Bem vindo(a) hoje ao DÉCIMO episódio do podcast oficial da Tribo Forte!
Este é um episódio especial e você pode encontrá-lo aqui em VIDEO, ÁUDIO ou TEXTO.
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No Episódio De Hoje:
Para começar, este episódio é especial e contamos com a presença da nutricionista gaúcha Polyana Rossi.
A Polyana trabalha todos os dias com pessoas que estão iniciando um estilo de vida alimentar na direção da Alimentação Forte, lowcarb/paleo e vai participar do papo compartilhando:
- 5 das maiores dificuldades (e também soluções) que ela vê em seus pacientes que estão iniciando este novo estilo de vida alimentar correto.
- Para membros VIP: Um bônus especial da Polyana com 10 dicas especiais para facilitar a vida de quem está iniciando e se adaptando a Alimentação forte, lowcarb/paleo.
- E ainda temos os quadros Alimentos do Dia e “O que vc comeu no almoço de ontem“…
Veja o Episódio De Hoje EM VÍDEO:
Ouça o Episódio De Hoje:
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Veja Estes Resultados REAIS Abaixo:
Abaixo eu coloco alguns dos resultados enviados pra mim por pessoas que estão seguindo as fases do Código Emagrecer De Vez, o novo programa de emagrecimento de 3 fases que é o mais poderoso da atualidade para se emagrecer de vez e montar um estilo de vida alimentar sensacional para a vida inteira.
Este programa é 100% baseado na melhor ciência nutricional disponível hoje no mundo.
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Referências do episódio
Blog da Nutricionista Polyana Rossi
Café Turbo do Emagrecer De Vez
Transcrição Completa Do Episódio
Rodrigo Polesso: Bom dia, boa tarde! Feliz terça-feira, o dia semanal da saúde. Você sempre tem um encontro marcado com um episódio quentinho do podcast oficial da Tribo Forte. Hoje iremos para o episódio número 10 do podcast que é o número 1 no Brasil em se tratando de bem-estar, emagrecimento e estilo de vida. O episódio de hoje conta com a presença ilustre da nutricionista gaúcha Polyana Rossi, que é uma especialista em alimentação paleo, low-carb e alimentação forte. Mais importante ainda, ela lida todos os dias com pessoas que estão aplicando esses novos hábitos no dia a dia. Logo, a Polyana tem muito a colaborar; especialmente com aparte mais prática da rotina com uma alimentação verdadeiramente correta. Ela compartilhou comigo as 5 maiores dificuldades que as pessoas têm quando seguem esse estilo de vida alimentar. Então, no episódio de hoje, nós iremos falar dessas 5 dificuldades e vamos apontar soluções para elas. Você vai pode pegar várias coisas interessantes ao longo da conversa. Além disso, vamos responder uma pergunta da comunidade, como de costume, e teremos o quadro Alimento do Dia e o quadro “O Que Você Comeu no Almoço de Ontem?”, onde todos vão ter que contar o que comeram no almoço de ontem. Com isso, prepare-se para mais um episódio recheado de informações. Obrigado por acompanhar semanalmente o podcast da Tribo Forte, passando a palavra adiante e fazendo parte desse movimento bola de neve que está mudando a forma como o Brasil se alimenta e se vê no espelho. Antes que eu me esqueça: nesse episódio temos um bônus exclusivo para aqueles que são membros da Tribo Forte; um guia com 10 dicas especiais da Polyana para tornar sua adaptação à alimentação forte muito mais fácil. Então, se você ainda não faz parte da família de membros VIP da Tribo Forte, essa pode ser uma boa hora para se juntar e tirar os benefícios disso. Para isso, acesse www.TriboForte.com.br. Agora, vamos partir para a pergunta da comunidade. Primeiramente, vou dar um “oi” para o Dr. Souto e boas-vindas calorosas à Polyana.
Dr. Souto: Bom dia ouvintes, bom dia Rodrigo e bom dia Polyana.
Polyana Rossi: Bom dia, gente!
Rodrigo Polesso: Seja muito bem-vinda, Polyana.
Polyana Rossi: Muito obrigada, é um prazer estar aqui divulgando cada vez mais essa alimentação maravilhosa que nos traz tanta saúde para nosso dia a dia.
Rodrigo Polesso: Com certeza! Está frio por aí no Rio Grande?
Polyana Rossi: Bem friozinho.
Rodrigo Polesso: Dr. Souto, você mora pertinho da Polyana.
Dr. Souto: É. Hoje está um pouco mais agradável. Começou a esquentar mais. Mas não dá para comparar com o frio do Canadá. Mas chegou de surpresa. Estava 30 graus numa semana e 7 na outra.
Rodrigo Polesso: Curitiba faz 2 dias de sol por ano, mas estava duas semanas direto. Então, o pessoal estava dizendo que terá 5 anos de chuva pela frente. Que bom que conseguimos reunir nós três nesse papo. Vamos começar direto com a pergunta da comunidade. Eu colho essas perguntas no Emagrecer de Vez, na Tribo Forte, no Facebook… eu sempre pego uma pergunta para responder aqui. A pergunta dessa vez é da Edir Carpenedo: “Comprei o livro Emagrecer de Vez em 2014. Eliminei 13 quilos e fiquei nisso em 2015, oscilando entre isso e 2 quilos a mais. O que devo fazer para retomar a perda de peso? Sugestões?” Vou dar meu take inicial nessa questão. Ela perdeu bastante peso (13 quilos) botando um novo estilo de vida em prática. Só que ela ficou nesse nível e quer saber como retomar a perda de peso. Primeiramente, parabéns por ter eliminado esses 13 quilos. É bastante coisa. Isso me faz lembrar do conceito de peso ideal para cada pessoa. Então, a pergunta é: você está no seu peso ideal? Sem esses 13 quilos, você está no seu peso ideal? Muitas pessoas pensam que o peso ideal é aquele peso que vemos os gominhos da barriga, mas não é bem assim. O peso ideal é específico de pessoa para pessoa. Cada pessoa tem um peso ideal, que é o peso no qual o corpo daquela pessoa é o mais saudável – e na maioria das vezes não será um peso com barriga de tanquinho. Na maioria das vezes tem uma quantidade natural de gordura no corpo. Então, primeiramente você tem que saber se seu conceito de peso ideal é o conceito verdadeiro. Se você já está com seu peso ideal e quer ir além disso, você terá que fazer um esforço que não é tão natural assim. Se você quiser ter uma barriga de tanquinho, terá que se esforçar para conseguir isso. Se esse é seu caso, não tem regra; talvez você tenha que restringir um pouco os carboidratos; escolher um pouco melhor os carboidratos que você ingere; talvez você esteja se alimentando de alguma coisa que esteja “roubando” calorias; talvez você esteja reagindo a laticínios ou algum legume específico. Então, não tem uma regra. Cada pessoa tem que entender como o corpo funciona e testar várias coisas, pois reagimos diferente com diferentes alimentos. Então, pense se eu peso ideal é ideal ou não. Se você acha que ainda precisa perder, pode ter uma coisa que você possa ajustar na sua rotina; pode ter uma coisa que você esteja consumindo que está te sabotando de alguma forma; ou algum alimento que está reagindo de uma maneira que evite que seu corpo perca essa gordura naturalmente. Esse é meu input nesse assunto. Mas eu queria pegar a opinião do Dr. Souto e da Polyana que tratam isso com pacientes todos os dias. Tenho certeza que podem dar uma luz nisso.
Dr. Souto: Primeiro as damas.
Polyana Rossi: Está certo. Esse é um problema muito típico. Todo os dias se ouve exatamente o mesmo quadro. Como o Rodrigo já disse, precisa fazer uma revisão no que está comendo e nas quantidades que está comendo, não somente pensando nessa questão de “qual é o peso ideal”, mas as quantidades e a maneira como o metabolismo da pessoa funciona tem que ser entendido. Às vezes a pessoa acha que não está fazendo “roubadinha”, mas está. Às vezes a pessoa está consumindo algo sem nem saber o que é. Então, tem que fazer uma boa revisão para saber o que está acontecendo. Muitas vezes no fim de semana as pessoas se perdem na quantidade. Às vezes a pessoa come um pouco de algo que não era previsto, mas que para esse metabolismo isso acaba travando a dieta. A trava na dieta também pode ser determinada por outros problemas, tais como hormonais, “roubadinhas”, medicamentos, ou quantidades excessivas de alimentos. Eu sempre começo pela quantidades excessivas de alimentos. Para muitas pessoas não basta ser low-carb. Tem que fazer uma adequação, mas sem passar fome, é claro.
Rodrigo Polesso: Muitas pessoas têm outras coisas envolvidas, como uma condição psicológica, ou o momento da vida acaba influenciando no “falso” apetite que a pessoa tem. Então, temos que prestar atenção em vários fatores.
Polyana Rossi: Claro.
Dr. Souto: Vou pegar essa deixa da Polyana e acrescentar que no início de uma dieta low-carb, a gente pode simplesmente restringir os carboidratos e a pessoa perderá peso como nossa leitora perdeu 13 quilos (o que é bastante). O peso ideal não é o ideal estético que temos na nossa cabeça baseado nas capas de revistas femininas; o peso ideal é ideal do ponto de vista biológico no ponto de vista de saúde para aquele organismo, que pode ser vários quilos acima do ideal estético super magro que está vigente nas últimas décadas. Quando a pessoa se aproxima do peso ideal biológico (não o estético), vai ficando mais difícil. Nesse momento, simplesmente restringir os carboidratos não adianta. Embora o foco primário da nossa intervenção não seja calorias, isso não significa que elas sejam completamente irrelevantes. Com uma alimentação forte ou low-carb, a pessoa tende a automaticamente a regular a quantidade que come (sem passar fome). Ela automaticamente sente menos fome e come de acordo com a necessidade do corpo. Mas se as pessoas querem resultados que são além do natural, nós vamos ter que fazer esforços além do natural; talvez cuidar mais das porções. Para isso você pode usar truques mais tradicionais como o tamanho do prato, por exemplo.
Polyana Rossi: Em vez de começar pela carne ou pelo ovo (que são mais calóricos), eu começo com uma boa quantidade de vegetais. Pelo menos meio caminho já está andado. Daí a carne o ovo e as delícias ficam na quantidade suficiente para fechar a refeição. Essa é uma dica bem legal que traz muitos resultados. Muitas pessoas pensam “se é uma alimentação com baixo carboidrato e eu estou com apetite, vou repetir.” Então, às vezes, o metabolismo não acompanha essa queima de gordura. Uma salada antes pode atenuar o apetite, para depois só comer a porção que você precisa.
Rodrigo Polesso: Muitas pessoas têm metabolismos difíceis, e isso deixa as coisas mais dificultosas. Muitos vão achar que uma alteração nos carboidratos pode dar muito resultado, até mesmo no caso dela (13 quilos). Não sabemos se o peso que ela atingiu é o ideal para ela ou não. Existem hábitos bons como o tamanho do prato e começar pelos legumes; ou tentar não comer distraído (assistindo TV), porque você acaba comendo mais do que o necessário sem perceber. Tudo isso se aplica a esses casos específicos de maior dificuldade. Acho que demos uma boa luz nessa pergunta inicial. As perguntas iniciais têm gerado bastante discussão no podcast – espero que tenha sido útil! Mas o tópico principal são essas cinco maiores dificuldades e soluções para quem muda a alimentação, com o objetivo de emagrecer, aplicando alimentação forte, low-carb e paleo. A partir de agora vamos começar a matar essas dificuldades uma a uma. A primeira dificuldade é lidar com o medo de faltar energia e sentir reações de abstinência. Quando as pessoas querem começar esse estilo de vida alimentar, a primeira coisa que vem na cabeça delas é faltar energia e sentir reações de abstinência. Vou passar a palavra para a Polyana pois ela escuta isso todos os dias.
Polyana Rossi: Normalmente a pessoa vem com a cabeça fresca e se depara com um conceito novo. Então, o medo é pelo desconhecimento. Eu procuro explicar que é preciso entender que o corpo precisa de tempo para essa adaptação metabólica para o uso de gordura como fonte de energia, além da normalização da resistência à insulina. Isso pode levar de 2 a 6 semanas. Mas não vai faltar energia porque a gordura (que será a nova fonte de energia) vai fornecer mais do que o dobro do que a quantidade de calorias de proteína e carboidrato. Energia com certeza terá – a pessoa não vai cair dura na rua. O que pode ocorrer é um sintoma como uma tontura ou dor de cabeça, até pela perda de sódio através da urina. Podem acontecer também alterações intestinais. Mas esses são sintomas sutis. Outro sintoma que eu percebo é que as pessoas aumentam o consumo de carne e gordura por causa dessas sensações de abstinência nas primeiras semanas. Então, como eu sempre digo, uma caminhada longa começa com o primeiro passo. O primeiro passo é reduzir o carboidrato. O segundo passo é ajustar as quantidades para que a pessoa passe por esse período de adaptação. O terceiro passo é a seleção de qualidade em alimentação, redução de industrializados e coisas mais específicas na questão da saúde.
Rodrigo Polesso: Dr. Souto, algum input?
Dr. Souto: Eu vou falar um exemplo que os ouvintes conhecem bem. Sabe quando lemos a bula de um remédio e ela diz todas as coisas ruins que podem acontecer e sentimos tudo aquilo quando tomamos o remédio? Se o remédio diz que pode dar ânsia de vômito, ficamos nauseados. Se o remédio diz que pode dar dor de barriga, sentimos dor de barriga. Então, as expectativas ruins que temos tendem a se realizar. Existe o efeito placebo, que é quando tomamos uma pílula que não tem nada dentro – mas acreditando que ela nos fará bem – e nos sentimos melhor. Também existe o efeito nocebo, que é o contrário – acreditamos que a pílula vai fazer mal, mesmo que não tenha nada dentro e acabamos nos sentindo mal. Se eu acreditar que quem não come carboidrato vai ficar tonto e desmaiar, talvez eu fique tonto e desmaie. Existe o efeito nocebo de seu professor na academia, todos os seus amigos, sua mãe, sua esposa dizendo “você é louco, você vai passar mal”. Aí a pessoa acaba se sugestionando a sentir coisas. Quando ela é tranquilizada por pessoas como a Polyana que diz que isso não é verdade, é diferente. A pessoa já entra nisso com outro espírito.
Rodrigo Polesso: Muito bom. Falamos no outro podcast que muitas pessoas dizem que “cortei os carboidratos e tropecei na rua duas vezes! Então, concluo que estou ficando sem atenção por causa dos carboidratos.” Mas falando sobre o caso legítimo de falta de energia, tontura ou dor de cabeça… pelo o que vemos na literatura isso faz parte de uma adaptação natural do corpo. Existem algumas soluções que propomos para o pessoal que está começando. Isso é normal, pois é um período de adaptação. São décadas de alimentação baseada em açúcar, então seu corpo está acostumado a queimar isso. A gordura está presa nas células de gordura e seu metabolismo está programado de uma forma que dificulta a liberação dessa gordura estocada. Quando você altera seu tipo de alimentação, e começa a comer usando esse formato que propomos, seu corpo precisa passar por um processo de liberação de gordura – e essa transição não é 100% para muita gente. É aí que pode acontecer esses pequenos sintomas até que eu metabolismo se adapte. Não precisa ter medo, precisa ter conhecimento para que tudo faça sentido. Quero partir agora para a dificuldade número 2: a busca frustrante por resultados rápidos. “Levei 30 anos para engordar, mas quero emagrecer amanhã.”
Polyana Rossi: Às vezes até pergunto se estou usando uma capa roxa com estrelinhas como se fosse uma mágica. Não! Não é mágica. É um controle alimentar como qualquer outro; tem que ter disciplina. O resultado não é só medidas e números. É também bem-estar, melhora do sono, melhoras nas dores, controle de níveis de colesterol, glicose, triglicerídeos, ácido úrico, pressão arterial, insulina… enfim. Controle da compulsão é outro resultado excelente bem inicial da dieta. É claro que o resultado que mais procuram é a redução do peso na balança. Às vezes temos muito mais qualidade nas medidas do que nas gramas da balança. Eu vejo que as pessoas comparam o capítulo 1 com o capítulo 20 do vizinho, sem confiar no processo. É preciso confiar no processo; dar um tempo de 6 meses para seu corpo se adaptar para chegar em um resultado em medidas e em números. Suas roupas vão ficar largas. Essa imagem que vemos no espelho deve ser cuidada e assimilada com respeito. Há várias maneiras de se fazer isso. Eu vejo três categorias de perda de peso bem nítidas no consultório. Aquele que queima super bem (6 ou 8 quilos num mês); tem o pessoal da média, que é 3 ou 4 quilos num mês (que dão suas escapadinhas); e as pessoas mais lentas. Todos vão atingir seu objetivo, só a velocidade é que varia. Baixar a expectativa e deixar ela relacionada à saúde pode dar um retorno muito melhor.
Rodrigo Polesso: Dr. Souto?
Dr. Souto: É importante que as pessoas tenham um horizonte de longo prazo. Longo prazo significa “resto da vida”. Se for uma coisa temporária, tem que ser rápido. Se fosse para ser algo sofrido, aí realmente tem que ser rápido porque ninguém aguentaria sofrer por um ano. A pessoa consegue sofrer por um mês ou talvez dois. Mas sem fome – o que caracteriza o que estamos propondo – se levar mais tempo, tudo bem. A mudança da perspectiva do imediato para o longo prazo ajuda.
Rodrigo Polesso: A Polyana colocou muito bem e acho que o pessoal vai gostar de ouvir essas três categorias que ela falou. Sabemos que a queima de gordura é individual. Mas as pessoas gostam de ver o “vizinho” perdendo tantos quilos… talvez a pessoa conclua que aquilo não é para ela. “Eu vi testemunhos de pessoas que perderam 10 ou 15, mas eu perdi 3. Então conclui que isso não é para mim.” Mas a alternativa é voltar atrás e continuar engordando novamente. Dependendo da sua idade, você levou 30, 40 ou 50 anos para chegar na sua forma atual, então é óbvio que isso não será reduzido em 1 ou 2 dias. Mas se eu prometesse que em 6 meses ou 1 ano você chegasse no seu peso ideal, você seguiria esse ano em frente? É claro que ninguém pode prometer isso, mas se você tivesse certeza disso não iria se desanimar em perder 1 quilo numa semana ou ganhar 1 na outra, se soubesse que no final do ano estaria no peso ideal. É tudo relativo. É tudo emocional. É tudo psicológico. O que a ciência pode garantir é que esse tipo de alimentação, até ontem sabemos, é a melhor tacada que você pode dar para sua saúde. Mas ninguém poderá, no dia a dia, segurar sua mão e te ajudar a fechar os olhos para os resultados do vizinho para tentar prestar atenção na sua perda de peso. É melhor confiar no processo e confiar em você. Confie no que você está fazendo, pois faz sentido biológico. Alguma coisa para adicionar? Então vamos em frente. Antes de ir para o ponto 3, vamos fazer o quadro Alimento do Dia sobre nosso amigo café. Acabo de realizar meu sonho antigo de ter uma máquina de expresso em casa. Finalmente posso comprar o grão e fazer o café em casa. Vamos falar algumas curiosidades sobre o café. A primeira coisa é que o café tem que ser fresco, ou seja, ele tem que ser consumido até 20 dias depois dele ser torrado. Isso seria o ideal. Depois desse período, o café começa a perder suas propriedades e começa a ficar mais seco. Infelizmente, é difícil achar a data de torra hoje em dia, exceto em lugares especializados em café. A cafeína, como sabemos, é um estimulante. Por isso, ela oferece benefícios temporários, como o aumento da concentração, melhora da memória, e um turbo de energia. Outra característica interessante da cafeína é a supressão natural do apetite. Todo mundo que toda café sabe que ele tende a suprimir o apetite. Muitas pessoas que fazem jejuns intermitentes tomam café. O aumento da saciedade acontece porque o café acaba estimulando a secreção de adrenalina, que por sua vez estimula a liberação de ácidos graxos no sangue. Ou seja, você consegue liberar um pouco da energia da gordura armazenada para que seu corpo tenha mais energia disponível para ser usada. Isso te dá mais saciedade temporariamente. Outra coisa importante é sobre o café turbo, que é o café preto com manteiga ou óleo de coco misturado em um liquidificador. É muito delicioso e aumenta ainda mais a sensação de saciedade. O Dave Asprey, criador do bullet proof coffee (conheci ele pessoalmente em Malibu, na Califórina, ano passado) costuma dizer que o café misturado com gordura pura não quebrará o jejum e favorecerá a sensação de saciedade. Tendo a concordar que a ingestão de café turbo irá favorecer a saciedade, mas não estou 100% convencido de que ele não afetará em nada o jejum. Como a gordura é algo calórico, acredito que o corpo queimará um pouco menos de gordura, apesar disso talvez não afetar de forma considerável o jejum. É claro que você precisa de bom senso para não ingerir vários copos de café com meio tolete de manteiga cada um, porque ingerindo gordura você ingere calorias. É muito fácil de se beber, então muitas pessoas podem ir além do que seria natural para o corpo. Então, é bom manter o bom senso. Você deve decidir se faz todo dia ou de vez em quando. Têm muitos estudos que mostram o lado positivo do café. Ele tem muitas coisas além de ser muito gostoso. Para as pessoas que são superestimuladas pela cafeína, talvez seja melhor outra opção que não seja cafeinada. Sei que o Dr. Souto aprecia um café, mas a Polyana eu não sei. Você aprecia também, Polyana?
Polyana Rossi: Eu adoro. Maravilhoso. Eu já tive até uma cafeteria de tanta loucura por café.
Rodrigo Polesso: Sério? Que legal! Adoro o cheiro. Quando você passa ao lado de um coffee shop e sente aquele cheiro… É muito bom.
Polyana Rossi: É verdade.
Rodrigo Polesso: Esse foi o quadro Alimento do Dia, estrelando o café, que não é desconhecido para ninguém. Agora podemos retomar nossa dificuldade número 3 na nossa lista de 5 dificuldades para quem está implantando uma alimentação forte. O ponto 3 é a dúvida sobre o que comer no dia a dia, em viagens, nos restaurantes, no mercado, receitas e etc. O que comer nesse paradigma alimentar novo que a pessoa está implementando?
Polyana Rossi: No dia a dia eu sempre digo para partir para o simples. Os velhos alimentos ancestrais… os vegetais, a carne, o queijo. Coisas simples com bom senso. No fim de semana você pode fazer receitas: um pudim, uma pizza adaptada, um quiche. Têm tantas receitas maravilhosas hoje em dia para que você possa variar um pouco a dieta. As pessoas gostam de variar. Se seu objetivo é emagrecimento, você segura um pouco no dia a dia e no fim de semana a gente libera um pouco mais. Para viagens as pessoas precisam fazer uma previsão. Se puder levar uma castanha ou passar num mercado para fazer um estoque de algum alimento… acho que é interessante. Restaurantes são mais fáceis. Praticamente todos os restaurantes têm grelhados e saladas. Só fiquem atentos com os molhos, com a “roubadinha” e com aquelas composições que você não sabe direito o que é. Por isso que o grelhado e salada são sempre bem-vindos. Quando você ver um molho estranho com uma consistência cremosa, com certeza tem algum tipo de espessante que não entra na nossa dieta. Às vezes a pessoa pega um croquete achando que é proteína pura e é pura farinha. Então, tome cuidado porque às vezes a aparência engana. Quando for ao mercado, faça uma lista e não tente achar um substituto para o que está faltando na sua dieta. Existem muitas receitas simples, então não precisa se desesperar porque você tem que cozinhar. E por último vem a parte que eu mais gosto, que são as receitas. Elas são fundamentais para a execução da dieta. O meu marido sempre diz “se eu não tivesse as coisas na geladeira, eu não estaria fazendo dieta há 5 anos.” Então, você tem que ter as coisas na sua geladeira para poder fazer o mínimo de receitas o possível para satisfazer seu dia a dia. Existe uma logística para fazer um pão para a semana; o iogurte com a quantidade certa; a salada; o queijo; uma carne congelada. Isso facilita muito sua vida. Outra coisa muito importante da qual as pessoas reclamam no blog: “fermento não é paleo” ou “nata não é paleo”. Várias coisas não são paleo! Paleo é: carne, ovo e vegetais – não precisa de blog de receita. Essas receitas sevem para dar uma harmonizada. Na época das cavernas era só sobrevivência. Não tinha “gourmetização”. Hoje em dia é puro prazer, socialização, compensação psicológica. Isso faz parte da nossa cultura e temos que respeitar isso. Por isso fazemos essa mistura do alimento que é paleo com alimentos de baixo carboidrato. Prazer e disciplina. Os dois ao mesmo tempo para ter bem-estar.
Rodrigo Polesso: Muito obrigado pelas várias dicas, Polyana. Dr. Souto, você tem alguma coisa a adicionar?
Dr. Souto: Acho que todo mundo deveria pensar em experimentar um jejum intermitente. Primeiro pode-se fazer um de 16 horas, que é fácil – se você almoçar, jantar e pular o café da manhã do dia seguinte você estará fazendo 16 horas de jejum. Você pode até mesmo fazer um jejum de 24 horas, tomando um café da manhã reforçado, uma sopa na janta e no café da manhã do outro dia já se foram 24 horas. Por que digo isso? Depois que a pessoa tem essa experiência, a pessoa descobre que é possível não ficar com esse estresse de ficar pensando o que comerá em seguida. Numa viagem de avião, às vezes não levamos um lanche low-carb paleolítico, mas nem por isso precisamos aceitar aqueles biscoitos horrorosos. Existe uma alternativa que é não comer. Se ficarmos 24 horas se comer e não morremos de fome, é tão mais fácil ficar um voo de 2 horas sem comer! Quem precisa comer o tempo todo é herbívoro – vacas precisam pastar o tempo todo. Nós não.
Rodrigo Polesso: Adorei essa perspectiva, Dr. Souto. O jejum intermitente é um dos grandes pilares do triângulo do emagrecimento. Ele faz parte do Código Emagrecer de Vez – o pessoal que segue sabe como é. Mas uma vez usarei o termo “mimado”. Estamos mimados em pensar em comida o tempo inteiro hoje em dia. “Se eu tenho uma reunião além do meio-dia no trabalho, fico preocupado e tenho que ter algum snack.” Estamos mimados em achar que temos que comer o tempo inteiro e ficamos pensando nisso. É muito melhor que voltemos aos princípios. Sabemos que o corpo humano é perfeitamente adaptado a não ter alimento por longos períodos de tempo. Inclusive eu assisti um filme chamado “Los 33”, que conta a história daqueles trabalhadores de mina que ficaram presos no Chile por semanas em baixo da terra. Não precisamos comer freneticamente como tendemos a acreditar pelas informações que recebemos de todos os lados. Precisamos focar em recomeçar, adicionando as comidas certas, com foco na praticidade e de maneira simples. No Código temos uma tabela dos alimentos vermelhos, amarelos e verdes, para que as pessoas saibam quais alimentos ajudam e quais atrapalham. O Código também tem uma lista de compra para supermercado, dicas de como comer em restaurantes, dicas de exercícios em casa… Isso tudo pode te ajudar na praticidade do dia a dia, mas partir da abstinência de comida e começar a adicionar as coisas certas é algo que facilita. Outro ponto importante é entender porque certos alimentos ajudam e certos alimentos atrapalham. Dessa forma você ganha muito autonomia e paz mental, já que você vai saber escolher os alimentos quando precisar. Você não vai precisar mais perguntar para a nutricionista, para o médico ou para a internet inteira se tal alimento se pode comer tal alimento. Você vai entender como aquele alimento metabolicamente vai agir dentro do seu organismo. Por isso investimos tempo em ensinar essa base científica para que você ganhe essa autonomia e possa decidir por si só quais alimentos são bem-vindos e quais não são. Aí você vai olhar ao seu redor e poderá decidir o que é melhor para você em restaurantes, em viagens, na sua geladeira… onde for. Conhecimento é poder e saúde é a coisa mais importante que temos. Vamos agora para a dificuldade número 4 que é sobre quantidades. Quanto comer de cada alimento? Estamos acostumados com esse paradigma quantitativo da alimentação e não qualitativo. Todos dizem que devemos comer pouco, então estamos o tempo inteiro vidrados nessas quantidades. Quando eu falo que na alimentação paleo, low-carb ou forte você pode relaxar e focar na qualidade dos alimentos, as pessoas não acreditam! Então elas acabam focando na qualidade mas acabam se forçando a comer menos e a passar fome. Isso é um tiro no pé e não queremos que as pessoas façam isso. Polyana, quando você apresenta esse tipo de ideia de qualidade e não quantidade para as pessoas, eu acredito que você enfrente resistência das pessoas acreditarem que elas podem relaxar um pouco nesse controle tão metódico das quantidades.
Polyana Rossi: Antigamente era tudo pesado; as calorias, medidas caseiras. Hoje, quando falam em quantidades, eu penso em suficiência, em saciedade, mas principalmente em bom senso. O bom senso entra como medidor dessa questão. As pessoas querem limites, adoram tabelas. Ter acesso às tabelas dá uma segurança para as pessoas. Então eu costumo dar um exemplo de cardápio com quantidades para a pessoa se guiar. Mas eu falo que cardápio é para cozinhas industriais que precisam de um cardápio fechado a semana toda. Os nossos cardápios devem ser montados de acordo com nossas necessidades. Mas dou um exemplo de cardápio para eles terem uma noção e não comerem um pote de nata o dia inteiro junto com gelatina diet, ou 1 quilo de carne do almoço e 1 na janta (que foi algo que já ouvi), ou até mesmo um chocolate 85%, mas comendo a barra toda. Então, temos que ter uma filosofia de nem 8 nem 80. Eu dou quantidades para a pessoa se acostumar a um novo conceito de ouvir a saciedade real do corpo (se é uma necessidade real ou psicológica). Uma boa quantidade é um bom prato de vegetais, um ou dois pedaços de carne, e uma fruta com índice glicêmico baixo de sobremesa. É uma refeição que todo mundo fica saciado. No início talvez não, mas há uma adaptação de quantidade. É comum as pessoas comerem castanhas sem parar, por serem low-carb. Entre 30 e 50 gramas ao dia é o suficiente – assim como o iogurte, que deve ser um pote de 200 gramas. Frutas são outra grande questão. Muitas pessoas evitam as frutas completamente. O problema é o açúcar e farinha. Então iniciamos com as frutas com pouco impacto no índice glicêmico, como morango, abacate, coco, pêssego, ameixa, kiwi. Daí vamos configurando a quantidade ideal para a pessoa. Depois de um tempo a pessoa já estará comendo toda as frutas de uma maneira bem tranquila. Eu ouço também que as pessoas costumam tomar uma quantidade muito excessiva de nata diariamente. Eu digo entre 1 e 2 colheres de sopa por dia. A nata nem existia na era paleolítica. Se existe na era paleolítica, repete no ovo, no bife, no vegetal. Bote uma colher de nata do café, é delicioso; numa sobremesa; para compor uma receita. Mas não faça disso sua alimentação diária. Eu já vi pessoas que passam o dia inteiro tomando café com nata porque está estudando para algum concurso. Daí vem e fala “engordei 3 quilos, não sei porque”. Falta o bom senso.
Rodrigo Polesso: Dr. Souto, algum input?
Dr. Souto: A gente fala muito para evitar os alimentos processados, mas assim como os carboidratos processados podem produzir ganho de peso, as gorduras processadas (refinadas) também. Uma coisa é eu comer um salmão que veio com a gordura natural do peixe junto – ou uma gema de ovo com a gordura natural do ovo – outra coisa é pegar a gordura do leite. Um pote de nata tem a gordura de muitos litros de leite. A pessoa não consegue tomar 5 litros de leite. Mas é fácil comer aquele pote porque ele é concentrado e refinado. Então, pode comer nata sim, mas com bom senso, como disse a Polyana. Eu até falei sobre um caso no meu blog sobre alguém que já tinha perdido bastante peso com dieta low-carb, mas ainda tinha peso para perder e começou a engordar de novo. Daí ela disse que estava comendo 4 latas de creme de leite com coco ralado e adoçante todos os dias. A ideia da pessoa era que “gordura podia”. Sim, essa dieta não é de baixa gordura, mas qualquer um que comer 4 latas de creme de leite por dia vai ganhar peso, mesmo que ingira baixo carboidrato.
Rodrigo Polesso: A gente tem um alarme de bom senso. Todo mundo nasce com alarme de bom senso. A gente sempre nota quando está fazendo alguma coisa que parece não estar alinhada com o bom senso. Essa questão da gordura refinada é um bom exemplo. As nozes também são um bom exemplo. É possível se comer um pequeno balde de macadâmia tranquilamente – mas saiba que se você estivesse na era paleolítica, essa seria uma das castanhas mais difíceis de se quebrar. Você iria emagrecer tentando quebrar essas castanhas antes de conseguir comer um balde cheio delas.
Dr. Souto: Bem lembrado. Eu sempre digo que, dentre as oleaginosas, a melhor para fazer dieta é o pistache, porque tem que abrir um por um. É tão chato que a pessoa come pouco.
Rodrigo Polesso: Aqui eu encontro pistache aberto em pacotes!
Dr. Souto: Que desgraça!
Rodrigo Polesso: É muito fácil comer essas coisas hoje em dia. Mas é fácil perceber quando estamos indo além do bom senso. E quando caímos fora do bom senso, não tem milagre; teremos resultados além do que é normal. Sobre a nata; o Dr. Andreas Senff, da Suécia, tomava cream (que é 40% gordura). Todos os dias ele tomava uma garrafa pequena disso. Quando ele parou de tomar, percebeu que perdeu peso. Era uma coisa que ele fazia pensando que fazia parte do dia a dia dele, mas não pensou que era uma coisa anormal. É um concentrado de leite que seria impossível de você tomar através do alimento integral. Também temos os “xiitas paleo” que falam que “nata não é paleo” ou que “café não é paleo”. Tem gente xiita em qualquer filosofia no mundo. Internet não é paleo, então eles deveriam estar na caverna batendo pedras. Precisamos estar abertos, pois a humanidade e a sociedade evolui. Hoje em dia temos facilidades que, apesar de não serem paleo, são ok para nossa saúde, pois têm uma base científica e fazem parte do bom senso. Ok! O passo 4 foi sobre quantidades. Sempre recomendo: foque na qualidade. Você terá o maior ganho sobre investimento focando em qualidade e não em quantidade. Fazendo isso, você começará a automaticamente regular suas quantidades. Seu corpo vai começar a te dizer o que está saciando e o que não está. Mas sempre se lembre de manter o bom senso e não sair da linha totalmente. Antes de passar para a dificuldade número 5, eu vou partir para o quadro “O Que Você Comeu no Almoço Ontem?”. Vou começar com a Polyana. As pessoas gostam de saber o que vocês comem, se você puder compartilhar com a gente…
Polyana Rossi: Ontem era domingo, então tinham extras. Mas não eram extras fora dessa ideia. Eu acredito na filosofia da dieta low-carb paleo. Eu não costumo sair. Eu faço variações de receitas sempre dentro dessa ideia. Então, ontem, como sempre, eu comecei pelo saladão; um repolho roxo, couve chinesa, tomate, cenoura ralada, azeite de oliva, um punhado de amêndoas, pedaços de queijo; dois pedaços de frango com molho de espinafre com um pouco de creme de leite; e também um quiche, que é um teste que estou fazendo para postar no blog essa semana. É um quiche com massa feita de amendoim, uma camada de cream cheese com ovos e uma calda de cacau com adoçante. Também com uma geleia de morango caseira vai ficar melhor. Estou fazendo esses testes, então eu comi uma boa fatia desse quiche.
Rodrigo Polesso: Isso é um banquete sensacional. Dá para imaginar o sabor disso.
Polyana Rossi: Dentro dessa ideia de dieta você pode fazer um ovo com uma salada de alface e tomate, e isso seria uma refeição maravilhosa e requintada ao mesmo tempo. Então, temos muitas opções.
Rodrigo Polesso: Não tem coisa melhor do que comer sem peso na consciência. Muito bom. Dr. Souto, hora de abrir o jogo.
Dr. Souto: Eu também começo com uma salada. A diferença é que a minha é mais simples. Eu não tenho muitas habilidades. Depois da salada eu comi 2 peitos de frango. Peito de frango é meio seco, então mesmo feito na manteiga, ele não fica como quando comemos com pele. Então colocamos uma fatia de queijo e um ovo frito em cima de cada um. Com o calor o queijo derrete e o peito de frango vira uma iguaria. Foi isso aí.
Rodrigo Polesso: Que maravilha. O pessoal vai tirar ideias, com certeza. Ontem foi domingo, como vocês falaram. Eu não costumo comer nada no café da manhã, mas ontem tivemos o brunch. É uma combinação do breakfast e o lunch. Eu comi fora de casa, um almoço mais ortodoxo comparado ao de vocês que são tão criativos. Foi uma omelete com cebola e pimentão, queijo por cima, carne; hash brown, que é bem comum aqui – é uma batata ralada e cozida. É um carboidrato de rápida absorção, mas não temos ciência que diz que ele faz mal à saúde. E eu não estou querendo perder peso nesse momento e era domingo. Então comi essa batata com esse omelete. Foi muito gostoso e saboroso. Isso me deu sustança durante o dia inteiro até à noite. Tivemos três refeições hoje, começando com a refeição 5 estrelas da Polyana, depois uma versão deliciosa e mais simplificada do Dr. Souto e a minha mais comum do dia a dia. Com isso nós fechamos o quadro “O Que Você Comeu No Almoço de Ontem?” Podemos partir para a quinta e última dificuldade que as pessoas têm ao começar um estilo alimentar forte, low-carb e paleo: a batalha para manter o foco e a persistência. A batalha do dia a dia para se manter na linha.
Polyana Rossi: É uma batalha. Eu já vi vários companheiros caindo na trincheira justamente por perder o foco. Começa a dar uma saidinha aqui e ali, e acaba se perdendo. Como orientadora, acho que é esse o meu papel e o de vocês também, de fazer a pessoa entender a proposta do estilo de vida low-carb. Eu tenho 1 hora e meia para falar para essa pessoa. Mas depois dessa 1 hora e meia, a pessoa tem que seguir pesquisando e se atualizando. Inclusive, seu programa, Rodrigo, é muito rico e tem como ajudar muitas pessoas. Também através desses grupos e fóruns onde as pessoas podem trocar as experiências e tudo mais. O objetivo tem que ficar muito claro e não pode ser fútil como entrar dentro de um vestido para uma festa ou de fazer uma cirurgia. O grande objetivo é estar com a saúde em dia. A dedicação e a criatividade vai determinar esse foco. Então, é importante para de se lamentar e reclamar tanto. Aproveite a paisagem e veja como é gostoso ter uma boa alimentação. Algumas pessoas que fizeram, tiveram bons resultados, mas voltaram a engordar, voltam a fazer essa dieta porque acham ela a melhor que já fizeram. Isso é um excelente retorno. A pessoa percebe que pode voltar quando quiser para essa nossa proposta. É isso que eu penso.
Rodrigo Polesso: Dr. Souto, você tem algumas verdades nuas, cruas e claras a respeito de foco e persistência?
Dr. Souto: Qualquer coisa na vida que vale a pena precisa de foco, persistência e algum grau de esforço. A coisa não é de graça, sinto muito. Ajuda se tiver uma rede de suporte. Se todo mundo num domicílio segue essa linha, é mais fácil um ajudar o outro. Mas isso não é a regra. Como isso vai tirar a gente da zona de conforto, essa rede de suporte vai ter que ser virtual. Pode ser a comunidade Tribo Forte, pode ser a comunidade do meu blog, pode ser uma comunidade do Facebook, podem ser comunidades do Whatsapp, onde as pessoas trocam receitas e dicas. O importante é uma comunidade que dê suporte. Se não for possível que essa comunidade seja real, que seja virtual. O importante é que a pessoa saiba que, se nós deixarmos desandar, em pouco tempo perdemos esse resultado. Todos sabemos que o esforço para construir qualquer coisa sempre será maior do que o esforço para destruir. É mais fácil ganhar 10 quilos do que perder 10 quilos.
Rodrigo Polesso: E já falamos algumas aqui: qual é a alternativa? Voltar à vida que te trouxe à situação que você está querendo mudar agora? É bom pensar nisso. Nós também subestimamos o poder que o meio tem de nos influencia – por mais motivado que você esteja, por mais determinado que você esteja. Por mais que você tenha essa força, o meio no qual você está inserido terá uma força maior. No começo você até consegue levar, mas ao longo do tempo o meio vai te puxar de volta para ficar alinhado com ele. Então, é muito importante tomar cuidado com as pessoas com as quais você se rodeia. Isso serve principalmente para as pessoas cujas famílias não estão alinhadas com esse objetivo de saúde. Graças a Deus hoje existe a internet. Então, mesmo não tendo um grupo social local de apoio, a gente pode facilmente alcançar um grupo de suporte online. Essa é a importância de ter um orientador, um programa, um grupo – você sabe o que tem que fazer. Se as pessoas ao seu redor já duvidam do que você está fazendo, e você não tem confiança no que está fazendo, vai ficar muito fácil de desistir e cair nos braços dessas pessoas novamente. As pessoas vão querer que você volte a ser como elas. Então, é importante que você tenha um programa e que você tenha plena confiança de que aquilo é o que você quer seguir, para que você não seja tão influenciado pelo meio no qual você está inserido. O Código Emagrecer de Vez é o programa de emagrecimento para pessoas que querem um programa estruturado, passo a passo, com tabelas de alimentos, fórum… Então eu convido o pessoal que quer emagrecer para fazer parte do Código Emagrecer de Vez. É risco zero – você paga se funcionar para você. Você vai fazer parte de um fórum com pessoas que também estão seguindo esse estilo de vida. Então, as pessoas se apoiam lá dentro. Lá é onde você vai para coletar energia, pegar motivação, compartilhar histórias. Na Tribo Forte você também terá acesso ao fórum. É muito importante fazer parte de um grupo, seja qual você escolher. A parte motivacional é uma das principais e é responsável tanto pelo sucesso quanto pelo fracasso das pessoas em qualquer empreitada na vida. Com isso fechamos esse nosso papo. Passou tão rápido o tempo no podcast de hoje. Quero agradecer a Polyana e o Dr. Souto. No próximo episódio nós teremos uma presença internacional pela primeira vez. Lembre-se de que esse podcast é toda terça-feira. A partir de agora as terças-feiras são os dias nacionais da saúde. Você sempre tem um encontro com a gente para falarmos de mais assuntos nesse sentido, que vão te ajudar a arrumar sua saúde, melhorar seu peso, aprimorar sua forma física e te deixar mais contente com seu dia a dia. Então, por favor, passe a palavra adiante. E, se você quiser participar de um programa estruturado baseado em tudo o que falamos aqui para emagrecer, entre em CodigoEmagrecerDeVez.com.br. Se você quiser ser um Membro VIP da Tribo Forte e ter acesso ao fórum e a um monte de benefício lá dentro (inclusive o bônus do episódio de hoje), vá em TriboForte.com.br. Obrigado Polyana, obrigado Dr. Souto. Esse papo foi sensacional. Espero que possamos nos reunir novamente no futuro.
Dr. Souto: Obrigado!
Polyana Rossi: Obrigada!
Rodrigo Polesso: Um grande abraço. Tchau, pessoal!