“AVISO: Este artigo foi escrito anos atrás e pode estar desatualizado enquanto à melhor ciência nutricional vigente. Por favor visite a página de artigos para ler os artigos mais recentes que retratam as verdades científicas atuais.”
“O Brasil é recordista mundial no consumo de remédios para emagrecer.”, Folha online, 06/04/2007.
Bem recentemente, talvez você tenha visto a notícia abaixo:
“Anvisa mantém registro de sibutramina e cancela anfetamínicos“, Portal Anvisa, 4/10/2011.
Nota: Só pra criar espectativa. Você tem smartphone? Estou trabalhando numa surpresinha que você vai curtir bastante 🙂 Dá trabalho, mas acho que vale a pena. Em breve, novidades…
Confesso que nunca me importei muito com estes assuntos, pois nunca fiz uso destes medicamentos e também nunca os vi com bons olhos. Porém, pra sair do achismo, resolvi fazer uma pesquisa e tentar entender do que tudo se trata.
Este artigo, então, é a minha tentativa de por a verdade sobre este assunto aqui em palavras claras e sem enrolação marketeira!
Respire fundo e vumbora!
Por que que a Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) baniu os outros “emagrecedores” e deixou a sibutramina?
Bom, na minha opinião acho que foi uma sábia decisão.
O pessoal lá reuniu ao longo de 8 meses tudo que se sabe hoje sobre as anfetaminas, sibutramina e relacionados.
Colocaram tudo em um processo tão longo quanto a paciência do brasileiro e discutiram os achados, idéias, efeitos positivos, efeitos colaterais, etc., e chegaram na conclusão de permitir a sibutramina, agora, porém, com um controle mais restrito. Decidiram também por abolir os outros medicamentos conhecidos como emagrecedores, como femproporex, mazindol e anfepramona.
A abolição dos outros emagrecedores se deu basicamente devido a existirem reportes de efeitos colaterais graves e grande falta de justificativas confiáveis para explica-los. Os diretores acharam que isso é o bastante para sentirmos que fazer o uso de tais medicamentos pode ser um risco que não queremos encarar.
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-> Colocando os óculos da contabilidade
É óbvio que o governo não quer que a população fique doente, pois, isso custa MUITO aos cofres públicos! E eu acho ótimo que seja assim, afinal, nada toca mais o coração do governo do que ver grana sendo gasta, não é verdade? 🙂
Mas tudo bem, de uma forma ou de outra, querendo sinceramente a saúde da população ou querendo somente proteger o tesouro, o benefício pra nós é o mesmo.
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Sobre a sibutramina, se tem um maior conhecimento do medicamento e seus efeitos, portanto, se tem um maior sentimento de segurança sobre seu uso. A sibutramina é reconhecida pelos médicos como um auxiliar útil para alguns casos clínicos de emagrecimento.
Seu controle agora será mais rigoroso e o uso será descontinuado em pessoas que não respondam ao medicamento durante um período de 4 semanas.
Em estudos atuais, parece estar evidenciado que o uso de sibutramina por períodos de até 12 meses não demonstra problemas.
Bom ou não, em muitos países a sibutramina é proibida.
Qual é a desses emagrecedores?
Bom, os primeiros a serem usados em maior quantidade foram as famosas anfetaminas, inibidores de apetite que tiveram reporte de causar uma variedade de efeitos colaterais bastante significativos como depressão, agressividade, insônia, agitação, etc.
Nota: Whey Protein NÃO é emagrecedor. Whey protein é uma ótima opção prática para ingerir proteínas de altíssima qualidade e rápida absorção. Caso não conheça ou queira saber mais, clique AQUI para ler tudo que você deveria saber sobre ele.
Depois, outros emagrecedores começaram a surgir, fazendo uso da fenetilamina, que é a parte das anfetaminas responsável pelo efeito anoréxico (como soa mal isso, hein?). Mas ainda assim, existem registros de efeitos colaterais de alto risco e várias contra-indicações.
A idéia geral é que estes medicamentos ajam no cérebro, diminuindo o apetite. Parece sim uma idéia tentadora… mas cá entre nós. Vamos a pergunta clássica: Isso parece ou soa como algo natural e bom? hmm.. não pra mim.
Termogênicos
Os termogênicos, no geral, tiram proveito do mecanismo natural do corpo de queimar calorias para manter sua temperatura estável ao redor dos 36.5ºC e 37ºC.
Os componentes ativos destes medicamentos fazem com que haja um aumento no ritmo da atividade no sistema nervoso. Isso, por consequência, provoca aceleração do rítmo cardíaco e respiratório, entre muitas outras coisas.
Agora, por consequência de tudo isso, o corpo, naturalmente, começa a queimar mais calorias para manter esta atividade mais acelerada.
De maneira bem simples e fácil, isso é o que os termogênicos fazem. Porém, claro, eles são medicamentos e possuem muitos efeitos colaterais já observados, entre eles: tontura, nausea, ansiedade, febre, boca seca e diz-se ainda existirem reportes de casos com surtos psicóticos.
Assim como acontece com a maioria dos medicamentos, o corpo também se adapta ao uso dos termogênicos, por isso, eles normalmente são utilizados em ciclos.
Agora algo interessante. Muito frequentemente, seja por email, comentários ou de meus clientes de coaching, as pessoas me dizem que utilizaram medicamentos para emagrecer e obtiveram sucesso momentâneo. Dizem que perderam não sei quantos kilos mas, adivinha, agora compartilham comigo que recuperaram todo o peso e ainda engordaram mais do que antes. Não é nem uma, nem duas, nem três, nem quatro, nem vinte vezes que ouvi isso! Foram MUITAS vezes mesmo!
Conclusão e impactos pós uso.
Bom, eu não achei informação muito boa sobre as consequências, além das mencionadas aqui, do uso prolongado dos emagrecedores.
Porém, como disse acima, é comprovado empiricamente, ou seja, na prática, que muitas pessoas que perderam bastante peso com emagrecedores e o usaram por um longo período, também têm tido um efeito contrário após cessarem o tratamento.
Muitas pessoas fazem uso de emagrecedores acreditando e tendo fé que o uso deles é a única coisa necessária para se queimar gordura e voltar a ter o corpo que sempre quiseram.
Todo médico e nutricionista competente sabe que alguns destes medicamentos são indicados para casos específicos, nos quais, o seu uso se justifique. E, ainda assim, sabemos que o uso destes medicamentos PRECISAM estar alinhados à uma correção nos hábitos alimentares e também, quando aplicável, nos hábitos físicos, ou seja, atividade. Eu ainda coloco uma carta a mais na mesa dizendo que uma reeducação de atitute mental também é essencial!
O corpo, como já dito acima e como também todos sabem, é extremamente adaptável à mudanças! Dito isso, ele também se adapta ao uso de medicamentos! E isso pode ser bastante negativo, uma vez que você cessa o uso!
Acredito eu que impactos no metabolismo podem ser consideráveis depois de um uso prolongado de medicamentos para emagrecer, porém, eu acredito ainda piamente que o corpo se readapta à ausência destes, de forma, que logo você seja capaz de entrar na linha novamente com a inclusão de hábitos corretos.
Isso significa que eu não acredito que você, caso tenha usado medicamentos ou feito dietas super restritivas, possa usar estes elementos como desculpa para sua inabilidade de mudar agora.
Eu acredito sim que os impactos mais sérios do uso de medicamentos e outros métodos alternativos são os causados por você mesmo dentro de sua cabeça, na forma como você vê as coisas, na forma como você passa a acreditar na sua situação e, por que não, no impacto na sua própria autoconfiança.
Eu digo e repito que o foco na correção dos seus hábitos mentais (atitude mental) é algo que vai definir seu sucesso ou seu fracasso no emagrecimento. Isso tem se provado verdade desde o início da existência do ser humano e, diariamente, chegam aos meus ouvidos depoimentos de pessoas que alteraram as atitudes mentais e começaram a obter resultados verdadeiramente concretos, alinhados aos hábitos alimentares corretos.
Resumindo, se você faz ou fez uso de medicamentos para emagrecer, você pode tranquilamente ainda tirar todos os proveitos de uma correção nas suas atitudes alimentares, físicas e mentais. O passado NÃO é desculpa pra qualquer inabilidade de se mudar o futuro!
Aquele velho e bom ditado continua prevalecendo:
“O que vem fácil, vai fácil.”
A busca por soluções rápidas e fáceis para nossos problemas parece ser o mal do século.
Bom, a minha opinião sobre tudo isso? Quero deixar claro que sou contra e não recomendo, de forma alguma, nenhum medicamento para emagrecer. Por outro lado, concordo que, sob avaliação médica cuidadosa e competente, alguns medicamentos podem ser úteis para alguns casos específicos, nos quais, o uso se faça necessário.
Ufff… artigo ficou longo, mas espero que tenha adicionado algo útil na sua vida!
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Um grande abraço e sucesso,
Rodrigo
REFERÊNCIAS
European Heart Journal – The SCOUT study
O Vale
Portal da Agência Brasileira de Vigilância Sanitária
Live Strong – Termogenics
Wikipedia – Sibutramina
Wikipedia – Anfetamina
Folha online
