e jogou isso no ventilador, e as pessoas viram o absurdo que é. Mas o que eu quero chamara a atenção aqui, aproveitar essa caso bizarro e superlativo, pra chamar a atenção de vocês que estão nos ouvindo de que é a ideologia, essa que é professada por aí, que tá por trás disso aí. Ela é uma ideologia altamente elitista, altamente autoritária, mais ou menos com a seguinte ideia; está provado que faz mal pra saúde, não, não faz. Está provado que faz mal pro meio ambiente, não, não faz. Bom, aí, se realmente você convencer as pessoas, os legisladores, de que faz mal pra saúde pública, e que faz mal pro meio ambiente, existe um princípio na qual  interesse público se sobrepões ao interesse individual. E aí realmente você teria que dizer: olha, infelizmente o estado não tem que pagar por esse seu hábito exótico de querer comer ovo e beber leite, tá certo? Então, se nós não matarmos no nascedouro, essa ideologia perversa, e falsa, e anticientífica, ela é pequena agora, mas é a famosa história do monstro. Que ele é pequeno mas uma dia ele cresce e te devora. E nós tamos deixando crescer. Tá certo? Nós tamos deixando crescer, tá se tornando quase que um consenso, se você perguntar pra praticamente qualquer aluno do ensino médio, e o consumo de carne, que eles vão dizer? Que faz mal pra saúde e faz mal pro ambiente. Isso ta sendo ensinado, está sendo encucado. A hora que isso se tornar o pensamento dominante na sociedade, que isso se tornar, e ta se tornando, pensamento dominante em autoridades que tem poder, legisladores, juízes, promotores… nós todos tamos com a nossa liberdade em risco. É o poema lá do Maiakovski, primeiro alguém foi lá arrancou a flor, você deixou, depois a pessoas foi lá, pisou nas flores, deixou… agora, bom, daqui a pouco simplesmente, quando finalmente você quiser dizer que é contra, bom você já ta sendo considerado um criminoso, um ser abominável que quer o que? Que seus filhos morram por causa do aquecimento global. Que quer que seus filhos se afoguem nas cidades litorâneas porque o mar vai subir 5 metros porque você comeu carne. Então, essas burrices todas elas tem consequências reais, elas não são só teóricas. Então por isso que sim, o podcast ele é um podcast muito relacionado a saúde, estilo de vida e tal… mas pra que você possa exercer esse estilo de vida você tem que sim, ter alguma noção das barbaridades que tão sendo ditas, dessa ideologia perniciosa que ta tomando conta, porque a continuar do jeito que tá, daqui a pouco se você chegar num restaurante e pedir um prato de carne vão lhe dizer “olha, tem eu comer ali do lado de fora. Desculpa, eu sei que ta chovendo, mas é ali fora”. Porque carne é uma coisa que vai insultar as pessoas ao seu redor.

Rodrigo Polesso: Exato! Nossa! Exatamente essa, ainda fantasia graças a Deus, mas esse pensamento que assusta e por isso a gente trouxe essa pauta para o podcast pessoal. Porque você, todos nós, temos direito de escolha sobre o que a gente come. Não é verdade?! Nós que decidimos. Se eu quiser ir no McDonalds todo dia, o problema é meu, eu vou no McDonalds todo dia. Isso não pode virar taxação, não pode virar imposição, essa ideologia não pode virar soberania, como tá acontecendo aqui no caso dessa promotora Letícia Baird, que é vergonhoso isso. E outra, a passagem de argumentos como verdadeiros, argumentos que são obviamente falsos, quando você se dá o mínimo de trabalho pra investigar a base deles. Tanto a questão do meio ambiente como, principalmente, a questão nutricional. Ta acessível a todo mundo informação clara que quebra todos esses argumentos. Então pessoal, a gente ta fazendo isso em luta do nosso direito, nosso poder de escolha, liberdade de escolha, então essa que é importante. Bom, uma nota positiva, o caso de sucesso hoje aqui, quem mandou o Hesrrom, ele perdeu 14 kg em 4 meses. Ele falou “muito obrigado pelas dicas”. Ele mandou foto do antes e depois dele. É óbvio que ele fez uma alimentação rica, generosa em alimentos de origem animal. Afinal, eles são os mais nutritivos do planeta terra. São aqueles que salvam o metabolismo das pessoas, que revertem os problemas metabólicos, comprovado cientificamente por centenas de estudos científicos não é verdade? E ele com certeza utilizou produtos vegetais como complementos a essa alimentação também. Que é assim que sempre foi, que é assim que eu sempre recomendo que seja de fato. Se você quer ajuda pra implementar Alimentação Forte para emagrecimento você pode entrar aí em codigoemagrecerdevez.com.br onde eu coloco o passo a passo de tudo isso, pra você seguir baseado na melhor evidência científica que a gente tem disponível hoje. Bom, Dr. Souto, alimentação, a gente ta gravando isso de manhã cedo. Você quer compartilhar o que você comeu no café ou talvez na janta de ontem?

Dr. Souto:  Então Rodrigo, hoje de manhã foi só café preto. E a jante de ontem não houve, porque eu estou de jejum. Não por nenhum motivo religioso, é porque simplesmente as vezes eu faço assim quando a fome ta pouco. Então, coisas que você só consegue fazendo Alimentação Forte. Porque não pode ter fome pra fazer isso. E aí o almoço de ontem foi peixe e camarão.

Rodrigo Polesso: Peixe e camarão…

Dr. Souto:  Esses aí eu posso garantir pra vocês aí que usam muita água.

Rodrigo Polesso: É, hahahaha… bem mais que a vaca com certeza.

Dr. Souto: Bem mais que a vaca. Precisa de um oceano inteiro pra criar peixe e camarão. E provavelmente esse oceano se transforma em plutônio depois que o peixe passou por lá.

Rodrigo Polesso: É, suja, suja inteiro, incrível, meu Deus do céu… mas enfim, ó, quero ver se você… bom… o que eu comi ontem no almoço, na janta na verdade, foi uma coisa nova, uma coisa que não tinha comido até agora. Eu tive que… uma coisa que não se acha no mercado facilmente. Pelo menos não aqui. Eu tive que ir no açougue pra ir colocar uma ordem especial, um pedido especial pra eles conseguirem pra mim. E eles conseguiram com o maior prazer tudo bem. Mas o que foi? Foi cérebro de carneiro. Cérebro de carneiro. Eu não sei Dr. Souto, eu vou arriscar que você não gosta.

Dr. Souto: Eu não posso dizer se eu gosto ou não, eu nunca experimentei. Mas você pode arriscar dizer que eu nunca vou experimentar.

Rodrigo Polesso: Hahaha… exatamente… eu vou arriscar dizer que você nunca vai experimentar. Eu tava com curiosidade pra provar a muito tempo, e quando eu falei que tava conseguindo isso aí, bastante gente mandou mensagem, pessoal do Rio Grande do Sul, também notoriamente pessoal do nordeste, dizendo que é uma coisa que eles comem até seguido. O meu bisavô e meu avô falaram… meu avô falou que meu bisavô costumava fazer. O pessoal do nordeste parece que chama de mioleira, que nome né, quando você faz junto com ovos mexidos, você faz cérebro com ovos mexidos na manteiga, coma a consistência do cérebro, estranho falar né, do miolo, enfim, é bastante similar ao ovo, eu diria, um pouco mais consistente. É diferente, não é carne pessoal, é um órgão diferente. Eu provei, o sabor é muito suave, muito suave, eu acho que ninguém iria não gostar disso, se não soubesse o que é. O problema é assim, você fala o que é e a pessoa prova… se você provar sem saber o que é você ia dizer nossa, o que é, você ia se perguntar. Mas é muito, de novo, rico em ômega 3, o DHA, que é o principal ômega 3, porque o cérebro é basicamente feito dessa gordura. Precisa? Não precisa. Mas assim, quando a gente fala em sustentabilidade, a forma como a gente pode aplicar isso nas nossas vidas, é entendendo que o animal vem inteiro, a vaca não tem só picanha, a vaca tem todas as partes. O porco também, não é só o filezinho, não é só a costelinha, tem orelha tem focinho, tem a barriga, o porco tem cérebro não é verdade, tem intestino, tem estômago, enfim, tem todos esses aspectos, tem coração… então, nem que todo mundo precise, mas lembre-se, cada animal que é abatido pra cortar a picanha, esse animal tem um cérebro, tem um intestino, tem miúdos, que outras pessoas podem utilizar. E se não utilizar eles vão fora. E dois pontos positivos, um, é muito barato, miúdos são muito baratos. Dois, de longe são as partes mais nutritivas tá?!! Então são coisas a se pensar pra quem ta acostumado, mas, de novo, você não precisa se esforçar a fazer isso se não quiser. Mas eu sou muito curioso, e fui e acabei comendo. E gostei, e gostei, achei interessante. Mas enfim, Dr. Souto, você não precisa, enfim, mas se você fizer manda foto daí por favor, vai ser um momento especial pra mim ver você comer cérebro e fígado, hahaha…

Dr. Souto: Olha, quem sabe se der um nome diferente, chama de pudim de neurônios… quem sabe…

Rodrigo Polesso: Hahaha… é verdade… bom, enfim, é isso aí pessoal, diversão a parte. Esse podcast é bastante sério. Por favor espalhe isso aqui. Eu vi que caiu na mídia, isso aí ta todo mundo falando essa questão da Bahia. Então ajude a espalhar isso aqui, pede pros teus amigos ver, ou posta uma história no teu Instagram, tagueia aqui o podcast, é gratuito. No Spotify, ou no iTunes, ou vai direto no emagrecerdevez.com ou no triboforte.com.br . Você encontra esse podcast. Passa essa palavra adiante. Nós precisamos, enfim, defender o nosso direito de escolha do que a gente come, a gente não pode deixar que políticos decidam o que a gente come e impunham isso na nossa população, principalmente em crianças né pessoal, pelo amor de Deus, é calamidade isso aí. Dr. Souto, obrigado então pela atenção. Siga a gente no Instagram, o @jcsouto , o @rodrigopolesso ,  ablc.org.br , enfim, triboforte.com.br . Cheio de recursos pra te ajudar aí. Dr. Souto, a gente se fala na próxima, brigadão pelo papo de hoje, e é isso aí.

Dr. Souto: Obrigado, um abraço! Até a próxima!